Na data em que se comemora o Dia do Artesão (19 de março), o Governo do Estado reforça o compromisso com a valorização e o fortalecimento da cultura local. Como prova disso, o governador Reinaldo Azambuja destinou, dentro do megapacote do “Retomada MS”, recursos para a restauração de diversos espaços culturais, entre eles a Casa do Artesão, no centro de Campo Grande.
Vinculada à Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, a Casa do Artesão é o principal ponto de promoção do artesanato local, divulgando e comercializando peças que são deixadas em consignação por artesãos sul-mato-grossenses. A atividade da Casa do Artesão envolve aproximadamente 900 artesãos do Estado, segundo a coordenadora do espaço, Eliane Torres.
“A Casa do Artesão atinge muito mais pessoas, em razão de que muitos artesanatos são produzidos dentro de uma lógica de economia familiar e por profissionais que já possuem uma estrutura de divulgação em outras localidades”, pontuou a coordenadora.
Com arquitetura do século 20, a Casa do Artesão fica localizada no cruzamento das avenidas Afonso Pena e Calógeras, e guarda lembranças que remetem ao desenvolvimento socioeconômico da nossa capital do Estado. Lá funcionou a primeira agência do Banco do Brasil da cidade, cujo cofre ainda permanece no local, como mostra a imagem ao lado.
Para a Eliane, a revitalização do espaço “preserva a cultura do Mato Grosso do Sul e a manutenção de nossas memórias”. “Hoje, a Casa assume o papel de protagonismo do artesanato regional, expondo nossa produção cultural e dando retorno financeiro aos artesãos que dela vivem. Ter um projeto que tenha como objetivo trazer melhorias para o prédio, nessa complexidade, nesse valor cultural é um orgulho imenso para a nossa comunidade”, disse.
Elaine acrescenta que a melhoria das acomodações dará condições de servir melhor quem frequenta a Casa do Artesão. “Para o artesão é muito importante a revitalização, vai agregar valores às peças expostas, vai valorizar o trabalho de várias culturas e etnias que expõem aqui. Nossos clientes se sentirão mais atraídos e, acima de tudo, mais inserido no contexto cultural do nosso Estado, é de grande importância a reforma”, disse.
Investimento
Com investimento de R$ 2,2 milhões, a obra teve início em novembro de 2021 com a demolição da parte não tombada da Casa do Artesão, onde será instalado um pequeno café com um jardim. Entre as principais intervenções também está a readequação da escada para atender as normas de acessibilidade. O prédio ganhará elevador de acessibilidade e as calçadas serão revitalizadas.
A arquiteta da Fundação Estadual de Cultura, Cláudia La Picirelli de Arruda, responsável pela obra conta que ainda será feita toda reforma hidráulica e elétrica do local, assim como o contra piso, reboco e local onde fica o cofre, uma das marcas históricas da Casa do Artesão. “O subsolo onde fica o tradicional cofre do antigo Banco do Brasil também será restaurado. O piso histórico da casa vai ser mantido e o espaço ficará mais acessível e agradável para receber os turistas e população”, disse Picirelli.
Quando lançou a obra, o governador Reinaldo Azambuja destacou a importância de investir nos setores mais afetados pela pandemia no coronavírus, entre eles a Cultura. “Há muito que MS se prepara para um novo tempo, de economia pujante e oportunidades para todos. No meio do caminho nos deparamos com a pandemia. Perdemos muito com ela. E mesmo enfrentando a maior crise sanitária e econômica dos últimos 100 anos, continuamos trabalhando, cuidando das pessoas”, afirmou.
A Casa do Artesão passou pela sua última reforma em 2003.