Adailton Freixeira da Silva, 46 anos, foi condenado, na última segunda-feira (21), a 24 anos e 2 meses por torturar e matar a esposa, Francielle Guimarães Alcântara, de 36 anos, em Campo Grande. De acordo com as investigações, a vítima foi mantida em cárcere privado por cerca de um mês, período em que foi torturada com choques elétricos e pauladas na frente do filho de 1 ano.
Adailton foi condenado pelos crimes de homicídio qualificado por feminicídio, motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, em 18 anos e 4 meses. O feminicida ainda foi condenado pelos pelo crimes de tortura, 2 anos e 9 meses de reclusão; e cárcere privado, 3 anos e 1 mês.
A mulher foi morta estrangulada em 26 de janeiro de 2022. O agora condenado chegou a ficar foragido por cinco dias.
O corpo da vítima foi encontrado dentro da própria casa. Além dos indícios de estrangulamento, a mulher tinha perfurações nas costas, dentes quebrados e os cabelos cortados.
O delegado que recebeu o caso, Camilo Kettenhuber disse que “Em mais de 10 anos de polícia, nunca viu um caso tão forte como este”.
Segundo Kettenhuber, na casa da vítima foram encontradas roupas da mulher com sangue, bandagens usadas devido à gravidade dos ferimentos e o colchão onde a vítima era deixada.
“Também no local, apreendemos um pedaço de madeira supostamente utilizado na prática das agressões e também um pedaço que pode ter sido utilizado para estrangulá-la, o que causou sua morte”, relatou Camilo.
Ao falar dos dias de agressão, Adailton confessou que punia a mulher quando se sentia “inseguro” no relacionamento.
Francielle teve os dentes arrancados com alicate de unha, foi esfaqueada nas costas e costelas pelo homem, que sempre a levava para o quarto para aplicar as punições. Ela só podia ficar perto do filho pequeno.