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Sufocada pelas tintas e agruras do tempo, Casa do Artesão agora é prédio vivo que transpira cultura

“Estou aqui há 100 anos servindo. Sou um ladrilho hidráulico, tenho muita resistência e força. Atrás de mim, tem a sabedoria de todos os mestres, todos os oleiros e pedreiros que me fizeram. Escute o que estamos falando, que você vai escutar toda a civilização e todos os artistas”.

O trecho é a narrativa do que o restaurador e conservador, Antônio Sarasá ouviu do piso. Responsável pelo projeto de restauro da Casa do Artesão, antes de qualquer um adentrar ao espaço, ele faz o convite: é preciso ouvir o que o prédio tem a dizer para entender sua história.

O piso centenário, o tijolo à vista, a fachada imponente da casa que já guardou tesouros. Da esquina da Avenida Afonso Pena com a Calógeras, a Casa do Artesão antes de ser templo das artes, foi sede da primeira agência do Banco do Brasil de Campo Grande, e viu a partir dali a cidade crescer.

Endereço de encontro para quem procura levar a história e a cultura de Mato Grosso do Sul para terras forasteiras através dos bugrinhos, as artes em osso, madeira, cerâmica kadiwéu, terena, e das mais diversas, hoje o que se vê da calçada é um prédio que transpira cultura.

“Ele estava sufocado por pinturas acrílicas, já tinha perdido as formas. Com vários problemas de estrutura, umidade nas paredes. Fomos removendo todas as pinturas, e usamos uma tinta mineral transpirante, que você pode ver que se mostra a cada momento de uma forma diferente. Ela mancha, sabe por que? Porque é que nem a nossa pele. A casa também está transpirando, quando chove o prédio ganha uma nuance, bate o sol e depois volta. São casas que se mostram vivas”, descreve o restaurador.

A arquitetura

Público na inauguração da Casa do Artesão

Construído entre 1928 e 1923, sob as ordens de Francisco Cetraro e Pasquele Cândida, com projeto do engenheiro Camilo Boni, o prédio só foi destinado ao artesanato em setembro de 1975.

Agora, no processo de prospecção, o imóvel se mostrou com a cor de terra que hoje estampam as paredes por dentro. As janelas foram decapadas, como quem num processo intervencionista consegue adiar a morte. “A arte tem essa condição, a de suspender a morte”, poetiza Sarasá.

No teto, o visitante olha para todo um trabalho de reidratação e reestruturação de madeiras entalhadas a mão, e o gradil que outrora ficou enferrujado hoje brilha graças à limpeza e estabilização.

A parede de tijolos à vista com cerâmica exalta os quatro elementos: água, ar, terra e fogo. “Além da alma do oleiro, do ceramista. Aqui nós mostramos a fisiologia do edifício, que como nosso corpo, não é oco”, compara Sarasá.

Entre poesia, arquitetura, restauro e conservação, a história não passa batido. E logo no centro da casa aparece o antigo cofre que outrora guardou o dinheiro de uma cidade.

Artesanato

No amplo salão da casa, mobiliários que prestigiam a venda de artesanato genuinamente sul-mato-grossense, estão onças e indígenas em cerâmica, capivaras e santas em madeira, colares, bolsas, camisetas, peças que trazem consigo toda trajetória terena e kadiwéu, oratórios, imãs, chaveiros. Por onde se olha, se encontra arte. Todas elas etiquetadas, com valor e o nome de quem criou.

Gerente de artesanato da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, Katienka Klain relembra que a ideia do restauro deu os primeiros passos lá em 2007, seguida de inúmeras tentativas de captar recursos junto a editais. Até que em 2016, o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul anunciou que bancaria com recursos 100% próprios o sonho de cada um dos 4 mil artesãos registrados no Estado.

“Nossa grandiosidade é que o dinheiro foi investido nos artesãos e na cultura sul-mato-grossense”, agradece Katienka.

Em baixa temporada, a Casa do Artesão rende cerca de R$ 80 mil aos trabalhadores, já em épocas de férias, o valor chegar a R$ 300 mil. “Isso gera economia, geração de renda, tem artesão que só deixa peça aqui e consegue ficar em casa, só produzindo, porque a parte comercial está aqui”, explica Katienka.

Nas 2 mil peças que a Casa do Artesão expõem, têm por trás pelo menos 800 artesãos. “Que levam um pouquinho da nossa história de Mato Grosso do Sul e de Campo Grande para o mundo”, completa o diretor-presidente da Fundação de Cultura, Max Freitas.

Local está aberto ao público desde domingo

Investimento

Foram investidos R$ 2,5 milhões de reais no restauro e conservação da Casa do Artesão. Toda a verba vem do programa “Retomada MS”, do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul.

Titular da Setescc (Secretaria Estadual de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania), Marcelo Miranda, pontua o quanto o atrativo turístico vai ao encontro da proposta do Governo Riedel.

“Trabalhando a transversalidade, que tanto o governador Eduardo Riedel nos cobra, aqui estamos unindo cultura e turismo para valorizar a arte de Mato Grosso do Sul. Para as pessoas que vem de fora, estamos colocando este local no roteiro turístico, mas é importante também dar visibilidade para que o povo do Estado tenha a Casa do Artesão como ponto de visitação”, ressalta Marcelo Miranda.

A Casa do Artesão funciona na Avenida Calógeras, 2050, esquina com a Avenida Afonso Pena. O horário de atendimento é de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h e aos sábados, das 8h às 16h.

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Em Maracaju, Joinville conquista a Supercopa Masculina de Futsal e se garante na Libertadores

O Joinville Esporte Clube (JEC/Krona) é o campeão da Supercopa Masculina de Futsal 2023. A equipe catarinense goleou Associação Desportiva Brasil Futuro/Sorocaba/Magnus Futsal (SP) por 4 a 1, neste domingo (19), para ficar com o título. A competição, que teve início no dia 15 de março, teve disputas na Arena Maracaju “Dr. Adersino Valensoela Gomes”, em Maracaju, e contou com apoio do Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer) e Setescc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania).

Os gols do Tricolor de Santa Catarina foram marcados por Xuxa e Henrique, duas vezes cada. O time paulista descontou com Genaro. Com o troféu em mãos, o Joinville assegurou vaga à Copa Libertadores da América deste ano, que acontecerá em Caracas, na Venezuela, de 21 a 28 de maio. O Cascavel Futsal (PR), atual campeão do torneio continental, também representará o Brasil no certame.

“Foram cinco dias de espetáculos, com os grandes protagonistas do futsal brasileiro. E o melhor: em Mato Grosso do Sul, na nossa terra. Hoje, nosso estado já sai na frente para receber competições desse porte e vem se tornando um dos centros do futsal no país”, enfatiza o diretor-presidente da Fundesporte, Herculano Borges.

O terceiro lugar da Supercopa Masculina de Futsal ficou com o Pato Futsal (PR), ao bater o Joaçaba (SC), também neste domingo (19), por 5 a 3. Presente na cerimônia de premiação em Maracaju, o secretário de Estado de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania, Marcelo Ferreira Miranda, comemorou a vinda da competição para Mato Grosso do Sul. “A Arena Maracaju é um complexo de impacto, pensada exatamente para receber eventos grandes eventos, como uma Supercopa de Futsal. O público compareceu e pôde acompanhar de perto todos esses jogos eletrizantes”.

Organizada pela Confederação Brasileira de Futsal (CBFS), a Supercopa teve a participação de clubes que disputaram a Taça Brasil, Copa do Brasil, Copa Sul e Copa Nordeste de Futsal na última temporada: Pato Futsal (PR), Ceará Sporting Club (CE), Joaçaba Futsal (SC), Joinville Esporte Clube/Krona (SC), Associação Desportiva Brasil Futuro/Magnus (SP) e Jijoca Futsal (CE).

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Outono começa nesta segunda-feira com sol e possibilidade de pancadas de chuva

O outono começa oficialmente nesta segunda-feira (20), às 17h25 (horário de MS), e termina em 21 de junho. Segundo a meteorologista Valesca Fernandes, do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul), climatologicamente é o período de transição entre estações chuvosa e seca. 

“No período acontecem as primeiras incursões de massa de ar frio, onde observa queda gradativa da temperatura. Além disso, os dias ficam mais curtos e a umidade do ar cai gradativamente. Neste ano, as chuvas devem ficar dentro ou um pouco acima da média histórica”, disse.

Para esses primeiros dias do outono, o Cemtec prevê dias de sol, com variação de nebulosidade e possibilidade de chuva. Em Mato Grosso do Sul, a temperatura mínima prevista para esta segunda-feira (20) é de 20ºC e a máxima, de 33ºC.

As maiores temperaturas são esperadas para as regiões Norte e Sul do Estado e as menores para as regiões Central e Sul. Na Capital, os termômetros devem marcar de 20ºC a 33ºC.

Fonte: Comunicação do Governo de MS/Foto: Saul Schramm

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Fundação de Trabalho tem 3.028 oportunidades em Mato Grosso do Sul

Mato Grosso do Sul conta com 3.028 vagas de emprego cadastradas na Funtrab (Fundação do Trabalho), 1.211 para trabalhar em Campo Grande.

São oportunidades para as mais diversas funções e exigências de formação. 

Interessados devem fazer o agendamento pelo aplicativo “MS Contrata+ para trabalhadores” e comparecer à Funtrab (Rua 13 de maio, 2773) com RG, CPF e Carteira de Trabalho, no horário marcado.

Confira todas as vagas disponíveis no endereço eletrônico: http://www.funtrab.ms.gov.br/lista-de-vagas-em-destaque/