O MIS (Museu da Imagem e do Som), unidade vinculada à FMCS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul) e à Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura), promoverá a segunda edição do Curso de Fotografia: Câmera de Celular, que ocorrerá de 14 a 16 de agosto, das 14h às 17h. Serão disponibilizadas 30 vagas presenciais para pessoas a partir de 12 anos. As inscrições estarão abertas a partir do dia 13 de agosto, às 10h, por meio do link: https://forms.gle/hgf2DvP32LJeymXw5.
O curso será dividido em quatro módulos: celular iniciante (agosto), celular intermediário (setembro), edição de imagem e iluminação (outubro) e vídeo com celular (novembro), totalizando 40 horas de atividades. Cada módulo funciona como uma oficina independente, permitindo que os participantes escolham conforme seus interesses, sem comprometer o aprendizado. No entanto, aqueles que optarem por cursar todas as etapas terão uma experiência mais completa, aproveitando o encadeamento progressivo dos conteúdos.
O módulo “Fotografia com Celular: Iniciante” é voltado para quem deseja aprender os fundamentos da fotografia utilizando dispositivos móveis. O curso abordará, tanto em teoria quanto em prática, os conceitos essenciais de linguagem fotográfica, incluindo configurações básicas de medição e controle de luz, bem como as principais técnicas de enquadramento e composição. Os participantes que utilizam Android deverão instalar o aplicativo “Open Camera”, enquanto os usuários de iPhone deverão utilizar o “Instamatic”; ambos deverão também instalar o editor “Snapseed”.
Entre os tópicos que serão abordados estão: o conceito de fotografia, fotometria (incluindo balanço de branco, ISO e valor de exposição), cuidados com enquadramento, proporção áurea, regra dos terços, triângulos áureos, ilusão de perspectiva linear, e conceitos de foco, como foco infinito, macro e perspectiva por foco diferencial.
O curso será ministrado por Alexandre Sogabe, coordenador do MIS, que possui vasta experiência e formação acadêmica na área. Graduado em artes visuais pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), com especialização em Arte, Educação e Tecnologias Contemporâneas pela UNB (Universidade de Brasília) e mestrado em Estudos de Linguagens com foco em Fotografia, Sogabe desenvolveu diversos módulos de fotografia, iluminação e edição de imagem para o MIS e outras instituições.
Ele também coordenou três edições do Concurso de Fotografias Patrimônio Histórico e Cultural de MS (Mato Grosso do Sul) e lecionou Fotografia em Publicidade e Propaganda na Anhanguera, além de ministrar cursos em várias cidades do Estado.
Local: MIS (Museu da Imagem e do Som), no Memorial da Cultura e Cidadania “Apolônio de Carvalho” – Av. Fernando Corrêa da Costa, 559, 3º andar – Centro – Campo Grande (MS)
Na próxima sexta-feira (9) acontece em Campo Grande o ‘I Encontro Mulheres em Foco – Encontro dos Agentes que Atuam Frente à Violência de Gênero’. O evento é promovido pela Polícia Civil, por meio da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) de Campo Grande, e conta com o apoio da SEC (Secretaria de Estado da Cidadania).
A ação faz parte das iniciativa da campanha Agosto Lilás e será realizada a partir das 8 horas, no auditório do Plenário ‘Des. Nery Sá e Silva de Azambuja’ do Tribunal Regional do Trabalho.
A proposta do encontro é capacitar servidores para um atendimento mais humanizado e eficaz às vítimas, além de conscientizar os acadêmicos sobre a importância do reconhecimento das causas que levam ao aumento da violência de gênero, especialmente no contexto atual de incursão do Estado nas comunidades indígenas.
Essa reflexão é crucial, considerando que a violência de gênero se define como qualquer tipo de agressão física, psicológica, sexual ou simbólica contra pessoas em situação de vulnerabilidade, em razão de sua identidade de gênero ou orientação sexual.
Entre as palestrantes de destaque, o evento contará com a presença da escritora e professora convidada da Universidade de Nova Iorque, Djamila Ribeiro, que ministrará a palestra “Refletindo Sobre a Violência Contra a Mulher”. Reconhecida pela BBC como uma das 100 mulheres mais influentes do mundo, Djamila é colunista do jornal Folha de São Paulo e uma voz proeminente no debate sobre questões de gênero e raça no Brasil.
Outra presença marcante será a da médica e psiquiatra Ana Beatriz Barbosa, autora de nove livros, incluindo “Mentes Perigosas – o psicopata mora ao lado” e “Sorria, você está sendo filmado”. Ana Beatriz abordará o tema “Mentes que Amam Demais”, trazendo sua experiência na área da psiquiatria e do comportamento humano.
O evento também contará com palestras da Secretária de Estado da Cidadania, Viviane Luiza, que falará sobre “Gênero e Interculturalidade: Caminhos para a Justiça Social”; da Delegada da Polícia Civil do Piauí, Eugênia Nogueira, que discutirá “Desafiando o Feminicídio para Além da Intimidade”; e de Neca Chaves Bumlai, Diretora-Geral da Faculdade Insted, que abordará o tema “Empreendedorismo Feminino”.
Com um público estimado de 280 pessoas e enfoque no empoderamento e na formação de uma rede de apoio entre os agentes que atuam nessa área, o I Encontro Mulheres Foco será um espaço de diálogo, troca de experiências e construção de estratégias eficazes para o enfrentamento da violência de gênero.
Agosto Lilás
Instituída pela Lei Estadual nº 4.969/2016, a campanha Agosto Lilás tem como objetivo intensificar a divulgação da Lei Maria da Penha, sensibilizar e conscientizar a sociedade sobre a necessidade de acabar com a violência contra a mulher. Em 2022, a Lei 14.448/2022 estabeleceu o Agosto Lilás como um mês de proteção à mulher em âmbito nacional. Este ano, a campanha celebra os 18 anos da Lei Maria da Penha com o tema “Mulheres Vivas. Feminicídio Zero”.
A campanha, idealizada pela Subsecretaria de Políticas Públicas para Mulheres (SPPM), reúne diversos parceiros governamentais e não-governamentais, promovendo ações de mobilização, palestras e rodas de conversa para combater a violência doméstica e familiar contra meninas e mulheres.
Violência de gênero
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 35% das mulheres em todo o mundo já foram vítimas de violência física ou sexual em algum momento da vida. Entretanto, é importante ressaltar que homens e minorias sexuais também podem ser alvos dessas agressões.
No âmbito do Direito Internacional, a violência de gênero é reconhecida como uma ofensa à dignidade humana e uma manifestação das relações de poder historicamente desiguais entre gêneros, conforme delineado pela Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Mulheres (CEDAW) e pela Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra a Mulher.
Serviço:
Evento: I Encontro Mulheres Foco – Encontro dos Agentes que Atuam Frente à Violência de Gênero
Data: 9 de agosto de 2024
Horário: Das 08h00 às 17h30
Local: Auditório do Plenário “Des. Nery Sá e Silva de Azambuja” – TRT 24ª Região
Endereço: R. Delegado Carlos Roberto Bastos de Oliveira, 208 – Jardim Veraneio, Campo Grande – MS
O Governo de Mato Grosso do Sul, por meio do Programa Decola MS, garante mais quatro importantes conexões nacionais a partir da capital, Campo Grande: Belo Horizonte (MG), Florianópolis (SC), Porto Seguro (BA) e Rio de Janeiro (RJ). Com isso, os viajantes terão mais oportunidades para explorar novos destinos.
Entre os objetivos da política de incentivo à ampliação da malha aérea, está o aumento do fluxo turístico para o Estado e seus destinos turísticos.
“Os novos voos diretos que chegam em Campo Grande são muito importantes, pois vão ampliar a conectividade aérea para os nossos destinos. Isso é fruto de um trabalho que vem sendo realizado há muitos anos, por meio do programa Decola MS, que a Fundação de Turismo, a Semadesc e a Sefaz vêm realizando”, destaca Bruno Wendling, diretor-presidente da FundTur.
Wendling destaca ainda que alguns eram pleitos importantes nas negociações por novos voos.
“Principalmente a volta do voo direto Campo Grande-Belo Horizonte, pois o mineiro é um público que nos interessa, que já é uma demanda muito boa para o Estado e que agora deve aumentar com esse voo potencial. O Rio de Janeiro também é uma demanda que a gente sempre solicita e que já vem operando de forma pontual na alta temporada, mas agora vem de forma mais alongada: de setembro até janeiro”.
O Estado mantém também o compromisso de parceria com a Gol Linhas Aéreas, de operar sempre na alta temporada (junho, julho, dezembro e janeiro) com perspectiva de consolidação da conectividade.
“Os demais voos, que são Florianópolis e Porto Seguro, a gente sabe que são voos pontuais e de teste, mas entendemos que é um mercado que pode se consolidar, principalmente daqui para Florianópolis e vice-versa também. Entendemos ainda que, aumentando os destinos emissores conectados diretamente com Campo Grande, naturalmente a gente potencializa o fluxo e facilita a vinda do turista para o Estado, o que fortalece a nossa imagem no mercado nacional. Vamos continuar trabalhando para consolidar esses voos e atrair novas conectividades com novos destinos também”, finaliza o diretor-presidente.
Decola MS
O Programa Decola MS foi criado em 2017 pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul e garante a redução da alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre o combustível da aviação, facilitando a abertura de novos voos comerciais no Estado e a redução das passagens aéreas
Sempre trazendo novidades para os visitantes, o Bioparque Pantanal apresenta seus mais novos habitantes, filhotes de Acará-açu, de nome científico Astronotus crassipinnis. O animal é comumente encontrado em baías do Pantanal, mas também pode ser encontrado em porções lênticas de rios e riachos.
Os pequenos peixes nascidos no maior aquário de água doce do mundo, são frutos do trabalho de conservação desenvolvido no empreendimento e seus pais podem ser contemplados no tanque Margens dos rios.
Conhecido popularmente como Oscar, o peixe é a maior espécie de acará do Pantanal, podendo chegar a 25 centímetros de comprimento. Os filhotes apresentam o padrão de colorido muito diferente dos adultos, com o corpo escuro e a presença de numerosas manchas claras irregulares.
Curiosidade
Uma das características da espécie é o cuidado biparental, o que significa que o macho e a fêmea dividem o cuidado e a proteção dos ovos e dos filhotes. Quando sentem algum tipo de ameaça, os pais colocam os filhotes na boca para protegê-los.
Ambos os pais defendem o território contra intrusos para garantir a segurança dos filhotes. Esse cuidado é crucial para a sobrevivência dos pequenos, especialmente em seu habitat natural, onde os predadores são abundantes.
Bem-estar
Vários aspectos relacionados ao ambiente podem influenciar na reprodução dos animais, portanto a reprodução em ambientes sob cuidados humanos é o ápice do bem-estar animal. Conforme explica a diretora-geral do Bioparque Pantanal, Maria Fernanda Balestieri o empreendimento conta com uma equipe que realiza monitoramento e ajustes constantes para garantir o bem-estar de todo o plantel.
“Realizamos um trabalho integralizado entre as equipes do Sistema de Suporte à Vida (SSV), manejo, nutrição, sanidade e bem-estar animal, tornando o trabalho de conservação uma realidade constante no empreendimento”.
Motoristas com CNH (Carteira Nacional de Habilitação) nas categorias C, D e E que não renovarem o exame toxicológico dentro do cronograma estabelecido pela Senatran (Secretaria Nacional de Trânsito), serão autuados a partir de 1° de maio, pelos agentes da autoridade de trânsito dos Departamentos de Trânsito (Detrans) estaduais. Conforme o artigo 165-D do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), a penalidade da infração é multa no valor de R$ 1.467,35 e sete pontos na carteira nacional de habilitação (CNH).
Uma alternativa para quem não conduz veículo que exija habilitação C, D ou E, é o rebaixamento de categoria, que custa a partir de R$343,51, dependendo da validade da CNH ou se o condutor pretende exercer atividade remunerada na categoria A ou AB.
“Esse condutor que possui a sua CNH na categoria C, D ou E, e por algum motivo não atua como motorista profissional, precisa agendar atendimento na agência do Detran-MS, onde irá preencher um requerimento para solicitar o rebaixamento de categoria. Com esse pedido, o Detran registra uma ocorrência para controle e automaticamente marca na base local a categoria rebaixada para que ele abra um processo de renovação nessa categoria. Com isso, ele passará pelo exame médico e ou psicológico e médico, sendo avaliado na categoria solicitada, para emissão da CNH. O rebaixamento somente é efetivado no sistema nacional, após a emissão da nova CNH”, explicou o gerente de habilitação do Detran-MS, Luiz Fernando Ferreira.
A Secretaria Nacional de Trânsito reforça que os condutores que não regularizarem a situação, receberão multa mesmo que não exerçam atividade remunerada. Desde 2016, é obrigatório o exame toxicológico na obtenção e renovação das categorias C, D e E. Assim como, a cada 2 anos e 6 meses, independente se o condutor exerce atividade remunerada ou não.
Dados do Senatran apontam que 3,4 milhões de condutores das categorias C, D e E ainda estão em situação irregular em todo o Brasil. Levantamento do dia 25 de abril, mostra que na região Centro-Oeste, 328.937 condutores seguem com os exames pendentes, sendo 61,517 em Mato Grosso do Sul.
O prazo para o primeiro grupo de motoristas profissionais com vencimento da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) entre janeiro e junho, terminou em 31 de março. Já o segundo grupo, que trata dos condutores com vencimento da habilitação entre julho e dezembro, deverá realizar o exame toxicológico dentro do prazo legal previsto para 30 de abril.
Novo sistema de consulta
Para auxiliar os motoristas, a Secretaria Nacional de Trânsito criou uma página online que permite consultar necessidade ou não de realizar exame.
A poucos dias do fim do prazo para realização do exame toxicológico, na próxima terça-feira (30), a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) voltou a notificar esta semana, via Carteira Digital de Trânsito (CDT), os condutores das categorias C, D e E que ainda não regularizaram a situação. Além disso, a Senatran criou uma página na qual os motoristas podem consultar de maneira simples, se precisam ou não fazer o teste. Confira aqui.
Para saber se é necessário ou não fazer o exame toxicológico basta acessar a página e seguir os seguintes passos: • Informar CPF, data de nascimento e data de validade da Carteira Nacional de Habilitação nos espaços informados; • Clicar no botão “Prosseguir”; • Imediatamente, o usuário será conduzido a uma das telas abaixo, com detalhamento de prazos, vencimentos e alertas.
Concorrendo no tarifário com outros roteiros no mesmo período, Bonito terá um julho especial e mais acessível por via aérea com a maior oferta de voos em um mês de alta temporada: a Azul anunciou que vai operar todos os dias e a Gol sairá de Congonhas direto para o destino durante 22 dias, não operando apenas às segundas e sextas-feiras.
A ampliação da malha aérea, meta da Fundtur/MS (Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul), do município e do trade da Rota Bonito Serra da Bodoquena, impulsiona o fluxo turístico em um mês de maior movimento na região. Em julho do ano passado Bonito recebeu público recorde (29.519 visitantes, segundo o Observatório do Turismo), com 3.036 desembarques no aeroporto regional e 67% de ocupação hoteleira.A Azul, que voa quatro vezes por semana para Bonito, anunciou os voos extras com saída às 10h55 e 11h05 de Viracopos, aeroporto de Campinas (SP). A Gol vai decolar às terças, quartas, quintas, sábados e domingos de Congonhas, às 14h05.Voos o ano todoPara o diretor-presidente da Fundtur/MS, Bruno Wendling, a ampliação dos voos para o melhor destino de ecoturismo do Brasil é resultado das ações estratégicas do Governo do Estado na captação de mais voos para Mato Grosso do Sul e a resposta de Bonito e região com a crescente demanda por mais assentos, com expectativa de alta taxa de ocupação em julho.“Esse incremento de novos voos pelas duas companhias é muito significativo e reflete no trabalho que a fundação tem realizado nos últimos anos, com o objetivo de melhorar a logística e oferta de assentos ao nosso principal destino. O fluxo cresceu 50% e essa demanda é mais do que suficiente para Bonito receber voos diários durante o ano todo”, disse ele.Lucas Alves Ferreira, presidente do Comtur (Conselho de Turismo de Bonito), avalia como altamente positivo o incremento de voos para julho, com reflexos diretos no aumento do fluxo de visitantes no mês. “A malha diária vem ao encontro da busca de Bonito por conexões mais rápidas e eficientes dentro e fora do país, atraindo um público com maior poder aquisitivo”, comentou.Mais competitivo
Além de facilitar o acesso de brasileiros e estrangeiros à Capital do Ecoturismo do Brasil, o aumento no número de voos das duas companhias torna a rota competitiva no mês das férias, conforme simulação realizada pela Crisval Tour, agência do Zagaia, resort que integra a rede hoteleira de Bonito.Em cotação feita para um mesmo período de julho, a tarifa de ida e volta do voo São Paulo-Bonito se equiparou a outras duas rotas (São Paulo-Recife e São Paulo-Porto Alegre) de maior procura, numa demonstração de que Bonito se fortalece no concorrido mercado das aéreas.“Podemos esperar um aumento na procura do destino para o mês com mais opções de chegadas e partidas e com a comodidade que os novos voos proporcionam”, avaliou Gitane Klain, gerente da agência. “Teremos mais facilidade de vender o destino com pacotes com aéreo incluso chegando em Bonito e, assim, trabalharmos melhor o público fora do Estado”.
Fonte: Assessoria região Bonito/Serra da Bodoquena
Os proprietários de veículos automotores contam com mais um auxílio do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul para ficar em dia com o fisco. Isso porque, conforme publicação em Diário Oficial realizada na última quarta-feira (24), novas condições foram liberadas para os contribuintes, tornando mais favorável o parcelamento do IPVA para os proprietários de veículos automotores sul-mato-grossenses.
Conforme o secretário de Estado de Fazenda, Flávio César, a equipe econômica trabalha para auxiliar os contribuintes, promovendo flexibilidade, agilidade e qualidade de atendimento. O parcelamento dos débitos do IPVA publicado ontem é referente a parcelas não pagas (do parcelamento automático oferecido pelo Estado anualmente, em cinco vezes). Com isso, os contribuintes podem quitar a dívida referente ao imposto do ano passado e anos anteriores.
“A Secretaria de Estado de Fazenda tem como missão não apenas fiscalizar e tributar, mas também estender a mão, auxiliar o contribuinte com a criação de políticas públicas que beneficiem toda a sociedade. Assim, por determinação do governador Eduardo Riedel, nossa equipe econômica se empenhou em realizar estudos que para que, sem causar impacto nas contas públicas, fosse possível criar condições mais favoráveis para os proprietários de veículos automotores ficarem em dia com o fisco”, explicou o secretário.
Entre as novas regras estabelecidas estão:
1 – limite único de parcela tanto para carros quanto para motos – 1,45 UFERMS (antes: Moto – 1,45 UFERMS e carro 2,62 UFERMS);
2 – Ajuste das regras de correção dos débitos de acordo com a SELIC (antes as parcelas eram corrigidas pela UFERMS);
3 – Retirada da condição de não poder fazer novo parcelamento para os contribuintes que tinham parcelamento anterior rompido e não quitado na PGE (Procuradoria Geral do Estado). Agora basta que ele esteja com os pagamentos em dia, tanto na Sefaz quanto na PGE;
4 – Em função do aumento da segurança e da nova LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), os novos parcelamentos só poderão ser solicitados via Portal e-Fazenda;
Outra mudança prevista no decreto é que o pagamento da primeira parcela deve ser realizado na data da formalização do pedido e não mais em data definida pelo contribuinte. A Sefaz reforça a importância do pagamento do IPVA, haja vista que o proprietário em débito fica impossibilitado de realizar o licenciamento veículo. Com o documento desatualizado, o automóvel pode ser apreendido pelas autoridades competentes. Além disso, o dono pode ter o nome inscrito na dívida ativa do Estado, medida que impede a prestação de concursos públicos e dificulta financiamentos, entre outros.
IPVA
O IPVA é a segunda fonte de arrecadação mais importante do Governo do Estado – em primeiro está o ICMS. O valor arrecadado é dividido em 50% com os municípios e aplicado conforme o planejamento financeiro, que vai de pagamento de servidores até políticas públicas como educação, saúde, segurança pública.
O valor do tributo é calculado sobre os preços médios de mercado do automóvel (valor venal), multiplicado por sua alíquota. O valor de mercado é avaliado pela tabela da FIPE, contratada para apurar a base de cálculo do imposto. Para 2024, foram lançados 898.515 carnês, para os proprietários de veículos em Mato Grosso do Sul. A expectativa de arrecadação é de R$ 1,2 bilhão.
Em 2024, o IPVA iniciou o ano trazendo facilidades. Foram instituídas a isenção dos veículos movidos a GNV, possibilidade de pagar a primeira parcela ou a cota única por meio do PIX e para os frotistas que receberam o benefício da redução de base de cálculo em 2023, os quais não precisaram solicitar a redução para 2024, pois ela foi concedida automaticamente, desde que cumpridos os requisitos exigidos pela legislação tributária.
“Esse ano os contribuintes contaram com inúmeros benefícios. A política da atual gestão, de olhar mais para as pessoas, segue sendo aperfeiçoada. É o Governo de Mato Grosso do Sul trabalhando para reverter tributos em prol de um MS mais próspero, inclusivo, verde e digital”, finalizou Flávio César.
O primeiro atendimento do Procon/MS em território indígena foi realizado na última semana, na região de Bodoquena. A equipe de servidores cruzou a serra para ouvir o povo Kadiwéu, dentro do território deles.
Foi durante o I Festival da Cultura Kadiwéu, na Aldeia Campina, que a instituição vinculada à Sead (Secretaria de Assistência Social e dos Direitos Humanos) deu início a primeira etapa do projeto “Procon vai as Comunidades Quilombolas e aos Territórios Indígenas”. A ação é fruto de articulação e parceria com a Subsecretaria de Políticas Públicas para Povos Originários.
“Estamos indo até as comunidades com nossos serviços de atendimento e orientação para conscientizar que os povos originários e quilombolas encontram no Procon/MS a voz para terem assegurados os seus direitos enquanto consumidores. Já demos o primeiro passo e vamos estar ainda mais próximos”, diz o secretário-executivo do órgão, Angelo Motti.
Solange da Silva Vito, conhecida como Sol Guarani, atua como agente de ações sociais e atendente da instituição. Filha de Marta Guarani, líder da etnia e articuladora das causas indigenistas e feminista, ela comenta ser emocionante integrar o projeto de ir às comunidades
“Foi maravilhoso poder atender e ouvi-los. Fico emocionada de, por meio do meu trabalho no Procon/MS, chegar ao nosso povo originário e em seu território. É difícil para o meu povo sair e reivindicar seus direitos [como consumidores]”, relata Sol.
A equipe de servidores contou com a tradução das orientações realizada por Benilda Vergílio, Bení Kadiweu Examelexe, que integra a Subsecretaria parceira na ação. O cacique Pedro Nunes convidou durante o festival o secretário-executivo do Procon/MS e a técnica e mestranda em Estudos Culturais, Ana José Alves, como jurados do Concurso de “Miss Guardiã da Cultura”.
Procon nas comunidades
Articulado pela Assessoria de Integração e Relações Institucionais, o projeto “Procon vai as Comunidades Quilombolas e aos Territórios Indígenas” vincula o direito do consumidor em diálogo obrigatório com os direitos constitucionais. Inédito, ele também reforça proposta do Governo de Mato Grosso do Sul de ser um Estado inclusivo.
Desde quinta-feira (18), e até domingo (21), Mato Grosso do Sul participa da Rodada de Negócios da Foco Operadora. O maior evento de negócios no turismo do Nordeste acontece em Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco, e coloca seus produtos e serviços diante dos melhores agentes de viagens dos mercados do RN, PB, SE, CE e PE.
Segundo Rogério Chelotti, da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul, a participação da FundturMS na Rodada de Negócios Foco Operadora se mostra de grande importância para capacitar os agentes de viagens da região Nordeste do país que, cada vez mais, precisam de informações de qualidade sobre os destinos turísticos de Mato Grosso do Sul.
“Esse será o terceiro ano que a FundturMS estará presente nesse importante evento levando capacitação para mais de 300 agentes de viagens com a capacitação ‘Mato Grosso do Sul, o melhor da natureza e ecoturismo no Brasil'”, explica Chelotti, completando em seguida.
“Além disso, teremos um espaço de network para conversar e sanar as dúvidas que os agentes de viagens tiverem, para que eles possam oferecer pacotes de qualidade para que seus clientes vivam de forma intensa as experiências oferecidas nas regiões turísticas Bonito/Serra da Bodoquena e Pantanal em Mato Grosso do Sul”, conclui.
Já em sua 8ª edição, o tema do evento este ano é ‘Oportunidades em Foco’ e se consolidada no setor turístico com a presença de grandes fornecedores do Brasil e do mundo no segmento.
O tema destaca as inúmeras oportunidades que o evento disponibiliza para seus participantes, sejam eles fornecedores ou agentes de viagens, e visa entregar relacionamento e capacitação, além de provocar a geração direta de negócios.
Uma pequena comunidade em número, mas gigante no talento de contar a história de um povo através da pintura e do bordado das folhagens e animais presentes no território Ofayé.
Na aldeia localizada a pouco menos de 10 quilômetros de Brasilândia, câmeras e microfones disputavam espaço para registrar o feito inédito que acontecia ali. Em 2.475 hectares, as 126 pessoas das últimas 32 famílias Ofayé do mundo, ganharam a atenção do País pelo que move a comunidade.
Ramona Coimbra Pereira tem 40 anos, é uma das lideranças da aldeia, vice-cacique, está à frente do grupo de artesãs, e quem em ofayé se chama “Fokoi Fwara”. “Significa pé de tamanduá, que é igualzinho ao pé de um bebê. Meu avô, assim que me viu, viu meu pé e que era igual, ficou Fokoi Fwara”, conta.
Embora seja da etnia Ofayé, Ramona nasceu longe do território, no período em que seu povo foi expulso da terra e viveu entre os Kadiwéu, próximo a Bodoquena. “Lá tem uma extensão muito grande, e acharam que o Ofayé ia se adaptar lá, mas não se adaptou porque a realidade de lá é totalmente diferente daqui. Os Ofayé sempre viveu aqui, a vida toda, desde sempre, à beira do rio, desde Taquarussu, Ivinhema, essa região todinha subindo e descendo sempre foi a região dos Ofayé”, contextualiza.
O artesanato ressurgiu na comunidade em meados da década de 2010, através de cursos que ensinaram as mulheres a transpor o desenho da memória para o tecido. Até então, a história da etnia vinha sendo passada para a arte apenas através do arco e flecha. “As outras coisas não tínhamos mais, se perderam. Quando veio esse projeto para a aldeia, foi de alguma forma para revitalizar a história do povo”, lembra a vice-cacique.
O trabalho feito junto às mulheres “tirou” o desenho delas, para que se tornassem pinturas e bordados. “Não é que ensinaram a copiar, mas ensinou a tirar o desenho dela. Tipo: imagina um tatu, eu vou desenhar um tatu. Não vai ser igual. Você vê que os desenhos são todos diferenciados, é quase parecido, mas não é. É a imaginação delas”, explica Ramona.
Por trás do artesanato, o tema escolhido reflete a história, o pertencimento e também o medo de um povo que já disse adeus ao território. “Quando foram embora para outra terra, os animais ficaram tudo para trás, e isso daqui veio para trazer. Um dia, uma delas me falou que era importante desenhar os animais, ‘porque vai que um dia a gente perde de novo’?” reproduz a vice-cacique.
Ao falar elas e delas, a vice-cacique se refere a 16 mulheres artesãs da região que passaram pelo 1º Empretec Indígena, realizado no início do mês de abril, no município de Brasilândia, em Mato Grosso do Sul, entre elas, a anciã Neuza da Silva, de 64 anos.
“Nasci aqui na aldeia, nesse município mesmo, de pai e mãe Ofayé”, se apresenta. É dela a famosa toalha que despertou ainda mais o orgulho da cultura do povo ao aparecer em uma novela das 9, no ano passado.
“Eu que fiz aquela toalha, quando eu vi, falei ‘ué, pra onde minha toalha foi parar?’ Eu nem acreditei né, Foi alguém que levou lá, que comprou, aí todo mundo ficou, veio em casa falar. Nem acreditei”, recorda.
A toalha tinha folhagens e animais, e desde então, dona Neuza segue recebendo pedidos para costurar mais. O bordado, a costura e a pintura foram aprendidos ali, na comunidade, e hoje são as atividades que ela mais gosta de fazer. “Gosto de tudo, costurar, bordar, pintar, tudo”.
Uma das particularidades do trabalho do povo Ofayé é imprimir nas estampas também sua escrita, já que falantes, mesmo, da língua materna dá para se contar nos dedos. “Eu gosto de falar, mas eu não tenho mais ninguém para conversar comigo. Tem só minha prima, mas ela mora longe, e quando a gente se encontra, conversa em ofayé”.
Dona Neuza até tenta nos ensinar como cumprimentar alguém ao chegar no ambiente, mas passar a sonoridade para a escrita é tão desafiador quanto tecer a memória de um povo.
“Pra quem não sabe é difícil, as letras mesmo eu não sei escrever nada”, diz a anciã que sonha em ver a continuidade da língua, da cultura e do artesanato nas próximas gerações da família. “Meu sonho é ver meus filhos, meus netos, aprender também, né? É uma oportunidade. A gente não tinha nada, ninguém conhecia nós, nada. Agora vem bastante gente aqui passear, comprar, que a gente faz”, narra orgulhosa.
Artesanato que conta uma história
Cacique da comunidade Ofayé Anodhi, única aldeia da etnia no País, Marcelo da Silva Lins, escreve e explica que ‘Anodhi’, significa “nossa terra”, território hoje ocupado por 32 famílias e que contabiliza os 126 últimos Ofayés do mundo.
Aos 40 anos, ele vem de uma família de Ofayés, filho da anciã Neuza, e que sabe de cor a história de seu povo. Para chegar ao bordado e às pinturas de hoje, o cacique avisa que é preciso costurar presente e passado. “Tem que começar a contar um pouco da história da nossa população indígena Ofayé. Na década de 40 a 60, o nosso povo era estimado em 2.200 e poucos em número de população. Durante todas essas décadas, nós fomos massacrados, e perdemos muitas vidas”, ensina.
Retirados do território tradicional em meados dos anos de 1960, e levados até a região de Bodoquena, a população não se adaptou, e tentou voltar sozinha para a “nossa terra”.
“Muitos morreram e muitos seguiram para outros lugares perdidos, sem saber a direção de voltar. Aqueles que voltaram e chegaram aqui nessa época da década de 60, 70, e não tinha mais nada. Foi assim que começou uma andança nas beiras de rodovia, fazendo acampamento até que se resolvesse a nossa questão fundiária. Nessa época, os nossos líderes, que hoje não estão mais aqui entre nós, travaram uma batalha por anos e anos. Me lembro que eu era criança nessa época, e aí eu ficava olhando as lideranças falando, falando, batendo naquela tecla”, narra Marcelo.
Até que a responsabilidade chegou em Marcelo, que conta ter estudado para aprender sobre o movimento indígena, de diferentes etnias, dentro e fora do Estado de Mato Grosso do Sul, e se tornar cacique. Mais adiante, ele também seria testemunha da resistência dos Ofaié através da linha.
“Em 2011, nós juntávamos um grupo de 20 mulheres, encabeçado por minha mãe, dona Neuza, que é anciã, e aí começava a fazer e a pensar que hoje, no mundo que nós vivemos, o massacre que nós vivemos, perdemos a vida e perdemos a natureza, nós não temos mais os apreparos de fazer o arco e flecha, de fazer os nossos colares. E aí nós viemos adaptando aquilo que nós temos hoje, conseguimos realizar os nossos artesanatos, a passo lento de início, mas que ao longo do tempo, foi ganhando espaço. Começou a sair para a cidade do município, depois foi para outra cidade, depois foi para o estado, depois cruzou a fronteira do nosso Brasil, chegou a ir para a Espanha, Canadá, o nosso artesanato”, relata.
Empretec Indígena
Assim como as mulheres ofayé costuram bichos e folhas, a história entre o artesanato e o Empretec Indígena foi sendo tecida, a partir de conversas entre lideranças indígenas da etnia e o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul.
Na busca por ter o trabalho da comunidade mais valorizado e reconhecido, Marcelo Silva relembra que a primeira porta que se abriu para a ideia do Empretec Indígena foi através da Cidadania. “Conversando com a Secretária de Cidadania, ela pediu para mim contar um pouco da história do povo e eu falava. Ali nasceu a ideia de trazer o Empretec para a população indígena, e ela fez esse compromisso de fazer o primeiro dentro de um território indígena. Eu falava: ‘mas como, se nós somos tão pequenininhos em vista de outras grandes populações que temos em nosso Estado?”, recorda.
Em números, Mato Grosso do Sul, segundo o IBGE é o terceiro estado com maior população indígena do País. São 116 mil habitantes indígenas, que estão presentes em todos os 79 municípios, e pertencem a oito etnias, a menor delas é a dos Ofayé.
“Pra mim, como liderança, como cacique, eu me sinto muito honrado, porque hoje a nossa população é uma das mais pequenas, mas a gente vê que também existe. E se está acontecendo aqui esse seminário é pela visão que tivemos dentro desse território, da vontade das mulheres em progredir, em crescer. Nós temos potencial de crescimento, isso foi provado nesses dias de aula, queremos e vamos conquistar os nossos espaços. Queremos buscar a nossa autonomia, a sustentabilidade do nosso povo sem deixar de ser indígena”.
Na prática
Facilitador do Empretec há 31 anos, o consultor do Sebrae/MS Francisco Júnior já levou formação para empreendedores, grandes produtores rurais, e agricultores de pequenas comunidades, mas faltava no currículo chegar até as comunidades indígenas.
“Comecei a pensar num modelo de trabalho que poderia ser oferecido para eles, e aí esse modelo de trabalho que veio ao encontro exatamente com aquilo que a Secretaria da Cidadania quer, que é o empreendedorismo e sustentabilidade”, contextualiza Francisco.
O Empretec não é uma novidade em Brasilândia. O Sebrae MS encontrou junto à Prefeitura um grande parceiro para o desenvolvimento dos trabalhos, que deu o suporte para que as pesquisas começassem na comunidade, cerca de quatro meses atrás.
“A partir desse momento eu vim para cá, para a comunidade, entender, conversar, fazer entrevistas com as mulheres, com os homens, aquela coisa toda, e onde o Sebrae definiu que seríamos a primeira turma, e que seria feita com as mulheres”, completa o facilitador.
Francisco Júnior explica que a metodologia do Empretec se manteve íntegra, e apenas a “musculatura” se adequou à realidade indígena, também à medida em que a convivência entre eles se estreitava. “O que eu espero que vá mudar aqui? Já está mudado, as mulheres já estão querendo produzir o tempo inteiro, estão com a cabeça cheia de ideias. No seminário do Empretec, a gente substitui todos os conceitos técnicos de empreendedorismo por experiências reais. Eu mostro pra eles como é que se faz hoje para definir um objetivo, mostro como é que podemos melhorar a eficiência dentro de qualquer processo, como fazem e agora é com elas”, resume.
Para a secretária de Estado da Cidadania, Viviane Luiza, o Governo do Estadod e Mato Grosso do Sul é instrumento para empoderar grupos indígenas, em especial, mulheres.
“Autonomia, desenvolvimento sustentável, e para além disto, é pensar no empoderamento e para que também mude uma chave não para as populações indígenas, mas para a sociedade não indígena, de ver toda a potencialidade que as comunidades indígenas têm e que a diversidade cultural sul-mato-grossense passa pelas comunidades indígenas”, enfatiza.
Antropóloga, Viviane Luiza também pontua que o Empretec Indígena adaptou a metodologia para que realmente seja respeitada a cultura, as tradições e os saberes ancestrais.
“O resultado é este, é uma prática que o Sebrae quer levar para todos os estados, os municípios que têm comunidades indígenas. Não tenho dúvidas de que, a partir de agora, a cultura indígena criou a capilaridade e vai para o Brasil afora, para o mundo com o primeiro Empretec Indígena”.