Bancada Federal recebe demandas para emendas do orçamento de 2022

A bancada federal de Mato Grosso do Sul reuniu-se ontem, 20 de setembro, com o governador Reinaldo Azambuja e o prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad, para ouvir as demandas e começar a definir as estratégias de seleção de emendas ao orçamento de 2022.

A nova coordenadora da bancada, Senadora Simone Tebet (MDB), ressaltou a importância de construir um critério para selecionar também as entidades, universidades ou consórcios de municípios que serão atendidos pelos parlamentares. Simone será a relatora setorial do orçamento 2022 na área de Desenvolvimento Regional. Isso é positivo, pois tal relatoria poderá facilitar a execução dos investimentos no Estado.

Para o próximo ano, serão designados pouco mais de R$ 212 milhões para as emendas de bancada, bem menos que no ano passado, que foi R$ 270 milhões.

Ao final das reuniões, a senadora Simone disse que o governador solicitou recursos para saúde e segurança. Ela também disse que a bancada vai avaliar a possibilidade de repassar recursos para consórcios. “A nossa ideia também é atender as entidades (Universidades Federal, Estadual, Instituto Técnico Federal, Universidade da Grande Dourados). Que a gente possa ter um olhar especial para educação”, disse.

A bancada federal deve realizar outra reunião na próxima semana para discutir as emendas “com o intuito de parceria, uma parte do governo do Estado, outra, do governo Federal, para que a gente possa chegar nos 79 municípios de Mato Grosso do Sul”.
Para Simone, a bancada é unida e experiente e todos buscam levar recursos para suas regiões, sem esquecer da capital e do Estado como um todo. “Nunca deixamos de colocar dinheiro no DNIT, que é para recapeamento, asfalto nas rodovias, por onde nós passamos. Então, assim, é pouco, mas é muito bem dividido e distribuído. A gente procura fazer fartura”, finalizou.

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Risco de apagão no Brasil é real

Após sucessivos anos de poucas chuvas, os reservatórios das hidrelétricas brasileiras nas regiões Sudeste e Sul chegaram ao mês de setembro em seu pior nível histórico, abaixo mesmo do patamar de 2001. Após sucessivos anos de poucas chuvas, os reservatórios das hidrelétricas brasileiras nas regiões Sudeste e Sul chegaram ao mês de setembro em seu pior nível histórico, abaixo mesmo do patamar de 2001, quando o país enfrentou um severo racionamento de energia.

Esse cenário torna elevado o risco de apagões, ainda mais em momentos de picos de consumo, que ficam mais frequentes com a volta do calor.

Enquanto no inverno o auge do consumo de energia se concentra no início da noite, quando escurece, com a chegada da primavera a demanda fica maior também de tarde, devido ao aumento do uso de ar condicionado.

O risco de apagões é considerado alto porque o sistema já está operando no limite, com o acionamento de mais térmicas para compensar a quantidade menor de energia gerada nas hidrelétricas e uso intenso das linhas de transmissão, que permitem levar energia de regiões em que a oferta está menos apertada para outras em situação mais crítica. Dessa forma, a interrupção de abastecimento pode ocorrer tanto da geração insuficiente, como da falha em algum ponto do sistema.

Foto divulgação

Reservatórios com 18% da capacidade no Sudeste

A crise hídrica é considerada a pior em 91 anos, segundo especialistas e o próprio Ministério de Minas e Energia. A situação é especialmente grave no Sudeste, a região que responde por 70% da energia produzida no país.

Segundo dados do ONS, o volume útil — quantidade de água que pode ser usada para geração de energia — dos reservatórios que integram o subsistema das regiões Sudeste e Centro-Oeste está em apenas 18% da sua capacidade máxima, segundo o boletim de sábado (18/09). É o pior resultado já registrado para setembro. Um ano atrás, o volume útil desse subsistema era de 32,9%, quase o dobro do atual.

Já em setembro de 2001, quando o governo teve que impor medidas drásticas de racionamento à população e a empresas para reduzir a demanda, a capacidade dos reservatórios estava em 20,7%. Naquele ano, consumidores que ultrapassassem determinado patamar de consumo de energia tinham que pagar multas, e até a iluminação pública nas ruas foi reduzida em diversos estados.

A situação também é preocupante no subsistema Sul, em que os reservatórios estão com capacidade média de 30%. Já no Nordeste e Norte o cenário é mais confortável (44% e 64,5%, respectivamente).

A expectativa é que os reservatórios devem continuar secando até novembro, quando começa a temporada de chuvas na maior parte do país.

Com a volta da temporada chuvosa, os reservatórios devem voltar a subir no final do ano, mas a projeção de meteorologistas é que a quantidade de chuva deve ficar novamente abaixo da média histórica, sendo insuficiente para uma recuperação satisfatória.

A mudança climática aumenta o risco de clima quente e seco. Nem todas as secas se devem às mudanças climáticas, mas ambientalistas apontam que o excesso de calor na atmosfera está tirando mais umidade da terra e piorando as secas.

A economista e professora do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (USP), Virginia Parente, explica que os reservatórios das hidrelétricas brasileiras foram projetados para aguentar alguns anos de chuvas abaixo da média. O problema, diz, é que as secas têm sido muito severas, ao mesmo tempo que o consumo de energia e água no país cresceu muito ao longo das décadas.

Diferenças em relação a 2001

Se a situação é pior que há duas décadas, por que, ao menos por enquanto, não houve um racionamento da mesma dimensão daquele ano?

Após a crise de 2001, o país adotou medidas para reduzir esse risco, como aumentar a conexão do sistema com mais linhas de transmissão. Isso permite distribuir melhor a energia de uma região que esteja com mais oferta para outra, em que a geração esteja insuficiente. Além disso, também houve aumento da oferta de outros tipos de eletricidade, com mais geração de energia térmica, solar e eólica.

Hoje, os mercados do Sudeste, Centro-Oeste e Sul, em que a situação é mais crítica, estão sendo em parte abastecidos por energia produzida no Nordeste, onde os reservatórios das hidrelétricas estão mais cheios e há também geração relevante de energia eólica. A situação, porém, não é confortável porque, ao mesmo tempo que ampliou-se a geração e a transmissão de energia no país, também houve aumento do consumo nas últimas duas décadas.

Governo deveria ter adotado racionamento?

O baixo nível dos reservatórios é especialmente preocupante porque as hidrelétricas representam 65% da capacidade de geração de energia do país. Por isso, o governo já adotou uma série de medidas para tentar reduzir a demanda e, ao mesmo tempo, aumentar a oferta de outras fontes geradoras — ações que alguns especialistas ainda consideram insuficientes.

Uma dessas medidas foi o aumento do uso de térmicas — como o custo delas é maior que das hidrelétricas, isso aumentou a conta de luz no país, o que acaba tendo o efeito de desestimular o consumo. Segundo o IPCA, principal índice de preços do IBGE, a conta de luz ficou em média 21% mais cara no país nos últimos 12 meses encerrados em agosto, mais que o dobro da inflação geral (9,68%).

Além disso, o Ministério de Minas e Energia também lançou a partir deste mês um programa de desconto na conta de luz para quem reduzir seu consumo, com objetivo de provocar uma redução de 15% na demanda entre setembro e dezembro.

Também foi editado um decreto em agosto com ações para os órgãos públicos federais consumirem de 10% a 20% menos energia de setembro a abril de 2022. Outra providência foi aumentar a importação de energia da Argentina e do Uruguai.

Para o engenheiro Edvaldo Santana, diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) entre 2005 e 2013, o governo deveria ter feito mais, adotando uma estratégia de racionamento a partir de julho para evitar os riscos de apagões agora. Na sua visão, isso não foi feito por temor do impacto eleitoral da medida.

“Desde que o PSDB perdeu a eleição (de 2002 para o PT) por causa do racionamento (no governo Fernando Henrique Cardoso), os governos consideram melhor o consumidor gastar mais (com energia das térmicas) do que fazer um racionamento”, ressalta.

“O racionamento não sai em menos de 60 dias. Primeiro tem que planejar, depois as pessoas têm que entender (como funciona). Como a temporada seca está terminando, não faz mais sentido fazer. Agora é esperar o que vai acontecer”, disse ainda.

Já a professora da USP Virginia Parente diz que o governo falha em não fazer campanhas maiores para conscientizar a população a economizar energia e luz, ou em estabelecer melhores acordos bilaterais para uso de energia dos países vizinhos. Ela discorda, porém, que deveria ter sido feito um racionamento antes.

“O racionamento tem um custo muito grande, causa sofrimento e desemprego. Se uma fábrica só vai poder gastar 80% ou 70% da energia, por exemplo, ela vai dispensar os funcionários parte dos dias e vai produzir menos, vender menos”, nota ela.

“A empresa vai então negociar para reduzir o salário dos funcionários, eles vão ter menos grana pra comprar outros produtos, as outras empresas vão vender menos pra eles e o PIB do Brasil vai afundar”, reforça.

Por outro lado, a professora lembra que apagões, ainda que localizados em apenas algumas partes do país, também podem causar grandes prejuízos.

“Os momentos de pico de consumo são perigosos, com maior probabilidade de ter apaguinhos de durações variadas. A gente corre esse risco e é bem grave, porque se você estiver em casa trabalhando no seu computador, a bateria aguenta um tempo. Mas, se você for uma indústria de cerâmica que precisa apagar seu forno, você estraga toda a produção do dia. Pequenos apaguinhos da indústria podem fazer grandes estragos”, nota ela.

Agência de informações BBC News Brasil

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Governo do Estado acelera pavimentação de 113 km de rodovias-tronco da Rota Bioceânica

Três frentes de obras de pavimentação asfáltica em execução pelo Governo do Estado estão mudando o sistema viário nas regiões sudoeste e sul do Estado, levando desenvolvimento, criando novas rotas de escoamento da produção e encurtando distâncias entre as cidades de Guias Lopes da Laguna e Jardim com Antônio João e Ponta Porã. Um ramal rodoviário que se integra ao eixo logístico da Rota Bioceânica, em direção aos portos do Chile.
Com investimentos de R$ 260 milhões, a secretaria estadual de Infraestrutura (Seinfra) leva infraestrutura a uma das regiões de maior produção de grãos de Mato Grosso do Sul, interligando por asfalto as rodovias MS-382, MS-166 e MS-270, totalizando mais de 113 quilômetros. Este tronco se interliga aos trevos com as BR-060 e BR-267, em Guia Lopes da Laguna e Jardim, e à MS-384, que cruza a fronteira com o Paraguai, de Caracol a Ponta Porã.

“São importantes investimentos em logística que dão competitividade aos produtores sul-mato-grossenses e encurta distâncias. A ampliação da malha pavimentada melhora as condições de produção de todos, do pequeno, médio e grande produtor, assim como dos assentados, beneficiando uma região que será corredor de escoamento de commodities aos portos de Porto Murtinho e à Bioceânica”, afirma o governador Reinaldo Azambuja.

Foto divulgação (Saul Schramm)

Caminhos de produção
A primeira etapa de pavimentação da MS-382, a partir da ponte sobre o Rio Santo Antônio (Guia Lopes da Laguna), de 37,7 quilômetros, está com mais de 50% do serviço executado pela empresa Bandeirantes. Já foram concluídos 20 quilômetros de pavimento e outros 10 quilômetros concentram homens e máquinas com trabalho de terraplenagem, com trechos de rochas que estão exigindo processo de detonação.

“São investimentos estratégicos associados ao novo momento que Mato Grosso do Sul, no qual estamos vendo uma mudança produtiva nessa região totalmente visível e que vai avançar cada vez mais, porque ao investir nessas rodovias estamos trazendo mais competitividade para MS. Este novo eixo interligando esses 113 quilômetros vai trazer benefícios diretos não apenas à região como a todo o Estado,”  ressalta Eduardo Riedel, secretário de Infraestrutura.

O engenheiro responsável pela obra, Marlos Bernardi, informa que a empresa impôs um ritmo acelerado na execução para antecipar a conclusão o trecho, previsto para dezembro de 2022, em oito meses. “Estamos trabalhando com 250 operários durante os sete dias da semana”, disse.

Foto divulgação (Saul Schramm)

A Bandeirantes também ganhou a licitação do segundo trecho (até o entroncamento com a MS-166), de 39,5 quilômetros, e aguarda ordem de serviço da Agesul.
A partir da MS-166, mais duas frentes de obras estão em direções opostas entre o distrito Cabeceira do Apa e Copo Sujo, totalizando 34 quilômetros, se integrando as MS-382 e MS-270. Na outra ponta da MS-166, no limite entre os municípios de Nioaque e Maracaju, o governador Reinaldo Azambuja autorizou a pavimentação de 37,5 quilômetros, trecho entre as BR-060 e BR-267, beneficiando região de produção agropecuária e usinas de álcool.

Agência de informações: Comunicação Subcom – Governo do Estado

Vacinação: aplicação da 2ª dose de astrazeneca e coronavac hoje

Hoje, a Prefeitura de Campo Grande dá continuidade exclusivamente à aplicação da segunda dose de Astrazeneca-Oxford-Fiocruz e da Coronavac-Sinovac-Butantan. O atendimento acontece à tarde nas unidades de saúde e polo de vacinação Seleta.

Conforme o calendário estabelecido pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), devem receber a segunda dose as pessoas que se tomaram Astrazeneca até o dia 21  de julho ou a Coronavac até o dia 29 de agosto. A data da aplicação das vacinas pode ser consulta na carteirinha digital disponível no site de cadastro: http://vacina.campogrande.ms.gov.br.

Quem ainda não tomou a primeira dose pode procurar qualquer um dos locais de vacinação referenciados. A vacinação será feita mediante disponibilidade de doses.

Imunização

Desde o dia 19 de janeiro, 631.894 pessoas foram vacinadas com a primeira dose, o que representa 69.74% de toda a população campo-grandense. Destas, 506.700 já receberam as duas doses ou a dose única e estão completamente imunizadas, o equivalente a uma cobertura vacinal de quase 56%. Conforme dados parciais do “Vacinômetro”, 35.158 pessoas tomaram a dose de reforço (terceira todo). Ao toto, 1.173.752 doses de vacinas contra a Covid-19 foram aplicadas em Campo Grande

Vá de Uber

A Prefeitura de Campo Grande e a Uber fecharam parceria de R$ 100 mil em descontos para viagens na Capital. Os códigos promocionais serão distribuídos com objetivo exclusivo de facilitar o deslocamento até os postos de vacinação contra Covid-19.

Os códigos promocionais garantirão viagens gratuitas de ida e volta aos locais de vacinação, no valor máximo de R$ 25. O código precisa ser adicionado no aplicativo da Uber antes das viagens.

Veja como ativar o código de desconto:

1. Abra o aplicativo e selecione o menu (três linhas verticais no canto superior esquerdo)
2. Entrar no item “Wallet” ou “Pagamento” e rolar até a parte de baixo
3. Em “Promoções”, selecionar a opção “Adicionar código promocional” (Não vai funcionar como “voucher”)
4. Digite o código VACINACG
5. O código funcionará das 7h da manhã até as 18h.

Onde se vacinar ?

Seleta –12h às 16h45
Unidades de saúde – 
13h às 16h45

Lagoa 

  • USF Oliveira
  • USF Batistão
  • USF Coophavila
  • UBS Buriti
  • USF São Conrado
  • C.F Portal Caiobá
  • USF Tarumã

Segredo 

  • UBS Coronel Antonino 
  • USF São Francisco 
  • USF Vila Nasser 
  • USF Paradiso
  • USF Azaleia
  • C.F Nova Lima

Imbirussu 

  • USF Silvia Regina
  • USF Albino Coimbra 
  • UBS Lar do Trabalhador 
  • USF Aero Itália
  • USF Serradinho
  • USF Indubrasil
  • USF Zé Pereira

Bandeira 

  • USF Arnaldo Estevão de Figueiredo
  • UBS Universitário 
  • USF Itamaracá 
  • USF Moreninha
  • USF MAPE

Prosa 

  • USF Noroeste 
  • USF Nova Bahia 
  • USF Mata do Jacinto
  • USF Estrela Dalva

Anhanduizinho 

  • UBS Jockey Club
  • UBS Dona Neta
  • C.F Iracy Coelho 
  • USF Los Angeles
  • USF Anhanduí
  • USF Botafogo
  • UBS Pioneira
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Na ONU, Bolsonaro se divide entre tentativa de mudar imagem internacional e acenos a eleitorado fiel

Às vésperas de fazer seu terceiro discurso na Assembleia Geral da ONU, onde o mandatário do Brasil tradicionalmente abre os trabalhos do maior encontro de líderes do mundo, Bolsonaro chega a Nova York, nos Estados Unidos, com a missão de conciliar duas tarefas quase antagônicas.

Por um lado, segundo diagnóstico do Itamaraty, o Brasil precisa reverter uma crise de imagem internacional. Para isso, o presidente brasileiro teria que abordar exemplos de avanços ambientais em sua gestão, celebrar o aumento da taxa de vacinação e o recuo da pandemia entre os brasileiros, repetir o mantra da responsabilidade fiscal na economia e reafirmar o compromisso do Brasil com direitos humanos e valores democráticos.

Por outro, depois de atrair centenas de milhares de apoiadores às ruas no último sete de setembro e recuar de suas próprias palavras dois dias depois, Bolsonaro vê no evento espaço ideal para reafirmar valores caros à sua base eleitoral – e produzir conteúdo replicável por ela na internet.

“Na próxima terça-feira, estarei na ONU, participando no discurso inicial daquele evento. Podem ter certeza, lá teremos verdades, realidade do que é o nosso Brasil e do que nós representamos verdadeiramente para o mundo”, afirmou o presidente em discurso em Minas Gerais na última sexta, 17.

A pouco mais de um ano da eleição que tem chamado a atenção de agentes políticos internacionais, como o ideólogo do trumpismo Steve Bannon ou expoentes da extrema direita alemã AfD, Bolsonaro pretende ainda usar o palco da ONU para se projetar como uma liderança da direita global. Ao ex-porta-voz de Trump, Jason Miller, Bolsonaro demonstrou intenção de fazer a defesa da liberdade de expressão dos conservadores, que ele vê como alvos de censura das grandes redes sociais por defender suas posições políticas.

“O discurso que veremos é o resultado da queda de braço entre a diplomacia tradicional do Itamaraty e a política externa bolsonarista”, afirma o embaixador Paulo Roberto de Almeida.

Com informações da BBC News Brasil

MEIA-PALAVRA

20.09.2021

1.

A união faz a força. Projeto de candidatura ao governo do Mato Grosso do Sul deve ser decidido em Brasília. Os presidentes dos diretórios nacionais dos partidos Podemos e Republicanos, Deputada Kátia Abreu e Deputado Marcos Pereira, devem se reunir para decidirem, estrategicamente, qual dos dois partidos deve acolher a colega Deputada Rose Modesto.

2.

Ví ontem, no facebook de um amigo: “pesquisa para presidente virou um troço engraçado no país. O candidato que aparece na frente não sai às ruas. Os eleitores que votam nele, tampouco. Já o segundo colocado é sempre ovacionado pelas multidões, que lotam todos os eventos que ele participa. O Brasil, definitivamente, não é para amadores”.

3.

Os partidos então fazendo hora extra em 2021. Em junho Sidrolândia elegeu prefeita, no mês de outubro teremos eleição em Paranhos e em novembro será a vez de Bandeirantes ter um novo encontro com as urnas. Tem mais municípios que estão, também, esperando eleição complementar. Para os munícipes a oportunidade de colocarem nos comandos das cidades, políticos que trabalhem, de verdade, para o povo.

4.

Caminha com celeridade a reabertura, com lotação máxima, dos templos religiosos em Campo Grande. Importante que as medidas de segurança sanitária sejam cumpridas para que não retornemos aos dias sombrios. Responsabilidade cabe em todas as religiões.

5.

Nos preparativos para a disputa de vagas para Assembleia Legislativa em 2022, já são vários os deputados que estão pensando em recuar no projeto de se reelegerem. Uns por idade avançada, outros por legendas lotadas com candidatos à reeleição e até mesmo os que entendem, num exercício de honestidade, que não fizeram um bom mandato. Esperar para ver.

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Idoso deve investir em treino com propriocepção para reduzir risco de queda.

O envelhecimento e crescimento da população com mais de 60 anos é uma tendência mundial. Por isso, cada vez mais se investe em entender o envelhecimento da população, quebrando-se paradigmas de que idosos são inativos ou que envelhecer representa adoecer.

Mas precisamos cuidar da qualidade de vida dos idosos e nunca podemos ignorar o aumento do risco de quedas que há nessa fase da vida. Isso é uma questão extremamente relevante de saúde pública, pois um tombo nessa faixa etária pode levar a diversos transtornos e complicações que se relacionam à mortalidade.

Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), cerca de 30% das pessoas com mais de 65 anos caem ao menos uma vez por ano, sendo a maior parte das quedas em casa.

No envelhecimento, há, de fato, a deterioração fisiológica que pode levar a uma redução de capacidades físicas, como mudanças na composição de fibras musculares com a perda progressiva de fibras rápidas, responsáveis pelo tempo de reação e resposta rápidas, o que diminui a eficácia das estratégias motoras do equilíbrio corporal e de tempo de reação ao equilíbrio.

Há ainda mudanças do padrão de marcha ao caminhar, idosos tendem a diminuir o balanço dos braços, que ajudam no equilíbrio. Também tendem a ter menor capacidade de rotação da pelve e do apoio em um pé só, além de uma redução de acurácia visual. Enfim, uma série de mudanças que, de forma geral, aumentam o risco de um tombo, mas grande parte delas são reversíveis, passíveis de serem prevenidas ou tratadas.

A propriocepção e o equilíbrio como base para combater a queda.

Primeiro, vale entender o que é a propriocepção. Ela pode ser interpretada e simplificada como o feedback dos membros ao sistema nervoso central: a capacidade inconsciente de sentir o movimento e a posição de uma articulação no espaço. Simplificadamente, é capacidade de saber onde está uma parte do corpo sem precisar da visão —ao fechar os olhos, você continua sendo capaz de tocar os joelhos sem olhar para suas mãos, pois sempre sabe onde elas estão.

Esse feedback sobre a nossa posição no espaço e a “consciência” para responder e sentir os estímulos externos é chamada de propriocepção e ela informa ao cérebro como reagir rapidamente para proteger e alterar o movimento quando necessário.

Teste prático

Vamos tentar usar apenas o estímulo proprioceptivo e um pouco menos o seu estímulo visual —um desafio —, pois você irá perceber o quão dependente pode ser do visual para manter-se estável. Faça o teste abaixo apoiado, para não correr o risco de queda, e sob supervisão de uma pessoa que possa amparar você em caso de tontura.

FASE 1 Olhos abertos. Em pé (encostado na parede, se necessário), mantenha os pés unidos e observe como você está posicionado. Você está oscilando? Estável? Com os pés firmes? Preste atenção no posicionamento dos seus membros e do tronco. Conte 8 segundos. Como se saiu em relação ao seu equilíbrio?

FASE 2 Olhos fechados. Agora, na mesma posição da fase 1, feche levemente seus olhos e observe seu equilíbrio. Conte 8 segundos. O posicionamento anterior e sua estabilidade se mantiveram? Você ficou tenso? Ou com joelhos ou tornozelos oscilando?

Foi mais fácil se manter firme com olhos abertos ou fechados?

Saiba que 99,9% das pessoas dirão que é muito melhor se manter estável de olhos abertos. Agora, pense na importância da propriocepção conforme estamos em pé e precisamos manter nosso equilíbrio e segurança articular. Pense também que as quedas de forma geral ocorrem em casa, ao usar o banheiro, levantar no meio da noite para beber água etc.

Revisões sistemáticas têm apontado que programas de atividade física são capazes de aumentar o equilíbrio de idosos e prevenir quedas. Estudos mostram que a inserção de atividades físicas promove melhorias de até 42% em comparação às avaliações iniciais em pessoas 60+ sem qualquer tipo de atividade.

De acordo com a fisioterapeuta doutorada pela Unifesp e pós-graduada em geriatria e gerontologia Renata Luri, ”na prática clínica há diversos exercícios que podem ser feitos como estratégia para melhorar o equilíbrio. Testes práticos que progridem e evoluem para aprimorar essa capacidade proprioceptiva.

No idoso, há a prioridade em se trabalhar esse tipo de exercício, focando em prevenção de quedas e evitando complicações decorrentes. O equilíbrio é multifatorial e pode ser efetivamente melhorado por diferentes meios de treinamento físico.

Os exercícios abrangem também lapidar o nível de atenção em idosos de forma progressiva, com atividades e movimentos habituais da rotina da pessoa, como realizar exercícios de equilíbrio em superfícies instáveis, associando-os com dupla-tarefa, como andar lembrando-se de nomes de produtos do mercado, subir escadas conversando, entre outras, que se relacionam à qualidade de vida de forma bem funcional”.

É fundamental promover a atividade física no idoso tanto para prevenção quanto para o tratamento de problemas que afetam a saúde e a qualidade de vida.

Atenção! Para tratamento ou prevenção é importante o acompanhamento de profissionais de saúde, que vão dar a orientação adequada exercícios utilizados para recuperação.

Com informações UOL