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Israel nega existência de acordo para cessar-fogo para retirada de estrangeiros de Gaza

O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, negou a existência de um acordo para trégua temporária em Gaza para permitir a retirada de estrangeiros da região.

A agência Reuters havia informado, com base em duas fontes de segurança egípcias, que Egito, Israel e Estados Unidos tinham concordado com o cessar-fogo e a reabertura da fronteira em Rafah.

“Atualmente, não há trégua e ajuda humanitária em Gaza em troca da retirada de estrangeiros”, disse um comunicado do gabinete de Netanyahu.

O chefe do gabinete de comunicação do Hamas, Salama Marouf, afirmou não ter recebido nenhuma informação do Egito sobre o plano de abrir a fronteira.

Segundo a Reuters, o acordo estava previsto para valer a partir das 9h no horário local (3h, no horário de Brasília) desta segunda-feira (16). Mas fontes da agência em Al-Arish afirmaram que a fronteira permanecia fechada após este horário.

A Reuters informou que o cessar-fogo coincidiria com a reabertura da passagem na fronteira de Rafah, no sul de Gaza, com a Península do Sinai, no Egito. E que os três países tinham concordado em manter a fronteira egípcia com Rafah aberta até as 17h no horário local (11h, de Brasília).

A Embaixada dos Estados Unidos de Israel não se manifestaram, de acordo com a agência. O acordo permitiria a saída de cidadãos estrangeiros de Gaza e a chegada de ajuda humanitária ao território palestino.

O chanceler egípcio, Sameh Shoukry, disse nesta segunda que o governo de Israel não tomou nenhuma posição desde que a guerra começou para que a fronteira de Gaza fosse reaberta.

Infográfico mostra limites entre Faixa de Gaza, Rafah, Israel e Egito. — Foto: Editoria de arte/g1

Brasileiros na fronteira

Um grupo de 19 brasileiros que está na cidade palestina de Rafah, ao sul da Faixa de Gaza, foi alocado no sábado (14) pela Embaixada do Brasil na Palestina em uma casa alugada na região.

Outros 12 brasileiros estão em um prédio na cidade de Khan Younes, mais distante da fronteira com o Egito. Eles devem ser deslocados em direção a Rafah, posteriormente, quando houver sinalização de que poderão atravessar a fronteira com o Egito.

O governo brasileiro planeja buscar as pessoas de avião no território egípcio. O avião, de uso da Presidência da República, foi enviado de Brasília para Roma e, na capital italiana, aguarda autorização para ir para o Egito.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou por telefone com o presidente egípcio Abdel Fattah al-Sissi. Lula pediu a abertura da fronteira e ajuda para a retirada dos brasileiros.

Brasileiros no cenário do conflito

De acordo com a Embaixada do Brasil na Palestina, a casa onde estão os brasileiros, que foi alugada em Rafah, fica a uma “caminhada” da fronteira com o Egito.

Antes de chegar a Rafah, esse grupo estava em uma escola católica em Gaza, que era utilizada como um abrigo. Com o agravamento das tensões entre Israel o grupo terrorista Hamas, o abrigo em Gaza deixou de ser um local seguro.

operação Voltando em Paz já resgatou centenas de brasileiros que estavam em Israel e pediram ajuda para deixar o país que está em conflito com o grupo terrorista Hamas.

  • 1º voo: 211 passageiros;
  • 2º voo: 214 passageiros
  • 3º voo: 69 passageiros
  • 4º voo: 207 passageiros
  • 5º voo: 215 passageiros

Fonte: G1

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Quem é Daniel Noboa, magnata exportador de banana que será presidente do Equador

O empresário de centro-direita Daniel Noboa, de 35 anos, venceu neste domingo (15) as eleições no Equador e será o presidente mais jovem da história do país.

A vitória de Noboa dá fim também à tensa e violenta campanha eleitoral equatoriana, marcada pelo assassinato de um dos candidatos, ameaças do narcotráfico e presidenciáveis tendo de votar com coletes à prova de bala e forte esquema de segurança.

Segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país, Noboa, da coalizão Ação Democrática Nacional, venceu a disputa do segundo turno com 52,3% dos votos, à frente dos 47,7% da advogada Luisa González, apoiada pelo ex-presidente Rafael Correa.

Favorita pelas pesquisas ao longo da campanha, González reconheceu a derrota.

Daniel Noboa Azín, de uma família dona de um império empresarial que inclui a exportadora de banana Bonita, uma das principais do país, assumirá um mandato atípico, que terá início em dezembro, em uma data ainda a confirmar, e durará apenas até maio de 2025.

É que Noboa vai completar o mandato do presidente Guillermo Lasso, que dissolveu a Assembleia Nacional e convocou eleições antecipadas em meio a um processo de impeachment sob acusação de corrupção.

A seguir, a trajetória empresarial e política de Noboa e suas principais propostas.

Daniel Noboa será o presidente mais jovem da história do Equador 

Império familiar

Daniel Noboa, casado com a modelo e influencer de 25 anos Lavinia Valbonesi, pai de seu segundo filho, pertence à terceira geração de uma família de empresários multimilionários de Guayaquil.

Seu avô, Luis Noboa Naranjo (1916-1994), fundou a Exportadora Bananera Noboa e chegou a ser considerado o homem mais rico do Equador.

O pai de Daniel, Álvaro Noboa Pontón (Guayaquil, 1950), expandiu o negócio da família para além das bananas, passando a controlar uma rede multinacional de empresas sob a bandeira do Grupo Noboa.

O sucesso econômico do clã foi várias vezes afetado por alegações de evasão fiscal e exploração laboral.

A BBC Mundo contatou representantes da família para fazer comentários, mas não obteve resposta até a publicação deste texto.

Álvaro Noboa foi o primeiro a dar um salto para a política, algo comum entre as famílias com poder econômico no Equador e especialmente em Guayaquil, a capital comercial do país.

A aspiração de Álvaro chegar à presidência foi, no entanto, em vão. O pai do futuro presidente é o candidato que mais vezes tentou, cinco no total, e sem sucesso, chegar ao cargo máximo no país. Nas eleições de 2006, esteve perto: perdeu no segundo turno para Rafael Correa, que liderou o país até 2017.

“Álvaro Noboa gerou rejeição porque era uma clara representação da plutocracia e da burocracia mais excludente”, disse à BBC Mundo o jornalista equatoriano Diego Cazar Baquero, diretor da revista independente La Barra Espaciadora.

Daniel Noboa estudou em universidades de prestígio nos Estados Unidos. Ele se formou em administração de empresas na Universidade de Nova York, administração pública na Harvard Kennedy School, além de ter feito um mestrado em Governança e Comunicação Política na Universidade George Washington.

Mas Noboa, que aos 18 anos tinha fundado uma empresa de organização de eventos chamada DNA Entertainment Group, só recentemente começou na política: estreou como deputado em 2021 e se tornou presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico do Parlamento.

Após a dissolução do Parlamento, com a ativação da chamada morte cruzada (dissolução da Assembleia e convocação de novas eleições) pelo presidente Lasso, em maio, Noboa se apresentou como pré-candidato com um perfil diferente do de seu pai.

“Daniel marca uma certa distância de Álvaro no plano simbólico, no plano discursivo e no plano prático”, explica Cazar Baquero.

Por exemplo, enquanto seu pai foi classificado na direita política, Daniel afirma ser de centro-esquerda, com ideias sociais progressistas, como o apoio à comunidade LGBTQia+ e uma forte ênfase na educação.

Para o cientista político Roberto Calderón, isso foi uma “estratégia de marketing político” que se revelou bem sucedida.

“Ele se descreve como sendo de centro-esquerda devido à baixa popularidade do governo de Guillermo Lasso, pois sabe que o rótulo de direita poderia associá-lo à continuação desse executivo”, diz.

Seus críticos afirmam que a vice-presidente eleita, Verónica Abad, tem uma orientação marcadamente de direita.

Outra diferença apontada pelos analistas é o fato de Daniel ter desenvolvido uma oratória superior à do seu pai e ter conseguido fazer chegar suas ideias ao eleitorado.

De fato, o salto mais importante em sua curta corrida à presidência foi no debate que antecedeu o primeiro turno.

Azarão

Poucos dias antes do primeiro turno, em 20 de agosto, ninguém acreditava que Noboa tinha chances reais de passar para a disputa final.

Até que chegou o debate decisivo, onde ele confrontou ideias com Luisa González e outros candidatos que eram considerados favoritos.

“Ele teve a oportunidade, em poucos minutos, de mostrar seu conhecimento sobre certos dados cruciais sobre a situação atual do país, e isso o fez parecer muito bem informado e preparado para assumir a presidência”, diz o jornalista Cazar Baquero.

Já o cientista político Roberto Calderón indica que sua participação no debate foi crucial para ele se posicionar “como uma alternativa ao correísmo”, representado por González, a quem derrotou no último domingo.

No entanto, ambos os analistas destacam que não seria correto rotular Noboa como um antícorreísta, mas sim como um político habilidoso que demonstrou posições moderadas e pragmáticas, evitando ataques diretos a seus rivais em debates e discursos.

“A praticidade de seu discurso e sua decisão de se afastar da polarização entre correísmo e antícorreísmo funcionaram muito bem para ele. Isso revela que o eleitorado quer escapar da polarização, da insegurança, da violência cotidiana e buscar soluções extremamente práticas e imediatas”, afirma Cazar Baquero.

No segundo turno, Noboa se posicionou como favorito em todas as pesquisas.

Isso também é atribuído em grande parte às limitações próprias do Revolução Cidadã, cujos líderes jamais recuperaram a popularidade dos tempos da presidência de Rafael Correa, um dos símbolos dos governos de esquerda da região nos anos 2000.

Fonte: BBC

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Líbia recupera mil corpos em cidade inundada após tempestades; 10 mil estão desaparecidos

Mil corpos foram recuperados na cidade de Derna, no leste da Líbia, após uma tempestade atingir o país no domingo (10).

“O número de corpos recuperados em Derna é superior a mil. Não estou exagerando quando digo que 25% da cidade desapareceu. Muitos, muitos edifícios desabaram (…) Os corpos estão por toda parte – na água, nos vales, sob os edifícios”, disse Hichem Chkiouat, ministro da Aviação Civil e também integrante do Comitê de Emergência criado após as enchentes.

O ministro disse que o número de mortos pode passar de 2,5 mil à medida que o número de desaparecidos aumenta.

Um representante do Crescente Vermelho, equivalente à Cruz Vermelha nos países de maioria islâmica, afirmou que cerca de 10 mil pessoas estão desaparecidas.

A cidade de Derna fica na costa da Líbia e é cortada ao meio por um rio que flui das terras altas para o sul. Há barragens que impedem a ocorrência de inundações.

Derna tem cerca de 125 mil habitantes. Devido à tempestade, as ruas foram tomadas pela água, casas foram inundadas, edifícios foram destruídos, carros acabaram virados e moradores foram arrastados. A força da água também destruiu barragens na região.

A tempestade mediterrânea Daniel que atingiu a Líbia no domingo (10) também afetou as cidades de Benghazi, Sousse, Al Bayda e Al-Marj.

Antes de chegar ao norte da África, a tempestade Daniel levou estragos à Grécia, Turquia e Bulgária. A Líbia pediu ajuda internacional para se recuperar da tragédia. Países como os Estados Unidos e a Turquia enviaram aviões com suprimentos para o país africano.

A tempestade perdeu força após a passagem pela Líbia. Agora, chegou ao Egito, preocupando as autoridades e colocando o país em alerta.

Regime parlamentarista da Líbia

A Líbia vive um regime parlamentarista instituído na cidade de Tripoli, capital do país, sob a chancela de Abdulhamid al-Dbeibah. O governo é consequência de uma revolta popular mobilizada em 2011 com apoio da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) contra o então líder Muammar Gaddafi.

Isso porque, em 2014, o país se dividiu em duas frentes: uma alinhada à Otan, que é reconhecida internacionalmente, e outra liderada por Osama Hamad, que controla o leste do país.

Em 2021, al-Dbeibah foi escolhido primeiro-ministro com a promessa de realizar novas eleições para todo o país. No entanto, o pleito segue sem data definida por causa de desentendimentos entre os grupos acerca das regras da eleição.

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Mãe de dirigente espanhol que deu beijo em jogadora anuncia greve de fome e se tranca em igreja

A mãe do presidente da Federação Espanhola de Futebol, Luis Rubiales, se uniu nesta segunda-feira (28) à polêmica em torno do beijo que Rubiales deu na boca da jogadora Jenni Hermoso na final da Copa do Mundo feminina.

Angeles Béjar, a mãe de Rubiales, se trancou nesta manhã dentro de uma igreja no sul da Espanha e anunciou uma greve de fome em protesto contra a “perseguição” que, segundo ela, seu filho vem sofrendo por conta do gesto.

A greve de fome durará até que Jenni Hermoso “diga a verdade”, segundo anunciou uma prima de Rubiales à imprensa.

Luis Rubiales deu um beijo na boca de Hermoso no domingo (20) durante a entrega de medalhas na final da Copa do Mundo feminina, na Austrália, da qual a Espanha foi campeã. O gesto gerou fortes críticas e repercussões negativas. O primeiro-ministro espanhol condenou a atitude, que duas de suas ministras chamaram de violência sexual.

Na sexta-feira (25), contrariando pedidos e expectativas, ele negou pedir demissão do cargo durante assembleia extraordinária do Conselho Superior de Esportes da Espanha convocada para debater o caso.

Segundo a família de Rubiales, Angeles Béjar se trancou em uma igreja de Motril, uma pequena cidade na região da Andaluzia, no extremo sul da Espanha. De acordo com a imprensa local, Béjar participou de uma missa pela manhã e, ao final, quando o padre saiu, ficou na igreja. O jornal “El Periódico” afirmou que um médico e um policial entraram na igreja para checar seu estado.

“Ela chora sem parar, nós estamos sendo perseguidos nas nossas casas. Só queremos que a Jenni (Hermoso) fale a verdade”, declarou uma prima de Rubiales na porta da igreja onde está a mãe do dirigente.

Desde o início da polêmica, Luis Rubiales alegou que o beijo foi consentido, o que Jenni Hermoso negou.

A família alega que a jogadora mudou de versão algumas vezes – em uma transmissão ao vivo feita em suas redes sociais logo após o jogo, ela disse: “não gostei (do gesto)”. No dia seguinte, a Federação Espanhola de Futebol que Rubiales preside divulgou uma nota na qual a jogadora diz que o beijo foi um gesto entre amigos consentido.

No entanto, a nota não foi divulgada também pela própria jogadora, que não voltou a falar do caso até dias depois, quando negou o consentimento.

No sábado (26), a federação publicou um comunicado afirmando que a atleta mentiu e ameaçou tomar medidas legais contra ela. Mas, no mesmo dia, a Fifa anunciou a suspensão do dirigente por 90 dias, enquanto o caso é julgado por um tribunal esportivo da Espanha, a pedido do governo espanhol.

O tribunal informou que juízes responsáveis pelo caso se reunirão nesta segunda também em caráter de urgência.

“Não vou deixar meu cargo. Foi um beijo espontâneo, mútuo e muito consentido”, declarou Rubiales na assembleia da sexta-feira. “O desejo que eu tinha de dar esse beijo era o mesmo que eu teria de dá-lo na minha filha”.

Ministério Público

Nesta segunda, o Ministério Público espanhol abriu diligências para investigar o caso. Caso veja delito, os promotores denunciarão Rubiales à Justiça convencional por agressão sexual, o mesmo crime pelo qual o jogador brasileiro Daniel Alves, acuso de estuprar uma jovem em Barcelona, responderá em julgamento em outubro.

Em nota, a Promotoria disse ver “indícios” de agressão sexual no comportamento de Rubiales.

Também nesta segunda, a vice-primeira-ministra da Espanha se reuniu com o sindicato de jogadoras de futebol que representa Jenni Hermoso no caso para debater medidas.

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Índia se torna o 1º país a pousar no polo sul da Lua em missão histórica

Em missão histórica nesta quarta-feira (23), a Índia se tornou o 1º país a pousar no polo sul da Lua, região inexplorada que fica no lado escuro do satélite.

Em transmissão ao vivo, os indianos exibiram uma representação gráfica da sonda descendo na Lua.

“Conseguimos um pouso suave na Lua, a Índia está na Lua”, disse Sreedhara Panicker Somanath, presidente da Indian Space Research Organisation (ISRO), a “Nasa” indiana.

O módulo foi lançado em 14 de julho e pousou na superfície lunar por volta das 9h33 desta quarta, horário de Brasília.

“Este é um momento sem precedentes. Este é o momento para uma nova Índia em desenvolvimento”, comemorou Narendra Modi, primeiro-ministro do país.

Outros países tentaram pousar na Lua

O momento é histórico porque vários países tentam pousar no polo do sul da Lua.

Segundo o jornal The New York Times, Estados Unidos, Japão, Europa, China e Israel tentaram pousar na superfície lunar, mas todas as missões falharam.

No domingo (20), a Rússia tentou ser o 1º país a pousar no lado escuro da Lua, com a missão Luna-25, mas a sonda saiu de controle e se chocou contra a Lua.

Em abril deste ano, o Japão tentou enviar a sonda ispace, mas perdeu a comunicação minutos antes de completar o feito.

Características dessa parte da Lua

A superfície lunar, onde a sonda indiana desceu, é um terreno traiçoeiro com grandes crateras e encostas íngremes, além de não receber luz solar, levando a temperaturas extremamente baixas, que chegam a -203°C.

Essas características tornam muito difícil operar equipamentos de exploração na região. Dessa forma, um pouso suave significa que o módulo não foi destruído.

A Índia busca explorar a Lua – com a missão chamada Chandrayaan-3 – porque a primeira viagem espacial desse projeto, que ocorreu em 2008, detectou a presença de água na superfície lunar.

“Ainda precisamos de muito mais detalhes sobre onde e quanta água existe, e saber se toda ela está congelada“, explica Akash Sinha, professor de robótica espacial na Universidade Shiv Nadar University, perto de Delhi, à BBC.

A exploração da superfície das regiões polares da Lua, compostas de rochas e solo, também pode dar respostas sobre a formação do Sistema Solar.

Missões anteriores

O objetivo do país se tornou explorar a Lua com o menor custo possível.

Isso porque a segunda missão, que ocorreu em 2019 e deu errado (o foguete explodiu no pouso), custou US$ 140 milhões, enquanto a desta manhã foi de um pouco mais de US$ 80 milhões. A primeira, em 2009, custou em torno de US$ 79 milhões.

O ex-presidente da Organização Indiana de Pesquisa Espacial K. Sivan disse que a viagem desta manhã será mais barata porque o módulo deve usar a atração gravitacional da Lua para levar a nave à órbita lunar.

Além disso, outro ponto que reduz o preço da operação, segundo a BBC, é que, ao contrário da missão anterior, Chandrayaan-3 não inclui um novo orbitador — um satélite que fica em órbita. Esta missão contará com o orbitador da missão Chandrayaan-2 para fornecer todas as comunicações entre o módulo de pouso, o rover e a sala de controle.

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Israel usa drones e atinge campo de refugiados em maior ataque na Cisjordânia em décadas

Forças de Israel atacaram nesta segunda-feira (3) a cidade de Jenin, na Cisjordânia, com drones e centenas de soldados por terra. O campo de refugiados local foi atingido, e oito pessoas morreram.

A operação é a maior ação israelense na Cisjordânia em quase 20 anos, segundo o jornal The New York Timese foi feita em resposta a uma série de ataques de militantes palestinos a colonos judeus na região. O governo de Tel Aviv alega que suas tropas atacaram apenas alvos criminosos.

Em 19 de junho, uma operação para prender dois palestinos suspeitos de atividade terrorista se transformou em longas trocas de tiros, segundo os militares israelenses. À época, cinco palestinos foram mortos e dezena de pessoas ficaram feridas.

Homem ferido é levado a hospital na Cisjordânia após ataque de Israel à cidade de Jenin, em 3 de julho de 2023.  — Foto: Nasser Nasser/ AP
Homem ferido é levado a hospital na Cisjordânia após ataque de Israel à cidade de Jenin, em 3 de julho de 2023. — Foto: Nasser Nasser/ AP

Até o início da manhã desta segunda, tropas israelenses ainda buscavam suspeitos no campo de refugiados de Jenin, que abriga 14 mil pessoas em uma área de menos de meio quilômetro quadrado. Moradores se queixaram de falta de luz.

As Brigadas de Jenin, formada por grupos militantes, afirmaram ter abatido um dos drones israelenses no ataque.

A operação começou no início da madrugada com um ataque aéreo a um prédio que, segundo o coronel israelense Richard Herdt, é usado por militantes para planejar ataques. O objetivo da operação era destruir e confiscar armas.

“Estamos agindo contra alvos específicos”, afirmou o coronel, que disse ainda que as forças israelenses não pretendem ficar no campo de refugiados de forma permanente.

Os militares israelenses informaram que vão precisar de pelo menos mais 24 horas para concluir a operação, disse uma pessoa informada sobre o planejamento militar. Até agora, os militares se recusaram a dizer quanto tempo a operação levará, dizendo apenas que pode durar mais de um dia e que as forças permanecerão o tempo que for necessário.

Já o ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, elogiou os esforços do Exército e acusou o Irã de estar por trás da violência ao financiar grupos armados palestinos.

“Devido aos fundos que recebem do Irã, o campo de Jenin se tornou um centro de atividade terrorista”, afirmou.

Em comunicado, autoridades de Jenin rejeitaram a alegação e disseram que a violência é uma “resposta natural pelos 56 anos de ocupação desde que Israel capturou a Cisjordânia na Guerra dos Seis Dias em 1967”.

A Casa Branca também emitiu um comunicado em que disse apoiar a segurança de Israel e o direito de se defender.

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Mortos em seita de jejum no Quênia chegam a 89

Subiu para 89 o número de mortos em uma seita do Quênia que incentivava os seguidores a jejuarem, afirmou o ministro do Interior do país, nesta terça-feira (25).

Ele acrescentou que mais três pessoas foram resgatadas com vida, elevando o número total de sobreviventes encontrados até agora para 34.

O número de mortos aumentou constantemente nos últimos dias, pois as autoridades realizaram exumações em uma área de 800 acres da floresta Shakahola, no leste do Quênia, onde a autoproclamada Igreja Internacional da Boa Nova estava baseada.

Os mortos faziam parte da Igreja Internacional das Boas Novas. O fundador da igreja, Makenzie Nthenge, incentivou os seguidores a fazerem jejum total “para conhecer Jesus”, segundo as investigações.

Nthenge foi preso há dez dias, mas seus seguidores seguem escondidos jejuando, segundo a polícia.

Parte dos corpos estava em uma vala comum em uma floresta na região, onde o grupo costuma se reunir para realizar cultos. Mas o chefe das investigações local, Charles Kamau, afirmou que a polícia ainda busca por desaparecidos – alguns fiéis estão escondidos, ainda de acordo com as investigações, para que possam seguir jejuando.

Na semana passada, as autoridades encontraram os corpos de quatro adeptos da igreja. Os investigadores chegaram à região após uma denúncia que apontava a existência de uma possível vala comum. Muitos adeptos da seita ainda estão escondidos em uma área de mata para fazer o jejum.

Uma mulher que se recusava a ingerir alimentos e com sinais de fraqueza foi encontrada no domingo (23). Ela foi então levada por autoridades a um hospital. Outros 11 fiéis, sete homens e quatro mulheres de entre 17 e 49 anos, foram hospitalizados na semana passada após também serem encontrados na floresta, conhecida como Shakahola.

Uma fonte policial afirmou que Nthenge iniciou uma greve de fome e que “está orando e jejuando” enquanto permanece preso. Segundo a imprensa local, seis seguidores de Makenzie Nthenge também foram detidos.

Investigador entra em área isolada para exumar corpos de supostos membros de seita cristã no Quênia que pregava jejum — Foto: Stringer/Reuters

Em um relatório, a polícia indicou que recebeu informações sobre várias pessoas “mortas de fome com o pretexto de conhecer Jesus depois que um suspeito, Makenzie Nthenge, pastor da Igreja Internacional da Boa Nova, fez nelas uma lavagem cerebral”.

De acordo com a mídia local, Makenzie Nthenge já havia sido detido e indiciado no mês passado depois que duas crianças da seita morreram de fome. No entanto, ele pagou uma fiança de 100.000 xelins quenianos (cerca de R$ 3,7 mil) e foi liberado.

Fonte: Agência Reuters

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Finlândia se tornará membro da Otan na terça, diz governo do país

A Finlândia vai se tornar oficialmente membro da Aliança do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na terça-feira (4), afirmou o gabinete da presidência do país nesta segunda-feira (3).

A entrada da Finlândia e da Suécia na Otan começou a ser debatida no ano passado, após a invasão da Rússia à Ucrânia – Finlândia e Rússia compartilham uma fronteira terrestre de 1.300 quilômetros. Moscou prometeu retaliação.

Na semana passada, o país ultrapassou o último obstáculo para conseguir adesão à aliança militar ocidental, quando o parlamento da Turquia aprovou a entrada da Finlândia – na Otan, o ingresso de um novo membro deve ser aprovado por unanimidade por todos os países que já integram a aliança.

E, desde que a Finlândia e a Suécia expressaram o desejo de fazer parte da Otan, no ano passado, o governo turco colocou obstáculos por acusar o país nórdico de ter dado asilo a cidadãos turcos que Ancara acusa de terrorismo. Mas o presidente turco, Recep Tayip Erdogan, acabou cedendo após conversas e negociações.

Todos os outros 29 países membros da Otan já haviam ratificado a medida.

A medida é importante neste momento por causa da guerra da Ucrânia. Quando a Rússia invadiu o território ucraniano, em 2022, o presidente Vladimir Putin disse que a ideia era impedir a expansão da Otan.

No ano passado, Moscou prometeu retaliação caso a Finlândia entrasse na aliança ocidental, considerada por Putin um de seus principais inimigos atualmente.

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Em Moscou, Xi Jinping chama China e Rússia de ‘sócios estratégicos’ e convida Putin para Pequim

O presidente da China, Xi Jinping, disse nesta terça-feira (21) que seu país e a Rússia são “grandes potências vizinhas” e “sócios estratégicos”. Xi convidou ainda o presidente russo, Vladimir Putin, para uma visita à China.

Desde segunda-feira (20), o líder chinês está em Moscou, em uma viagem de três dias a convite do Kremlin. Nesta terça, ele participou de uma reunião com o primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, e, mais tarde, se encontrará novamente com Putin.

No encontro com Mishustin, Xi declarou que o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, “seguirá dando prioridade à colaboração estratégica global entre China e Rússia”.

“Somos grandes potências vizinhas e amplos sócios estratégicos”, disse, de acordo com agências de notícias russas.

Xi convidou também o premiê russo para uma visita à China, de acordo com a mídia estatal chinesa.

Na segunda-feira, Xi e Putin discutiram o plano de paz que Pequim quer apresentar para Rússia e Ucrânia – mas que Kiev deve rejeitar por contemplar, entre outros pontos, que as tropas russas não deixem as áreas ocupadas do território ucraniano.

O Kremlin não deu mais detalhes sobre o conteúdo da conversa entre os dois líderes.

Desde o início deste ano, Putin tem falado frequentemente sobre uma parceria “estratégica” com Pequim. Serviços de Inteligência do Reino Unido e dos Estados Unidos apontam que a Rússia começou a comprar armas da China para tentar fazer frente ao apoio do Ocidente à Ucrânia.

Mas Pequim afirma que a viagem é o primeiro passo na tentativa da China de liderar uma nova rodada de negociação de paz entre Rússia e Ucrânia.

Esta é a primeira viagem do presidente chinês à Rússia desde o início da guerra na Ucrânia. A visita acirra as tensões com o Ocidente, que acusa Pequim de fornecer armas ao Exército russo. O governo chinês nega.

Mandado de prisão a Putin

A visita de Xi acontece quatro dias depois de o Tribunal Penal Internacional, baseado de Haia, na Holanda, emitir um mandado de prisão contra Vladimir Putin pelo crime de “deportação ilegal” de crianças da Ucrânia à Rússia.

Moscou já vinha sendo acusada por organizações não-governamentais, por Kiev e até por uma investigação da Organização das Nações Unidas (ONU) de sequestrar crianças em regiões ucranianas tomadas pelo Exército do país e de levá-las para centros de “reeducação” em território russo. O próprio Kremlin já admitiu o envio dos jovens ucranianos à Rússia, mas alega tratar-se de órfãos.

No sábado (18), Putin desafiou esse mandado de prisão e fez uma visita surpresa à Mariupol, a cidade no sul da Ucrânia fortemente bombardeada por tropas russas e atualmente controlada por Moscou.

A cidade foi arrasada por ataques russos logo no começo da guerra. Mariupol era considerada estratégica para Putin, por ter saída para o Mar Negro e estar próximo à Crimeia, a península ucraniana invadida e ocupada pela Rússia em 2014.

Em 9 de março de 2022, apenas 15 dias após o início da guerra, uma maternidade da cidade foi atingida por bombardeios russos, de acordo com a Câmara Municipal do município. O Ministério da Defesa da Rússia negou que ordenou o ataque aéreo e acusou a Ucrânia de forjar o bombardeio.

Mas imagens registraram a destruição e grávidas tendo de deixar o lugar às pressas em pleno trabalho de parto e carregadas em maca.

Um ano de guerra

A guerra da Ucrânia completou um ano no fim de fevereiro, com a perspectiva de seguir se arrastando ao longo de 2023 e ameaças de Moscou de uma retomada de territórios. O governo russo também tem dado indícios de uma possível parceria com a China.

Kiev, por outro lado, tem se apoiado no envio de armas e equipamentos militares por países do Ocidente, com os tanques alemães Leopard 2, para conseguir expulsar as tropas russas, que controlam atualmente cerca de 20% do território ucraniano, no leste do país.

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Atirador mata bebê e mais seis em centro religioso na Alemanha

Grávida foi baleada, e bebê morreu, segundo o governo. Ataque ocorreu em centro de Testemunhas de Jeová em Hamburgo, no norte do país, na noite de quinta (9). Atirador se matou.

O atirador que disparou contra um centro de religioso de Testemunhas de Jeová em Hamburgo, no norte da Alemanha, na noite de quinta-feira (9), agiu sozinho, matou sete pessoas, entre elas uma grávida, e depois se matou, afirmou o governo local nesta sexta-feira (10).

O secretário de Interior de Hamburgo afirmou que o criminoso é um cidadão alemão de 35 anos e ex-integrante da religião, sem ficha policial prévia. O governo afirmou que ele tinha autorização para porte de pistola semi-automática desde dezembro de 2022.

As vítimas eram quatro homens, duas mulheres e uma bebê ainda não nascida – ela morreu na barriga da mãe, que sobreviveu.

Sobre a dinâmica do ataque, o governo local afirmou que:

  • O caso ocorreu por volta de 21h no horário local (17h em Brasília) de quinta no distrito de Deelböge, em Hamburgo.
  • Cinquenta pessoas participavam de um culto no momento.
  • Nesse horário, um homem se aproxima de uma das janelas do centro e começa a atirar do lado de fora para dentro, segundo mostra um vídeo gravado por um vizinho ao centro.
  • Depois, o atirador entra no edifício e mais tiros podem ser ouvidos.
  • A polícia chega na sequência, seguidos de serviços de emergência e médicos, que atenderam os feridos no local.
  • Policiais ainda ouviram tiros e entraram no prédio. Ao chegar no segundo andar, encontraram mais uma vítima.
  • Moradores da região receberam um alerta no celular sobre o ataque. A mensagem era a seguinte: “Hoje, por volta das 21h, um ou mais criminosos atiraram em pessoas em uma igreja. As seguintes áreas foram afetadas: Deelböge e arredores do distrito (Hamburg Groß Borstel)”.
  • Testemunhas relataram ter ouvido uma sequência de 12 tiros contínuos e, depois, corpos sendo retirados do local em sacos pretos.

Apesar de não ter ficha criminal, o atirador estava em contato com autoridades de Hamburgo para denunciar um caso de suposta fraude, segundo a Promotoria de Hamburgo, que assumiu a investigação do caso.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, que já foi prefeito de Hamburgo, chamou o caso de “ato cruel de violência”.

O prefeito de Hamburgo, Peter Tschentscher, disse estar investigando as motivações do crime. “Estendo minhas mais profundas condolências às famílias das vítimas. As forças estão trabalhando a toda velocidade para perseguir os perpetradores e esclarecer os antecedentes”, declarou.

Policiais armados se posicionam na porta do centro religioso antes de entrar em busca do atirador, que se matou.  — Foto: Jonas Walzberg/dpa via AP
Policiais armados se posicionam na porta do centro religioso antes de entrar em busca do atirador, que se matou. — Foto: Jonas Walzberg/dpa via AP

Histórico recente

A Alemanha foi abalada por uma série de tiroteios nos últimos anos, principalmente desde 2016, muitos deles realizados pelos chamados “lobos solitários” – pessoas que agem sozinhas em nome de um grupo – e reivindicados pelo grupo terrorista Estado Islâmico.

Nos últimos anos, no entanto, as motivações dos ataques começaram a variar. Em fevereiro de 2020, um atirador com suspeita de ligações com a extrema-direita matou a tiros nove pessoas, incluindo imigrantes da Turquia, na cidade de Hanau, no oeste do país, antes de matar a si mesmo e a sua mãe.

Em outubro de 2019, outro atirador matou duas pessoas depois de abrir fogo do lado de fora de uma sinagoga alemã na cidade de Halle, no leste do país, no feriado judaico de Yom Kippur.