Após morte de anta por armadilha, Bonito pede para que moradores denunciem

A Secretaria Municipal de Meio de Ambiente de Bonito manifesta repúdio pelas ações de alguns moradores do município com a instalação de armadilhas para a caça de animais silvestres. Além de crime, a atitude é um ato de desrespeito com as espécies de nosso município e tal atitude não será tolerada. A SEMA também parabeniza o trabalho da equipe da Policia Militar Ambiental de Bonito e do médico veterinário, Marcelo Mathias, do Recinto de Reabilitação de Animais silvestres (RARAS) de Bonito, pelas tentativas intensas de salvar o animal, que infelizmente não resistiu aos ferimentos.

“A caça de animais silvestres é crime ambiental previsto em lei e não será tolerada em nosso município, assim como a pesca fora das regulamentações legais. Pedimos a população que por favor nos ajudem a cuida da nossa fauna. Façam denúncias anônimas a Polícia Militar Ambiental pelo numero (67) 3255-1247 ou mesmo a SEMA, pelo numero (67) 3255-3316”, destaca a secretária Ana Trevelin

Entenda o caso:

Policiais Militares Ambientais de Bonito receberam um comunicado de um proprietário rural de 37 anos, na tarde de terça-feira (5) de que uma anta com a pata ferida e com dificuldades de locomoção, estava em uma área de vegetação na propriedade, localizada a 2 km da cidade. Segundo o fazendeiro, ela aparecia na sede e voltava para a mata ao avistar as pessoas no local.

Uma equipe da PMA se dirigiu até a propriedade e depois de realizar um cerco e muito trabalho, capturou o animal silvestre da espécie Tapirus terrestris (anta), que estava ferido gravemente, o colocou em uma caixa e juntamente com várias pessoas da fazenda conseguiram colocar na viatura. A anta, um macho, com aproximadamente 150 kg, aparentava estado crítico e foi encaminhada para atendimento médico veterinário no Recinto de Reabilitação de Animais silvestres (RARAS) de Bonito, que tem ajudado muito a PMA nos casos com animais feridos.

O médico veterinário, Marcelo Mathias removeu o cabo de aço, que estava profundo na pata do animal, que nem era possível ser avistado superficialmente, devido a força que a anta fizera para se soltar, ocasião em que o cabo penetrou na carne e havia rompido, inclusive, parte óssea. Pela manhã, a PMA foi ao RARAS e o veterinário, muito cansado, em razão de haver ficado à noite tratando do animal, que estava com infecção generalizada informou melancolicamente de que não conseguira salvar a anta. A infecção já estava muito avançada. O bicho foi a óbito por vota das 7h do dia 6.

Colunas