A senadora Simone Tebet (MDB-MS) denunciou que a fábrica de fertilizantes está sendo vendida para uma empresa russa, não para produzir esses insumos, mas para misturar fertilizantes provenientes da Rússia (Jefferson Rudy/Agência Senado)

Simone denuncia irregularidades na venda de uma fábrica de fertilizantes pela Petrobras

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) denunciou, em pronunciamento nesta quarta-feira (23), que a fábrica de fertilizantes nitrogenados, construída em Três Lagoas, está sendo vendida para uma empresa russa, não para produzir esses insumos, mas para misturar fertilizantes provenientes da Rússia, que devido à guerra na Ucrânia, não podem ser exportados para o Brasil. 

— Essa fábrica está sendo vendida barato, está sendo vendida sem a cláusula exigindo que a compradora termine a fábrica de fertilizantes. E mais, a pergunta é: tem alguma cláusula ali dizendo que esses equipamentos, que são os mais modernos do mundo, não vão ser depois destruídos, desmontados e levados para a Rússia? Isso é crime de lesa-pátria — afirmou. 

Após dizer que o Senado está fazendo a sua parte, com a realização nesta quinta-feira (24) de um debate sobre o tema, Simone anunciou que se a Petrobras assinar esse contrato com a empresa Acron, pretende entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal, “porque os responsáveis vão ter que ser punidos por estarem dilapidando um patrimônio Público e, mais do que isso, estarem tirando a oportunidade de termos safra em abundância, produtos menos inflacionados e comida na mesa do trabalhador brasileiro”. 

A senadora disse que tem legitimidade para entrar com essa ação, por ter sido a prefeita que usou dinheiro do município de Três Lagoas e do Estado de Mato Grosso do Sul para que a Petrobrás construísse uma fábrica de fertilizantes.

Ela acrescentou que o Brasil e o mundo dependem da agricultura e da pecuária brasileiras e dos demais países produtores de commodities. No entanto, ressaltou, o agronegócio brasileiro está desesperado, porque não tem certeza de receber os fertilizantes necessários para a próxima lavoura de outubro, novembro e dezembro.

Fonte: Agência Senado

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