indios-1

Júri popular em Presidente Prudente condena a 16 anos de prisão acusado de assassinar indígena em Mato Grosso do Sul

O réu João Carlos Gimenes Brito foi condenado a uma pena de 16 anos de reclusão em júri popular encerrado na tarde desta terça-feira (28), no Fórum da Justiça Estadual, em Presidente Prudente (SP). Ele é acusado de ter assassinado a tiros o indígena Dorvalino Rocha, em 2005, no município de Antônio João (MS).

O júri, que havia sido iniciado na manhã da segunda-feira (27), foi realizado em Presidente Prudente a pedido do Ministério Público Federal (MPF).

O julgamento ocorreu no prédio do Fórum da Justiça Estadual, na Vila Euclides, pois, conforme a Justiça Federal, não havia estrutura adequada no Fórum Federal, que fica no Jardim Petrópolis, para a realização do júri popular.

Indígenas da aldeia Ñande Ru Marangatu, que fica em Antônio João, em Mato Grosso do Sul, viajaram mais de 600 quilômetros para acompanhar o julgamento em Presidente Prudente e na frente do Fórum onde aconteceu o júri popular rezaram na língua guarani.

Em entrevista, a viúva do indígena assassinado, Liria Rocha, enfatizou que, embora 18 anos tenham se passado, ainda é esperada a demarcação da terra indígena naquela região de Mato Grosso do Sul, pois o marido “deu sua vida por ela”.

“Eu toquei a família, dando força, dando suporte e mostrando que aquele território tem que ser demarcado, porque o Dorvalino morreu, ele deu a sua vida pela terra e, com a família, eu prossegui na caminhada, querendo a demarcação da minha própria terra como comunidade indígena”, afirmou.

Já o líder indígena Mário Almeida, que também viajou de Mato Grosso do Sul a Presidente Prudente acompanhando os familiares de Dorvalino Rocha, demonstrou o desejo de justiça envolvendo o crime cometido contra o amigo.

“Hoje, eu venho aqui para acompanhar o desfecho do assassinato de Dorvalino. A situação já vem de muito tempo, dura muito, mas nunca se resolveu […]. Nós, os guarani-kaiowá, também temos direito de lutar até o fim. Nós queremos justiça para resolver esse problema […]. Ninguém vê justiça no Mato Grosso do Sul. Às vezes pode até ver, mas não é só ver, né”, ressaltou.

Para o representante do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), ligado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Matias Benno Tempel, o fato de o julgamento ter sido desaforado para o Estado de São Paulo aponta a situação orgânica do agronegócio e também do genocídio contra os povos indígenas em Mato Grosso do Sul.

Segundo ele, “o Estado e o próprio Poder Judiciário ainda tratam o genocídio dos povos indígenas como questões pontuais, mas o número excessivo de assassinatos de vítimas do povo guarani-kaiowá demonstra que é uma questão estrutural”.

“Os kaiowá estão sofrendo, há muitas décadas, com a falta da demarcação de terras, lutam para recuperar seus territórios e são sumariamente assassinados. Como Dorvalino, nós poderíamos citar mais centenas de indígenas que, infelizmente, foram assassinados e até hoje não se encontrou justiça. Com o Dorvalino, a gente espera que seja diferente. É um caso de réu confesso, é um caso brutal, onde a gente tem todas as provas que se precisa”, argumentou.

“A gente veio acompanhar os rezadores, em especial, a família de Dorvalino, que está, aqui, orando, na sua ancestralidade, no seu processo ritual, para que a justiça seja feita e os Ñande Ru Marangatu a conheçam, porque a buscam há muito tempo e, com isso, também, o avanço do processo das suas terras”, concluiu o coordenador do órgão regional sul-mato-grossense que há 45 anos atua em defesa dos direitos dos povos indígenas do Brasil.

Denúncia

Em princípio, a denúncia pelo homicídio foi feita pelo MPF na 1ª Vara Federal de Ponta Porã (MS), em junho de 2006. A arma de fogo supostamente utilizada no crime foi apreendida e periciada e está acautelada pelo Exército Brasileiro.

O processo correu com depoimentos de testemunhas e a acusação foi aceita em novembro de 2013.

Após o recurso da defesa, o julgamento seria realizado em setembro de 2019. Porém, naquele mesmo ano, o Ministério Público Federal solicitou o desaforamento do tribunal, que foi aceito.

Então, o processo foi encaminhado para a 1ª Vara Federal, em Presidente Prudente, no interior do Estado de São Paulo.

Em despacho do dia 18 de setembro, o juiz Cláudio de Paula dos Santos determinou que o réu João Carlos Gimenes Brito fosse submetido a júri popular nesta segunda-feira (27), no salão do Tribunal do Júri do Fórum Estadual da Comarca de Presidente Prudente. O julgamento foi iniciado na manhã da segunda-feira, suspenso no período noturno e retomado nesta terça-feira (28), quando foi finalizado à tarde.

O crime

O indígena da etnia guarani-kaiowá Dorivaldo Rocha foi assassinado em 24 de dezembro de 2005, em Antônio João, município localizado a 318km de Campo Grande (MS). A vítima estava caminhando em uma estrada no interior da Fazenda Fronteira, quando um carro com seguranças particulares da propriedade se aproximaram.

O motorista, João Carlos, atirou duas vezes na direção da vítima, que foi atingida no pé e no peito.

O indígena chegou a ser socorrido e encaminhado para um hospital, mas não resistiu aos ferimentos.

Ao ser questionado sobre o crime, o suspeito contou outra versão para a polícia. Conforme João Carlos, o seu carro havia sido repentinamente cercado por indígenas agressivos, armados com flechas, facas e pedras.

Na ocasião, ele teria atirado no chão para espantar o grupo, atingindo Dorvalino sem querer.

Após o inquérito policial, os investigadores concluíram que João Carlos havia cometido homicídio doloso, ou seja, que teve intenção de matar.

camara-municipal

Com R$ 6,4 bi previstos, lei orçamentária para 2024 é aprovada por vereadores em Campo Grande

Os vereadores de Campo Grande votaram e aprovaram a Lei Orçamentária Anual (LOA) 2024 em sessão extraordinária nesta terça-feira (28). A previsão é de aplicação de R$ 6,4 bilhões em vários setores públicos da capital.

O montante para 2024 é cerca de 18% maior do que o previsto para 2023. No projeto, 624 emendas assinadas pelos vereadores foram anexadas. Deste total, 187 emendas são impositivas, ou seja, que obrigatoriamente precisam ser cumpridas pela Prefeitura.

A LOA é o documento que apresenta as metas e os principais projetos da Administração a serem executados em 2024. O projeto é o planejamento que indica quanto e onde gastar os recursos públicos.

Cada legislador tem R$ 440 mil para indicar em que tópico devem ser investidos. Metade do valor dever ser destinado ao setor da saúde. Entre as áreas, estão melhorias para educação, construção de academias ao ar livre, revitalização de praças, entre outras coisas.

A sessão extraordinária foi aberta para que o texto fosse votado em primeira e segunda discussão.

cartao-mais-social-730x425-1

Mais Social deve subir para R$ 450 a partir de janeiro de 2024 em MS

O valor do Mais Social deve subir de R$ 300 para R$ 450 a partir de janeiro de 2024 em Mato Grosso do Sul. O aumento do valor do benefício social foi aprovado pelos deputados estaduais em segunda votação, nesta terça-feira (28), na Assembleia Legislativa (ALEMS).

Agora, a matéria segue agora para sanção do governador Eduardo Riedel (PSDB). O aumento do valor do benefício foi proposta da campanha de governo do tucano, em 2023.

Cerca de 70 mil pessoas são atendidas pelo programa em Mato Grosso do Sul. São contempladas famílias com renda inferior a meio salário-mínimo e em situação de vulnerabilidade.

Os beneficiários têm acesso ao valor por meio de um cartão magnético. Com ele podem comprar produtos alimentícios, de limpeza e higiene, além de gás de cozinha.

É proibida a compra de bebidas alcoólicas e produtos à base de tabaco. Neste ano, por conta de irregularidades no uso, cerca de 30 beneficiários foram suspensos.

Casa-da-Mulher-Brasileira_fachada_1-1

Casa da Mulher Brasileira e Emha proporcionam recomeço para mulheres em situação de violência por meio do auxílio aluguel

A Casa da Mulher Brasileira representa um marco nas políticas públicas de enfrentamento à violência contra as mulheres, como também na forma de realizar ações articuladas e intersetoriais. É o resultado da luta das mulheres brasileiras impulsionando a criação de políticas públicas de promoção da igualdade e de eliminação de todas as formas de violência contra as mulheres, considerando que esse é um problema de toda a sociedade e dever do Estado.

A partir do Programa “Mulher, Viver Sem Violência”, criado pela Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres, no ano de 2013, Campo Grande foi a primeira capital do País a receber a implantação da Casa da Mulher Brasileira – CMB – inaugurada em 03 de fevereiro de 2015. É um órgão público que integra, no mesmo espaço físico, os principais serviços especializados de atendimento às mulheres, buscando ofertar serviços articulados e humanizados às mulheres em situação de violência.

Os serviços oferecidos consistem em: Recepção, Acolhimento e Triagem; Psicossocial Continuado; Brinquedoteca; Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam); Promotoria de Justiça; Defensoria Pública; 3ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; Serviço de Autonomia Econômica (Funsat); Alojamento de Passagem; Central de Transportes, Patrulha Maria da Penha e Instituto Médico Odontológico legal.

O setor Psicossocial Continuado atua no monitoramento das mulheres que já passaram por algum atendimento na CMB e precisam de um acompanhamento mais de perto, “Elas sempre me ligam para saber como eu estou, não me sinto sozinha, gosto muito de conversar com elas, me sinto protegida”, relata uma das assistidas.

Em muitos casos, a mulher precisa de apoio e orientação por um período mais longo, e o vínculo com a equipe possibilita um atendimento mais próximo, buscando assegurar que a mulher consiga romper o ciclo de violência, esteja em segurança e que suas demandas sejam atendidas.

O setor é responsável também por fazer o encaminhamento das mulheres para receberem o auxílio do Programa Recomeçar Moradia, administrado pela Agência Municipal de Habitação (Emha) em parceria com a Subsecretaria de Políticas para a Mulher (Semu), que é destinado às mulheres que passaram pela CMB. Atualmente o programa atende 80 mulheres, que recebem R$500,00 mensal, durante um ano, para custear parte de seus aluguéis.

“O Recomeçar Moradia me ajudou a pagar o aluguel, eu pago com ele e isso me deu estabilidade para não ficar pensando se teria o dinheiro todo mês, agora eu sei que vou ter”, disse uma das mulheres beneficiadas nos últimos meses. Conforme a técnica de enfermagem , que passou por atendimento na CMB,  por ter uma formação, ela sentiu receio de procurar a Casa da Mulher Brasileira. “Como uma pessoa mais estudada, até fiquei com vergonha de procurar, mas foi importante a acolhida e terem me levado até minha casa de volta, onde eu morava na época. Está sendo muito importante pra mim”, disse.

Recomeçar Moradia

O programa Recomeçar Moradia, Lei nº 6.797 de 30.03.2022 tem o objetivo de concessão, pela Administração Pública Municipal, de subsídio financeiro, de caráter eventual, destinado ao custeio de despesas com o pagamento de aluguel de imóvel residencial e demais gastos emergenciais relacionados à habitação.

Seu público alvo inclui pessoas em extrema vulnerabilidade social, famílias em situações emergenciais como aquelas residentes em áreas de risco habitacional por enchentes, desabamentos, e outros sinistros; Mulheres e suas famílias, que foram vítimas de violência de gênero com risco de morte e esgotadas todas as possibilidades, no momento, de retorno ao lar e se encontrem sem autonomia financeira.

A Casa da Mulher Brasileira de Campo Grande foi a primeira a ser inaugurada no país, em fevereiro de 2015, sendo referência nacional pelo pioneirismo nas políticas públicas de enfrentamento à violência contra as mulheres, o serviço é prestado 24 horas, todos os dias da semana.

A Casa da Mulher Brasileira está localizada na Rua Brasília, s/n – Jardim Imá

Telefones

Casa da Mulher Brasileira: 2020-1300

Subsecretaria de Políticas para a Mulher: 3382-7541

Patrulha Maria da Penha: 153

Polícia Militar: 190

Central de atendimento à Mulher Nacional: 180

PREFEITURA-DE-CAMPO-GRANDE-EM-IQUIQUE-6

Equipe técnica da Prefeitura de Campo Grande conhece potenciais da Companhia Portuária de Iquique

A equipe técnica da Prefeitura de Campo Grande conheceu a Companhia Portuária de Iquique, localizado na Região de Tarapacá, Chile. Os profissionais junto a prefeita Adriane Lopes participam da terceira edição da Expedição da Rota de Integração Latino-Americana (Rila) para fomentar o desenvolvimento da Rota Bioceânica. Eles participaram de reunião com os diretores da Companhia onde houve entendimento de possibilidade comercial.

O gerente general da Companhia Portuária, Ruben Castro, fez uma explicação técnica sobre o Porto de Iquique, apresentou gráficos de logística, importação e exportação, além de salientar os benefícios da Rota Bioceânica para o escoamento de produção do Chile e do Brasil.

O gerente também destacou a prefeita Adriane Lopes sobre as possibilidades comerciais que o Porto pode oferecer para Campo Grande. A prefeita entendeu sobre o funcionamento na visita técnica e também conheceu as embarcações.

A diretora-presidente da empresa portuária de Iquique, María Magdalena Balcells disse que a presença da prefeita Adriane Lopes na reunião com o corpo diretor do Porto é fundamental para fomentar iniciativas de desenvolvimento econômico entre as cidades.

“Essa visita é muito relevante para começar a concretizar todas as iniciativas de desenvolvimento e as oportunidades que existem entre Campo Grande e a região de Tarapacá, em particular com o Porto de Iquique. Com o funcionamento do corredor Bioceânico podemos dialogar sobre todas as vantagens que oferece Iquique como porta de saída e Campo Grande como um território muito rico”, disse ela, que também elogiou os volumes produtivos da Capital.

O Porto de Iquique existe desde 1930 e María Magdalena é a primeira mulher nomeada como diretora-presidente desde a fundação.

Após a reunião com os diretores, a equipe conheceu a embarcação do Porto e seguiu para o Parque Industrial, Tecnológico e Sustentável de Pozo Almonte.

“As reuniões estão sendo proveitosas. Nós apresentamos nosso interesse comercial e a expectativa de desenvolvimento econômico sustentável da nossa Capital. Após a passagem pela Companhia Portuária, nós também conhecemos o Parque Industrial de Iquique, que fica na Cordilheira da Costa do Pacífico Sul, no deserto mais árido do planeta”, destacou a prefeita.

Na programação desta terça-feira, (28), a equipe participou de agenda com autoridades locais em Iquique, de diversas reuniões e do 4º Fórum dos Territórios Subnacionais do Corredor Bioceânico Capricórnio com prefeitos de Mato Grosso do Sul, Argentina, Paraguai e Chile.

carteira

Funsat oferece 2.492 vagas de emprego em 210 profissões nesta quarta-feira (29)

A Fundação Social do Trabalho (Funsat) oferece 2.492 vagas de emprego nesta quarta-feira (29). As contratações são para 210 profissões, em 286 empresas de Campo Grande. De acordo com a Funsat, são 149 vagas para repositor de mercadorias, 66 vagas para ajudante de carga e descarga de mercadoria, 50 vagas para auxiliar de estoque, 48 vagas para operador de vendas, 25 vagas para magarefe, 21 vagas para técnico de carnes e derivados, entre outras.

Das “vagas de perfil aberto”, que não exigem experiência prévia do candidato na função, são oferecidas 1546 oportunidades em 97 funções. Os processos seletivos são para auxiliar nos serviços de alimentação, com 137 vagas, auxiliar de limpeza, com 105 vagas, consultor de vendas, com 20 vagas, auxiliar de lavanderia, com 13 vagas, auxiliar de logística, com 11 vagas, entre outros.

Para o público PCD (Pessoa com Deficiência), são oferecidas 60 vagas em 13 profissões. As oportunidades são para auxiliar de limpeza, com 29 vagas, auxiliar de linha de produção, com 11 vagas, auxiliar administrativo, com 2 vagas, copeiro de bar, também com 2 vagas, vendedor interno, com 1 vaga, entre outras.

A Funsat reforça que apenas trabalhadores com o cadastro em dia no órgão podem receber os encaminhamentos para entrevistas de emprego.

Tenha o cadastro em dia com a Funsat

O cadastro é feito presencialmente na Fundação, tendo em mãos o documento de identidade ou carteira de motorista, comprovante de residência, número do CPF e dados do histórico profissional.

A Funsat está localizada na Rua 14 de Julho, 992, Vila Glória, com horário de funcionamento das 7h às 17h, de segunda-feira a sexta-feira, inclusive no horário de almoço, realizando também outros serviços como solicitações para a emissão da carteira digital de trabalho, ativação do seguro-desemprego, ou, por exemplo, inscrição de cursos profissionalizantes promovidos pela Fundação. O telefone para contato é o (67) 4042-0585.

Para mais informações, confira o perfil do Instagram @funsat.cg, e no Facebook a página @funsatcampograndems

Drive-Trhu-da-Cassems-Teste-de-Covid-Foto-Edemir-Rodrigues-9-730x480-1

Covid-19 registra 995 novos casos na última semana em MS, com sete óbitos confirmados

Na última semana, 995 novos casos de covid-19 foram registrados em Mato Grosso do Sul. Além dos casos de contaminação, houve ainda sete óbitos devido à doença. Estes dados foram apresentados no boletim epidemiológico divulgado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) nesta terça-feira (28).

De acordo com o boletim, 49 municípios do estado registraram novos casos de contaminação pelo coronavírus nos últimos sete dias. Campo Grande foi responsável pela maior parte das ocorrências, com 340 notificações.

A capital é seguida por Ponta Porã (52), Amambai (41), Dourados (39), Maracaju (33), Sete Quedas (33), Anaurilândia (32), Bela Vista (30), Nova Andradina (28), Itaquiraí (27) e Três Lagoas (26).

Brasilândia, Aparecida do Taboado, Ivinhema, Chapadão do Sul, Fátima do Sul, Iguatemi, Rio Negro, Batayporã, Corguinho, Itaporã, Deodápolis, Rio Verde de Mato Grosso, Mundo Novo e Nova Alvorada do Sul apresentaram entre 23 e 10 casos. Os demais municípios registraram entre 1 e 9 ocorrências.

Na última semana, 7 óbitos foram registrados devido à doença no estado. Entre as vítimas, apenas 2 delas não possuíam comorbidades relatadas. A orientação das autoridades é que as pessoas mantenham a vacinação em dia e completem o ciclo de imunização contra a covid-19.

Fonte: Comunicação Governo MS

IPVA-Transito-Foto-Saul-Schramm-730x425-1

IPVA 2024: Riedel mantém desconto de 40% e mais 15% para pagamento à vista

Os contribuintes sul-mato-grossenses proprietários de veículos automotores vão continuar contando com condições especiais para ficar em dia com o IPVA em 2024. Isso porque o governador Eduardo Riedel publicou decreto nº 16.325, de 27 de novembro de 2023, que mantém os descontos praticados este ano. Contudo há três importantes alterações de isenção, facilidade de pagamento e benefícios para os frotistas, que foram incluídos na legislação estadual.

Os automóveis ou veículos de passeio – além dos tradicionais 15% de desconto para pagamento à vista – terão a alíquota do IPVA mantida em 3% – redução de 40%, haja vista os 5% previsto em Lei. Para caminhão, ônibus e micro-ônibus a alíquota permanece 1,5%, com redução de 50% na cobrança.

Outra redução mantida é para os motorhomes: alíquota de 1,5% (redução de 50%). Já para as motocicletas a alíquota continua em 2%. Os automóveis com capacidade de até oito pessoas, excluído o condutor, que utilizem motores acionados a óleo diesel, a alíquota é de 4,5% (redução de 25%).

As novidades do IPVA 2024 ficam por conta da isenção dos veículos movidos a GNV, possibilidade de pagar a 1ª parcela ou a cota única por meio do PIX e para os frotistas que receberam o benefício da redução de base de cálculo em 2023, os quais não precisarão solicitar a redução para 2024, pois ela será concedida automaticamente, desde que cumpra os requisitos exigidos pela Sefaz-MS.

“Esse ano, a pedido do governador Eduardo Riedel, os contribuintes terão a facilidade do pagamento via PIX. Também a concessão do benefício fiscal de isenção do tributo para os veículos movidos a GNV. O gás natural é um combustível de queima limpa, com menor geração de gás carbônico (CO₂), fato que contribui para a melhoria da qualidade do ar. É o Governo de Mato Grosso do Sul trabalhando para reverter tributos em prol de um MS mais próspero, inclusivo, verde e digital”, afirmou o secretário estadual de Fazenda, Flavio Cesar.

IPVA

O IPVA é a segunda fonte de arrecadação mais importante do Governo do Estado, ficando atrás somente do ICMS. O valor arrecadado é dividido em 50% com os municípios e é aplicado conforme o planejamento financeiro, que vai de pagamento de servidores até políticas públicas como educação, saúde, segurança pública, entre outros.

O valor do tributo é apurado com a aplicação do percentual sobre o valor de mercado do veículo, constante da tabela da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). Para o pagamento à vista do IPVA 2024 continua o desconto de 15%, até o dia 31 de janeiro.

Outra opção é o pagamento em cinco parcelas, sendo 1ª Parcela – 31/01/2024, 2ª Parcela – 29/02/2024, 3ª Parcela – 27/03/2024, 4ª Parcela – 30/04/2024 e 5ª Parcela – 29/05/2024. A Sefaz informa que para os contribuintes que optarem pelo parcelamento, não há desconto.

Vale destacar que os proprietários que adquiriram veículos nos meses de novembro e dezembro de 2023 podem não receber os boletos até dezembro. Nesse caso será feita uma nova remessa no início de janeiro de 2024.

Fonte: Comunicação Sefaz

WhatsApp-Image-2023-11-29-at-07.47.13-1-730x480-1

MS sai na frente e apresenta 1º Plano Estadual de Economia Criativa do País

Depois de dividir Mato Grosso do Sul em oito regiões, percorrer mais de 4 mil quilômetros explicando o conceito e ouvindo os criativos, Mato Grosso do Sul apresenta o 1º Plano Estadual de Economia Criativa do País.

Construído a partir de muitas mãos, a Superintendência de Economia Criativa detalha o que vem a ser o primeiro plano colaborativo para o setor do Brasil, no dia 5 de dezembro, no auditório do Sebrae, em Campo Grande, durante o 1º Encontro Estadual de Economia Criativa.

Para o Plano MS+Criativo sair do papel, e ganhar a cara da Economia Criativa sul-mato-grossense, foram realizados encontros regionais em Corumbá, Naviraí, Ponta Porã, Rio Verde, Campo Grande, Bonito, Dourados e Três Lagoas. 

Em cada um dos pontos, a superintendência ao lado de grandes parceiros como Sebrae, Sesc e Prefeituras Municipais discutiu as potencialidades e eventuais dificuldades da região.

“O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul está ampliando o seu portfólio econômico com a criação do programa MS+Criativo, que é um programa de fomento incentivo e estímulo à economia criativa como uma alternativa a um crescimento próspero, digital verde e inclusivo. A prosperidade é um grande desafio e é a criatividade que vai trazer isso”, ressalta o superintendente de Economia Criativa de Mato Grosso do Sul, Décio Coutinho.

Referência no tema, Décio Coutinho é o superintendente de Economia Criativa de MS que tem organizado junto de toda uma equipe de parceiros as propostas de cada região

Economia Criativa

Economia Criativa é a junção de três elementos: cultura, tecnologia e economia, tudo isso baseado na criatividade do talento humano. Com um dos maiores especialistas do País à  frente, Décio Coutinho, Mato Grosso do Sul criou, no primeiro semestre de 2023, a Superintendência de Economia Criativa, pasta ligada à Setescc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania).

“Nós estamos construindo de forma colaborativa um plano estadual de Economia Criativa através da realização de oito encontros regionais que vão culminar em oito planos regionais. Esses oito planos regionais somados vão traduzir o plano estadual de Economia Criativa, o primeiro plano colaborativo do Brasil”, explica Décio.

Plano MS+Criativo

Onde a caravana do MS+Criativo chega, ouve ideias e encanta público

“Onde tem talentos, têm oportunidades”, foi com este lema que os encontros regionais foram realizados para reunir colaborações de artistas, criativos, artesãos, designers, pessoas ligadas à gastronomia, moda e tecnologia, arquitetura, fotografia, música, artes, e também gestores.

Espelhando as diferenças de cada indivíduo e setor, o documento é construído em cima dos eixos: qualificação, capacitação, gestão, financiamento, ambiente criativo, mercado, inovação, questão legal, Rota Bioceânica e Pantanal. 

Plano terá a cara da Economia Criativa sul-mato-grossense porque ouviu quem faz o setor girar em cada regional

Gestora de Economia Criativa do Sebrae/MS, Daniele Muniz, acompanhou todos os encontros regionais, descreve o momento como de grande responsabilidade e emoção. 

“Nessa construção a gente viu muita coisa boa, muita coisa emocionante, a gente conheceu pessoas que estão na labuta ali nos seus municípios e que precisavam ser ouvidas. Então, visitar as regiões e construir o plano neste formato trouxe a oportunidade de conhecermos a realidade dos criativos no Mato Grosso do Sul”, aponta.

Para o titular da Setescc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania), Marcelo Miranda, trabalhar a Economia Criativa de Mato Grosso do Sul é enxergar o potencial do setor no Estado.

“Mato Grosso do Sul sai na frente de todos os estados com o Plano Estadual de Economia Criativa. No dia 5 a gente faz o encontro estadual para apresentar o plano e transformá-lo num projeto de lei para que a gente possa garantir a valorização da nossa cultura e principalmente a geração de renda para a população”.

O 1º Encontro Estadual de Economia Criativa será realizado no dia 5 de dezembro, a partir das 17h, no auditório do Sebrae, localizado na Avenida Mato Grosso 1661. O evento é aberto ao público, e não é necessária inscrição. 

Através de oficinas, grupos são divididos para que todos tenham espaço nas contribuições

Fonte: Setescc

Pantanal-Foto-Bruno-Rezende-19-730x480-1

Lei do Pantanal: proposta entregue prevê ampliar proteção e reduzir desmatamento

Com regras sobre a gestão de áreas de preservação permanente e reservas legais, a Lei do Pantanal ainda traz de maneira clara as vedações e restrições estabelecidas para o uso das propriedades rurais na AUR-Pantanal (Área de Uso Restrito da Planície Pantaneira) em Mato Grosso do Sul.

As novas medidas propostas no projeto, contribuem para diminuir o desmatamento no território e consequentemente preservam um dos mais importantes biomas do Brasil.

O projeto foi entregue hoje (28) pelo governador Eduardo Riedel à Assembleia Legislativa, que fará os trâmites para discussão e aprovação da legislação, até 20 de dezembro.

O texto também cria o Fundo Estadual de Desenvolvimento Sustentável do Bioma Pantanal, que será dominado como Fundo Clima Pantanal, para promover o desenvolvimento sustentável do bioma e possibilitar a gestão das operações financeiras destinadas ao financiamento de programas de pagamentos por serviços ambientais na área.

“O pantanal sul-mato-grossense tem 9 milhões de hectares, e são 2.800 hectares de soja. Se fala muito do avanço da soja no pantanal, mas é um bioma que tradicionalmente ele não aceita, por questões técnicas, o avanço da cultura. Nós não deixaríamos, e foi um compromisso nosso, de regulamentar atividade agrícola dentro do bioma pantanal, e ela traz as restrições existentes. Será restrito sim, atividades agrícolas dentro do bioma pantanal no que diz respeito a agricultura de uma maneira geral. Isso está colocado e regulamentado dentro da lei”, disse o governador Eduardo Riedel.

A proposta, que vai contribuir na conservação, proteção, restauração e exploração ecologicamente sustentável da AUR-Pantanal em Mato Grosso do Sul, foi elaborada pelo Grupo de Trabalho Pantanal Sul-mato-grossense, instituído em portaria conjunta pela ministra Marina Silva, do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e pelo governador Eduardo Riedel.

As reuniões técnicas para definição dos pontos relevantes contaram com representantes da equipe técnica do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, além do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), ICMbio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), além da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), e diversos segmentos representativos da sociedade – entre ONGs (organizações não-governamentais) que atuam na preservação ambiental e representantes dos produtores rurais.

As diretrizes para a elaboração e implementação de políticas públicas sobre conservação, proteção, restauração e exploração ecologicamente sustentável devem assegurar condições de desenvolvimento socioeconômico, qualidade ambiental e proteção à vida.

Como Patrimônio Público Nacional, o Pantanal precisa ser assegurado e protegido, e por isso a legislação observa questões como a racionalização do uso do solo e dos recursos hídricos, proteção dos ecossistemas, incentivo à pesquisa – orientada ao uso sustentável e à proteção dos recursos ambientais –, recuperação de áreas degradadas, educação ambiental, manutenção de padrões de vida que garantem o bem-estar social da população residente na área e garantia de exploração econômica rentável de atividades tradicionalmente desenvolvidas na região.

A legislação tem pontos específicos em relação a prevenção e o combate ao desmatamento ilegal, e prioriza áreas de preservação permanente de nascentes e recarga de aquíferos, e que permitam formação de corredores ecológicos para recuperação da vegetação.

Também prevê a promoção da restauração de áreas degradadas, por meio de incentivos fiscais, financeiros e de créditos, além do fomento à certificação ambiental de atividades e à rastreabilidade das cadeias produtivas sustentáveis desenvolvidas na área.

Acordos internacionais de conservação ambiental ratificados pelo Brasil, com consolidação e ampliação de parcerias – internacional, nacional, estadual e setorial – para o intercâmbio de informações e para integração de políticas públicas e o fomento à certificação ambiental de atividades e a rastreabilidade das cadeias produtivas sustentáveis foram considerados pelo Governo do Estado no projeto.

A atividade pecuária – extensiva e de pastoreio – foram delimitadas nas áreas de Preservação Permanente (APP) e de Reserva Legal, com permissão ou restrição conforme o tamanho da propriedade e o tipo de vegetação presente.

Para a concessão de autorizações ambientais destinadas à supressão vegetal ou à conversão de pastagens nativas devem ser comprovadas considerado condições prévias entre elas que o imóvel rural esteja regularmente inscrito e aprovado no CAR-MS (Cadastro Ambiental Rural de Mato Grosso do Sul), que não tenha registrado infração administrativa, entre outras exigências.

“A pecuária de corte, e principalmente a cria, é a grande atividade produtiva há 300 anos no Pantanal. Foi essa atividade conduzida da maneira que o produtor pantaneiro, a responsável por manter 84% do bioma preservado e as tradições da nossa cultura. A lei traz a preservação e a garantia de que essa atividade permaneça no bioma, inclusive com a possibilidade do uso da atividade pecuária em áreas de preservação e é muito comum e recomendável pela ciência, em alguns casos. Há de se distinguir no pantanal, quando a gente fala do agronegócio de preservação, respeitando a dinâmica e a lógica do que acontece há muitos anos. O bioma deve ser mantido, mas deve ser garantido a atividade produtiva, porque o produtor tem que ter renda, senão ele deixa o pantanal e a gente perde um dos maiores nativos que é a nossa cultura e a preservação”, disse o governador Eduardo Riedel.

Fundo Clima Pantanal

Pantanal – Tempo – Foto Bruno Rezende

O Fundo Clima Pantanal promove o desenvolvimento sustentável do bioma e possibilita a gestão das operações financeiras destinadas ao financiamento de programas de pagamentos por serviços ambientais.

Os recursos do Fundo serão provenientes de dotações orçamentárias do Estado – 50% advindos de pagamentos de multas ambientais –, créditos adicionais, transferências diversas – acordos, contratos, convênios e outros –, captação, doações, além de comercialização de Reduções Certificadas de Emissões (RCEs – créditos de carbono), emendas parlamentares e outros.

O projeto também autoriza o Poder Executivo a abrir crédito especial no orçamento de 2024, destinado à implementação do Fundo Clima Pantanal.

Fonte: Comunicação Governo de MS