Jaime Feitosa de Queiroz tinha mesmo era vocação para ser professor. E foi. Era 1975 quando, fascinado pela profissão, começou a dar aulas de inglês e história. Cinco anos depois, ocupava a função de coordenador no Colégio Dom Bosco. “Acontecia a carreira que escolhi pra vida, mas o salário era muito baixo e não consegui continuar”.
Exatamente aqui, Jaime aposta em uma nova carreira. Estavam abertas as inscrições para as concorridas vagas do 1º concurso público do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul e, o que fez a diferença para o professor, foi exatamente o fato de estar sempre estudando, se atualizando. Assim, em 1980, ele entrava no seu segundo, valorizado e duradouro emprego.
Nesse momento, ali na sede do Tribunal na rua Cândido Mariano, existiam apenas as secretarias Judiciária, Administrativa e de Pessoal. Jaime passou a fazer parte dessa última. “Era um trabalho mais administrativo, diferente de trabalhar com aluno, mas aproveitei a nova experiência”, rememora o entusiasmo.
Ânimo aliás que o acompanhou em todos os setores em que trabalhou: secretarias Judiciária e Administrativa, Corregedoria-Geral de Justiça e na assessoria do Desembargador José Carlos Corrêa de Castro Alvim. Notável trajetória que o estimulou a cursar Direito na Fucmat.
Mas foi na Biblioteca que ele se sentiu no lugar certo, disse com sinceridade. “Me identifiquei. Gostei muito de trabalhar lá com o público, os livros, a pesquisa e a revista jurídica. A minha chefe Débora Lumi Umada Barbosa era uma pessoa maravilhosa. Foi o lugar onde fiquei mais tempo”.
Em 35 anos de Tribunal de Justiça, vários cargos (inclusive de chefia) e uma carreira que pode não ser a de vocação, mas foi onde se realizou, Jaime também conquistou o título de servidor modelo do ano de 1998 pela sua assiduidade, pontualidade, urbanidade, responsabilidade e pelo seu dinamismo. Por tudo isso, figura na galeria dos profissionais de destaque dessa Corte.
Jaime se sente um privilegiado ainda por ter vivido no TJMS uma grande evolução tecnológica: a digitalização dos processos. Pouco tempo depois, em 2015, ele se aposentou do serviço público e empreendeu na advocacia, nas causas do Direito de Família. Consequentemente, sobre os dias de hoje, ele faz um manifesto. “Não quero ficar nas coisas que passei, mas ficar no presente”, considera como se estivesse ´de volta às aulas!´.