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Deputados debatem Marco Temporal sobre demarcação de terras indígenas

Projeto de Lei (PL) 490 de 2007, conhecido como PL do Marco Temporal, que está na pauta de votações da Câmara Federal, foi debatido durante a sessão plenária desta terça-feira (30/05). Lideranças indígenas acompanharam os trabalhos no plenário Deputado Júlio Maia. Na tribuna, o assunto foi iniciado pela deputada Gleice Jane (PT), que declarou posição contra a proposta. 

Na semana passada, a Câmara Federal aprovou regime de urgência na tramitação do PL 490, como forma de antecipar o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF), a ser realizado no dia 7 de junho. “É um projeto que cria tensões em torno das pautas indígenas e dos conflitos agrários no País. Na visão dos movimentos sociais é o mesmo que rasgar a Constituição e retirar os direitos das comunidades indígenas”, disse a deputada.

Gleice ressaltou que a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) sempre esteve ao lado de ações que promovam a paz no campo, como a Indicação, enviada à Câmara Federal, pela aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 132/2015, a qual prevê indenização para produtores rurais prejudicados pela declaração de áreas como indígenas.

“Hoje, escutei de uma mulher terena que está disposta a morrer por esta luta. E não é uma fala isolada, todos os índios estão unidos pela demarcação de suas terras. É preciso retomar os estudos de territórios indígenas, que em Mato Grosso do Sul não chega a 3% do território. Se aprovarmos o PL 490, teremos sangue indígenas em nossos produtos, fato que poderá nos custar sanções econômicas internacionais”, falou Gleice.

Para Pedro Kemp (PT), o PL 490 é um retrocesso na luta dos povos indígenas brasileiros. “Pelo menos 1.256 áreas reivindicadas pelos índios não poderão ser demarcadas. É como varrer para debaixo do tapete da história um problema que nunca foi resolvido pelo Brasil”. Para Zeca do PT, a solução a indenização aos proprietários que adquiriram de boa fé as terras do Estado Brasileiro. 

De acordo com Pedrossian Neto (PSD), a aprovação do PL 490 é uma proposta de interpretação do artigo 231 da Constituição. “Nesse entendimento a terra só poderia ser demarcada se for comprovado que os indígenas estavam nela na data da promulgação da Constituição, ou seja, no dia 5 de outubro de 1988. Quem estivesse fora da área nesta data ou chegasse depois deste dia, não teria direito a pedir sua demarcação. Porém, não impede da União utilizar o artigo 13 do Estatuto do Índio para aquisição da terra mediante compra”, explicou. 

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Judoca de Campo Grande disputa campeonato nacional do Rio de Janeiro

O campo-grandense Vinícius Pacheco, de 15 anos, segue para disputa do Campeonato Brasileiro de Judô Sub-18, que será no Rio de Janeiro nos dias 3 e 4 de junho. O atleta foi beneficiado pelo Fundo Municipal de Esporte e Lazer, por meio da Fundação Municipal de Esporte (Funesp), através da Lei nº 6.754.

“É uma nova experiência. O treino está bem pegado, quero chegar lá e dar o meu melhor. Tenho que agradecer essa oportunidade com o Auxílio Atleta, que está me ajudando bastante, tem me possibilitado competir”, diz o judoca, que já tem três títulos estaduais e três títulos do brasileiro regional.

Celia Fernandes, mãe de Vinícius, está empolgada e bem ansiosa com a participação do filho no campeonato nacional. “Todos os dias converso bastante com ele e o ajudo na disciplina como atleta. Estou bastante ansiosa e otimista quanto ao título”.

“O apoio financeiro para os atletas é fundamental, por meio dele conseguimos apoiar e fazer com que consigamos trazer para a cidade e para o Estado grandes resultados. Ano passado os atletas trouxeram títulos importantes para nossa cidade e para o país e neste ano não será diferente”, destaca o diretor-presidente da Fundação Municipal de Esporte (Funesp), Odair Serrano.

Auxílio Atleta

O Auxílio surgiu por meio da Lei nº 6.754, de 20 de dezembro de 2021. Para receber o recurso, o atleta deve ser brasileiro nato ou naturalizado, possuir idade mínima de oito anos, residir no município há mais de um ano e estar em plena atividade esportiva para participar de competições.

O requerimento de concessão deverá ser apresentado à Funesp com até 60 dias de antecedência da competição. Devem ser anexados documentos que comprovem a condição de atleta, calendário do evento, relação dos gastos e comprovante de matrícula em instituição de ensino (para atletas menores de 18 anos).

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Bataguassu terá investimento de R$ 117,52 milhões em indústria de amendoim e soja

Mato Grosso do Sul terá sua primeira indústria de beneficiamento de amendoim e de soja, em Batagassu. A negociação para instalação do empreendimento foi intermediada pelo Governo do Estado, por meio da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).

A cooperativa Casul formalizou o pedido de doação de uma área de 60 mil metros quadrados, à Prefeitura de Bataguassu, para instalação de uma unidade industrial de secagem e beneficiamento de amendoim e de soja, com investimento de R$ 117,52 milhões. A indústria começa a ser construída em 2024 e deve entrar em plena operação até 2028, com geração de ao menos 200 empregos no município.

A entrega do ofício que formalizou a solicitação e o investimento da cooperativa foi realizada pela diretoria da Casul na tarde de hoe (30) ao prefeito de Bataguassu, Akira Otsubo. “Essa ação é resultado do Programa Estadual de Desenvolvimento e Fortalecimento do Cooperativismo no Mato Grosso do Sul (Procoop). Também mostra a diversificação da base produtiva com a expansão da cultura do amendoim no Estado, com mais uma alternativa de produção e de agroindustrialização”, disse o secretário Jaime Verruck, da Semadesc.

O secretário-executivo de Desenvolvimento Sustentável da Semadesc, Rogério Beretta e o secretário Jaime Verruck acompanham há dois anos as negociações da Casul com o Governo do Estado e a prefeitura de Bataguassu. “Os investimentos da Casul para ampliação de sua atuação em Mato Grosso do Sul já foram aprovados em assembleia. A cooperativa já conta com uma loja de insumos em Paranaíba e em Bataguassu”, lembra Beretta.

Ele reforça que o Governo do Estado trabalha intensamente na diversificação das atividades produtivas. Em 2021, uma equipe técnica da Semadesc foi até a região de Bataguassu, para reunir produtores, investidores e discutir a produção de amendoim no Estado.

“O fomento à cultura do amendoim segue a política estratégica de aumentar nossa cesta de produtos agrícolas. Estamos verificando o crescimento do plantio do amendoim na Costa Leste, onde há solo favorável para esse tipo de oleaginosa. Importante destacar que essa expansão está sendo verificada em áreas de pastagens degradadas e que estão sendo reformadas para a agricultura”, finalizou Beretta.

Fonte: Marcelo Armôa, Semadesc / Fotos: Prefeitura Municipal de Bataguassu

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Aos 83 anos, escritor que já foi boiadeiro e garimpeiro realiza sonho de lançar primeiro livro

Durante os 83 anos de vida, Renan Dourado de Assis escreveu muitos contos que ficaram escondidos nas gavetas enquanto ele trabalhava como boiadeiro, garimpeiro, militar e até desenhista arquitetônico. Depois de aposentado, resolveu mostrar as palavras para o mundo e realizará o sonho de publicar o livro “Lagoa Adormecida”. O lançamento será na quinta-feira (1º), em Campo Grande.

O idoso é natural do município de Poxoréu (MT), mas foi registrado tardiamente em Campo Grande. Ele explica que sempre gostou de ler e escrever, mas o trabalho tomava muito tempo de sua vida. Então foi só na aposentadoria que ele conseguiu se dedicar à literatura.

Foram os amigos de Renan que sugeriram a ideia de escrever o livro, em uma ocasião que relatava uma de suas inúmeras histórias.

“Isso me acendeu uma luz na cabeça, então comecei a fazer pesquisas, registrar passagens da minha vida e de outras pessoas que eu conhecia, visitar bibliotecas e escrever. Às vezes não tinha ideia do que escrever, mas a inspiração ia chegando”, conta Renan.

A inspiração foi tamanha que o manuscrito final alcançou 32 capítulos e mais de mil páginas, versão que acabou divida em dois volumes para facilitar a leitura. O romance mistura trechos de passagens de vida do autor com histórias que ele teve contato durante a vida, ou criou durante o processo de escrita, em uma história cheia de reviravoltas e surpresas.

De acordo com Renan, quando começou a colocar as ideias no papel o intuito não era publicá-las, mas sim, deixar uma lembrança para as futuras gerações de sua família. “Era para ser só para a família, mas minhas filhas me incentivaram e decidi publicar”, completou.

Idoso, que hoje em dia é divorciado, tem quatro filhos, cinco netos e uma bisneta. Todos orgulhosos, ressaltou uma de suas filhas, Léa Oliveira.

“É indescritível a felicidade que estamos sentindo pelo nosso pai por estar realizando o sonho de ter seu livro publicado. Foram muitos desafios, mas Deus não permitiu que desistíssemos, e hoje estamos prontos para aplaudi-lo de pé, porque ele é um vencedor”, disse.

Muita história para contar

O aposentado já foi boiadeiro, trabalhou em garimpos e também na lavoura. Com o tempo, passou a trabalhar com construção e resolveu ir para Brasília logo após a capital do Brasil ser fundada.

Lá, ele voltou a estudar e entrou para o Exército, fez curso de desenho arquitetônico e começou a atuar como desenhista. Passou por Campo Grande, Ilha Solteira e São Paulo e viajou por todo o Mato Grosso do Sul fiscalizando obras.

Quando se aposentou, decidiu entrar para a faculdade de Direito. Teve de interromper o curso por problemas de saúde, mas garante que não desistiu de realizar este outro sonho.

“Pretendo, ainda, terminar o curso, mesmo nessa idade. Não vivo do passado, eu vivo o agora e daqui para frente. Ainda tenho muitos sonhos e planos, quero ser lembrado”, completou Renan.

Lançamento

O lançamento do primeiro volume de “Lagoa Adormecida”, do escritor Renan Dourado, será na quinta-feira (1º), a partir das 19h, no Senac Hub Academy, localizado na Rua do Parque, nº 75 – Centro (em frente ao Horto Florestal). A entrada é gratuita.

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MS registra 256 novos casos e 6 óbitos de Covid-19 em uma semana

Em uma semana, Mato Grosso do Sul registrou 256 novos casos e 6 mortes de Covid-19, conforme o boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde (SES), divulgado na manhã desta terça-feira (30).

As seis vítimas que não resistiram aos sintomas da doença têm entre 65 e 92 anos. Todas as vítimas, residiam em Campo Grande. De acordo com a SES, todas apresentavam doenças crônicas como hipertensão e problemas respiratórios.

Desde o início da pandemia, 612.842 pessoas foram infectadas e 11.052 perderam a vida no estado.

Entre os casos ativos, 1.179 pessoas estão em isolamento domiciliar, 11 estão hospitalizadas, com 5 pacientes em leitos clínicos e outras 6 em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).