A Prefeitura de Campo Grande, por meio da Subsecretaria do Bem-Estar Animal (Subea), realiza mais um Subea em Ação em Campo Grande. Dessa vez, a população do Bairro Jardim Canguru receberá a iniciativa que conta com vários serviços gratuitos para cães e gatos.
Os moradores do bairro localizado na região do Anhanduizinho vão encontrar serviços como: consulta veterinária, vermifugação, medicação para controle de pulgas e carrapatos, microchipagem, encaminhamento para castração de machos e fêmeas e orientações educativas contra os maus-tratos.
O programa tem o objetivo de descentralizar os serviços oferecidos pela Prefeitura, oportunizando atendimento à população que, por algum motivo, não consegue levar seu animal até a unidade da Subea.
A Subsecretaria destaca que nessas ações não é exigido o número do NIS do tutor, somente documento com foto e comprovante de residência.
Por trás de um termo de posse, um sorriso nos lábios e a sensação de um sonho realizado, está uma trajetória de persistência e superação do jovem indígena Fernando da Silva Souza Júnior, de 27 anos, da etnia Terena, natural da RID (Reserva Indígena de Dourados). Ele agora percorre novos caminhos como o 1º promotor de Justiça de origem indígena sul-mato-grossense, no estado do Pará.
Para conquistar o seu espaço, Fernando – que iniciou seus estudos na escola municipal Tengatui Marangatu, na RID, e depois como os demais jovens moradores da reserva foi para a cidade estudar – passou por muitas adversidades, mas que de acordo com ele, foram elas que o motivaram a seguir firme em seu sonho.
“O período de estudos na cidade, foi de muita dificuldade, das mais diversas, mas ressalto o preconceito racial como a principal delas. Foram inúmeros episódios, em que vivi situações de racismo explícito, que influenciaram, e muito, no desenvolvimento de minha personalidade. Porém, nunca permiti que fosse barreira aos meus sonhos e projetos no âmbito educacional”, detalha.
Hoje o jovem promotor ocupa um cargo de poder, o que é fundamental para garantir a representatividade e a inclusão do povo indígena, proporcionando a voz própria e legítima para defender os interesses e direitos, contribuindo para a promoção da igualdade, da justiça social e do respeito à diversidade cultural.
“Eu sempre soube o que eu queria desde criança, sempre sonhei me formar e trabalhar na área do direito. Após minha faculdade, percebi que o direito possui inúmeras vertentes, todas com sua importância para a sociedade. O trabalho exercido pelo Ministério Público, quando desempenhando com dedicação e visão ampliada, é um trabalho incrível. O promotor de justiça, como o próprio nome diz, possui a função de promover à justiça na sociedade como um guardião da Lei, na defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis”, ressalta.
A conquista representou orgulho para a população indígena sul-mato-grossense, uma vez que o Estado possui a 3ª maior população indígena do país com o total de 116,3 mil pessoas (4,22%) dos habitantes do Estado, distribuídos em 8 etnias e 32 territórios.
“A preparação para concurso público é extremamente difícil. São inúmeras renúncias que é necessário fazer. Tive que abrir mão de muita coisa: lazer, tempo com a família, tempo com amigos. Foram anos de muito estudo e dedicação, finais de semana trancado num quarto estudando, noites e noites na biblioteca de minha antiga faculdade estudando, após um dia todo de trabalho. Desgaste emocional, físico e material, porém, não me arrependo de nada, faria tudo de novo. E eu gostaria de dizer aos jovens indígenas de Mato Grosso do Sul, que lutem por seus sonhos”.
Fernando agora tem a missão de levar suas perspectivas e experiências para dentro do sistema judiciário, em Santa Luzia do Pará, região do nordeste do Pará, a 200 quilômetros da capital Belém.
“Divido essa responsabilidade com um colega e amigo, Dereck Luan Vasconcelos, indígena do Estado do Pará, que ingressou no Ministério Público juntamente comigo. E é uma responsabilidade grande, porque devemos ser agentes multiplicadores em meio ao nosso povo indígena. Trago comigo uma representatividade em que quero muito que seja motivo de orgulho para meu povo, e quero muito, ser propulsor para a construção de muitos outros sonhos dentro de nossas comunidades indígenas, em especial às do ‘meu Mato Grosso do Sul’. E, certamente estarei de alguma forma encontrando caminhos e mecanismos para conseguir ser esse agente multiplicador”.
A presença de jovens indígenas em cargos na justiça também vem como um exemplo inspirador para outras pessoas de suas comunidades, incentivando a busca por mais representatividade e protagonismo em diferentes esferas da sociedade. A diversidade de vozes e experiências enriquece o debate e contribui para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária para todos.
“Jamais admitam limitações, pois nós podemos chegar onde quisermos. É claro, com muito empenho e dedicação. E eu sei que temos inúmeros talentos e jovens empenhados dentro das comunidades indígenas do Mato Grosso do Sul. Sonhem, busquem, lutem e realizem”, finaliza Fernando.
Novos caminhos para as políticas públicas
O Governo do Estado vem a cada ação valorizando e reconhecendo a identidade cultural dos povos indígenas, impulsionado a realidade destas comunidades para novas possibilidades voltadas à realidade local, com foco nessa transformação social.
Para a secretária de Estado da Cidadania, Viviane Luiza, as políticas públicas para os povos indígenas são importantes em vários aspectos.
“Em destaque para o desenvolvimento sustentável que as políticas públicas são cruciais para garantir a proteção dos direitos, o bem-estar e a preservação cultural das comunidades indígenas. Ao priorizar políticas inclusivas e respeitosas, podemos fortalecer essas comunidades, promovendo sua autodeterminação, dignidade e prosperidade. Sendo essencial o que estamos fazendo, que é trabalhar em parceria com os povos indígenas para criar e implementar ações que atendam às suas necessidades e aspirações, promovendo assim uma sociedade mais justa, equitativa e culturalmente rica para todos. Para que mais jovens possam trilhar novos caminhos, seguindo seus sonhos como o Fernando”, explica a secretária.
O ministro Gilmar Mendes votou nesta sexta-feira (29) para, na prática, ampliar a regra do foro privilegiado de autoridades no Supremo Tribunal Federal (STF).
O ministro propôs que, quando se tratar de crimes funcionais, o foro deve ser mantido mesmo após a saída das funções. Isso valeria para casos de renúncia, não reeleição, cassação, entre outros motivos.
Mendes também defende que, no fim do mandato, o investigado deve perder o foro se os crimes foram praticados antes de assumir o cargo ou não possuírem relação com o exercício da função.
Gilmar Mendes é o relator de um pedido de habeas corpus do senador Zequinha Marinho (PL-PA), que quer levar ao STF a competência sobre uma denúncia contra ele, apresentada à Justiça Federal (veja detalhes abaixo). O caso está em análise no plenário virtual do STF.
Decisão de 2018
Em 2018, o plenário do Supremo restringiu o foro privilegiado. Ficou definido que só devem ser investigados na Corte crimes praticados durante o mandato e relacionados ao exercício do cargo.
Com isso, passou a valer o entendimento de que devem ser enviados para a primeira instância da Justiça todos os processos criminais que se refiram a crimes cometidos antes do cargo ou os cometidos no cargo, mas que não tenham relação com a função.
Quando o parlamentar deixa a função, os ministros repassam os casos para outra instância. Só ficam no Supremo as ações em estágio avançado, aquelas em que o réu já foi intimado para apresentar a sua defesa final.
Antes, inquérito ou ação penal que envolvia parlamentar eram repassados ao STF, mesmo que tratassem de fatos anteriores ao mandato.
Nova tese
A nova tese proposta por Mendes é a seguinte: a prerrogativa de foro para julgamento de crimes praticados no cargo e em razão das funções subsiste mesmo após o afastamento do cargo, ainda que o inquérito ou a ação penal sejam iniciados depois de cessado seu exercício.
Decano do STF, Gilmar disse que a restrição do foro privilegiado foi adotada a partir de argumentos equivocados e que é preciso retomar o sistema.
“A compreensão anterior, que assegurava o foro privativo mesmo após o afastamento do cargo, era mais fiel ao objetivo de preservar a capacidade de decisão do seu ocupante. Essa orientação deve ser resgatada”, disse.
Para o ministro, “o entendimento atual reduz indevidamente o alcance da prerrogativa de foro, distorcendo seus fundamentos e frustrando o atendimento dos fins perseguidos pelo legislador. Mas não é só. Ele também é contraproducente, por causar flutuações de competência no decorrer das causas criminais e por trazer instabilidade para o sistema de Justiça”.
Em seu voto, Mendes disse que o foro privilegiado é uma prerrogativa do cargo, e não um privilégio pessoal, portanto, deve permanecer mesmo com o fim da função.
“Afinal, a saída do cargo não ofusca as razões que fomentaram a outorga de competência originária aos Tribunais. O que ocorre é justamente o contrário. É nesse instante que adversários do ex-titular da posição política possuem mais condições de exercer influências em seu desfavor, e a prerrogativa de foro se torna mais necessária para evitar perseguições e maledicências”, disse.
Segundo o ministro, “essa justificativa é ainda mais adequada no contexto atual. Numa sociedade altamente polarizada, marcada pela radicalização dos grupos políticos e pelo revanchismo de parte a parte, a prerrogativa de foro se torna ainda mais fundamental para a estabilidade das instituições democráticas”.
O relator afirmou ainda que o julgamento das ações penais dos acusados de executarem os atos golpistas do dia 8 de janeiro mostra que o Supremo fez avanços estruturais para evitar atrasos nos processos, como análises pelo plenário virtual.
“A eficiência do Poder Judiciário deve ser fomentada não pela restrição de prerrogativas instituídas em benefício das instituições públicas, mas sim por alterações estruturais que tragam mais racionalidade para a tramitação dos processos. O Tribunal tem promovido constantes reformas regimentais para alcançar esse objetivo”, disse.
E completou: “As medidas implementadas produziram resultados tangíveis, como demonstram as ações penais sobre os ataques de 8 de janeiro, cuja instrução ocorreu num bom ritmo, sem sobressaltos e com rigorosa observância do direito de defesa. A experiência recente revela não somente que o Tribunal está preparado para instruir e julgar ações penais complexas, envolvendo detentores de prerrogativa de foro. Ela também comprova que o exercício dessa competência não engessa o funcionamento da Corte nem ofusca suas demais funções institucionais, como a jurisdição constitucional”.
Mendes disse ainda que o objetivo do foro é “a proteção da dignidade de determinados cargos públicos, garantindo tranquilidade e autonomia ao seu titular. Tenho para mim que argumentos pragmáticos, como a pretensão de maior eficiência, não autorizam que a previsão do foro especial seja esvaziada pela via interpretativa”.
Virtual
Os ministros julgam a proposta de Mendes no plenário virtual. Os votos podem ser inseridos até o dia 8 de abril.
O caso envolve um habeas corpus do senador Zequinha Marinho (PL-PA), que pediu para ter sua situação analisada no Supremo.
Ele é réu na Justiça Federal do DF sob acusação de que, entre 2007 e 2015, no exercício do cargo de deputado federal, teria exigido que servidores de seu gabinete depositassem mensalmente 5% de seus salários nas contas do partido, sob pena de exoneração.
A defesa alega que o STF é o tribunal competente para julgar o caso porque ele ocupou sem interrupção funções com foro, exercendo mandatos de deputado federal (2007-2011 e 2011-2015), vice-governador do Pará (2015-2018), e senador da República, a partir de 2019.
Para o ministro, o caso de Zequinha Marinho revela os problemas do atual sistema do foro.
“No total, da instauração do inquérito policial até hoje, já se passou mais de uma década, mas ainda não se concluiu a instrução processual. Não houve nem mesmo o interrogatório do réu. Esse andar trôpego é um retrato sem filtro dos prejuízos que podem ser gerados pelo entendimento atual, que, com a devida vênia, traz instabilidade para o andamento das investigações e ações penais.”
Mendes diz que “é necessário avançar no tema, para estabelecer um critério geral mais abrangente, focado na natureza do fato criminoso, e não em elementos que podem ser manobrados pelo acusado (permanência no cargo)”.
O cheirinho de chocolate é sentido ao longe por aqueles que visitam à Páscoa da Família nos Altos da Avenida Afonso Pena. Basta um breve passeio para descobrir de onde o aroma vem. O ambiente no Espaço Municipal de Cultura Vila Morena que já abrigou a Casa do Papai Noel durante a Cidade do Natal e exposição religiosa na Cidade de Maria, atualmente hospeda a Toca do Coelho, um dos pontos altos das festividades de Páscoa.
Ornado com muitas flores, o lugar lembra um jardim encantado. A decoração conta ainda com diversos coelhinhos e o destaque fica para a cascata “de chocolate” rodeada por guloseimas, que remetem às memórias doces e lúdicas que a Páscoa proporciona. De adultos a crianças, não há quem não se impressione com a decoração. Ramona Martins, veio de Cuiabá a Campo Grande visitar a irmã e passeando pela Afonso Pena, deslumbrou-se com o que viu. “Nós estávamos passando e não íamos descer, mas vendo a decoração e a animação ficamos muito empolgadas. Está tudo muito lindo. Essa Toca é uma verdadeira delicadeza”.
Isabela Raulino, de 7 anos, quis posar para fotos em cada cantinho. “Eu já vim na Cidade do Natal, mas na Páscoa ainda não. Essa toca tem um cheirinho maravilhoso. Eu adorei tudo!”. Mayara Raulino, mãe de Isabela, também aprovou o ambiente. “A gente percebe o carinho com que tudo foi feito, tem beleza em cada detalhe”.
Isabela da Silva Lima, acompanhada do pequeno Olavo observavam tudo com atenção. “É a primeira vez que estou visitando e estou achando muito legal. Meu filho está desenvolvendo agora este lado da ludicidade e acho importante que ele tenha contato com essas coisas, tão criativas. Ele está prestando atenção em tudo”.
Naiara Pereira estava na companhia de sua mãe Nair e da filha Giovana e elegeram a Toca do Coelho como o espaço favorito na Páscoa em Família. “É perfeito! Nunca vi tanta criatividade. Todos precisam vir conhecer. É um passeio para toda a família”.
A programação da Páscoa em Família segue até o dia 31 de março. A Parada da Páscoa acontece todos os dias, assim como as brincadeiras para as crianças e os shows que vão garantir o entretenimento de quem for até o local durante os dez dias de evento. Nesta terça-feira (26), o samba do Sampri anima o evento, a partir das 21h.
O local ainda conta com o passeio do City Tour, com saídas diárias da Vila Morena, às 19h e 20h. O percurso passa em frente ao Bioparque Pantanal, Shopping Campo Grande, Paço Municipal, Obelisco, Praça do Rádio Clube, Praça Ary Coelho, Relógio da 14 de Julho, Estátua Manoel de Barros, Sesc Cultura, Praça das Águas, Parque das Nações Indígenas, Parque dos Poderes, Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS) e Museu das Culturas Dom Bosco.
A Páscoa em Família é uma realização da Prefeitura de Campo Grande, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Sectur) e do Fundo de Apoio a Comunidade (FAC), com promoção da Famasul/Senar, Sesc e Governo do Estado, por meio da Fundação de Cultura e Secretaria de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania. Conta ainda com o apoio da Águas Guariroba, Velutex, Produserv, Solurb, e UCDB.
O maior aquário de água doce do mundo, o Bioparque Pantanal, em Campo Grande (MS), se tornou nesta semana, pela primeira vez, um berçário para os filhotes de uma das mais importantes espécies de animais do Pantanal sul-mato-grossense, a arraia-pintada (Potamotrygon falkneri).
A fêmea de arraia Jussara, de mais de um metro, deu à luz a 14 filhotes no primeiro dia do ano, no recinto Neotrópico.
O biólogo do bioparque, Diego Garcia, explica que a espécie é um dos sete tipos de arraias que vivem na maior planície alagada do planeta e que ela tem uma importância estratégica para manutenção do equilíbrio aquático do bioma.
Garcia diz que o formato desta arraia e suas cores – corpo marrom e manchas amarelas no dorso – confere ao animal um aspecto único e extremamente chamativo, principalmente para os visitantes do bioparque.
Segundo o biólogo, a arraia é vivípara (produz filhotes plenamente formados) e, a fecundação é interna. No recinto do bioparque, habita um macho da mesma espécie. A equipe do aquário notou que a Jussara estava grávida devido ao aumento da sua região dorsal e abdominal e passou a monitorá-la.
Ele diz que a gestação dura entre 4 e 6 meses em média e que nascem de 4 a 12 filhotes, por isso, quando Jussara pariu 14, surpreendeu a equipe e foi uma prova da segurança do animal e da qualidade do ambiente em que esta vivendo.
Os filhotes estão em observação e já estão sendo treinados para se alimentar com filé de peixe. Em ambiente natural, as arraias alimentam-se de larvas de insetos aquáticos, moluscos, crustáceos e peixes.
Sobre o Bioparque Pantanal
O Bioparque Pantanal é o maior aquário de água doce do mundo. Foi inaugurado em 28 de março de 2022 em Campo Grande. O espaço abriga mais de 380 espécies e 250 reproduções, com 49 espécies distintas, 12 registros inéditos no mundo e 12 do Brasil.
O Bioparque Pantanal está fechado desde o dia 2 de janeiro, para manutenção dos tanques e reparos no prédio. O funcionamento neste período será apenas da equipe interna. O parque abrirá as portas para o público novamente a partir da próxima terça-feira (9). As visitas podem ser agendadas pelo site oficial.
A Receita Federal deflagrou ontem (13), uma operação que vai apurar o uso de insumos adquiridos por meio de contrabando e descaminho na construção da 3ª ponte que vai ligar as cidades de Porto Murtinho (BR) e Carmelo Peralta (PY).
Investigações preliminares da Receita Federal apontaram para possível estocagem e utilização de insumos sem comprovação da aquisição no mercado interno ou sua regular importação, conforme a legislação brasileira.
O ingresso irregular de mercadorias no território nacional, além de iludir o pagamento de tributos federais e estaduais, representa burla ao controle exercido também por outros órgãos que regulam as atividades desempenhadas.
A aquisição de todo e qualquer material necessário à construção da obra da ponte internacional pode ser realizada normalmente tanto de fornecedores nacionais, quanto de fornecedores paraguaios, contanto que sejam cumpridas as disposições legais relativas à compra no mercado interno ou a regular importação de mercadoria.
Rota Bioceânica
A ponte é construída por um consórcio binacional, com investimento de R$ 575,5 milhões. A estrutura terá 1.310 metros de comprimento e 20,10 metros de largura. A conclusão das obras é prevista no primeiro semestre de 2025.
O governo federal determinou que o Google e o Facebook retirem anúncios falsos sobre o Desenrola Brasil, programa de renegociação de dívidas em vigor desde o dia 17 de julho.
Desde o lançamento do programa, criminosos vem usando a internet para aplicar golpes e fraudes bancárias ou financeiras. Um despacho publicado hoje (26) no Diário Oficial da União determina que as empresas Facebook Serviços Online do Brasil Ltda. e Google Brasil Internet Ltda. removam imediatamente esses conteúdos.
As empresas têm um prazo de 24 horas para remover o conteúdo indevido e 48 horas para retirar do ar qualquer publicidade relacionada ao Programa Desenrola Brasil que seja patrocinada, fraudulenta ou ilegítima. O não cumprimento da medida por parte das plataformas pode resultar em cobrança de multa no valor de R$ 150 mil por dia.
As empresas também são obrigadas a preservar todos os dados e registros em relação a anúncios e conteúdos retirados. Após a remoção, as plataformas têm dez dias para apresentar um relatório sobre as medidas tomadas para limitar a propagação desse material. Este relatório deve conter detalhes sobre todo o conteúdo e anúncios envolvendo o Desenrola, independentemente de serem legítimos ou não.
Se as infrações forem consideradas graves o suficiente, pode ser instaurado um processo administrativo sancionador.
Por fim, o despacho pede que as autoridades enviem informações sobre esta situação para órgãos estaduais e municipais de defesa do consumidor, bem como para a Advocacia-Geral da União.
O Hemosul Coordenador, em Campo Grande, está com baixo estoque de sangue e em situação de emergência para os tipos “O” positivo e negativo. O local abre em tempo integral neste sábado (20), das 7h às 17h, para receber doações de qualquer tipagem.
Para manter as doações de sangue e continuar atendendo pacientes e hospitais, Hemosul convoca os doadores de sangue a comparecerem em Campo Grande e também nas unidades coletoras do interior do Estado.
Na Capital, além do Hemosul Coordenador, as doações também podem ser feitas na Santa Casa e no Hospital Regional. E no interior as unidades coletoras funcionam em Dourados, Três Lagoas, Ponta Porã, Paranaíba e Coxim. A rede também possui unidades de armazenamento e distribuição em Aquidauana, Corumbá, Naviraí e Nova Andradina.
As doações também podem ser feitas na Santa Casa e no Hospital Regional (HRMS), que funcionam das 7h às 12h – de segunda a sexta-feira.
Para doar basta comparecer à unidade com documentos pessoais, estar bem alimentado e bem de saúde. Também é necessário ter entre 16 a 69 anos e pesar 51 kg ou mais. O Hemosul também reforça que doenças respiratórias deixam o doador inapto enquanto estiver doente.
O Hemosul Coordenador está localizado na Av. Fernando Corrêa da Costa, 1304. Os telefones para contato são (67) 3312-1517 e 99298-6316 (WhatsApp).
Após dois anos de espera pelo público da volta efetiva da folia carnavalesca, com os desfiles de escolas de samba e os blocos pelas ruas da Capital, a Prefeitura de Campo Grande anuncia o Carnaval da Família, que vai integrar a programação 2023. Serão dois dias de alegria, 19 e 21 de fevereiro, no espaço da Cidade do Natal, com atividades voltadas para todas as idades, desde crianças até o público da melhor idade.
“Por dois dias, a Cidade do Natal vai se transformar na Cidade do Carnaval. Estamos planejando uma festa linda, com segurança, onde todas as famílias poderão aproveitar esse momento de alegria. Queremos resgatar o concurso de fantasias para as crianças e levar bandas para tocar as velhas e boas marchinhas e, assim, animar também o público da melhor idade. Todos estão convidados para curtir esse momento especial, irradiando boas energias e vibrações positivas”, disse a secretária municipal de Cultura e Turismo, Mara Bethânia Gurgel.
O evento, que será das 16h às 20h nos altos da Afonso Pena, não terá venda nem o consumo de bebidas alcoólicas liberados no local. Os foliões também vão contar com um cardápio gastronômico variado, disponibilizados pelos food trucks. Além das bandas com músicas carnavalescas, também estão previstas apresentações culturais de peças teatrais, brinquedos infláveis e pintura facial para as crianças.
O Carnaval da Família é uma realização da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo e contará om o apoio da Guarda Civil Metropolitana (GCM), Agência Municipal de Trânsito (Agetran) e da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau).
Praça do Papa
Já os desfiles das Escolas de Samba de Campo Grande acontecem nos dias 20 e 21 de fevereiro, na Praça do Papa – Vila Sobrinho. Os desfiles, realizados pela Liga das Entidades Carnavalescas de Campo Grande (Lienca), contarão neste ano com 8 escolas, sendo que apenas 7 serão julgadas pelos jurados. O evento conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Campo Grande, por meio da Sectur.
A jornalista Glória Maria, ícone da TV brasileira, morreu no Rio de Janeiro nesta quinta-feira (2). “É com muita tristeza que anunciamos a morte de nossa colega, a jornalista Glória Maria”, informou a TV Globo, em nota.
Em 2019, Glória foi diagnosticada com um câncer de pulmão. O tratamento com imunoterapia teve sucesso. Depois, ela sofreu metástase no cérebro, que também pôde, inicialmente, ser tratada com êxito por meio de cirurgia, mas os novos tratamentos não avançaram.
“Em meados do ano passado, Glória Maria começou uma nova fase do tratamento para combater novas metástases cerebrais que, infelizmente, deixou de fazer efeito nos últimos dias, e Glória morreu esta manhã, no Hospital Copa Star, na Zona Sul do Rio”, afirma o comunicado.
Pioneira
Glória foi pioneira inúmeras vezes. Ela foi a primeira a entrar ao vivo e em cores no Jornal Nacional, mostrou mais de 100 países em suas reportagens e protagonizou momentos históricos.
“Eu sou uma pessoa movida pela curiosidade e pelo susto. Se eu parar pra pensar racionalmente, não faço nada. Tenho que perder a racionalidade pra ir, deixar a curiosidade e o medo me levarem, que aí eu faço qualquer coisa.”
Vida e carreira
Glória Maria Matta da Silva nasceu no Rio de Janeiro. Filha do alfaiate Cosme Braga da Silva e da dona de casa Edna Alves Matta, estudou em colégios públicos e sempre se destacou. “Aprendi inglês, francês, latim e vencia todos os concursos de redação da escola”, lembrou, ao Memória Globo.
Glória também chegou a conciliar os estudos na faculdade de Jornalismo da Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio) com o emprego de telefonista da Embratel.
Em 1970, foi levada por uma amiga para ser radioescuta da Globo do Rio. Naquele tempo sem internet, ela descobria o que acontecia na cidade ouvindo as frequências de rádio da polícia e fazendo rondas ao telefone, ligando para batalhões e delegacias.
Na Globo, tornou-se repórter numa época em que os jornalistas ainda não apareciam no vídeo. A estreia como repórter foi em 1971, na cobertura do desabamento do Elevado Paulo de Frontin, no Rio de Janeiro. “Quem me ensinou tudo, a segurar o microfone, a falar, foi o Orlando Moreira, o primeiro repórter cinematográfico com quem trabalhei”.
Glória Maria trabalhou no Jornal Hoje, no RJTV e no Bom Dia Rio. Coube a ela a primeira reportagem do matinal local, há 40 anos, sobre a febre das corridas de rua.
No Jornal Nacional, foi a primeira repórter a aparecer ao vivo. Cobriu a posse de Jimmy Carter em Washington e, no Brasil, durante o período militar, entrevistou chefes de estado, como o ex-presidente João Baptista Figueiredo.
“Foi quando ele [João Figueiredo] fez aquele discurso ‘eu prendo e arrebento’ – para defender a abertura [1979]. Na hora, o filme [para fazer a gravação da entrevista] acabou e não tínhamos conseguido gravar. Aí eu pedi: ‘Presidente, é a TV Globo, o Jornal Nacional, será que o senhor poderia repetir?’. ‘Problema seu, eu não vou repetir’, disse Figueiredo. O ex-presidente dizia para a segurança: ‘Não deixa aquela neguinha chegar perto de mim’”, relembrou.
Sucesso no Fantástico
A partir de 1986, a jornalista integrou a equipe do Fantástico, do qual foi apresentadora de 1998 a 2007. Ficou conhecida pelas matérias especiais e viagens a lugares exóticos, e por entrevistar celebridades como Michael Jackson, Harrison Ford, Nicole Kidman, Leonardo Di Caprio e Madonna.
Com a cantora, Glória teve um encontro que definiu como especial. “Eu saí daqui, e diziam que a Madonna era difícil. Foi antipaticíssima com a Marília Gabriela e debochou do seu inglês”. Ao chegar, Glória Maria foi informada de que tinha quatro minutos para entrevistar Madonna.
A repórter contou que entrou em pânico. Mas, na hora, falou: “Olha, Madonna, eu tenho quatro minutos, vou errar no inglês, estou assustada, acho que já perdi os quatro minutos.” Para sua surpresa, a estrela virou-se para a equipe técnica e disse: “Dê a ela o tempo que ela precisar.”
Viagens a mais de 100 países
Para o Fantástico, a jornalista viajou por mais de 100 países, passando pela Europa, África e parte do Oriente, quando mostrou um mundo novo ao telespectador.
Foi a repórter que entrou no ar ao vivo, na primeira matéria com imagem colorida do Jornal Nacional, em 1977, mostrando o movimento de saída de carros do Rio de Janeiro, em um fim de semana. Naquele dia, foram usados equipamentos portáteis de geração de imagens.
Na primeira cena, a lâmpada queimou e a repórter passou seu primeiro sufoco no ar.
“Eu estava dura, rígida, porque não podia errar. Era a primeira entrada ao vivo. Faltavam cinco, dez minutos, era o técnico que ficava com o fone para me dar o ‘vai’. Quando a lâmpada queimou, faltava um minuto para a entrada ao vivo. O jeito foi acender a luz da Veraneio (carro usado pela emissora nas reportagens).” O repórter cinematográfico e a repórter tiveram que ficar de joelhos, com o farol no rosto de Glória Maria, e a matéria entrou no ar.
A jornalista cobriu a guerra das Malvinas (1982), a invasão da embaixada brasileira do Peru por um grupo terrorista (1996), os Jogos Olímpicos de Atlanta (1996) e a Copa do Mundo na França (1998).
Primeira transmissão em HD
Em 2007, ao lado do repórter cinematográfico Lúcio Rodrigues, a jornalista realizou a primeira transmissão em HD da televisão brasileira. Foi uma reportagem no Fantástico sobre a festa do pequi, fruta de cor amarela adorada pelos índios Kamaiurás, no Alto Xingu.
Volta ao mundo no Globo Repórter
Após 10 anos no Fantástico, Glória Maria tirou dois anos de licença para se dedicar a projetos pessoais, como as viagens à Índia e à Nigéria, onde trabalhou como voluntária. Nesse período, adotou as meninas Maria e Laura e, ao retornar à Globo, em 2010, pediu para integrar a equipe do Globo Repórter, programa do qual faz parte até hoje.
Estreou com a matéria “Brunei Darussalam: A Morada da Paz”; um ano depois fez “Brunei, O País da Felicidade” – as duas matérias sobre o pequeno sultanato no Sudeste Asiático, na fronteira com a Malásia.
Em 2010, esteve no Grand Canyon, nos Estados Unidos, quando andou de balão e desceu de bote o Rio Colorado. No mesmo ano fez Duas Chinas, também para o Globo Repórter, e apresentou ainda o especial de Roberto Carlos na Praia de Copacabana.
Glória foi escolhida pelo Rei para a entrevista que concedeu em sua residência e na qual ele acabou cantando para ela. Em 2011, apresentou o show que o cantor fez em Jerusalém. Na ocasião, Roberto Carlos tirou a apresentadora para dançar.
Em 2012, a jornalista mostrou o Oásis da paz em Omã e fez um passeio com camelos pelo deserto. Logo depois, passou por Dubai.
A França foi um dos países visitados em 2013. Na ocasião, foram exibidas as belezas do Vale do Loire, Champagne e Provence. No mesmo ano, revelou a cultura e os costumes dos moradores do Vietnã, Laos e Camboja. Passou também por Myanmar, no sul da Ásia, onde fez reportagens sobre o misticismo na região.
As paisagens do Reino Unido, Suécia e Lapônia foram temas do Globo Repórter em 2014.
No ano seguinte, a jornalista mostrou as belezas de Marrocos, como a cidade azul, Marrakesh, os encantadores de serpente e a colheita do argan feita pelas cabras. Cruzou o deserto do Saara em um dromedário e mostrou a vida dos povos nômades.
Em 2016, visitou a Jamaica, onde teve a oportunidade de entrevistar o campeão mundial de atletismo Usain Bolt e participou dos rituais de uma comunidade rastafári.
Em 2017, Glória Maria foi à China e fez matérias em Hong Kong, onde cuidou de um panda gigante, e pulou do mais alto bungee-jump do mundo em Macau, com 233 metros de altura.
Em setembro de 2019, Sérgio Chapelin se aposentou, após 23 anos no Globo Repórter. A partir daquele mês, Glória Maria passou a dividir a apresentação do programa com a jornalista Sandra Annenberg.