Chuvas ficaram acima da média histórica em grande parte do Estado na primeira quinzena de junho

Nos primeiros 15 dias de junho as chuvas ficaram acima da média histórica, em grande parte do Estado, de acordo com os dados do Merge/Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Houve um acumulado (chuvas) de 0 a 60 milímetros na região Centro-Oeste e de 60 a 180 (mm) na região Sul.

Segundo o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima do estado do MS) apesar da atuação da La Nina, estes acumulados de chuva no Estado se associaram a sistemas meteorológicos em outras escalas de tempo e espaço, chamada de escala sinótica.

Como exemplo de escalas que atuaram no Estado em junho, destaca-se a passagem de frentes frias, deslocamentos de cavados e transporte de umidade, que favorecem a formação das chuvas no Mato Grosso do Sul.

De acordo com os dados do Inmet/Semagro, as chuvas em Campo Grande ficaram em 73 milímetros nos primeiros 15 dias de junho, seguido por Iguatemi (72,2), Camapuã (46,8), Ribas do Rio Pardo (36,2), Santa Rita do Pardo (21), Água Clara (11,8), Bandeirantes (6), Paranaíba (5,6), Sidrolândia (4,4), Sonora (2,8).

Além da análise das chuvas, foram observados baixos valores de temperaturas neste período, inclusive ocorrendo o recorde do ano no Estado, com 1,2°C em Rio Brilhante e 1,5°C na cidade de Iguatemi no dia 13 de junho.

Nota-se que o Mato Grosso do Sul apresentou desvios negativos de temperatura do ar, abaixo do que o valor esperado, indicando que a primeira quinzena de junho foi levemente mais fria que o normal em Mato Grosso do Sul devido a atuação de intensas massas de ar frio. 

Também se observa desvios positivos de umidade relativa do ar, ou seja, o ar estava mais úmido que o normal para a época do ano, o que corrobora com os acumulados de chuva apresentados anteriormente, reforçando que a maior quantidade de umidade disponível para a época do ano está associada a sistemas meteorológicos de escala sinótica, como as frentes frias e cavados, por exemplo. 

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