O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor – Amplo 15), considerado uma prévia da inflação, ficou em 0,55% em janeiro, segundo dados divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em dezembro, o índice ficou em 0,52%.
Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em janeiro, com acelerações maiores nos grupos de Saúde e cuidados pessoais e Comunicação.
Veja a variação mensal por grupo:
- Alimentação e bebidas: 0,55%
- Habitação: 0,17%
- Artigos de residência: 0,38%
- Vestuário: 0,42%
- Transportes: 0,17%
- Saúde e cuidados pessoais: 1,10%
- Despesas pessoais: 0,57%
- Educação: 0,36%
- Comunicação: 2,36%
O número ficou dentro do intervalo das estimativas captadas pelo Projeções Broadcast, de 0,43% a 0,67%, mas acima da mediana de 0,52%.
Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 5,87%. O índice ficou abaixo dos 5,90% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2022, o IPCA-15 ficou em 0,58%.
Maiores pressões Os maiores impactos no índice do mês vieram dos preços de itens de saúde e cuidados pessoais e de alimentação. Entre as maiores altas:
- planos de saúde (1,21%)
- perfume (4,24%)
- produtos para pele (3,85%)
- batata-inglesa (15,99%)
- tomate (5,96%)
- arroz (3,36%)
No grupo Comunicação, alta foi puxada pelas TVs por assinatura.
- TVs por assinatura: 11,78%
- Combo de telefonia, internet e TV por assinatura: 3,24%
- Acesso à internet: 2,11%
- Aparelho telefônico: 1,78%
O que caiu
As quedas mais expressivas se concentraram no grupo de alimentação e bebidas, mas com itens também nos transportes e na habitação.
- Cebola: -15,21%
- Leite longa vida: -2,04%
- Óleo diesel: -3,08%
- Gás de botijão: -1,32%
- Energia elétrica residencial: -0,16%
Em relação aos índices regionais, todas as áreas pesquisadas apresentaram alta em janeiro.
A maior variação foi registrada em Belo Horizonte (0,92%), influenciada pelas altas dos itens de higiene pessoal (2,65%), da taxa de água e esgoto (5,85%) e da batata-inglesa (23,18%). O menor resultado, por sua vez, ocorreu no Rio de Janeiro (0,23%), onde pesaram as quedas de 4,82% da energia elétrica e de 20,18% da cebola.