A capital da Ucrânia voltou a ser alvo de ataques na manhã desta segunda-feira, informou a administração militar regional, que pediu a população que se mantenha pronta para se dirigir a abrigos. Pelo menos duas pessoas ficaram feridas. Kiev afirma que as forças russas continuam a recorrer a aparelhos Shaded de fabricação iraniana.
“O inimigo está atacado a capital”, escreveu a administração militar de Kiev, na plataforma Telegram, acrescentando que foram abatidos pelo menos 9 drones no espaço aéreo da capital ucraniana.
O primeiro alerta para bombardeios aéreos soou à 1h56 (horário local) e durou cerca de 3 horas. Às 5h24, ouviu-se um segundo alerta com duração de 30 minutos. O presidente a Câmara de Kiev, Vitali Klitschko, relatou “várias explosões ouvidas nos bairros de Solomianskyi e Shevchenkivskyi”.
As estruturas militares russas começaram a privilegiar uma estratégia de bombardeio em massa visando atingir as infraestruturas energéticas da Ucrânia desde o outono. Milhões de civis enfrentam um inverno rigoroso e frequentes cortes de energia.
Em Moscou, o Ministério Russo de Defesa insiste na ideia de que essas sucessivas ondas de ataques não visam a população civil, mas tem como alvo as redes de abastecimento de energia elétrica, além das rotas de transferência de armas e munições de produção estrangeira.
Na sequências do ataque russo da última sexta-feira, quando foram lançados sobre a Ucrânia mais de 70 mísseis, a operadora de eletricidade do país se viu obrigada a impor cortes de emergência. Em Kiev, a população civil procurou abrigos em estações de metrô.
Segundo o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na noite de domingo já havia sido possível repor o abastecimento de energia para cerca de 9 milhões de pessoas. Ele reiterou também, o pedido de apoio ao Ocidente, sustentando que os sistemas de defesa antiaérea são o mecanismo mais eficaz para forçar o fim do conflito. O presidente teme os rumores de que haverão novos ataques em massa desencadeados a partir da fronteira bielorrussa.
Na última semana, aliados do Ocidente se comprometeram a fazer chegar em Kiev um pacote de ajuda suplementar estimado em bilhões de euros. O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, deverá anunciar hoje nova remessa de munições para sistema de artilharia.
Estima-se que 17,7 milhões de ucranianos necessitem de ajuda humanitária.