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Explosão no Afeganistão deixa 16 mortos e 24 feridos

16 pessoas morreram e outras 24 ficaram feridas nesta quarta-feira (30) por uma explosão em uma madraça (escola islâmica) na cidade de Aybak, no norte do Afeganistão, informou um médico de um hospital local.

O médico desta cidade, localizada cerca de 200 quilômetros ao norte da capital Cabul, informou que as vítimas são, em sua maioria, jovens.

“São todos crianças e pessoas comuns”, disse à AFP o médico de um hospital desta cidade, capital da província de Samangan, e que pediu para não ser identificado.

Não houve reivindicação imediata de responsabilidade. Mas a afiliada afegã do grupo Estado Islâmico vem travando uma campanha de violência que aumentou desde que o Talibã assumiu o poder em agosto de 2021.

O EI realizou bombardeios visando em particular a minoria muçulmana xiita do Afeganistão, mas também alvejou mesquitas e madraças sunitas, especialmente aquelas ligadas ao Talibã.

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Carta-bomba explode na Embaixada da Ucrânia em Madri

Uma carta-bomba explodiu nesta quarta-feira (30) na Embaixada da Ucrânia em Madri, na Espanha, segundo a polícia espanhola.

A explosão deixou uma pessoa ferida – o funcionário da Embaixada que abriu a correspondência. Ainda segundo a polícia, ele sofreu ferimentos leves e foi levado ao hospital.

Segundo policiais ouvidos pelo jornal “El País”, a carta era destinada ao embaixador ucraniano na Espanha e entrou em combustão ao ser manipulada pelo funcionário.

A Embaixada da Ucrânia fica no nordeste de Madri, em uma área nobre da cidade reservada a Embaixadas e escolas bilíngues. Por conta da explosão, a polícia espanhola ativou o protocolo antiterrorista na capital espanhola e enviou equipes antibomba ao local.

O serviço de inteligência da Espanha começou a investigar o caso, mas ainda não informou se há suspeitos.

O governo da Ucrânia ainda não se pronunciou sobre o ocorrido.

Esta é a primeira vez, desde o início da guerra da Ucrânia, que uma Embaixada do país sofre uma tentativa de ataque.

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Brasil conta com mais de 1,7 mil startups voltadas à agropecuária

Levantamento da Embrapa aponta crescimento de 7,5% em relação a 2021, sendo que 61,4% estão localizadas na região sudeste

Um mapeamento realizado pela Embrapa, intitulado Radar Agtech, demonstrou que o país conta com mais de 1,7 mil startups no setor agropecuário. O levantamento aponta que 61,4% estão localizadas na região sudeste; 25,6% na região sul; 6,2% no centro-oeste; 5,2% na região nordeste; e 1,5% na região norte.

As startups foram distribuídas em 3 segmentos: antes, dentro e depois da fazenda, descrevendo 33 categorias com base no mercado de atuação e no campo tecnológico envolvido, e foram destacados aspectos geográficos e de investimentos em agtechs.

O estudo do Radar Agtechs Brasil 2022 identificou 242 Agtech (14,2%) atuando antes da fazenda, 705 dentro da fazenda (41,4%) e 756 agtechs depois da fazenda (44,4%).

O assessor técnico de inovação do Senar/MS, Nelson Silva, explica que as startups são peças fundamentais para promover a inovação. “As agtechs são empresas com embasamento tecnológico que tem como objetivo desenvolver e ampliar resultados em negócios do setor agropecuário, buscando tecnologias digitais”.

Campo de oportunidades para o uso de inovação

O último Censo Agropecuário do IBGE em 2017, aponta que, em Mato Grosso do Sul, 60,74% dos estabelecimentos rurais são de base familiar. As propriedades familiares representam apenas 3,91% de toda a área rural do estado.

O Estado conta com mais de 43,2 mil propriedades de agricultura familiar e aproximadamente 28 mil são não agricultura familiar. Ao todo, são 71,1 mil propriedades em Mato Grosso do Sul totalizando 30,5 milhões de hectares.

Para 60,83% dos estabelecimentos agropecuários da agricultura familiar a área é inferior a 20 hectares, o que equivale a 26.294 propriedades. Dos estabelecimentos agropecuários de Mato Grosso do Sul com menos de 50 hectares, 82,39% deles é de base familiar.

Também foram registrados aproximadamente 3,7 mil estabelecimentos agropecuários com agroindústria rural. Os produtos fabricados por essas unidades somavam 27 itens. O destaque foi a produção de queijo e requeijão realizada em 83,70% das unidades. O segundo lugar foi a produção de doces e geleias em 10,10% dos estabelecimentos e em terceiro a rapadura, com 5%.

De acordo com a Lei 11.326, para ser classificado como agricultura familiar o estabelecimento deve ser de pequeno porte (até 4 módulos fiscais); ter metade da força de trabalho familiar; atividade agrícola no estabelecimento deve compor, no mínimo, metade da renda familiar; e ter gestão estritamente familiar.

Fonte: Acrissul
https://www.acrissul.com.br/noticias/brasil-conta-com-mais-de-17-mil-startups-voltadas-a-agropecuaria/21164/

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Vereadores votam 11 projetos de lei na sessão de quinta-feira

Onze projetos de lei estão pautados para votação pelos vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande, durante a sessão ordinária de quinta-feira (1º).  A sessão acontece a partir das 9 horas e pode ser acompanhada no Plenário Oliva Enciso, na Câmara Municipal, ou pela transmissão ao vivo nas redes sociais da Câmara.

Seis propostas serão votadas em primeira discussão. Entre elas, o Projeto de Lei 10.528/22, que institui o Programa de Reabilitação Covid-19 em Campo Grande. O objetivo é auxiliar na reabilitação das pessoas acometidas pela doença, especialmente daquelas que saíram da UTI por conta da COVID-19 e ainda precisam de orientação e cuidados especiais. A proposta é do vereador Dr. Sandro.

Também de autoria do vereador Dr. Sandro Benites, será votado o Projeto de Lei 10.638/22, que institui a “Semana Municipal de Conscientização sobre a Esquizofrenia”, com uma série de ações para levar informações sobre a doença na semana do dia 24 de maio.

Será votado ainda o Projeto de Lei 10.525/22, que inclui no calendário oficial de eventos e de programações do Município de Campo Grande, a Virada da Leitura, a ser realizada anualmente, no segundo final de semana de abril. A proposta é do vereador Ronilço Guerreiro. No projeto, consta que a Virada da Leitura poderá contar com atividades como: palestras, simpósios, concursos, gincanas, saraus, contação de história e atividades lúdicas.

Está pautado ainda para votação o Projeto de Lei 10.294/21, do vereador Gilmar da Cruz, que institui o programa Mãe Campo Grande. Conforme a proposta, o objetivo é ampliar e qualificar a atenção ao pré-natal, parto e puerpério à gestante e ao recém-nascido no Município de Campo Grande, mediante articulação, prioritariamente, com a rede de atenção à saúde municipal, especialmente no tocante às Unidades Básicas de Saúde (UBS) com e sem Saúde da Família e com as secretarias municipais”.

Também será votado o Projeto de Lei 10.506/21, que institui o Dia Municipal do Rock em Campo Grande, a ser celebrado no dia 13 de julho de cada ano. A proposta é dos vereadores Dr. Victor Rocha e Junior Coringa. A criação da data busca fortalecer, apoiar e incentivar o movimento do rock, disponibilizar espaços públicos para os músicos, fomentar políticas públicas e incentivar parcerias.

Ainda em primeira discussão, os vereadores votam o Projeto de Lei 10.437/21, que dispõe sobre o programa de capacitação de cuidadores de pessoas com Transtorno de Espectro Autista (TEA) no Município. A proposta é do vereador Professor Juari. A finalidade é informar as necessidades de atendimento, promover a participação do cuidador na qualidade do desenvolvimento pessoal, capacitar e orientar o cuidador nas atividades cotidianas.

Em segunda discussão, serão cinco proposições apreciadas. Será votado o Projeto de Lei 10.701/22, que institui a campanha de conscientização e informação sobre o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), em Campo Grande. A proposta é dos vereadores Otávio Trad e Ayrton Araújo. O objetivo é realizar palestras, seminários, aumentando a visibilidade para o tema, com debates promovidos no mês de julho.

Também será votado o Projeto de Lei 10.629/22, do vereador Prof. João Rocha, que dispõe sobre a inclusão da categoria “atletas com deficiência” e sua isenção na taxa de inscrição nas corridas de rua realizadas em Campo Grande.

Os vereadores votam ainda o Projeto de Lei 10.747/22, do vereador Dr. Sandro Benites, que institui o Dia Municipal do Médico Ortopedista, em Campo Grande, a ser comemorado no dia 19 de setembro.

Ainda, será votado o Projeto de Lei 10.763/22, que institui o Programa “Direito na Escola”, a ser oferecido, preferencialmente, em parceria com a Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Mato Grosso do Sul (OAB/MS), junto às escolas municipais tendo como temas a serem abordados noções de direito e cidadania. A proposta é do vereador Dr. Loester.

Por fim, os vereadores votam em segunda discussão o Projeto de Lei 10.663/22, que modifica o nome da Escola Municipal Harry Amorim Costa, que passa a ter o nome de Escola Municipal Cívico-Militar Governador Harry Amorim Costa. A proposta é dos vereadores Coronel Alirio Villasanti e Gilmar da Cruz.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal

Foto: Aurélio Miranda

Prefeitura vai recuperar “piscinão” do Sóter

A Prefeitura de Campo Grande vai recuperar o piscinão construído no Parque Sóter que está assoreado e coberto pela vegetação. Para isso serão retiradas 8.400 toneladas de areia e sedimentos, material suficiente para encher 700 caminhões. A bacia de amortecimento, construída há quase 20 anos junto com o Parque, tem capacidade para reter até 10 milhões de litros da enxurrada escoada pelo sistema de drenagem do Bairro Mata do Jacinto.

Parque Sóter assoreado e coberto pela vegetação. Foto: Denilson Secreta

A bacia que ocupa uma área de 4.800 metros tem função de regular a vazão do córrego a jusante, contribuindo para evitar o transbordamento do Sóter, na altura do Parque das Nações Indígenas.

Segundo o secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, Rudi Fiorese, com a falta de manutenção durante todos estes anos, a bacia de amortecimento “desapareceu” assoreada pela areia e os sedimentos carregados pela enxurrada , além da vegetação que brotou nos quase 0,5 hectare de perímetro.

O desassoreamento é uma medida compensatória custeada pela empresa responsável por um empreendimento imobiliário. A manutenção foi licenciada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semadur), que autorizou a supressão de 44 árvores e determinou o plantio de 1.300 mudas como compensação.

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Em Maracaju, pavimentação da MS-166 é sonho antigo que se realiza

A implantação e pavimentação de rodovias estratégicas para o desenvolvimento de Mato Grosso do Sul seguem em pleno andamento e já está mudando a realidade de regiões produtoras, como na MS-166, entre a MS-460 e a BR-267 – Posto Polaco, em Maracaju.

Com mais de um ano de obra no trecho que corresponde a 37,53 quilômetros de estrada, boa parte já tem asfalto a partir do entroncamento com a rodovia federal. O motorista Arlei Pedroso Barbosa, de 53 anos, trabalha há 20 anos em uma lavoura da região e, em todos esses anos, conviveu com a realidade e o transtorno de passar pela rodovia não pavimentada. “Quantas vezes ficamos atolados e no prejuízo com a estrada ruim”, recordou o trabalhador. Para Arlei, “o asfalto é tudo o que mais precisam”. “Veio para melhorar”, emendou.“Veio para melhorar”, dispara Arlei sobre o asfalto“Não corremos mais tantos riscos”, emendou Pedro

Pedro Martins, de 61 anos, trabalha há 15 anos em uma fazenda a beira da rodovia e, assim como Arlei, também já sofreu muito com as condições da estrada de chão. “Com as condições precárias em dias de chuvas era péssimo chegar aqui”, relembrou. Pedro considera que mesmo ainda não totalmente concluído, o asfalto que já chegou em boa parte da estrada já melhorou as condições de trabalho. “Não corremos mais tantos riscos”, disse.

Arlei e Pedro são apenas dois dos inúmeros usuários da rodovia que precisam passar todos os dias nesse trecho que encurta caminhos não só na região de Maracaju, mas também do município de Nioaque. Para executar a obra, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra), está investindo R$ 49.285.232,35.

“Asfaltar trechos como esse da MS-166 vai além de proporcionar melhores condições de tráfego, é ter um olhar especial para regiões produtoras e, consequentemente, para o desenvolvimento do nosso Estado. Nossas equipes trabalham para que possamos entregar a obra dentro do cronograma”, disse o secretário da Seinfra, Renato Marcilio.

A pavimentação da MS-166 é uma das obras que serão entregues na próxima gestão e que o governador Reinaldo Azambuja já garantiu que deixará dinheiro em caixa para a conclusão dos trabalhos.

Fonte: Subcom/Fotos: Edemir Rodrigues

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Otimistas com o fim do ano, comércio e servidores aprovam pagamento antecipado dos salários

A notícia da antecipação do salário de dezembro dos servidores do Governo do Estado para antes do Natal caiu como uma luva para os empresários do comércio de Mato Grosso do Sul. Representantes do setor comemoraram a medida que aquece a economia e gera oportunidades.

Conforme calendário divulgado pelo governador Reinaldo Azambuja, os salários de novembro dos cerca de 85 mil funcionários públicos serão pagos em 1° de dezembro. Já a segunda parcela do 13° estará na conta em 7 de dezembro. Por fim,  o pagamento referente ao último mês de trabalho do ano será feito antecipado,  no dia 23 do mesmo mês. Juntas, as três folhas salariais vão injetar R$ 1,1 bilhão na economia.

“Estamos muito otimistas neste final de ano com esses recursos, tanto do setor público quanto do privado, porque estamos recuperando nossa economia”, afirmou o presidente da Fecomércio-MS (Federação do Comércio do Estado), Edison Araújo. “Esse dinheiro estará nos 79 municípios. Isso faz com que toda a economia e nosso desenvolvimento gire mais próximo do comércio”, completou.

Presidente da ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande), Renato Paniago frisou que a antecipação é importante e atende o setor. “A gente pode se preparar e se prevenir para atender os clientes e melhorar os produtos e serviços. É uma demanda nossa, da classe empresarial, essa previsibilidade para que a gente possa cada vez mais se organizar e desenvolver nossos negócios”, disse.

O diretor de Operações do Sebrae, Tito Estanqueiro, também aprovou a medida. “Feliz o Estado que tem um governador e um secretariado com esse objetivo de chegar no final de novembro e dar previsibilidade de quando os servidores vão receber. Isso vai marcar a história do nosso Estado. Talvez nunca na história do nosso Estado alguém conseguiu deixar o Estado dessa maneira tão bem organizada”, falou.

Governador reuniu secretariado e representantes do comércio para anunciar calendário de pagamentos (Foto: Chico Ribeiro)

Quem também elogiou o calendário de fim de ano foi a presidente da Feserp-MS (Federação Sindical dos Servidores Públicos Estaduais e Municipais do Estado), Lílian Fernandes. “Primeiro veio em junho a antecipação de metade do 13° salário, que foi um pedido nosso. Agora, esse anúncio atende os servidores e o comércio para girar nossa economia. Recebemos com satisfação essa notícia. É um reconhecimento do governador Reinaldo Azambuja, que nunca atrasou salários e vem cumprindo compromissos. Teremos um Natal melhor para todos”, pontuou.

Injeção na economia

As três últimas folhas de pagamento do ano serão quitadas pelo Estado em um intervalo de 23 dias. Somadas, elas representam injeção de R$ 1,1 bilhão na economia, em valores líquidos.

Conforme dados da SAD (Secretaria Estadual de Administração e Desburocratização), as listas de remunerações dos cerca de 85 mil servidores públicos terão desembolso de R$ 403,8 milhões (novembro), R$ 257,8 milhões (2ª parcela do 13º salário) e R$ 436,6 milhões (projetado para dezembro), todas em valores são líquidos.

A 1ª parcela do 13º foi paga em junho deste ano.

Fonte: Subcom

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Novembro se despede com tempo seco e pancadas de chuva em Mato Grosso do Sul

O mês de novembro se despede com tempo estável em grande parte de Mato Grosso do Sul. Sol entre nuvens e o tempo seco devem marcar a terça-feira (30) no Estado. 

De acordo com o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), áreas de baixa pressão atmosférica aliada ao aquecimento diurno podem provocar pancadas de chuvas e tempestades isoladas nas regiões centro-norte, bolsão e leste. 

As temperaturas estarão elevadas ao longo do dia, especialmente nas regiões pantaneira e norte, onde as máximas podem ficar próximas aos 40°C. 

Os níveis de umidade estarão bastante baixos no Estado. São esperados índices entre 15-35%, com destaque para a região centro-norte. Entre as medidas para aliviar o desconforto provocado pelo tempo seco, recomenda-se aumentar a ingestão de líquidos, evitar exposição direta ao sol nas horas mais quentes do dia, e umidificador ambientes. 

Os ventos estarão variáveis. Segundo o Cemtec, no começo do dia atuam do quadrante leste e durante o dia giram para o quadrante oeste. São previstas rajadas de vento entre 40-60 km/h e pontualmente podendo atingir valores entre 60-70 km/h.

Na Capital, o sol aparece entre muitas nuvens. A tendência é de temperaturas entre 20°C a 33°C ao longo do dia, e a umidade relativa do ar pode atingir 30% durante a tarde. 

Fonte: Subcom

Relator-geral do Orçamento, Marcelo Castro apresentou texto da PEC com aval do governo eleito

PEC que retira Bolsa Família do teto de gastos recebe 28 assinaturas e vai à CCJ

A PEC da Transição, que exclui do teto de gastos por quatro anos as despesas do Poder Executivo com o programa Bolsa Família, alcançou 28 assinaturas na manhã de ontem e deve seguir para análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O Regimento Interno do Senado exige o apoio de 27 parlamentares para a tramitação de PECs.

O texto da PEC 32/2022 foi sugerido pelo senador Marcelo Castro (MDB-PI), com o aval do presidente da República eleito, Luiz Inácio Lula da Silva. “Com as assinaturas suficientes para a tramitação da PEC do Bolsa Família, continuaremos as negociações para aprovarmos a proposta o mais rápido possível”, diz Castro, que é relator-geral do Orçamento de 2023 (PLN 32/2022). Em nota à imprensa nesta terça, depois de obter as assinaturas necessárias, o senador afirma que a PEC pode tirar, novamente, o Brasil do mapa da fome. “Vamos reconstruir o país com responsabilidade fiscal e social”, declarou.

A proposta permite gastos de R$ 198 bilhões fora do teto em 2023. Desse total, R$ 175 bilhões serão usados para pagar o benefício de R$ 600 para o Bolsa Família a partir de janeiro, além de R$ 150 por criança de até 6 anos de idade. Os R$ 23 bilhões restantes, obtidos por meio do excesso de arrecadação em tributos, devem ser usados exclusivamente em investimentos. “Com as assinaturas suficientes para a tramitação da PEC do Bolsa Família (PEC 32/2022), continuaremos as negociações para aprovarmos a proposta o mais rápido possível”, disse o relator.

O presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre (União-AP), deve indicar um relator para a PEC 32/2022. A matéria será inicialmente votada na comissão e, em seguida, irá ao Plenário do Senado, onde precisa ser submetida a dois turnos de votação. Para ser considerado aprovado, o texto depende do aval de três quintos da composição da Casa, um total de 49 votos favoráveis em cada etapa de apreciação.

Prazo apertado

Para que as regras possam valer a partir de janeiro, a PEC da Transição precisaria ser aprovada no Senado e na Câmara dos Deputados antes do projeto de lei orçamentária anual, que deve ser votado pelo Congresso Nacional até 16 de dezembro.

Como exclui do teto de gastos todas as despesas do Poder Executivo com o Bolsa Família, a expectativa é de que a PEC da Transição abra um espaço de até R$ 105 bilhões na proposta orçamentária de 2023. O dinheiro seria usado para recompor as dotações de ações consideradas subfinanciados no PLN 32/2022. É o caso do Farmácia Popular e do reajuste do salário mínimo.

“Tendo em vista o pouco tempo que temos para aprovarmos a PEC e por ela ser absolutamente indispensável para a governabilidade do país no próximo ano, vamos fazer os ajustes necessários para a aprovação, durante a tramitação da proposta. O texto apresentado excepcionaliza do teto de gastos o valor necessário para dar continuidade ao pagamento dos R$ 600 do Bolsa Família, mais R$ 150 por criança de até 6 anos de idade. E, ainda, recompõe o Orçamento de 2023, que está deficitário em diversas áreas imprescindíveis para o funcionamento do Brasil. Esperamos aprovar a PEC, nas duas Casas, o mais rápido possível para que possamos começar a trabalhar no relatório do Orçamento de 2023”, destacou Marcelo Castro.

Cortes na educação

A PEC de Transição também deixa fora do teto receitas próprias de universidades, obtidas por meio de convênios e doações, por exemplo. De acordo com a proposta, o mesmo acontece com projetos socioambientais ou relativos às mudanças climáticas custeadas por doações.

Na nota à imprensa desta terça, Castro critica o corte recente nos recursos da educação e a redução, no Orçamento proposto pelo Executivo, de valores para a saúde e outros setores. Ele reafirma que os recursos previstos na PEC são essenciais para recompor e manter serviços e programas federais:

“O novo bloqueio de R$ 1,7 bilhão, feito ontem [segunda, dia 28] pelo governo no Ministério da Educação, mostra o quanto o Orçamento do país está deficitário em diversas áreas. Sem a PEC, não teremos dinheiro, por exemplo, para a rede pública de saúde, para o programa farmácia popular, para a compra de vacinas, para a educação, em todos os níveis, para merenda escolar, para os programas de habitação popular, para a manutenção de estradas, para a segurança, para o reajuste do salário mínimo e dos servidores públicos, para o cumprimento das Leis Aldir Blanc 2 e Paulo Gustavo, para as áreas de ciência e tecnologia, incluindo a área de pesquisas, enfim, para quase nada!”, aponta.

Fonte: Agência Senado