Pela letra política, Mato Grosso do Sul tem direito a três representantes no Senado Federal. Pelas contingências factuais, o Estado conta com mais uma cadeira aliada no mais alto colegiado congressual, ocupada por um político paulista que nasceu em Franca, morou no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e desde o final dos anos 1980 é cidadão acreano.
Márcio Bittar (MDB) faz questão de afirmar e de sentir-se, também, um representante sul-mato-grossense. Não somente pelo empenho com que se dedica às demandas do estado, sobretudo dentro da estreita relação política e afetiva que tem com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), mas especialmente por laços que construiu durante a agitada experiência que marcou o início de sua trajetória na vida pública, atuando nos movimentos estudantis, políticos e sociais do Estado. Aqui residem amigos fraternos da juventude e ainda a mãe e irmãs.
Hoje, aos 58 anos, colecionando mandatos e senador pelo Acre, ele mantém a mesma energia daquele simpático jovem que liderou passeatas e várias mobilizações como presidente da União Campo-grandense de Estudantes ou à frente de campanha pela redemocratização do país. Com o refinado discurso de quem faz a leitura competente dos desafios nacionais e a vocação apurada para a articulação política, tornou-se um dos mais importantes líderes da República.
Respeitado no Congresso Nacional, trânsito livre nos gabinetes ministeriais e dono de credenciais que o fizeram aliado e amigo dos mais próximos do presidente Jair Bolsonaro. Não ao acaso foi escolhido para conduzir tarefas estratégicas do Planalto, como as de relator da PEC Emergencial e da Comissão Mista do Orçamento da União de 2021.
Na esteira dessas responsabilidades, Bittar coloca seu prestígio a serviço das causas nacionais, mas assegurando em sua agenda uma atenção diferenciada para as reivindicações sul-mato-grossenses, contribuindo com o esforço dos senadores locais e dando um tempero decisivo para os avanços que o Estado já conquistou.
Bittar cumpriu uma longa e desafiadora jornada no Acre. Foi deputado estadual e federal e é, até hoje, o recordista de votos para a Câmara Federal – quando obteve 15,27% dos votos válidos, nas eleições de 2010. Com uma votação maiúscula em 2018 conquistou o mandato de Senador da República.