A senadora Simone Tebet (MDB-MS) disse que a carta divulgada pelo presidente Jair Bolsonaro, recuando dos ataques realizados contra o Ministro do Supremo, Alexandre de Moraes, nos atos de 07 de setembro, não geram expectativa de mudança de comportamento e apenas dão uma trégua momentânea. Ela usou a linguagem do xadrez: “Não se muda a essência da noite para o dia. O presidente estava diante de um xeque, se ele ficasse onde estava, poderia receber um xeque-mate das instituições, do Judiciário e do Legislativo. Se desse um passo além, se colocaria em xeque-mate. Game over. Fim da história”.
Simone avalia que o gesto do Bolsonaro repercutiu negativamente na classe política e nos seus apoiadores, muitos dos quais o criticaram pelas redes sociais. A senadora acredita que se o presidente realmente quisesse demonstrar mudança de atitude começaria pela revogação da MP que altera o Marco Civil da Internet e facilita a disseminação de fake news. “Aquela carta de ontem não foi feita por ele, mas ele assinou e, se ele concorda em dar, no mínimo temporariamente, uma trégua para o País, tem que, hoje, pedir de volta a MP, torná-la sem efeito”.
Cumprindo agendas em órgãos do Governo do Estado, o prefeito Angelo Guerreiro esteve ontem (09), em Campo Grande em busca de obras e serviços para Três Lagoas.
Em visita à Secretaria de Estado de Infraestrutura, o prefeito esteve com o secretário adjunto, Arlei Caravina, solicitando estudos para complementar obras em andamento e apresentou projetos para novos investimentos no setor.
Acompanhado do coordenador municipal de Defesa Civil Welton Alves da Silva (Welton Irmão), participou também de reunião com o coordenador estadual de Defesa Civil, Tenente Coronel Fábio Catarinelli.
O objetivo do encontro foi avaliar projetos de tecnologia de monitoramentos e plataformas de comunicação para implementação em Três Lagoas visando melhorar os serviços de Defesa Civil no Município e atender todos os setores da comunidade.
Entre os assuntos tratados nesta reunião, conforme informou Guerreiro, destacam-se o Plano de Contingência Municipal e o monitoramento dos Planos de Ação e Emergência de barragem e dos setores industriais.
Segundo Welton Irmão a criação dos Núcleo de Defesa Civil – NUDECS, que está em estudos para implantação em Três Lagoas com propósito de uma maior interação entre Defesa Civil e comunidade e a efetivação de cursos de reciclagem para capacitar os voluntários da Defesa Civil do Município, também foram discutidos no encontro.
A origem de todo esse movimento de conscientização contra suicídio começou com a história de Mike Emme, nos Estados Unidos. O jovem era conhecido por sua personalidade carinhosa e habilidade mecânica, tendo como sua marca um Mustang 68 que ele mesmo restaurou e pintou de amarelo.
Porém, em 1994, Mike cometeu suicídio, com apenas 17 anos. Infelizmente nem a família, nem os amigos de Mike, perceberam os sinais de que ele pretendia tirar sua própria vida.
No funeral, os amigos montaram uma cesta de cartões e fitas amarelas com a mensagem: “Se precisar, peça ajuda”. A ação ganhou grandes proporções e expandiu-se pelo país.
Diversos jovens passaram a utilizar cartões amarelos para pedir ajuda a pessoas próximas. A fita amarela foi escolhida como símbolo do programa que incentiva aqueles que têm pensamentos suicidas a buscarem ajuda.
Em 2003, a Organização Mundial da Saúde(OMS) instituiu o dia 10 de setembro para ser o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio. O amarelo do Mustang de Mike é a cor escolhida para representar essa campanha.
No Brasil esta campanha foi criada em 2015. O projeto é um trabalho conjunto do CVV (Centro de Valorização da Vida), CFM (Conselho Federal de Medicina) e ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria). O objetivo é conscientizar sobre a prevenção do suicídio e dar visibilidade à causa.
Ao longo dos últimos anos, escolas, universidades, entidades do setor público e privado e a população de forma geral se envolveram neste movimento. Monumentos como o Cristo Redentor (RJ), o Congresso Nacional e o Palácio do Itamaraty (DF), o Estádio Beira Rio (RS) e o Elevador Lacerda (BA), participam da campanha.
De acordo com a OMS – Organização Mundial de Saúde, a cada 40 segundos, uma pessoa comete suicídio em algum lugar do mundo. Em um ano, mais de 800 mil pessoas perdem sua vida dessa maneira. Dados levantados pela instituição em 2016 também apontam que o suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens e adolescentes com idades entre 15 e 29 anos. Já no Brasil, cerca de 12 mil suicídios são registrados todos os anos.
Hoje
Trata-se de uma triste realidade e, em 96,8% dos casos há relação com transtornos mentais. Entre as principais doenças relacionadas está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias.
Os índices crescentes de suicídios nas últimas décadas alertam sobre a importância de falar sobre o assunto. Ainda há muito tabu sobre o tema, mas colocar em pauta na sociedade é fator importante para evitar a perda de outras vidas.
A campanha Setembro Amarelo, mobiliza a sociedade para conscientização sobre o tema, falando sobre como identificar sinais da ideação suicida, como ajudar ou buscar ajuda.
Se precisar, peça ajuda
Se você está passando por um momento difícil e perceber que não consegue lidar com suas angústias sozinho, busque ajuda.
O apoio profissional pode ser muito importante para superar uma fase difícil ou receber o diagnóstico correto para um tratamento efetivo. Por mais complicada que seja a situação, há sempre uma saída.
Psicólogos e psiquiatras são profissionais que podem ajudar. O psicólogo poderá auxiliar você a lidar com as angústias e desenvolver ferramentas para superá-las. Enquanto o psiquiatra pode indicar o tratamento medicamentoso para combater os sintomas depressivos.
O CVV é gratuito
O Centro de Valorização da Vida (CVV) trabalha para oferecer suporte emocional e realizar a prevenção do suicídio. A organização é reconhecida como Utilidade Pública Federal desde a década de 1970.
Voluntários ficam à disposição 24 horas para oferecer atendimento pelo telefone 188 ou pelo chat online no site. O atendimento é anônimo e realizado por voluntários que guardam sigilo.
Partidos e militantes que avançaram em Mato Grosso do Sul engarupados no forte e envolvente apelo populista que Jair Bolsonaro passou a protagonizar com a candidatura à presidência da República em 2018 devem repensar as suas estratégias para as disputas eleitorais de 2022. Os recentes acontecimentos do 7 de Setembro, em especial os recuos do presidente, exigem profunda reflexão acerca dos pesos sobre o que se ganhou e o que se perdeu nos dias seguintes às manifestações.
Duas das maiores lideranças estaduais, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e o prefeito campo-grandense Marquinhos Trad (PSD), ancoraram suas expectativas num espaço aparentemente neutro. Ficaram equidistantes dos acalorados embates entre prós e contras, apesar de, em tese, fazerem o máximo esforço para não assumir teses e posições que desagradem ao presidente.
Não é produtiva nem aconselhável, para Estado ou Município, uma queda de braço com o chefe da Nação. E esta verdade já foi reconhecida em várias e recentes ocasiões. Contudo, o que complicaria politicamente Azambuja e Marquinhos, se interessar a ambos um possível realinhamento político-eleitoral com Bolsonaro, é o novo comportamento que seus partidos ensaiam em relação ao Planalto: o PSDB e o PSD já se distanciaram e até acenaram com olhares mais atentos à ideia do impeachment.
No PSD, o clã dos Trad se divide assim: o senador Nelsinho Trad, que preside o Diretório Regional, ainda vota a favor do presidente no Congresso, mas timidamente se coloca, agora, com os correligionários e dirigentes que proclamam a independência do governo por causa dos ataques à instituição. O deputado federal Fábio Trad é assumida e fervorosamente voz de oposição ao bolsonarismo. E o prefeito Marquinhos Trad, equilibrando-se no discurso e na prática, consegue manter-se olímpico na questão. Não sabe até quando conseguirá segurar essa peteca sob controle, todavia vem regando a horta das boas relações institucionais e políticas com o chefe do executivo Nacional.
No caso do PSDB, a primeira e a última palavra é de Reinaldo Azambuja. É ele quem decide qual embarcação utilizar e com quem vai navegar na sucessão estadual. Em tese, estaria mais próximo de ser convencido pelas vantagens de ficar com Bolsonaro, não só por algumas afinidades ideológicas ou pela franquia de verbas federais, mas também porque a maioria dos partidos que apoiam seu governo estão na base de sustentação do Planalto. O melhor exemplo dessa receita é a deputada federal Rose Modesto. Filiada ao PSDB, ela tem sob seu controle absoluto em Mato Grosso do Sul o Podemos, que lhe caiu nas mãos por obra e graça da amiga e colega de Câmara, Renata Abreu, dirigente nacional da sigla. Autoproclamada como o “Plano B” de Azambuja, caso não prospere a aposta na candidatura do secretário Eduardo Riedel, a deputada sul-mato-grossense está disponível para eventual ingresso na disputa sucessória com apoio de Jair Bolsonaro. E quem se empenha nesta solução é a própria Renata Abreu.
Azambuja e Marquinhos saíram do 7 de setembro com o desafio de configurar um cenário estratégico absolutamente novo, tendo em vista o duplo impacto causado pelas manifestações: num dia, a explosão das investidas espetaculosas de Bolsonaro e seus fiéis contra o STF, o TSE, congressistas de oposição e imprensa “inimiga”; no outro, o surpreendente e patético recuo de quem liderava, inspirava e fomentava o levante.
Tudo indica que, no saldo geral, o presidente só ficou, no máximo, com quem já tinha e não arregimentou novas forças. E essa leitura é feita por quem pensa e vive de eleições.