Na pandemia, Mato Grosso do Sul e Azambuja “redescobrem” Geraldo Resende

Depois de não ser reeleito para o que seria seu quinto mandado de deputado federal, em 2019, Geraldo Resende foi convidado pelo governador Reinaldo Azambuja para comandar a Secretaria de Estado da Saúde. Embora estivesse assegurado o exercício de mais uma legislatura, em função de ser o primeiro suplente e a colega Tereza Cristina já estar anunciada como ministra da agricultura do governo Bolsonaro, aceitou. Fez então a escolha. Ao invés de dividir-se entre Mato Grosso do Sul e Brasília, para atender as demandas parlamentares, preferiu ficar em seu Estado, mesmo fora da visibilidade de um mandato federal. Era de seu feitio, como médico experiente e escolado em política pública.

Até ser iniciada a campanha contra o COVID -19, Geraldo Resende conduzia a Pasta de maneira até discreta, mas com ações resolutivas. A partir do momento que o Brasil oficializou a pandemia, a determinação e a expertise em saúde pública do médico fez a diferença para todos os sul-mato-grossenses. Estão sendo meses difíceis, de tomada de decisões duras e antipopulares, de trabalho extenuante, de incompreensões por parte de políticos pouco responsáveis, mas a autoridade sanitária não se acovardou e até nas situações mais dramáticas entoava a ladainha: “O coronavírus só será vencido depois que todo mundo estiver imunizado. Até lá, não podemos e não vamos relaxar, mantendo o distanciamento social, fazendo a higiene adequada, evitando aglomerações e obedecendo aos protocolos médicos e científicos”.

É com esta decidida convicção que há 18 meses – desde 26 de fevereiro do ano passado, quando o Brasil oficializou a pandemia – o médico e secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, conduz a política publica de emergência para o combate e a prevenção à Covid-19. E agora, reforçado pela Campanha Nacional de Vacinação, esse processo traz números e situações que compõem a fotografia vitoriosa de um desempenho aplaudido em todo o País.

Hoje, Mato Grosso do Sul é o estado que tem a melhor média de imunização da população e foi também aquele que soube distribuir com maior agilidade, a todos os municípios, as doses enviadas pelo governo federal. Isso possibilitou que milhares de vidas fossem salvas.

Pode até ser que ao aceitar a missão de comandar a Secretaria de Saúde pela segunda vez – a primeira foi no governo do Zeca do PT, que o colocou nas condições de disputar e ser eleito a uma das cadeiras da Câmara Federal – Geraldo antevisse que o cargo pudesse reanimá-lo para as disputas eleitorais futuras. O que ele não imaginava é que o amplo e vigoroso reconhecimento pelo seu trabalho o colocasse no arco de indicações para as disputas majoritárias de 2022.

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