Casos de dengue mantém estáveis, mas cuidados devem permanecer

Os casos notificados de dengue, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypty, têm se mantido estáveis em Campo Grande. Os índices são os menores registrados nos últimos cinco anos. No entanto, os cuidados para evitar a proliferação do mosquito devem ser permanentes, alerta a Secretaria Municipal de Saúde.

“Nos últimos dias temos registrado chuvas frequentes em nosso Município o que, consequemente, ocasiona um aumento natural na proliferação dos mosquitos, pois eles acabam encontrando ambientes propícios para isso. Os ovos do Aedes aegypti podem permanecer na natureza por um longo período esperando somente a oportunidade para eclodir e iniciar o ciclo de crescimento. Por isso é importante que todo mundo faça a sua parte. Orientamos a população para que evite acumular qualquer tipo de resíduo que possa se tornar potencial criadouro do mosquito e faça uma vistoria no quintal de maneira periódica. Desta forma, com todos colaborando, vamos continuar vencendo essa batalha contra o mosquito”, reforça a superintendente de Vigilância em Saúde da pasta, Veruska Lahdo.

Conforme dados epidemiológicos da secretaria,  de janeiro a março deste ano foram contabilizados 1.369 casos notificados de dengue em Campo Grande. No mesmo período do ano passado foram notificados 1.772 casos. Apesar da estabilidade nas notificações, o Município já registrou dois óbitos provocados pela doença.

“É uma doença que sempre nos preocupou e que exige a atenção devida, pois alguns casos evoluem com maior gravidade e também acaba sobrecarrega o sistema de saúde”, destaca a superintendente.

Os índices atuais são os menores regitrados nos últimos cinco anos. Uma redução consolidada no ano passado, após o Município enfrentar duas epidemias seguidas da doença.

Em 2019, Campo Grande registrou 44.871 casos e oito óbitos provocados pela dengue. À época, a Prefeitura realizou uma força-tarefa batizada “Operação Mosquito Zero”, envolvendo a sociedade civil organizada e todas as secretariais municipais.  Foram realizadas ações de manejo nas sete regiões urbanas e distritos do Município para conter o avanço da doença.

No ano seguinte, 2020, os casos caíram pela metade, resultado do trabalho executado. Em todo o ano, foram 20.198 notificações e 7 óbitos. Mesmo durante a pandemia de Covid-19, os trabalhos de combate ao mosquito Aedes aegypti continuaram sendo realizados,  o que levou o Município a registrar uma redução histórica de mais de 90% nos casos em 2021.

Em todo o ano passado, a Capital registrou 5.288 casos notificados de dengue e 4 óbitos provocados pela doença.

“É o resultado do trabalho que vem sendo executado pelo Município há 4 anos.  É um esforço coletivo que foi feito para que hoje a gente pudesse estar em uma situação um pouco mais confortável”, finaliza a superintendente.

Metódo Wolbachia

Além do trabalho de manejo e controle efetivo da doença, Campo Grande é uma das cinco cidades do País escolhidas para receber o projeto Wolbachia.

No mês passado mais nove bairros  foram contemplados na chamada Fase 4 de implementação do método Wolbachia em Campo Grande. O método é complementar no combate a dengue, Zika e chikungunya.

Desde o dia 15 de março, as liberações dos mosquitos estão acontecendo nos bairros Coronel Antonino, José Abrão, Mata do Jacinto, Mata do Segredo, Monte Castelo, Nasser, Novos Estados, Nova Lima e Seminário.

Ao mesmo tempo em que ocorrem as  liberações da Fase 4,  teve início o engajamento da Fase 5, que vai chegar em 21 bairros: Amambaí, Autonomista, Bandeirantes, Bela Vista, Cabreúva, Caiçara, Carvalho, Centro, Cruzeiro, Glória, Itanhangá, Jardim dos Estados, Margarida, Monte Líbano, Planalto, Santa Fé, São Bento,  São Francisco, Sobrinho, Taveirópolis e União.

A população como um todo, agentes de saúde, escolas publicas e particulares, líderes comunitários e religiosos, todos podem ajudar.

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