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Transplantes salvam vidas, mas só ocorrem após doação de órgãos autorizada por famílias

Para ser um doador de órgãos e tecidos basta comunicar a família sobre esse desejo. Em Mato Grosso do Sul, 406 pessoas aguardam pelo transplante de córneas e 171 pacientes por rim.

No Estado são realizados transplante de rim e de tecido músculo-esquelético (que inclui medula óssea) apenas em Campo Grande, e de córnea é feito na Capital e em Dourados. No caso de transplantes de órgãos e tecidos que não são realizados no Estado, o paciente é encaminhado para local onde o procedimento pode ser feito.

Neste ano, até o momento, Mato Grosso do Sul já realizou 139 transplantes de córnea e 22 transplantes renais, também foi realizado um transplante de coração – que na ocasião, havia equipe e estabelecimento autorizados. A lista para transplantes é única e vale tanto para os pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) quanto para os da rede privada.

No dia 27 de setembro é comemorado o Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos e a intenção é conscientizar a população da importância de ser um doador. Em alusão à data, o mês também é lembrado como Setembro Verde, uma luta para que mais pessoas se tornem doadoras.

De acordo com a legislação brasileira, mesmo com a decisão da pessoa de doar os órgãos, em caso de morte, a palavra final é da família, ou seja, não é possível garantir efetivamente a vontade do doador. Sendo assim, o diálogo com a família e amigos é essencial para que o desejo seja respeitado.

A atitude simples, de informar ser doador, pode salvar inúmeras vidas. É o que garante a coordenadora da Central Estadual de Transplantes – da SES (Secretaria de Estado de Saúde) –, Claire Carmen Miozzo. “O transplante só existe se tiver doação de órgãos e tecidos. Que por sua vez acontece se a família da pessoa que morreu fizer a doação. Na maioria dos casos onde existe a negativa, os familiares dizem que o motivo é não saber se a pessoa era ou não doadora. Se isso fica claro, é conversado antes, a família sempre respeita a vontade e autoriza a doação”.

A aposentada Shelma Zaleski, 58 anos, tem ceratocone – doença que compromete a visão e pode levar a cegueira – e já realizou transplante em um dos olhos há 20 anos. Porém, há três meses voltou à fila de espera para fazer o transplante de córnea no outro olho.

“Recebi o diagnóstico e comecei a usar lentes de contato, porque os óculos não resolviam meu problema. Com o passar do tempo, a visão foi piorando rapidamente, principalmente do olho esquerdo, até culminar na necessidade de um transplante de córnea, que é um dos últimos recursos para o meu caso”.

Ela aguardou por três anos até conseguir fazer o transplante. “A recuperação foi longa, mas satisfatória, passei muito tempo enxergando bem, utilizando a lente somente no olho direito. Mas agora, já faz uns cinco anos, que tenho sentido dificuldade novamente em enxergar. E fui encaminhada novamente para o transplante. Estou esperando, mas não tão ansiosa como da primeira vez”, afirmou Shelma.

Após passar por três transplantes, Josiane fala da importância das doações de órgãos

Josiane Pereira Lima, 45 anos, é funcionária pública e também passou por transplante de córnea devido a ceratocone. “No segundo ano de faculdade eu fui submetida ao primeiro transplante de córnea do olho direito, mas não foi bem-sucedido. E oito anos atrás eu precisei refazer o transplante, porém foi bem mais rápido, em um mês e meio. E depois fiz o do olho esquerdo, e esperei uns seis meses para conseguir doador”.

Submetida a três transplantes, ela afirma que as cirurgias mudaram sua vida. “Eu já estava sem perspectiva de estudar. Eu acho que ia ser muito difícil para mim conseguir retomar a minha vida novamente se não fosse por essas doações. Uma parte importante é que as famílias das pessoas que doam córneas, que doam órgãos, não tem noção da amplitude do benefício que eles fazem na vida de alguém. Porque quando ajudam uma pessoa que é receptora de órgão, estão ajudando a família, todos que estão ao redor”, afirmou Josiane.

Espera

A lista de espera funciona baseada em critérios técnicos, na qual a ordem de pacientes a serem transplantados leva em consideração a tipagem sanguínea, compatibilidade de peso e altura, compatibilidade genética e critérios de gravidade distintos para cada órgão. No caso do cumprimento de forma semelhante pelos pacientes, a ordem cronológica de cadastro, ou seja, a ordem de chegada, funciona como desempate. Pacientes em estado crítico são atendidos com prioridade, em razão de sua condição clínica.

O Brasil, por meio do SUS (Sistema Único de Saúde), tem o maior programa público de transplante do mundo, no qual cerca de 87% dos transplantes de órgãos são feitos com recursos públicos, permitindo que cada vez mais pessoas tenham uma vida melhor. A estrutura é gerenciada pelo Ministério da Saúde, que assegura que cirurgias de alta complexidade sejam realizadas para pacientes da rede pública e privada, em situação de igualdade.

A SES explica que todo o processo de doação de órgãos, desde a captação ao transplante é realizada de forma transparente e é acompanhado pelo Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde.

Para ser um doador, basta conversar com sua família sobre o seu desejo. No Brasil, a doação de órgãos só será feita após a autorização familiar. O Ministério da Saúde explica que existem dois tipos de doador – vivo e falecido. O doador vivo pode ser qualquer pessoa que concorde com a doação, desde que não prejudique a sua própria saúde. Ele pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão. Pela lei, parentes até o quarto grau e cônjuges podem ser doadores e não parentes, só serão doadores com autorização judicial.

O segundo tipo é o doador falecido, que são pacientes com diagnóstico de morte encefálica, geralmente vítimas de catástrofes cerebrais, como traumatismo craniano ou AVC (derrame cerebral). Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista única, definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada estado, e controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes.

A Central Estadual de Transplante atende 24h por dia pelos telefones (67) 3312-1400 / 3321-8877. 

Fonte: Comunicação Governo de MS

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Um leque de possibilidades turísticas se abre com a Rota Bioceânica

Aproximadamente 2.200 km separam a capital de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, dos portos chilenos, por um novo trajeto rodoviário, que em breve se tornará possível, abrindo caminho para novas possibilidades turísticas. Trata-se da Rota Bioceânica, que ligará os dois oceanos: Atlântico e Pacifico, facilitando o comércio entre a América do Sul e o Sudeste Asiático. A Rota Bioceânica inclui trechos rodoviários no Brasil, Paraguai, Argentina e Chile.

“Os grandes diferenciais da Rota Bioceânica são as singularidades dos países que a compõem”, explica Thiago Andrade Asato, professor do curso de Turismo da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) e Mestre e Doutor pela UCDB (Universidade Católica Dom Bosco).

Para o professor Asato, a Rota Bioceânica vai atrair todos os tipos de viajantes

O professor Thiago Asato acredita que o turismo sul-mato-grossense terá um crescimento exponencial. “Considerando o trecho de Campo Grande a Porto Murtinho, temos as águas transparentes do Rio da Prata em Jardim, que deve ter um incremento nas vendas turísticas junto a Bodoquena e Bonito, este último um destino já consolidado”, justifica.

Na sua avaliação, a capital Campo Grande terá destaque pela procura pelo Bioparque Pantanal e pelos corredores gastronômicos que a cidade vem aprimorando ao longo dos anos, além do turismo de natureza em seu entorno, onde se enquadra também a modalidade do turismo de observação de aves.

“Oficialmente não temos uma rota turística sul-americana entre países. No mundo, a viagem mais conhecida entre países é o Caminho de Santiago de Compostela. Considero também um trajeto importante a Rota 66, que não é entre países, mas pela dimensão geográfica do itinerário – passa por 5 estados norte-americanos – merece ser estudada como benchmarking“, avalia.

Além de um grande entusiasta pela concretização da Rota, o professor estuda suas potencialidades com o olhar para o turismo desde seu doutorado em Desenvolvimento Local em 2018.

“A vegetação de Chaco Paraguaio é singular. Na Argentina e Chile, temos as paisagens desérticas, que não há no Brasil, como o Deserto de Sal e o Deserto do Atacama. Existe ainda a Bolívia como destino indutor para aqueles que desejarem estender a viagem”, acrescenta o estudioso, que já percorreu várias vezes parte do trecho da Rota Bioceânica, entre o Brasil e Paraguai.

De acordo com o professor, houve uma melhora considerável de infraestrutura em Porto Murtinho, com abertura de um restaurante com espaço para mais de 400 pessoas, além de um amplo espaço de estacionamento para caminhões, já se antecipando ao grande movimento que se espera no trecho de fronteira com Carmelo Peralta, no Paraguai.

“A parte infraestrutural é o primeiro indício de construção de uma rota de turismo e é a fase que vivenciamos no momento. As lacunas estão em parte das estradas em trecho paraguaio e na construção da ponte bioceânica, que já ultrapassa os 25% de sua etapa de construção”.

Assato pontua que nas cidades de fronteira espera-se uma uniformidade em termos de ofertas que compõem a cadeia turística como opções de meios de hospedagem (hotéis, pousadas, hostels e serviços de aluguel por temporada), crescimento do número de agências de viagens, casas de câmbio, oferta gastronômica e entretenimento para diferentes perfis de viajantes.

“Os pontos de apoio na estrada vão evoluir a medida que a ponte binacional se aproxime da sua conclusão. Com esta proximidade, plataformas de aplicativos de motoristas devem ocupar mais espaço nas cidades de fronteira. A gestão da saúde também deve ser pautada com implantação de mais leitos e clínicas ou hospitais”, diz.

Cenários Deslumbrantes

No chaco paraguaio, o turista poderá apreciar lagoas de água salgada e presença de árvores como o palo borracho, típico daquela vegetação. A gastronomia paraguaia já presente em Mato Grosso do Sul será destaque ao longo do trecho da Rota, com menção honrosa ainda para as empanadas argentinas e os vinhos argentinos e chilenos.

“O turismo cultural de Porto Murtinho, Salta, Jujuy e San Pedro de Atacama ficarão ainda mais evidenciados, bem como o patrimônio imaterial, como as danças e festividades: a Pachamama, na Argentina, é uma das mais conhecidas na região. O turismo de observação de estrelas será outro destaque em trecho chileno, bem como o enoturismo no Chile e Argentina”.

O estudioso ainda vislumbra possibilidade para o turismo de negócios. “Certamente se consolidará a partir da concretização da ponte binacional, bem como o turismo de contemplação, que terá como ponto forte a vista dos dois lados da ponte binacional”.

A Rota da Sustentabilidade

O professor analisa que do ponto de vista da sustentabilidade turística, a educação é o principal indutor da mudança de paradigma. Ele acredita que a inserção de uma grade curricular escolar no ensino médio, contemplando eixos como empreendedorismo e idiomas pode ser um caminho de conscientização e capacitação.

“É o segundo elemento característico na construção de uma rota internacional de turismo. Pedágios nos trechos rodoviários, que se voltem para a preservação ambiental, com multas que pesem no bolso do contribuinte, também podem ser pensados. Esperamos que haja leis nos primeiros anos da nova Rota que tragam subsídios para os empresários locais se prepararem com antecedência para criar caminhos uniformes de infraestrutura, pessoas capacitadas e variedade de produtos e serviços”, garante.

Para o professor Asato, a Rota Bioceânica vai atrair todos os tipos de viajantes, “desde a geração Z, iniciando no mercado de trabalho e ansiosa por experiências, principalmente pela lacuna de entretenimento e expansão da ansiedade e traumas que a pandemia do Covid19 trouxe, até viagens de grandes famílias e pessoas em busca de um resignificado para suas vidas, além da experiência de conhecermos três culturas diferentes em uma única viagem.”

Alexandre Gonzaga, Comunicação do Governo de MS

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MS inicia semana com 4,3 mil vagas de emprego em diferentes setores

Para quem busca uma oportunidade no mercado de trabalho, a Funtrab (Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul) começa a semana com 4,3 mil vagas de empregos em diferentes cidades do Estado. As chances são para diferentes setores, como comércio, serviços, setor industrial e construção civil.

Em Campo Grande tem 1.698 vagas disponíveis, entre elas 152 de auxiliar de limpeza, 120 para auxiliar de linha de produção, assim como pedreiro (79), operador de caixa (49), ajudante de carga e descarga de mercadorias (47), atendente de lanchonete (29) e auxiliar de armazenamento (38), entre outros.

Para Dourados, maior cidade do interior do Estado, são 413 oportunidades no mercado. Nesta lista estão vagas de auxiliar de linha de produção (40), motorista entregador (20), operador de processo de produção (20), classificador de grãos (10), assistente administrativo (10).

Polo industrial do Estado, em Três Lagoas a Funtrab tem 215 vagas. As oportunidades aparecem em diferentes setores, entre eles motorista carreteiro (20), pedreiro (20), oficial de serviços gerais na manutenção de edificações (15), operador de caixa (12), atendente de lojas (10) e auxiliar de limpeza (6), entre outros.

Quer for pessoalmente nas unidades da Fundação em busca das vagas precisam levar RG, CPF e Carteira de Trabalho, de segunda a sexta, das 7h30 às 17h30, para concorrer às vagas e também requerer Seguro-Desemprego. (Confira a lista completa).

Fonte: Comunicação do Governo do MS

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Semana começa com tempo instável e possibilidade de chuva em diferentes regiões

O tempo segue instável em Mato Grosso do Sul, com previsão de chuva em diferentes regiões neste começo da semana. Podem ter tempestades, seguidas por raios, queda de granizo e rajadas de ventos em locais isolados. As temperaturas ao longo do dia também estarão altas no Estado.

Segundo o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de MS) este cenário de tempo instável ocorre devido a uma passagem rápida de uma frente fria, aliada ao intenso fluxo de calor e umidade no Estado.

Na região Sul a previsão é de mínima de 15°C e 17°C, tendo máxima de 31°C. Já no Norte do Estado a temperatura pode chegar a 38°C, com mínimas de 24°C e 26°C. Para Campo Grande a máxima fica em 34°C e mínima de 21°C. Os ventos seguem de 40 a 60 km por hora. Pontualmente pode ultrapassar esta velocidade. No meio da semana (quarta e quinta) o cenário será semelhante, com tempo instável e chuvas espalhadas pelo Estado.

Fonte: Comunicação do Governo de MS