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Daniel Dias, maior medalhista paralímpico do Brasil se despede das piscinas

Ícone paralímpico internacional encerra perto do pódio nos 50m livre da classe S5; um ídolo não se traduz em números, mas os dele impressionam: conheça as principais conquistas do nadador

O maior atleta paralímpico do Brasil em todos os tempos encerrou sua brilhante carreira esportiva nesta quarta-feira com um quarto lugar nos 50m livre da classe S5 (para atletas com deficiências físicas) no Centro Aquático de Tóquio. Daniel Dias lutou, marcou 32s12, mas acabou atrás dos chineses Tao Zheng (30s31), Weiyi Yuan (31s11) e Lichao Wang (31s35).

Diante da magnitude de tudo o que o astro de 33 anos, o resultado importou menos do que o desfecho entre os grandes do esporte. Daniel Dias é história.

Como traduzir um ídolo em números? No caso de um atleta como Daniel Dias, o sorriso aberto e a voz tranquila o tornam mais do que um colecionador de títulos. Daniel é o rosto do movimento paralímpico brasileiro nos últimos 14 anos, e o Brasil que ele espelha é inclusivo e acolhedor.

– Acabou, mas estou feliz! Só tenho que agradecer a Deus pelo dom que me deu. Agradecer minha família. A cada braçada é para eles. O papai está chegando em casa. Deus fez infinitamente mais do que pensei. Se eu escrevesse isso não seria tão perfeito como foi. Não é choro de tristeza. Estou muito feliz. Mas é uma vida dedicada a isso aqui – afirmou Daniel após a prova.

Aos 33 anos, o nadador é o maior medalhista brasileiro em Paralimpíadas, com 27 em quatro edições dos Jogos. Em Parapans, tem 33 medalhas, todas de ouro. É ainda o único brasileiro a ganhar três prêmios Laureus, considerado o Oscar do esporte (2009, 2013 e 2016).

Neste ano de 2021, foi convidado para integrar a Laureus World Sports Academy, para atletas comprometidos em usar a força do esporte para melhorar a vida de jovens em todo o mundo. Mostra que sua despedida das piscinas na manhã desta quarta, após a prova dos 50m livre S5, não é um adeus ao papel que abraçou quando começou a derrubar recordes.

Fonte de Informações G1.com

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Adolescentes chineses se irritam com novas limitações aos games; investidores medem impacto na indústria

Governo anunciou que limitará o acesso de menores de 18 anos a games on-line a 3 horas por semana para combater a dependência entre os jovens.

Jovens gamers chineses foram às redes sociais expressar revolta com novas regras que limitam o seu tempo em jogos para apenas três horas por semana, enquanto investidores se preocupam com o impacto de longo prazo à indústria.

As autoridades argumentaram que as restrições são necessárias para conter o vício em games que está cada vez maior, e um jornal oficial do Partido Comunista afirmou que o governo teve que ser “implacável” porque games online prejudicam a vida normal de estudos e a saúde mental dos adolescentes.

As limitações são parte das tentativas de Pequim de promover o socialismo e fortalecer controles sobre a sociedade, que agora considera ter se tornado muito relaxada após anos de crescimento laissez-faire do setor de tecnologia e outras indústrias.

Os jovens gamers, porém, ficaram bravos.

“Este grupo de avôs e tios que fazem essas regras e regulações já jogou games? Entendem que a melhor idade para jogadores de esports é na adolescência?”, disse um comentário no Weibo, equivalente da China ao Twitter.

“Consentimento sexual aos 14 anos, aos 16 você pode trabalhar, mas tem que ter 18 para jogar games. É uma piada mesmo.”

Apesar de o golpe às ações de empresas de jogos ter sido relativamente modesto, porque crianças não fornecem tanta receita, analistas mencionaram que as implicações ao crescimento em longo prazo da indústria são muito mais severas.

“A raiz do problema aqui não é o impacto de receitas imediato”, afirmou Mio Kato, analista que publica na SmartKarma. “O problema é que essa medida destrói toda a natureza da formação do hábito de jogar games em uma idade mais jovem.”

Ônus às empresas de games

As novas regras colocam o ônus da implementação à indústria de games e não são leis que realmente resultarão em penas a indivíduos por infrações.

As crianças podem contornar as regras que exigem o uso do seu nome e número de identificação nacional se inscrevendo nos games com as informações de cadastro de membros adultos da família.

“É uma questão de educação familiar, não de games”, afirmou um gamer de 17 anos que quis ser identificado apenas pelo seu sobrenome, Luan.

Alguns pais como Li Tong, diretor de hotel em Pequim com uma filha de 14 anos, ficou animado com as novas regras. “Minha filha fica colada ao celular após o jantar todos os dias por uma ou duas horas e é difícil impedi-la. Dissemos a ela que é ruim para os seus olhos e desperdiça o seu tempo, mas ela não ouve.”

Com informações Agência Reuters