A Justiça de Mato Grosso do Sul negou na última segunda-feira (24) o pedido do recurso feito após a condenação do ex-goleiro Bruno Fernandes ao pagamento de R$ 650 mil em indenização por danos morais e materiais ao filho que teve com Eliza Samudio. A defesa afirmou que vai entrar com recurso contra a decisão.
A indenização foi estipulada pela Justiça em outubro do ano passado, doze anos após a morte de Eliza, mas a defesa do ex-goleiro entrou com recurso.
O menino, que hoje tem 13 anos, morou em Campo Grande até o início deste ano, quando se mudou para Curitiba para estrear na mesma posição do pai no time de base do Athletico-PR.
Os advogados do atleta alegaram que Bruno não teria condições de arcar com o valor. Isso porque, após ser colocado em liberdade condicional, ele passou a atuar como goleiro em um time da terceira divisão, recebendo salário de R$ 1,2 mil.
Diante das alegações, o desembargador relator da decisão, Marcos José de Brito Rodrigues, esclareceu que o objetivo da indenização por dano moral é dar à pessoa lesada, Bruninho, uma compensação pela dolorosa, aflitiva e constrangedora situação que vivenciou.
Na decisão, o desembargador ainda reiterou que o valor fixado da indenização é razoável, levando em conta a situação econômica da família de Bruninho e a gravidade do caso.
Além de a defesa do jogador afirmar que vai entrar com recurso contra a decisão, a advogada, Alessandra Jirardi, disse que um recurso por parte da família do filho de Bruno, que pedia um aumento do pagamento para R$ 6 milhões, também foi negada.