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Após 18 anos, Imasul publica edital de concurso público para contratar 99 servidores

O Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) realizará concurso público para selecionar 61 servidores de nível superior e 38 com nível médio que atuarão no órgão como fiscais ambientais (40) e analistas ambientais (21) – todos com nível superior – e técnicos ambientais (10), técnicos em serviços ambientais (23) e guarda-parques (5), com exigência de nível médio.

Edital com todos os detalhes do certame foi publicado no Diário Oficial do Estado dessa sexta-feira (19). As inscrições se iniciam dia 26 de abril e se encerram no dia 20 de maio.

O último concurso público para provimento de cargos do Imasul ocorreu há 18 anos; desde então muitos servidores se aposentaram, outros deixaram a carreira ou faleceram, de modo que atualmente o órgão dispõe de apenas 106 fiscais e analistas ambientais para atender a demanda de fiscalização, controle e licenciamento ambiental de todo Estado.

Outros 33 servidores trabalham em funções variadas, como gestão administrativa e nas unidades de conservação.

O concurso oferece 40 vagas para Fiscal Ambiental, sendo 29 para ampla concorrência e 13 para cotistas com a seguinte subdivisão: 8 para negros, duas para pessoas com deficiência (PCD) e uma vaga para indígena.

Para o cargo de Analista Ambiental são 21 vagas, das quais 15 se destinam a candidatos de ampla concorrência, quatro para negros, uma vaga para indígena e uma pessoa com deficiência (PCD). O salário inicial para os cargos de nível superior é de R$ 7.501,48.

Já para os cargos que exigem a escolaridade de nível médio, a divisão de vagas e remuneração inicial são as seguintes: para técnico ambiental são oferecidas 7 vagas para ampla concorrência, duas para candidatos negros e uma para pessoa com deficiência (PDC) e salário de R$ 3.693,50; para técnico em serviços ambientais são 16 vagas de ampla concorrência, 5 para negros, uma para indígenas e uma para pessoa com deficiência (PDC) e salário de R$ 2.886,32; para guarda-parque são quatro vagas de ampla concorrência, uma para candidato negro e salário de R$ R$3.693,50.

O diretor presidente do Imasul, André Borges, disse que o concurso demonstra o compromisso do Governo do Estado com o fortalecimento da estrutura das políticas ambientais.

“Temos um longo processo de quase 20 anos sem contratação de servidores. Nesse período o Estado se desenvolveu muito, a questão ambiental perpassa todas as políticas públicas, tivemos o CAR, o Código Florestal, recentemente a Lei do Pantanal”, pontuou.

O diretor presidente lembrou que o Imasul tem se destacado na gestão ambiental, “somos referência nacional em logística reversa de embalagens, na gestão de recursos hídricos, e temos demandas gigantescas que surgem nesse reordenamento da geopolítica mundial em que as mudanças climáticas determinam as ações tanto na esfera pública como privada. Em todas essas frentes de políticas públicas ambientais a gente vai ter condição de dar uma resposta melhor”, afirmou.

Vagas e regras

As vagas oferecidas são para lotação nas cidades de Aquidauana, Bonito, Campo Grande, Corumbá, Costa Rica, Coxim, Dourados e Três Lagoas. Os candidatos devem ser graduados em um desses cursos superiores: Engenharias Ambiental, Ambiental e Sanitária, Química, Florestal, Civil, Elétrica, Agronômica, Agrimensura e Cartográfica; Medicina Veterinária, Geologia, Zootecnia, Biologia, Química, Administração, Ciências Contábeis, Análise de Sistema, Geografia, Direito, Pedagogia, Turismo e Assistência Social.

Além da prova escrita, os candidatos classificados serão avaliados na prova de títulos. Nessa etapa o candidato poderá apresentar os seguintes títulos: diploma de Doutorado (máximo de 1), Mestrado (também 1), pós-graduação em nível de especialização na área com carga horária de 360 horas/aula (até 3) ou de 30 horas/aula (até 8).

O diploma de Doutorado vale 1,75 ponto, de Mestrado, 1,5 ponto; de especialização com 360 horas/aula 1 ponto e de especialização com 30 horas/aula, 0,5 ponto cada. O total de pontos de títulos do candidato não pode ultrapassar 10.

As inscrições serão realizadas exclusivamente pela Internet no período compreendido entre as 14h do dia 26 de abril até as 23h59 do dia 20 de maio de 2024, devendo o interessado acessar o site do Instituto Avalia, no endereço www.avalia.org.br, e observar as normas e os procedimentos especificados no Edital.

A taxa de Inscrição é de R$ 121,05, podendo ser isenta para candidatos que se enquadrarem em um dos sete requisitos listados no Edital.

A prova objetiva será realizada no dia 9 de junho, sendo que o resultado preliminar sai dia 25 do mesmo mês e o definitivo, no dia 2 de julho. Nesse mesmo dia será publicada a convocação para a prova de títulos. O resultado final do concurso está marcado para acontecer dia 30 de julho.

Fonte: Comunicação Imasul

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MS e MT assinam plano integrado de proteção contra queimadas no Pantanal

O termo de cooperação de defesa, proteção e desenvolvimento sustentável do Pantanal foi assinado pelo governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB); governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil) e pela ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, na manhã desta terça-feira (18), no auditório do Bioparque Pantanal, em Campo Grande.

A área do Pantanal equivale a quinze milhões de campos de futebol, sendo dividida pelos estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, e agora terão as mesmas técnicas de prevenção e resposta a incêndios no bioma.

Na ocasião, os dois estados se comprometeram a gerir um grupo de trabalho formado por equipes técnicas. O termo de cooperação para a proteção do bioma terá cinco anos de duração e prevê:

  • Criação de uma resposta e responsabilização a incêndios florestais;
  • Monitoramento da fauna silvestre;
  • Investimento em produção sustentável;
  • Investimento em turismo.

Em 2019 e 2020, o Pantanal foi atingido pela maior tragédia de sua história nos últimos anos. Incêndios destruíram cerca de 4 milhões de hectares, o que equivale a 26% do bioma – uma área maior que a Bélgica – consumida pelo fogo. A ministra Marina Silva destacou a importância do pacto entre os estados e o ministério para o controle do desmatamento e da queimada do bioma.

“É uma ação que deve ser feita de forma compartilhada entre o governo federal e os governos estaduais. Nesse caso, já temos até uma parceria entre os dois governos que compartilham o mesmo bioma. Então, esse pacto feito pelos dois estados é uma demonstração de que algo dessa magnitude não tem como ser enfrentado por um ente federado de forma isolada”, disse Marina Silva.

Na ocasião, a ministra sugeriu que o próximo passo seria elaborar um pacto pelo Pantanal. “Segundo passo, talvez seja a gente fazer um pacto pelo Pantanal, além dos governadores, envolvendo também os prefeitos, como a gente já fez com a Amazônia”.

A assinatura acontece em Campo Grande, no auditório do Bioparque Pantanal — Foto: Rafaela Moreira
A assinatura acontece em Campo Grande, no auditório do Bioparque Pantanal — Foto: Rafaela Moreira

Recentemente, o governo de Mato Grosso do Sul publicou um decreto de emergência ambiental, com foco no bioma Pantanal, o qual estabelece critérios do trabalho de prevenção a incêndios florestais, inclusive sobre os aceiros nas divisas e a utilização da figura da queima prescrita. De acordo com o governador de MS, Eduardo Riedel (PSDB), satélites, videomonitoramento e inteligência de ambos os estados estarão alinhados para preservação do bioma.

Riedel destacou que Mato Grosso do Sul conta com 13 bases avançadas do Corpo de Bombeiros em propriedades rurais para reforçar o combate aos incêndios florestais.

“Na medida que temos bases instaladas em pontos do Pantanal de Mato Grosso do Sul, o Mato Grosso também detém uma força preparada e podemos atuar em conjunto. Temos videomonitoramento, acompanhamento de satélite com uma capacidade operacional para atuar no combate a eventuais incêndios, os prejuízos que causam os incêndios no Pantanal”.

Nos últimos anos, cerca de 4,6 bilhões de animais foram afetados e ao menos 10 milhões morreram pelas queimadas no bioma. Só no território de Mato Grosso do Sul, 1,7 milhão de hectares viraram cinzas. No Mato Grosso, a destruição foi maior: quase 2,2 milhões de hectares.

Na solenidade, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, destacou que os pontos a serem trabalhados entre os dois estados são o fortalecimento da segurança pública e a atuação das equipes do Corpo de Bombeiros no bioma.

“Precisamos unir os nossos esforços para continuar o trabalho de preservar esse grande patrimônio ambiental que é o Pantanal. A partir de agora vamos melhorar todas as ações que já acontecem, ter mais sinergias entre as equipes e com isso produzir o maior resultado na proteção do nosso Pantanal”.

Os secretários Jaime Verruck (Semadesc) e Antonio Carlos Videira (Sejusp) também participaram da solenidade, juntamente com o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, o secretário executivo de Meio Ambiente da Semadesc, Artur Falcette, e os secretários do Mato Grosso, coronel César Augusto Roveri (Segurança Pública) e Mauren Lazzaretti (Meio Ambiente), além de autoridades estaduais e federais.

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Imasul convoca proprietários de imóveis no Pantanal com processos em andamento para adequação à nova lei

O Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) convoca todos os proprietários de imóveis localizados na Área de Uso Restrito do Pantanal (AUR-Pantanal) e que possuam processos de licenciamento ambiental em tramitação, para procederem aos ajustes determinados pela Lei do Pantanal nos referidos Cadastros Ambientais Rurais (CAR), no prazo de 180 dias.

Esse prazo está valendo desde a publicação do Edital de Convocação no Diário Oficial do Estado, que aconteceu no dia 9 de abril. “Se o proprietário não fizer os ajustes necessários no CAR, o processo de licenciamento é automaticamente extinto”, explicou o diretor presidente do Imasul, André Borges.

Os proprietários ou seus representantes devem acessar o sistema do Imasul e carregar as informações necessárias, exigidas pela Lei do Pantanal, para só então seus processos de licenciamento terem seguimento junto ao órgão ambiental.

Essa providência é necessária porque, conforme esclareceu Borges, a Lei do Pantanal (Lei 6.160 de 18 de dezembro de 2023) descreve uma série de novos pontos sensíveis na paisagem pantaneira como os capões, cordinheiras, landis; também as salinas, as veredas e os meandros abandonados (espécies de ilhas por onde passavam rios e que, com a mudança de curso, ficaram cercadas por água).

Todas essas formações geográficas passam a ser protegidas, inclusive em seu entorno, e precisam ser identificadas no Cadastro Ambiental Rural das propriedades.

Anexo ao Edital de Notificação foi publicada a lista de 158 processos de licenciamento ambiental em andamento no Imasul, que são afetados pela medida.

Além desses nomes, os   requerentes com propriedades no Pantanal que têm processo em tramitação e não constam na listagem, devem protocolar requerimento no Imasul solicitando a abertura do sistema para proceder aos ajustes necessários nos respectivos Cadastros Ambientais Rurais.

Fonte: Comunicação Imasul

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Ana Julia, sucuri mais famosa do mundo, morreu de causas naturais, aponta perícia

Fim de mistério! Menos de uma semana depois da sucuri Ana Júlia, a cobra mais famosa do mundo, ter sido encontrada morta em Bonito, no sudoeste de Mato Grosso do Sul, a Polícia Científica do estado descobriu que a serpente morreu de causas naturais.

No domingo passado (24), o documentarista de vida selvagem, Cristian Dimitrius, encontrou a cobra, de quase 7 metros, morta, às margens do rio Formoso, em Bonito. Ele imediatamente identificou o animal como o mesmo que havia viralizado poucos dias antes em um vídeo compartilhado pelo biólogo holandês Freek Vonk e em vários outros registros feitos na região, nos últimos anos.

A morte da famosa sucuri provocou comoção na cidade e no estado, e várias hipóteses começaram a ser levantadas, algumas, inclusive, de violência contra o animal. Dois dias depois, na terça, dia 26, equipes da Polícia Militar Ambiental (PMA), da Polícia Civil, do Instituto de Criminalística e uma bióloga estiveram no local.

Perícia realizada no local e raio-x que mostra a integridade da cabeça da cobra. — Foto: Reprodução
Perícia realizada no local e raio-x que mostra a integridade da cabeça da cobra. — Foto: Reprodução

“O principal objetivo nosso era caracterizar ou não se a serpente foi morta de forma violenta por um disparo de arma de fogo ou até mesmo se ela tinha algumas lesões contusas que justificassem a morte dela”, apontou o diretor da Polícia Científica de Mato Grosso do Sul, Emerson Lopes dos Reis.

Ele explicou que no próprio local a perita veterinária não encontrou lesões no animal condizentes com disparos de arma de fogo, mas que mesmo assim ela decidiu trazer a cobra para Campo Grande para a realização de exames complementares.

Polícia durante perícia da sucuri Ana Julia — Foto: PCMS
Polícia durante perícia da sucuri Ana Julia — Foto: PCMS

“Ela realizou outros exames, como imagens por raio-x, para que ela pudesse ter uma certeza de que esse animal não sofreu nenhum tipo de disparo de arma de fogo”, detalhou.

“Nós fizemos exames radiográficos, não encontramos nenhuma fratura na região da cabeça, que era suspeita inicialmente de ter sido lesionada e descartamos a hipótese de morte violenta…Visto que o animal não teve uma morte violenta restou por tanto uma morte por consequência de uma patologia ou alguma questão própria do animal onde ela vive, sem interferência humana na morte desse animal”, explicou a perita Maristela Melo de Oliveira.

A perita revelou ainda que aproveitou o exame para fazer a medição do animal, que atingiu os 6 metros e 36 centímetros, e também para fazer a coleta de DNA para fazer o sequenciamento genético e de outros materiais biológicos. “Coletamos esse material a fim de preservar, para interesse científico e estudos relacionados a genética desse animal”, pontuou Maristela.

Fonte: G1
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PMA inicia operação com foco na prevenção e repressão à pesca predatória

A PMA (Polícia Militar Ambiental) começa nesta quinta-feira (28) a Operação Semana Santa, com reforço da fiscalização nos rios do Estado. Nesta época a procura é maior em virtude da tradição religiosa de se consumir peixes.

Durante o feriado prolongado, a quantidade de pescadores nos rios tende a aumentar significativamente e, em virtude disso, a fiscalização precisa prevenir a pesca predatória, especialmente, nos locais em que estiverem concentrados os principais cardumes.

No período compreendido entre os dias 28 e 31 de março de 2024, a PMA mobilizará seu efetivo a fim de conter a prática da pesca predatória e fiscalizar as atividades relacionadas aos recursos pesqueiros nativos.

Esta iniciativa compreende em patrulhamentos fluviais quanto terrestres, juntamente com bloqueios policiais estratégicos, visando não apenas a prevenção de infrações, mas também a conscientização da população acerca as leis ambientais em vigor. O objetivo é garantir a proteção dos ecossistemas aquáticos e a preservação da biodiversidade, combatendo irregularidades ou crimes ambientais que possam ocorrer.

Fiscalização será reforçada nos rios do Estado

Petrechos ilegais

Uma das ações preventivas que surtem grande efeito na proteção dos cardumes é a retirada de petrechos ilegais dos rios e tem sido uma das principais preocupações da PMA, pois o uso de aparatos como as redes de pesca, espinhéis, anzóis de galho tarrafas possui grande poder de depredação de cardumes.

Crimes 

Apesar do foco ser a pesca, a PMA fiscaliza o ambiente como um sistema complexo em que todos os entes são importantes e precisam estar equilibrados e bem cuidados. Dessa forma, todas as Subunidades do 1º Batalhão farão o atendimento de denúncias e a fiscalização preventiva com relação aos desmatamentos, exploração ilegal de madeira, incêndios, às carvoarias ilegais e ao transporte de carvão e de outros produtos florestais, assim como caça, combate ao transporte de produtos perigosos, poluição, bem como demais crimes contra a fauna e flora.

Em todas as operações, a PMA tem prevenido e reprimido crimes de natureza adversa à ambiental, dentro de sua função constitucional. Entre eles crimes como o tráfico de drogas, de armas, contrabando, descaminho, furto e roubo de veículos, porte e posse ilegal de arma, entre outros.

PMA realiza Operação Semana Santa para coibir pesca predatória

Alerta

O Comando da PMA alerta às pessoas para que se utilizem dos recursos naturais dentro do que permite a legislação, pois as penalidades administrativas e criminais relativas às infrações ambientais são extremamente restritivas, com penas que podem chegar a seis anos de reclusão. As multas podem chegar a R$ 50 milhões.

É importante que a população que irá adquirir pescado, fato comum durante a Semana Santa, preste bastante atenção em sua origem. Compre o peixe de estabelecimentos autorizados, que se possam comprovar a origem e exija a nota fiscal do produto. Não compre de ambulantes, ou em beira de estradas, pois as penalidades para quem adquire, transporta, ou pratica pesca predatória são extremamente restritivas.

Na parte criminal, as pessoas são encaminhadas às delegacias de polícia, autuadas em flagrante delito e, poderão, se condenadas, pegar pena de um a três anos de detenção. Na esfera administrativa a multa é de R$ 700 a R$ 100 mil, e mais R$ 20,00 por quilo do pescado irregular. Ainda cabe apreensão de todo o produto da pesca, petrechos, veículos, barcos e motores em ambas as instâncias.

Fonte: Comunicação PMA

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Com quase 7 metros, morre sucuri tida como um símbolo da espécie na região de Bonito (MS)

A Polícia Civil de Bonito (MS), com apoio da Polícia Militar Ambiental (PMA), investiga a causa da morte de uma sucuri de 7 metros, encontrada às margens do rio Formoso, nesse domingo (24). O animal, que era símbolo da região, foi localizado em estado de putrefação e deve passar por perícia.

Conforme a PMA, a sucuri foi encontrada morta pelo documentarista de vida selvagem, Cristian Dimitrius, que filma cobras na região há 10 anos. Ele denunciou o caso nas redes sociais.

A sucuri, conhecida como Ana Julia, é a mesma que viralizou em um vídeo compartilhado pelo biólogo holandês Freek Vonk. A identificação da serpente também foi confirmada pela especialista em sucuris e pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP) Juliana Terra, que acompanhava a cobra há 8 anos em estudos.

O caso foi registrado na Polícia Civil nessa segunda-feira (25). A morte da sucuri foi enquadrada como “matar espécime da fauna silvestre em rota migratória, em a devida permissão da autoridade competente ou em desacordo com a obtida”.

Após denuncias nas redes socias, uma equipe da PMA se deslocou até Bonito (MS), onde foi constatado que o animal estava morto e em estado de putrefação. Durante levantamentos iniciais, os agentes não localizaram perfurações ou indícios de que a cobra tenha sido morta a tiros.

Em nota, a prefeitura de Bonito lamentou a morte da sucuri e informou que acompanhará as investigações do caso.

Leia a nota na íntegra abaixo:

“A Prefeitura de Bonito manifesta total repúdio pelo ocorrido com a Sucuri ‘Ana Julia’ em nosso município. A relevância de um animal desse porte nas nossas áreas mostram o quão equilibrado o nosso ambiente está, porque um ambiente para suportar um animal topo de cadeia, como uma sucuri de quase 7 metros, precisa estar no mínimo equilibrado e essa atitude pessoal, de alguém que cometa um ato como este, é totalmente desprezível e vai contra tudo aquilo que a gente trabalha para em prol do meio ambiente. Então esperamos que as autoridades competentes consigam identificar os autores e punir os culpados”.

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Embaixadora da conscientização ambiental no Bioparque, jiboia é apresentada ao público

Bioparque Pantanal apresenta nesta terça-feira (5) sua mais nova moradora: uma jiboia de 2 metros de comprimento, batizada de Rachel Carson. A serpente, que não pode ser reinserida na natureza, é considerada embaixadora da conscientização ambiental de temas relevantes, como por exemplo, o tráfico ilegal de animais silvestres e a importância desse animal no equilíbrio do ecossistema.

Rachel teve um final feliz após ser apreendida pela PMA (Polícia Militar Ambiental), em um circo no município de Amambai, interior de Mato Grosso do Sul, pois uma lei estadual proíbe o uso de animais como atrativo.

O nome da nova moradora foi carinhosamente escolhido pela importância que Rachel Carson teve para o meio ambiente no mundo. Considerada precursora da educação ambiental e a mãe do ambientalismo, a norte-americana foi ecologista, bióloga marinha e escritora/autora de importantes obras como o livro Primavera Silenciosa, que deu origem ao movimento conhecido como “consciência ambiental moderna”.

Diretora-geral do Bioparque Pantanal, Maria Fernanda Balestieiri reforça a importância que a educação ambiental tem no empreendimento e ressalta o papel que a jiboia Rachel Carson desenvolverá como instrumento de conscientização ambiental. 

“Seguimos o conceito moderno de aquários e zoológicos que, assim como o Bioparque, têm como uma de suas bases a educação ambiental. A jiboia, assim como outras cobras, desempenha papel importante na natureza e na ciência. Vale ressaltar os compostos usados na medicina para a produção de medicamentos e o controle populacional de roedores”.

A gestora ainda explica que o novo recinto atende todas as normativas necessárias para que o animal fique em exposição no local, além da serpente ter recebido todos os cuidados necessários dos profissionais do Bioparque, que garantem sua saúde e bem-estar.

Fonte: Bioparque Pantanal

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‘Fogo não é mais normal, nem cultural em MS’, afirma titular da Semadesc sobre trabalho contra incêndios

“Fogo não é mais normal nem cultural no Estado. Esta é a primeira ruptura que nós temos que fazer. Então nós vamos trabalhar muito forte neste ano no manejo integrado e prevenção do fogo, combatendo esta prática que não cabe mais na situação atual”. A afirmação foi feita pelo secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, durante a abertura do 1º Seminário de Incêndios Florestais 2024 de MS.

O evento começou ontem (21) e acontece no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo, reunindo instituições como a Semadesc, Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), Corpo de Bombeiros, Cemtec, brigadistas, Ibama, ONGs e representantes da cadeia produtiva da pecuária e florestas para debater a questão dos incêndios florestais.

Durante dois dias os participantes vão debater diversos eixos como: prevenção preparação, resposta, responsabilização e reabilitação ambiental. O seminário é o primeiro de uma série de eventos previstos para ocorrer em 2024 pela Semadesc.

“Desde janeiro o Governo do Estado vem realizando reuniões para discutir a questão dos incêndios florestais. Hoje serão feitas várias discussões técnicas. O Ministério do Meio Ambiente já publicou um decreto de emergência ambiental e nós estamos terminando nossa base técnica para fazer o decreto de emergencia ambiental estadual. Vamos ter uma estrutura de planejamento das atividades”, salientou o secretário Jaime Verruck.

Secretário Jaime Verruck abriu hoje o simpósio sobre incêndios florestais que acontece até amanha em Campo Grande

Ele lembra que dentro das várias metas da Semadesc neste ano de 2024, está a busca de tratar com a sociedade de forma mais direta, as mudanças climáticas que estão cada vez mais sendo sentidas em várias regiões do nosso território.

“Nosso foco este ano é combater os incêndios florestais trabalhando com capacitação e parcerias. Para nós é fundamental a parceria com os produtores rurais, principalmente no Pantanal”, reforçou Verruck.

O Governo do Estado, segundo o secretário está colocando toda a sua estrutura disponível para fazer este combate.

“Temos elementos hoje para poder terminar nosso plano operativo, ampliar a parceria, ver ações de trabalho e como identificar mais rápido as situações. O planejamento é o instrumento mais adequado para que consigamos, de forma conjunta, fazer o combate aos incêndios florestais”, pontuou.

Programação

Durante ontem foram discutidos temas como compensação ambiental, programas do Governo de MS e de entidades internacionais para combate aos incêndios florestais entre outros assuntos.

Já hoje (22) estão na pauta o papel da Embrapa num painel sobre os corredores ecológicos da Lei do Pantanal em vigor e os incêndios florestais; UFMS: o uso do fogo no manejo da vegetação pantaneira; FAMASUL e ABPO: estudo de caso e as iniciativas frente aos incêndios florestais em MS; WETLANDS: Inteligência de fogo em áreas úmidas; IMASUL: os planos de Manejo Integrado do Fogo (PMIF) em áreas particulares de MS; Sistema ÓRION de Inteligência de fogo adotado no Estado do Mato Grosso.

Está previsto ainda uma mesa redonda com integrantes do Comitê do Fogo de MS e suas câmaras técnicas, apresentação de propostas pelos participantes e avaliação do seminário.

Fonte: Comunicação Semadesc

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El Niño provoca situação climática extrema em MS, com alerta para incêndios florestais no Pantanal

Com influência direta do fenômeno El Niño, a situação climática extrema e atípica em Mato Grosso do Sul pode contribuir para a ocorrência de incêndios florestais no Pantanal e nos outros biomas do Estado – Cerrado e Mata Atlântica.

As chuvas estão abaixo da média em todo o Estado desde dezembro de 2023, e a previsão é de que o déficit de precipitação persista e provoque danos ambientais, com ampliação de área seca e intensificação de casos de incêndios florestais.

O meteorologista Vinícius Sperling, do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul), explica que em todo o Estado, com as chuvas abaixo do esperado há quase três meses, a situação deve se agrave nos próximos meses. Os dados são consolidados a partir do monitoramento de 48 municípios, com informações do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico) e Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais).

“Em dezembro, de 2023, tivemos chuvas abaixo da média história em 39 municípios analisados. Já em janeiro deste ano, a situação não foi diferente, em 41 municípios houve déficit de precipitação. Sem acúmulo de água no solo, os rios estão com níveis mais baixos, é reflexo da falta de chuva”, pontua o meteorologista.

Fotos: Bruno Rezende

A situação crítica persiste desde o início do ano, nos 15 primeiros dias do mês de fevereiro, praticamente todos os municípios monitorados tiveram chuvas abaixo da média. “Com exceção de Porto Murtinho, que teve 164 milímetros, mas 100 milímetros caíram em apenas um dia, foi um evento atípico que fez com que a média subisse. De forma geral, o impacto da falta de chuva aparece nos indicadores de seca, que tem se intensificado em todo o Estado”, afirma Sperling.

No Pantanal, de acordo com a análise do Cemtec, a área com seca foi intensificada no período que deveria ser mais chuvoso, entre dezembro e janeiro. “Desde novembro a gente observou o avanço da seca, com piora em janeiro por conta das chuvas muito abaixo do ideal. Isso tudo resulta em aumento dos focos de calor, incêndios florestais, em todos os biomas presentes em Mato Grosso do Sul”, disse o representante do Cemtec.

Mudanças climáticas

O El Niño alterou as condições de temperatura e precipitações, com anomalias que provocaram situações extremas – de máximos e mínimos volumes – de chuvas, umidade relativa do ar, além de calor.

Fabiano Morelli, pesquisador do Programa de Monitoramento de Queimadas por Satélites do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), explica que em dezembro de 2023, boletim mensal sobre o fenômeno El Niño já apontava previsão de condições mais secas do que o normal durante o mês de janeiro deste ano.

“A análise explica toda a situação do El Niño. A quantidade de chuvas tem sido abaixo do esperado em toda a região central do Brasil, e a temperatura está acima da média. O fenômeno age nos períodos secos e quentes, mantendo a situação assim no centro do País, e provocando precipitações intensas, com inundações e enchentes no sul”, explicou Morelli.

O relatório do Inpe, elaborado em conjunto com Inmet, ANA e Cenad (Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres), apresentou o monitoramento e previsões sobre o fenômeno em 2023, e também informou sobre possíveis impactos este ano.

Foto: Natalia Yahn

Além de apontar que os baixos volumes de chuva previstos – aliado a irregularidade espacial das mesmas –, em Mato Grosso do Sul, contribuiriam para manter o armazenamento hídrico em níveis mais baixos. A situação colaborou para a ocorrência de incêndios florestais fora da época crítica das queimadas no Pantanal – que geralmente ocorrem entre os meses de julho a outubro.

Durante o mês fevereiro e em março, a previsão é de que a situação persista, com chuva escassa e influência direta na região Sul, além de São Paulo e Mato Grosso do Sul.

“O El Niño se manifestou muito forte a partir do período final de outubro e novembro. Foi uma situação atípica, com grande seca, inclusive no Rio Amazonas e em Manaus, com muita fumaça. A situação anômala tem influência nas secas significativas e provavelmente interferiu ciclo hidrológico, no transporte de chuva da Amazônia para a região central e sudeste do Brasil”, disse o pesquisador do Inpe.

O sistema de monitoramento dos ‘Focos Ativos por Bioma’, do Inpe, mostra que no mês de janeiro deste ano foram registrados 369 focos detectados por satélite no bioma Pantanal – em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso –, enquanto no mesmo período de 2023 foram 103. Em comparação – com o mês de janeiro – nos últimos seis anos, a quantidade de focos em 2024 supera a registrada em 2020, com 226 e fica atrás apenas de 2019, com 542.

Mais 58% dos focos registrados em janeiro, foram em Mato Grosso do Sul e os municípios que tiveram maior quantidade de casos foram Corumbá (1°), Aquidauana (3°) e Miranda (5°).

Prevenção e resposta

Este ano, o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul já atuou em dois incêndios de grandes proporções, na Serra do Amolar – no Pantanal -, e na região do Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro, em Miranda.

Fotos: Divulgação

“As mudanças climáticas estão acontecendo. Um reflexo são esses incêndios, por exemplo, em janeiro, que é um mês comumente de chuvas na região. Porém, já atuamos em dois grandes incêndios este ano. E tivemos também na temporada de 2023, no mês de novembro, um crescimento absurdo dos focos de calor e incêndios aqui no Estado. Então a gente está se preparando cada vez mais, para que no momento de resposta a gente consiga dar um melhor atendimento, mais rápido a este tipo de emergência”, explicou a tenente-coronel Tatiane Inoue, diretora de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros Militar, que realiza o monitoramento dos incêndios florestais no Estado.

O trabalho dos bombeiros é realizado por terra e ar, com utilização de aeronaves para combate às chamas em locais de difícil acesso e transporte de equipes. A atuação também conta com uso de tecnologia – drones e georreferenciamento –, que torna o trabalho de controle e extinção do fogo mais efetivo.

Desde o mês de janeiro, o Governo do Estado já prepara ações preventivas e de resposta, para garantir que o combate aos incêndios em todos os biomas – Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica – seja eficiente.

“Toda essa logística faz com que o Mato Grosso do Sul, tenha se tornado nos últimos anos, uma referência na proteção ambiental, também com investimento da capacitação profissional, materiais, tecnologia. Tudo para dar uma resposta ainda melhor”, finalizou a tenente-coronel Tatiane Inoue.

Fonte: Comunicação Governo de MS

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Bombeiros de MS combatem incêndio no Pantanal; cobertura completa aqui

A atuação coordenada por terra e ar, além do apoio com uso de tecnologias, contribuem para o trabalho do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul no combate aos incêndios florestais no Pantanal.

Na Serra do Amolar, com operação para controle e extinção das chamas iniciada pelos bombeiros no dia 29 de janeiro – porém com atuação de brigadistas dois dias antes, quando o fogo foi identificado –, o trabalho no local do foco ganha auxílio com o lançamento de água feito pela aeronave “air tractor”. Na área do incêndio, a equipe de comunicação do Governo do Estado, acompanhou a operação no fim de semana.

Em diferentes frentes, a execução da tarefa envolve preparação minuciosa, desde a logística para abastecimento de combustível e água – que é lançada nas chamas –, até cálculos que garantem a segurança dos voos e das equipes em solo.

“A dificuldade maior, além de acesso e áreas mais restritas e de proximidade de pistas que as aeronaves necessitam, são os pássaros. Como é uma aeronave que voa baixo para fazer o lançamento (de água), temos que ficar em constante atenção para não colidir com os pássaros grandes que tem no pantanal, como tuiuiú e garça. Dependendo da região que pega pode acabar até derrubando a aeronave. Então é uma atenção constante que a gente tem que ter durante os voos”, explicou o tenente Jonatas Lucena, do GOA (Grupamento de Operações Aéreas).

Para garantir eficiência no lançamento de água, o processo para abastecimento dos mais de 3 mil litros dura apenas entre 3 e 5 minutos. O trabalho das aeronaves na região do incêndio teve início na quinta-feira (1°), com vários lançamentos diários – partindo da fazenda Santa Tereza que serve de base e apoio aos trabalhos -, já somaram aproximadamente cinco horas de voos.

“Temos um sistema de engate certo para conectar na aeronave. A gente faz uma ponte com uma motobomba no açude, com mangueira de 100 metros, que puxa a água para a piscina portátil que a gente movimenta em qualquer terreno nivelado. Precisamos trazer tudo isso de barco para a base, pois a área não tem acesso por terra. Tudo para dar suporte aos aviões”, explicou o cabo J. Gomes, que atua como tripulante e apoio das aeronaves.

Além do combate às chamas realizado por solo, toda a atuação também depende do deslocamento na área, que é de difícil acesso, o que é um obstáculo na coordenação da missão. “A gente tem bastante trabalho de logística anterior, de captação de água e mobilização do nosso material de apoio no solo. Precisamos deslocar os militares de barco com o material até a localidade para poder montar o apoio do abastecimento de água da aeronave e dar início as operações. Então, dependendo do local, o acesso acaba sendo mais restrito e necessita até do apoio de outra aeronave para trazer o material para começar os combates”, disse o tenente Lucena.

Além de dois aviões ‘air tractor’ que podem fazer lançamentos de água em locais de difícil acesso por terra, outras duas aeronaves prestam apoio no transporte de carga e equipes. Tudo condicionado a possibilidade do uso de pistas, e garantia de segurança para pousos e decolagens.

“A gente necessita do apoio de pista. Muitas vezes conseguimos levar as equipes até mais próximo possível do local do incêndio. Mas antes a gente faz um levantamento de dados, análise das pistas próximas da região, condições meteorológicas. Então é sempre feito um estudo mais técnico e minucioso antes de destacar uma operação da aeronave deste porte”, afirmou o piloto do Corpo de Bombeiros.

O uso das aeronaves se mostra eficaz, especialmente quando a ação em solo é coordenada ao lançamento de água. “Essa aeronave é muito efetiva pela quantidade de água que ela carrega. É a maior em operação no Brasil, com exceção da aeronave da Força Aérea, para operação de combate a incêndio. E em conjunto, aeronave com apoio das equipes em solo, o ganho em efetividade é muito grande no combate aos incêndios florestais”, disse o tenente Lucena.

Com foco na precisão dos lançamentos, os pilotos também fazem o reconhecimento aéreo da área em chamas. “Há restrição de visibilidade nos locais de incêndio em virtude da quantidade de fumaça. Outra situação também é que aeronave voa bem baixo, por isso a gente faz sempre uma passagem para verificar se existem árvores e postes, para poder, na segunda passagem, ir mais baixo para fazer o lançamento da carga d’água”, afirmou o piloto.

O incêndio na área de preservação próxima a Serra do Amolar é atípico, e o segundo que conta com a atuação dos bombeiros em 2024 na região pantaneira – outro ocorreu na semana passada em Miranda, na região do Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro.

“As mudanças climáticas estão acontecendo. Um reflexo são esses incêndios, por exemplo, em janeiro, que é um mês comumente de chuvas na região. Porém, já atuamos em dois grandes incêndios este ano. E tivemos também na temporada de 2023, no mês de novembro, um crescimento absurdo dos focos de calor e incêndios aqui no Estado. Então a gente está se preparando cada vez mais, para que no momento de resposta a gente consiga dar um melhor atendimento, mais rápido a este tipo de emergência”, explicou a tenente-coronel Tatiane Inoue, diretora de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros Militar, que realiza o monitoramento dos incêndios florestais no Estado.

Os bombeiros atuam no local há oito dias com efetivo de 18 militares – o apoio aéreo ocorre há cinco dias -, e mesmo após algumas chuvas que ajudaram a controlar e extinguir alguns focos, o fogo ainda persiste. A área queimada ultrapassa 4 mil hectares.

“A gente precisa também das aeronaves fazendo o apoio logístico, transportando o pessoal, o material, porque o pantanal tem essa característica de dificuldade de acesso, pouquíssimas estradas. Até mesmo os deslocamentos com embarcações são demorados, às vezes a gente não consegue acessar o terreno pelos rios. Por isso as aeronaves são importantes, inclusive os helicópteros também fazendo este transporte de pessoal no ponto do combate aos incêndios. Então toda essa logística faz com que o Mato Grosso do Sul, tenha se tornado nos últimos anos, uma referência na proteção ambiental, também com investimento da capacitação profissional, materiais, tecnologia. Cada vez mais a gente utiliza drones, georreferenciamento, tudo para dar uma resposta ainda melhor”, disse a tenente-coronel.

A região da Serra do Amolar, que está dentro do Pantanal em Corumbá (MS), é um território de grande biodiversidade e área de Reserva da Biosfera, além de ser um Patrimônio Natural da Humanidade. O território é formado por 80 km de extensão de morrarias que chegam a ter quase 1 mil de altitude. A área fica a aproximadamente 700 km de Campo Grande, a partir de Corumbá e por via fluvial, pois só é possível chegar nesse local por ar ou pelo Rio Paraguai.

O sistema de monitoramento dos ‘Focos Ativos por Bioma’, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), mostra que no mês de janeiro deste ano foram registrados 369 focos detectados por satélite no bioma Pantanal – em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso –, enquanto no mesmo período de 2023 foram 103. Em comparação – com o mês de janeiro – nos últimos seis anos, a quantidade de focos em 2024 supera a registrada em 2020, com 226 e fica atrás apenas de 2019, com 542.

Fonte: Comunicação Governo MS