O padre Egídio de Carvalho Neto, ex-diretor do Hospital Padre Zé, em João Pessoa (PB), foi preso foi preso na última sexta-feira (17). Acusado de comandar um esquema milionário de desvio de verbas públicas, o padre chegou a gastar R$ 110 mil em um ano apenas com vinhos.
Segundo as investigações, a manutenção do custo de vida do padre chegava à casa dos R$ 100 mil mensais.
Ele é ligado a 29 imóveis na Paraíba, em Pernambuco e em São Paulo. Um dos apartamentos, em João Pessoa, está avaliado em R$ 2,4 milhões.
Nos imóveis, os policiais encontraram obras de arte, roupas de grife, perfumes, objetos de design e muitos vinhos. Algumas garrafas, chegam ao valor de R$ 2 mil cada.
Uma chácara, também ligada ao padre, tinha duas piscinas e um canil com nove animais avaliados em R$ 15 mil cada. A polícia ainda não estimou o valor da propriedade.
Egídio é acusado de comandar um esquema de desvio de verbas que pode ter desviado mais de R$ 140 milhões ao longo de dez anos. O padre foi diretor do o Instituto que gere hospital de 2012 até setembro deste ano. Para os investigadores, a partir de 2013 ele liderou o esquema de desvios.
Padre Egídio se manteve em silêncio durante o depoimento. Seu advogado afirma que “ele irá se pronunciar oportunamente e irá explicar e dar a sua versão”.