Junto com fábrica de celulose, Inocência ganha investimentos em hospital, novas escolas e aeroporto

Com cerca de 8 mil habitantes, o município de Inocência, a 337 km de Campo Grande, chamado de “Princesinha da Costa Leste” deverá se tornar a partir de 2028, uma “Rainha da Celulose”. Tudo isso por conta do anúncio na quarta-feira (22) da instalação da fábrica da chilena Arauco com investimentos de R$ 15 bilhões. Em pleno pico da obra a cidade terá 12 mil pessoas trabalhando, ou seja quase o dobro da população. Para dar conta desta demanda que vai exigir projetos estruturantes em saúde, segurança, educação e infraestrutura, o município contará com total apoio do Governo do Estado.

A garantia foi dada ontem pelo governador do Estado Reinaldo Azambuja, que destacou que a cidade terá melhorias na infraestrutura para escoamento da produção nas estradas e pontes, e acesso até a ferrovia Malha Oeste, novas escolas, investimento em hospital e até criação de um aeroporto.

“Por meio do termo de acordo assinado a Arauco terá benefícios semelhantes aos oferecidos a Eldorado e Suzano, justamente para que exista um equilíbrio competitivo entre as empresas. Mas de maneira especifica a cidade vai receber melhorias na saúde, infraestrutura para transporte em estradas e pontes, novas escolas, investimento no hospital e linhas de transporte para os trabalhadores se deslocarem para a empresa, que vai ficar a 50 km de distância do centro de Inocência. Tudo isso em parceria com a Prefeitura e Governo do Estado”, destacou Reinaldo Azambuja.

Um outro anúncio importante foi a construção de um aeroporto na cidade. O local será comprado pela Prefeitura e contará com um aeródromo e um receptivo, que ter o Governo como parceiro.

O prefeito Antônio Ângelo Garcia, Toninho da Cofap agradeceu o apoio do Governo do Estado e a direção da Arauco. “Quero agradecer à diretoria da Arauco. Estão confiando em Mato Grosso do Sul e em Inocência, uma cidade pequenininha, a quem eu chamo de “A Princesinha da Costa Leste”. E a nossa princesinha, em pouco tempo, será a ‘Rainha da Costa Leste’”, enfatizou o prefeito.

Ele salientou a Prefeitura está fazendo projeto de desenvolvimento sustentável para o município visando atender as demandas estruturantes que virão com a nova fábrica. “Nosso compromisso é que precisamos construir sonhos junto com o governador. Temos um hospital para ser inaugurado, um hospital totalmente novo que é pequeno e precisará ser ampliado. Também teremos que melhorar a segurança pública, isso é importantíssimo diante do número de pessoas que virão para Inocência. Nossa meta é ter o mínimo possível de problemas”, salientou lembrando que a estimativa é que a cidade possa ter de 15 mil a 20 mil habitantes em plena execução da obra.

A qualificação de pessoal também será reforçada, segundo o secretário de Produção, Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico e Agricultura Familiar (Semagro) Jaime Verruck. “A meta é que nós consigamos qualificar as pessoas de Inocência, que é um município aí de 8 mil habitantes para atuar diretamente no processo florestal e na fábrica. Nós não podemos esperar. Nesse momento precisamos qualificar para a base florestal. São os operadores de máquina, para facilitar o plantio. Nós temos ainda que pensar naqueles que futuramente irão operar a fábrica que serão técnicos, pessoas que fizeram cursos na área de celulose, com formação para beneficiar a população daquele município. Então primeiro passo é que a população do município vai ser qualificada em parceria com o sistema S e com outros organismos. E depois a parte de fornecimento”, salientou.

Nova Fábrica

O grupo chileno Arauco assinou Termo de Acordo para potencial investimento em uma fábrica de celulose no Mato Grosso do Sul, no município de Inocência. Os investimentos estimados seriam de US$ 3 bilhões (aproximadamente R$ 15 bilhões) e a previsão é que as obras tenham início em 2025, sujeito à aprovação do Licenciamento Ambiental, à avaliação da oferta de madeira e à confirmação do investimento por parte do board da empresa. Cumpridas estas condições, espera-se que a fábrica entre em operação no primeiro trimestre de 2028, com capacidade para produzir 2,5 milhões de toneladas/ano de celulose de fibra curta. Atualmente, a empresa opera no setor de celulose no Chile, Argentina e Uruguai.

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