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Família cresce e Bioparque Pantanal registra mais um nascimento de arraias

A família Bioparque Pantanal não para de crescer, o empreendimento registrou o nascimento de mais duas arraias da espécie Potamotrygon amandae. Os bebês nasceram no maior tanque do complexo de água doce, o Neotrópico, comprovando que os padrões de água, bem-estar e nutrição do local estão adequados e os animais se sentem seguros para a reprodução.

O público se encanta com os filhotes e se surpreendem com a interação dos animais no tanque. Muito mais do que um espaço de lazer, o complexo oferece informação e conscientiza as pessoas sobre a importância de cada espécie, o cuidado com o meio ambiente e o respeito aos animais.

Atualmente 40 arraias, pertencentes a sete espécies diferentes, vivem no maior aquário de água doce do mundo. Os bebês já nascem completamente formados e sua reprodução é realizada através da fecundação interna.

Conforme explica a diretora-geral do Bioparque Pantanal, Maria Fernanda Balestieri, a reprodução é fruto do trabalho de conservação, um dos pilares que sustentam o empreendimento. “No Bioparque Pantanal os animais são protagonistas de um trabalho técnico científico de excelência, que contribui para que as presentes e futuras gerações possam desfrutar das riquezas da nossa biodiversidade. O pulsar de novas vidas acontece diariamente em nossos tanques e aos olhos dos milhares de visitantes que passam por aqui”.

O Bioparque Pantanal ainda se destaca pelas numerosas reproduções já ocorridas. O local já conta com mais de 250 reproduções de 48 espécies diferentes, dentre as quais 12 registros são inéditos para a ciência no mundo e 12 no Brasil.

Fonte: Bioparque Pantanal

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Lei do Pantanal: proposta entregue prevê ampliar proteção e reduzir desmatamento

Com regras sobre a gestão de áreas de preservação permanente e reservas legais, a Lei do Pantanal ainda traz de maneira clara as vedações e restrições estabelecidas para o uso das propriedades rurais na AUR-Pantanal (Área de Uso Restrito da Planície Pantaneira) em Mato Grosso do Sul.

As novas medidas propostas no projeto, contribuem para diminuir o desmatamento no território e consequentemente preservam um dos mais importantes biomas do Brasil.

O projeto foi entregue hoje (28) pelo governador Eduardo Riedel à Assembleia Legislativa, que fará os trâmites para discussão e aprovação da legislação, até 20 de dezembro.

O texto também cria o Fundo Estadual de Desenvolvimento Sustentável do Bioma Pantanal, que será dominado como Fundo Clima Pantanal, para promover o desenvolvimento sustentável do bioma e possibilitar a gestão das operações financeiras destinadas ao financiamento de programas de pagamentos por serviços ambientais na área.

“O pantanal sul-mato-grossense tem 9 milhões de hectares, e são 2.800 hectares de soja. Se fala muito do avanço da soja no pantanal, mas é um bioma que tradicionalmente ele não aceita, por questões técnicas, o avanço da cultura. Nós não deixaríamos, e foi um compromisso nosso, de regulamentar atividade agrícola dentro do bioma pantanal, e ela traz as restrições existentes. Será restrito sim, atividades agrícolas dentro do bioma pantanal no que diz respeito a agricultura de uma maneira geral. Isso está colocado e regulamentado dentro da lei”, disse o governador Eduardo Riedel.

A proposta, que vai contribuir na conservação, proteção, restauração e exploração ecologicamente sustentável da AUR-Pantanal em Mato Grosso do Sul, foi elaborada pelo Grupo de Trabalho Pantanal Sul-mato-grossense, instituído em portaria conjunta pela ministra Marina Silva, do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e pelo governador Eduardo Riedel.

As reuniões técnicas para definição dos pontos relevantes contaram com representantes da equipe técnica do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, além do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), ICMbio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), além da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), e diversos segmentos representativos da sociedade – entre ONGs (organizações não-governamentais) que atuam na preservação ambiental e representantes dos produtores rurais.

As diretrizes para a elaboração e implementação de políticas públicas sobre conservação, proteção, restauração e exploração ecologicamente sustentável devem assegurar condições de desenvolvimento socioeconômico, qualidade ambiental e proteção à vida.

Como Patrimônio Público Nacional, o Pantanal precisa ser assegurado e protegido, e por isso a legislação observa questões como a racionalização do uso do solo e dos recursos hídricos, proteção dos ecossistemas, incentivo à pesquisa – orientada ao uso sustentável e à proteção dos recursos ambientais –, recuperação de áreas degradadas, educação ambiental, manutenção de padrões de vida que garantem o bem-estar social da população residente na área e garantia de exploração econômica rentável de atividades tradicionalmente desenvolvidas na região.

A legislação tem pontos específicos em relação a prevenção e o combate ao desmatamento ilegal, e prioriza áreas de preservação permanente de nascentes e recarga de aquíferos, e que permitam formação de corredores ecológicos para recuperação da vegetação.

Também prevê a promoção da restauração de áreas degradadas, por meio de incentivos fiscais, financeiros e de créditos, além do fomento à certificação ambiental de atividades e à rastreabilidade das cadeias produtivas sustentáveis desenvolvidas na área.

Acordos internacionais de conservação ambiental ratificados pelo Brasil, com consolidação e ampliação de parcerias – internacional, nacional, estadual e setorial – para o intercâmbio de informações e para integração de políticas públicas e o fomento à certificação ambiental de atividades e a rastreabilidade das cadeias produtivas sustentáveis foram considerados pelo Governo do Estado no projeto.

A atividade pecuária – extensiva e de pastoreio – foram delimitadas nas áreas de Preservação Permanente (APP) e de Reserva Legal, com permissão ou restrição conforme o tamanho da propriedade e o tipo de vegetação presente.

Para a concessão de autorizações ambientais destinadas à supressão vegetal ou à conversão de pastagens nativas devem ser comprovadas considerado condições prévias entre elas que o imóvel rural esteja regularmente inscrito e aprovado no CAR-MS (Cadastro Ambiental Rural de Mato Grosso do Sul), que não tenha registrado infração administrativa, entre outras exigências.

“A pecuária de corte, e principalmente a cria, é a grande atividade produtiva há 300 anos no Pantanal. Foi essa atividade conduzida da maneira que o produtor pantaneiro, a responsável por manter 84% do bioma preservado e as tradições da nossa cultura. A lei traz a preservação e a garantia de que essa atividade permaneça no bioma, inclusive com a possibilidade do uso da atividade pecuária em áreas de preservação e é muito comum e recomendável pela ciência, em alguns casos. Há de se distinguir no pantanal, quando a gente fala do agronegócio de preservação, respeitando a dinâmica e a lógica do que acontece há muitos anos. O bioma deve ser mantido, mas deve ser garantido a atividade produtiva, porque o produtor tem que ter renda, senão ele deixa o pantanal e a gente perde um dos maiores nativos que é a nossa cultura e a preservação”, disse o governador Eduardo Riedel.

Fundo Clima Pantanal

Pantanal – Tempo – Foto Bruno Rezende

O Fundo Clima Pantanal promove o desenvolvimento sustentável do bioma e possibilita a gestão das operações financeiras destinadas ao financiamento de programas de pagamentos por serviços ambientais.

Os recursos do Fundo serão provenientes de dotações orçamentárias do Estado – 50% advindos de pagamentos de multas ambientais –, créditos adicionais, transferências diversas – acordos, contratos, convênios e outros –, captação, doações, além de comercialização de Reduções Certificadas de Emissões (RCEs – créditos de carbono), emendas parlamentares e outros.

O projeto também autoriza o Poder Executivo a abrir crédito especial no orçamento de 2024, destinado à implementação do Fundo Clima Pantanal.

Fonte: Comunicação Governo de MS

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Turismo de MS tem três iniciativas finalistas do Prêmio Braztoa de Sustentabilidade 2023/24

Vinte e cinco iniciativas sustentáveis do turismo brasileiro foram classificadas para a final da 11ª edição do Prêmio Braztoa de Sustentabilidade 2023/24. Com o apoio do Ministério do Turismo, a iniciativa da Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo) tem como principal objetivo incentivar, reconhecer e dar visibilidade para ações que se destaquem com melhores práticas de sustentabilidade em toda a cadeia do turismo nacional no tripé social, ambiental e econômico, contribuindo com a Agenda 2030 da ONU para o Desenvolvimento Sustentável no Brasil.

A Fundação de Turismo de MS está classificada com a iniciativa Bonito/MS – 1º Destino de Ecoturismo Carbono Neutro do Mundo, que apresenta as estratégias adotadas pela Fundtur-MS no enfrentamento à crise climática, especialmente ao incentivar práticas mais sustentáveis no território e promovendo um maior engajamento da sociedade no enfrentamento às mudanças climáticas.

O diretor-presidente da FundturMS, Bruno Wendling, fala sobre o reconhecimento das ações da instituição em Bonito e dos atrativos sul-mato-grossenses. “Estamos felizes com esse reconhecimento. Iniciamos um movimento muito positivo no turismo do Estado com essa certificação, que não é o ponto final, mas sim o ponto de partida para que Mato Grosso do Sul se torne um Estado mais responsável. É um processo de organização que se inicia na Fundação há mais de 2 anos e que se amplia para os destinos. Hoje temos atrativos que aderiram à neutralização das emissões do carbono, hotel lixo zero e outras Instituições parceiras também incentivando essa iniciativa. Esse é o nosso compromisso com o Acordo de Glasgow e nossa contribuição para que Mato Grosso do Sul seja Carbono Neutro até 2030”, exalta.

Para a assessora de sustentabilidade e ação climática no turismo da FundturMS, Flávia Neri, “a iniciativa traz a oportunidade de uma ação local para um desafio global”. “Estamos contribuindo com a mudança que queremos ver no mundo. Como signatários da Declaração de Glasgow, acreditamos que o turismo tem um papel transformador nas relações da sociedade com a natureza, e que pode contribuir para a regeneração de ecossistemas, biodiversidade e comunidades”, explica.

Além da Fundtur, Mato Grosso do Sul também estará representado na cerimônia de premiação com outras duas iniciativas: o Empreendimento Turístico RPPN Buraco das Araras, que conserva áreas naturais e fomenta o desenvolvimento do turismo sustentável, uma alternativa de baixo impacto e com geração de renda sem destruir os recursos naturais; e o Instituto Mamede de Pesquisa Ambiental e Ecoturismo, com a iniciativa Vem Passarinhar MS, que incentiva o turismo de observação de aves e o ecoturismo, num movimento que tem contribuído para a descoberta de novos destinos turísticos, para a valorização da biodiversidade e o desenvolvimento local.

Etapas e temáticas

A cerimônia de premiação, que será realizada no próximo dia 25 de novembro, em Vitória (ES), terá transmissão ao vivo pelo Youtube. Nesta edição, todos os classificados terão a oportunidade de defender seus projetos aos jurados, na forma de pitches (pequenas apresentações), com duração de cinco minutos. Essa etapa da premiação acontecerá no dia 23 de novembro, no Sebrae ES, de forma on-line (via Zoom) ou presencialmente.

A valorização das experiências e da gestão foi a temática mais prevalente nos inscritos. O prêmio reconhecerá 10 iniciativas em duas categorias: Gestão/Governança e Experiência/Produtos. Ao todo, foram inscritos 98 cases de 22 Estados brasileiros e do Distrito Federal.

Os vencedores passam a integrar a Rede Braztoa de Sustentabilidade, constarão no Anuário Braztoa 2024 e serão divulgados nos canais oficiais da instituição. Puderam participar operadoras associadas, empresas e organizações da sociedade civil e instituições governamentais vinculadas ao turismo, fundações, associações, iniciativas da comunicação, projetos inovadores, trabalhos e pesquisas acadêmicas.

Confira a lista completa de finalistas: DIVULGAÇÃO CLASSIFICADOS FINALISTAS PBS 202324.pdf – Google Drive

Além do MTur, o Prêmio Braztoa de Sustentabilidade 2023/2024 conta com o apoio da Embratur e do PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente). Em 2022, a 10ª edição do Prêmio Braztoa de Sustentabilidade foi realizada no Bioparque Pantanal, em Campo Grande.

Fonte: FundturMS, com informações do MTur

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Incêndios são controlados no Pantanal e equipes continuam trabalho de rescaldo e monitoramento da região

As chuvas que caíram nos últimos dias no Estado e o trabalho intenso do Corpo de Bombeiros amenizaram a situação das queimadas no Pantanal Sul-Mato-Grossense. O boletim divulgado ontem (20) destaca que as imagens de satélite não apontam nenhum foco de incêndio na região.

Trabalho de rescaldo feito pelos bombeiros

De acordo com o Corpo de Bombeiros 72 militares continuam nos locais que tiveram os incêndios no Pantanal para fazer o trabalho de rescaldo e monitoramento de toda região, já que a previsão é que as altas temperaturas ainda continuem nos próximos dias. A Operação segue estendida até o momento que não for mais necessária a atuação.

A Operação Pantanal 2023 está sendo realizada nas últimas semanas pelo Corpo de Bombeiros com ampliação na estrutura de combate a incêndios na região, com o objetivo de proteger a fauna, flora e propriedades que estejam localizadas no bioma pantaneiro. O trabalho coletivo também tem a participação de brigadistas e apoio de trabalhadores rurais.

No último sábado (18) os trabalhos se concentraram na região do Paiaguás, que faz divisa com o Mato Grosso, com objetivo de extinguir parte do incêndio que estava chegando a algumas propriedades. No mesmo dia em Cipolândia equipes combateram focos que estavam na região de pastagens, também localizadas em propriedades rurais.

Na última semana três aeronaves apoiavam os trabalhos de combate às chamas, duas delas ‘air tractor’ que transporta até 3 mil litros de água para áreas de difícil acesso, com atuação no Paiaguás e no Rio Negro.

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Lei do Pantanal: governo de MS se reúne com prefeitos pantaneiros e produtores

O Governo do Estado reuniu na tarde desta segunda-feira (20) prefeitos de cidades pantaneiras, entidades e instituições envolvidas na elaboração da nova Lei do Pantanal, com o objetivo de alinhar detalhes antes do envio do projeto de lei para a Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso do Sul (ALEMS), que deve acontecer nos próximos dias.

“O processo de elaboração da Lei do Pantanal está avançando com muito diálogo. Nesta tarde ouvimos os prefeitos das cidades pantaneiras e produtores, em mais uma das audiências com todos os atores envolvidos, e validados pelo Ministério do Meio Ambiente. Nosso objetivo é apresentar uma legislação inovadora e equilibrada”, destacou o governador Eduardo Riedel.

O presidente da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul) e prefeito de Nioaque, Valdir Couto de Souza Júnior, avaliou como positiva a realização da reunião com todos os setores envolvidos, e que o debate dá maior segurança com relação ao desenvolvimento sustentável e social da região. “Estudos já mostraram que o Pantanal está com 80% do seu bioma preservado. Esta reunião foi realizada para que o Governo do Estado pudesse ouvir todos os setores”, afirmou.

O diretor financeiro da Famasul, Frederico Borges Stella, considerou a reunião importante para a construção de uma lei específica para o Pantanal. “Apoiamos a iniciativa apoiada no tripé econômico, social e ambiental. Existe gente morando no Pantanal, são nove municípios que engloba a região e milhares de pessoas dependem do sustento gerado dentro do bioma. O produtor pantaneiro tem que ser ouvido para que ele continue produzindo e respeitando a lei. Hoje, tivemos a oportunidade de encaminhar as principais demandas e preocupações e ouvimos também que a lei precisa ser elaborada para dar uma segurança jurídica para todos que sobrevivem do bioma”, ressaltou.

Também participaram da reunião os prefeitos Odilon Ribeiro (Aquidauana), Marcelo Iunes (Corumbá), Edilson Magro (Coxim), Fábio Florença (Miranda), Buda do Lair (Rio Negro), Réus Fornari (Rio Verde), o vice-prefeito Valder Rodrigues (Sonora), além do presidente da ALEMS, Gerson Claro, o deputado estadual Paulo Corrêa, e os secretários estaduais Eduardo Rocha (Casa Civil) e Jaime Verruck (Semadesc).

Fonte: Comunicação do Governo de MS

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Pioneira na prática fitossanitária das árvores, Prefeitura realiza nova etapa de tratamentos em Campo Grande

Além dos inúmeros serviços ambientais prestados pelas árvores, elas também contam e fazem parte da história da nossa Capital e, por isso, estão recebendo um tratamento especial realizado pela Prefeitura, por intermédio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semadur). Uma série de intervenções serão efetivadas para manter o nosso patrimônio arbóreo, gerando economia e qualidade de vida ao campo-grandense.

O técnico que coordena a equipe responsável pelos tratamentos, é o biólogo e arborista certificado pela Sociedade Internacional de Arboricultura (ISA), Gustavo Garcia, da Tree Way. “Esses tratamentos são de suma importância e Campo Grande é uma cidade pioneira no cuidado de suas árvores, que estão há dezenas de anos prestando serviços ambientais. Esse investimento que a Prefeitura vem fazendo, além de manter esse patrimônio, prolonga a saúde e vida das árvores”.

A prefeita Adriane Lopes acompanha de perto o tratamento e destaca que Campo Grande foi certificada pela quarta vez consecutiva como uma Cidade Árvore do Mundo pela Organização das Nações Unidas. “Somos referência para o mundo e visamos atuar na vanguarda, assim, disponibilizamos a oportunidade do nosso corpo técnico se aprimorar e buscar alternativas, técnicas modernas para o tratamento das árvores por meio de protocolos adotados inclusive em normas internacionais. Somos uma Capital que investe no desenvolvimento sustentável”, disse.

Manejo das árvores notáveis

As árvores estão sendo avaliadas individualmente e para cada uma define-se um protocolo de tratamento. Dentre o rol de tratamentos possíveis estão descompactação e adubação do solo ao redor das árvores, tratamento fitossanitário de pragas e doenças, termorretificação de cavidades existentes, adubação foliar, endoterapia, inoculação de organismos no solo capazes de melhorar a fixação e disponibilidade de nutrientes. Ou seja, estão sendo tratadas de forma integral e específica.

A secretária de Meio Ambiente e Gestão Urbana, Kátia Sarturi, sinaliza que a realização deste trabalho de cuidar de árvores notórias na cidade é possível devido ao mecanismo de compensação ambiental previsto no Plano Diretor de Arborização Urbana (PDAU). “Assim, Campo Grande, sempre atenta às necessidades da
arborização, investe recursos para o correto manejo do seu patrimônio arbóreo”.

A superintendente de Fiscalização e Gestão Ambiental, Gisseli Giraldelli, destaca que a iniciativa de cuidar das árvores notáveis é um dos compromissos assumidos com a Rede Tree Cities of the World. “Desta forma, reforçamos a posição de Campo Grande como uma referência internacional sobre o manejo arbóreo. Os resultados deverão ser verificados já em cerca de 15 dias. Com esses tratamentos, realizados em toda a cidade, possibilitamos tornar essas árvores mais seguras para as pessoas, evitando a queda de galhos e outros acidentes que podem ocorrer, um trabalho de prevenção”.

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Fogo e seca no Norte do Brasil podem intensificar período de queimadas no Pantanal

O Pantanal é ecótono, uma região resultante do contato entre dois ou mais biomas fronteiriços. Sem as relações com Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica, o bioma que está em Mato Grosso do Sul e em Mato Grosso não existiria da forma que existe.

Com a seca extrema que a atinge a maioria dos estados da região Norte do Brasil e o aumento de focos de incêndio na Amazônia, especialistas  alertam para o risco de uma temporada de queimada e seca mais severa para o Pantanal.

O aumento de eventos climáticos extremos junto com a presença de El Niño são o combo de alerta para uma período de seca mais extremo e aumento das queimadas no Pantanal, segundo especialistas no bioma e em meteorologia.

O Pantanal pode ser comparado a um mosaico. O bioma é um ecossistema formado por outros ecossistemas. Na biologia, estes espaços são chamados de ecótonos —lugares singulares que possuem espécies de fauna e flora específicas dessas regiões.

Até setembro deste ano, no bioma Amazônia foram registrados 25.414 focos de incêndio. Sem chuva, oito estados do Norte e do Nordeste bateram recorde de seca dos últimos 40 anos.

O biólogo e um dos diretores da Organização Não Governamental (ONG) SOS Pantanal Gustavo Figueirôa explicam que o aumento de queimadas na Amazônia e a seca que atinge a região Norte pode ser refletida no Pantanal.

Mais seca na Amazônia quer dizer menos chuva. Com isso, a evaporação de água também cai. Assim, o Brasil Central, região em que fica o Pantanal, poderá sofrer com a falta de chuva, segundo especialistas.

“Com a diminuição do número de evaporação de água na Amazônia, que traz águas para o Centro-Oeste, com a diminuição das matas ciliares no Cerrado, que é onde nascem os rios que banham o Pantanal, o aumento da seca é inevitável. Vários fatores somados da ação humana estão diminuindo a capacidade do Pantanal, porque o Pantanal depende da água que vem de fora”.

Sem a água que se tornaria vapor e seria transportado por rios flutuantes (nuvens) até o Pantanal, a tendência é de menos chuva. Sem chuva, há seca, e com a seca, o bioma fica mais exposto a queimadas, explica o biólogo.

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) já apontam um 2023 diferente do registrado em 2022.

Os números mostram que de janeiro a outubro do ano passado foram computados 1.189 focos de incêndio, neste ano já são 1.629 no mesmo período. Um aumento de 36%.

Segundo o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa/UFRJ), cerca de 311.575 hectares já foram consumidos pelo fogo neste ano, o que representa 2,06% da área total do bioma.

O levantamento para outubro demostrou pontos com mais focos ativos neste mês:

Mato Grosso do Sul

  • Fazenda Rio Negro: 16.43% de área queimada;
  • Terra Indígena Kadiwéu: 10.96% de área queimada.

Mato Grosso

  • Terra Indígena Tereza Cristina: 49.90% de área queimada;
  • Parque Estadual Encontro das Águas: 14.45% de área queimada.

O Sistema para Pesquisas e Gerência de Informações sobre Focos de Fogo da Nasa, o FIRMS, indica que pelo menos 480 focos de calor estavam ativos no Pantanal até a última segunda-feira (23).

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Global Big Day 2023: Mato Grosso do Sul tem sete ‘hotspots’ em evento mundial de observação de aves

No último sábado (14), Mato Grosso do Sul foi novamente um dos palcos brasileiros mais importantes do “Global Big Day”, considerado o maior evento de observação de aves do mundo. Por 24 horas e em diversas partes do planeta, o evento reúne famílias inteiras, amantes da atividade e entusiastas ávidos pelo melhor registro ou apenas para a observação de aves livres na natureza.

Em 2023, dos TOP10 do Brasil em número de registros de espécies, MS foi protagonista em 7 deles: Pousada Aguapé, Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema (PEVRI), Refúgio da Ilha Ecolodge, Parque Natural Municipal do Pombo (Três Lagoas), Fazenda Alegria (Pantanal da Nhecolândia), Baía das Pedras e Parque Nacional das Emas. Foram 384 espécies observadas no período, o que corresponde a 56,6% das 678 espécies anotadas para o Estado, e o evento contou com a participação de cerca de 150 pessoas.

Simone Mamede, presidente do Instituto Mamede, aborda que o Big Day “tem contribuído na conservação ambiental, na coleta de dados científicos através de ciência cidadã e também no potencial econômico do evento, já que muitas pessoas viajam para observar aves em vários destinos turísticos ‘hotspots’ do Estado. Isso movimenta pessoas, a economia e promove novos destinos para o turismo de observação de aves”.

Para a ornitóloga Maristela Benites, o Global Big Day “representa momento singular para a educação ambiental pois, ao proporcionar contato com a natureza, oferece oportunidade para sensibilização a respeito das questões socioambientais, para o engajamento em favor da valorização das aves e da biodiversidade como um todo. Sem contar o sentimento de comunhão, uma vez que muitas pessoas estão envolvidas, ao mesmo tempo, em torno de um mesmo objetivo que é a contemplação de aves livres e da natureza”.

Segundo Lu Oshiro, do Instituto Mamede, “este evento integrador e inclusivo, promove o desenvolvimento das comunidades locais e entorno, além de incentivar a imersão em ambientes naturais, valorização da biodiversidade, bem como a adoção de hábitos saudáveis e sustentáveis”, avalia.

Aviturismo e Big Day em Mato Grosso do Sul

Mato Grosso do Sul consolida a presença no Global Big Day e, desde a criação do evento, tem sido destaque em números de espécies registradas e de ‘hotspots’ de observação de aves pelo Brasil. São mais de 1970 espécies de aves catalogadas em todo o país e em Mato Grosso do Sul já foram observadas cerca de 650 vivendo livremente em ambientes rurais e urbanos.

No Estado, a mobilização e facilitação são realizadas pelo Instituto Mamede de Pesquisa Ambiental e Ecoturismo, com apoio da FUNDTUR/MS e de outros parceiros como Clubes de Observadores de Aves, pousadas rurais, Parques Municipais, Estaduais e Federais, RPPNs e com forte adesão da população.

Para Bruno Wendling, diretor-presidente da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul, o Aviturismo é uma das grandes apostas de MS para promover e aumentar a oferta turística em regiões já estruturadas como Campo Grande, Bonito/Serra da Bodoquena e a região do Pantanal.

“Vamos ajudar a estruturar novas rotas turística por meio do birdwatching como acontece no Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema que, junto com a IGR Vale das Águas, trabalha uma rota de Observação de Aves nas Unidades de Conservação da Mata Atlântica do Estado. Ou como no Parque Natural Municipal do Pombo, que é uma área de Cerrado em Três Lagoas e que, com a Observação de Aves, pode ser um produto turístico a ser desenvolvido junto com o município. Além disso, temos municípios como Costa Rica e Porto Murtinho que vêm trabalhando para fortalecer o segmento de Observação de Aves”, salienta Wendling.

Nesta edição do mês de outubro foram mobilizadas e inscritas 25 equipes distribuídas por várias cidades do estado como: Aquidauana, Bonito, Campo Grande, Corumbá, Costa Rica, Dourados, Iguatemi, Ladário, Jateí, Jardim, Coxim, Miranda, Naviraí, Porto Murtinho, Rio Brilhante, Rio Verde, Três Lagoas, entre outras.

No último dia 12 foi realizado o treinamento para o uso do aplicativo e-Bird com as pesquisadoras do Instituto Mamede Maristela Benites, Simone Mamede e Lu Oshiro. O treinamento envolveu todos os participantes que buscavam conhecer e se familiarizar com o aplicativo utilizado para o Global Big Day, além de servir como momento para alinhar a organização das equipes e gerar troca de informações entre observadores experientes e iniciantes.

“O Global Big Day é mais uma importante data que promove e mostra como o Mato Grosso do Sul abriga rica biodiversidade e possui importantes hotspots de Observação de Aves. Nessa edição de outubro, dos TOP10 de hotspots brasileiros, 7 estão no Mato Grosso do Sul e isso é um grande resultado para nosso Estado”, celebra o diretor-presidente da FundturMS.

Como acontece o Big Day

Cada pessoa ao fazer a lista de espécies observadas e ao submetê-la à plataforma de ciência cidadã se torna ‘cidadã cientista’, uma vez que contribui para ampliar as informações e o conhecimento científico sobre as aves existentes no mundo. O esforço coletivo para registrar o maior número de espécies possível é para responder às perguntas: quais, quantas e onde estão as aves naquele exato momento. Os dados gerados durante as passarinhadas simultâneas são compartilhados pelos participantes do mundo inteiro via aplicativo eBird.

Para a passarinheira e guia Manoela Bernardy, o Big Day já virou parte do calendário familiar. “Ontem tive o apoio do meu marido dirigindo o carro e do meu enteado, que fazia todas as anotações das espécies. São sempre momentos de muito prazer e tempo de qualidade em família”, relata.

Já Daniel Irineu fala que “é sempre emocionante participar do Big Day, sair com os amigos para passarinhar e tentar registrar o maior número possível de espécies em lugares incríveis! Nessa edição eu passarinhei em duas cidades, registrei 90 espécies em Ladário – Apa Baía Negra e 41 espécies no Parque Marina Gattas em Corumbá, onde levei meu filho de apenas 3 meses para passarinhar comigo e já ir tomando gosto pela observação ”, conta ele orgulhoso.

O “Global Big Day” é promovido pelo Laboratório de Ornitologia da Universidade de Cornell (Nova Iorque/EUA) desde 2015 e tem contribuído para o avanço da observação de aves em todo o mundo. Em outubro de 2022, 35.000 pessoas de 180 países compartilharam cerca de 80.000 listas de espécies observadas ao longo das 24 horas.

“O próximo Global Big Day será em maio de 2024 e o convite para visitar e conhecer os hotspots para observação de aves no Estado já está feito. Vem Passarinhar, MS!”, finaliza Mamede.

Confira algumas fotos das equipes:

Fonte: FundturMS (com colaboração do Instituto Mamede)

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Corredor verde na 14 de julho garante conforto térmico para a população

Nesses últimos dias de calor intenso, quem passa pela Rua 14 de Julho, requalificada há quase quatro anos, tem o conforto de sentar-se à sombra das árvores já em tamanho adulto e frondosas. É nítida a transformação pela qual passou a via e como a arborização mudou a paisagem na área central. Um cenário antes dominado pelos fios de alta tensão emaranhados deu lugar à natureza.

Estudos apontam que, em épocas mais quentes, as áreas bem arborizadas podem ter uma diferença de até cinco graus em relação às não arborizadas. As plantas acabam sendo como um ar-condicionado natural. Só na Rua 14 de Julho foram plantados 256 exemplares de várias espécies, como ipê amarelo, árvore da China, aldrago, ipê branco, pau mulato, pau ferro, jacarandá mimoso, lafontera da Amazônia, fruta de tucano, ipê roxo e grandiuva. Quem passou pela região, inclusive, se encantou com a florada dos ipês nas últimas temporadas.

O projeto de revitalização da área central também incluiu o paisagismo no perímetro formado por mais de 21 quilômetros. Nessas vias foram plantadas as espécies aldrago, araçá, aroeira pimenteira e ipê branco. Na Rui Barbosa, foram plantadas 582 mudas e outras 1000 nas ruas e avenidas adjacentes revitalizadas.

Esse “reforço” na arborização contribuiu para a mais recente certificação recebida pela Prefeitura Municipal. Certificada pela Organização das Nações Unidas (ONU) como uma das capitais mais arborizadas do país, Campo Grande foi reconhecida, pela quarta vez, como Tree City of the World – Cidade Árvore do Mundo, uma referência mundial de ações voltadas à preservação da arborização urbana.

O Plano Diretor de Arborização Urbana de Campo Grande, de 2011, garante que áreas urbanas recebam vegetação. A arborização urbana proporciona às cidades inúmeros benefícios relacionados à estabilidade climática, ao conforto ambiental, na melhoria da qualidade do ar, bem como na saúde física e mental da população, além de influenciar na redução da poluição sonora e visual e auxiliar na conservação do ambiente.

Fonte: PMCG

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Pantanal: para discutir proteção e sustentabilidade, Riedel e Marina Silva criam GT em Brasília

O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, assinam nesta quinta-feira (28), em Brasília, a portaria conjunta que cria o ‘Grupo de Trabalho para proteção, conservação e uso sustentável do Pantanal Sul-Mato-Grossense’. A ministra Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), e membros da bancada federal do Estado acompanham o ato, marcado para às 15h (DF).

“Temos esta grande responsabilidade de criar uma lei para o Pantanal. O nosso grande desafio em Mato Grosso do Sul é mostrar que podem conviver juntos, de maneira propositiva, uma nova economia lastreada em práticas que agreguem valor econômico à produção e nova dinâmica da manutenção da biodiversidade, sem perder renda e preservação”, afirmou o governador Eduardo Riedel.

A nova lei de proteção e conservação do Pantanal está sendo discutida e construída de forma coletiva pelo Governo do Estado, ouvindo todos os setores envolvidos, para produzir uma legislação robusta e moderna. Quando o texto estiver pronto ele será encaminhado para Assembleia Legislativa para aprovação dos deputados estaduais.

O grupo de trabalho desenvolvido com o Ministério do Meio Ambiente vai justamente desenvolver propostas e implementar ações colaborativas entre os entes para prevenção e controle de desmatamentos e incêndios florestais na região do Pantanal do Mato Grosso do Sul.

Ainda vai articular ações estratégicas para garantir o compartilhamento de dados, informações, análises e atividades conjuntas para o monitoramento, controle e mecanismos para redução do desmatamento e degradação florestal do bioma.

O GT Pantanal Sul-Mato-Grossense terá a participação de seus membros titulares, com representantes do Imasul (Instituto do Meio Ambiente de MS), Semadesc (Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de MS), Conleg (Consultoria Legislativa do Governo do Estado), Secretaria Extraordinária de Controle do Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial do Ministério do Meio Ambiente, Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e Secretaria Nacional de Biodiversidade, Florestas e Direitos Animais do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.

Os participantes serão indicados pelos titulares dos respectivos órgãos. O grupo de trabalho também poderá convidar representantes de outros órgãos federais e estaduais, assim como técnicos de entidades, instituições que trabalham na área. Eles vão se reunir a cada 15 dias para debater as ações.

A portaria que institui o grupo fixa prazo de 60 dias de trabalho, podendo ser prorrogável por mais 30 (dias). No final será apresentado um relatório para a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva e ao governador Eduardo Riedel.

Pantanal Sul-Mato-Grossense (Foto: Bruno Rezende/Arquivo)