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Material reutilizável se torna brinquedo e ensina crianças a preservarem o meio ambiente no Bioparque Pantanal

Um dos pilares do Bioparque Pantanal é a Educação Ambiental, que busca sensibilizar e conscientizar os visitantes sobre a preservação da natureza. Desde junho, o complexo de água doce aborda o tema “5Rs da Sustentabilidade: repensar, recusar, reduzir, reutilizar e reciclar”, e brinquedos de materiais reutilizáveis fazem parte das atividades que, além de mostrar que o que iria para o lixo pode ser reaproveitado, resgata brincadeiras e aproxima pais e filhos.

Vai-vem, bilboquê, pião, gira-gira, labirinto, lata teimosa, peteca e jogo da memória auditivo são os brinquedos utilizados. O último é direcionado para pessoas cegas, reforçando o atendimento inclusivo no local.

O pilar da educação ambiental é destacado pela Diretora-Geral do Bioparque, Maria Fernanda Balestieri, como ferramenta importante para a conscientização, principalmente das crianças sobre os cuidados com o meio ambiente. “O Bioparque tem essa preocupação em fazer com que o visitante se sinta como parte do processo de mudança, pois todos nós podemos fazer a nossa parte e contribuir com a solução de problemas causados pelos impactos ambientais”, explicou.

As atividades pedagógicas são realizadas pelo Núcleo de Educação Ambiental do Bioparque Pantanal (NEA), com estudantes de escolas públicas e privadas e visitantes em geral. “Além de toda parte de visitação, de lazer, nós também nos preocupamos com o que as crianças podem levar do Bioparque, que é o conhecimento. Atividades pedagógicas de jogos, contação de história, microscopia e brincadeiras são ferramentas que auxiliam na conscientização”, explica a coordenadora do NEA, Angela Cristina Catonio.

A diretora Maria Fernanda ainda ressalta que além das atividades pedagógicas, ações e parcerias com instituições resultam em palestras, rodas de conversa, exposições e distribuição de materiais educativos para os visitantes do complexo.

Na companhia dos netos, Cleto de Oliveira, de 70 anos aprovou a ideia dos brinquedos. “Estão de parabéns, uma iniciativa positiva aproveitar materiais que iriam para lixo, sem falar que as crianças aprendem que nem tudo precisa ser descartado, incentiva a criatividade e ajuda a natureza”.

Emanuelle dos Santos, de apenas 9 anos entrou na brincadeira e saiu do Bioparque sabendo da importância de cuidar do meio ambiente. “Eu gostei bastante, não sabia que poderia criar brinquedos com garrafa pet, por exemplo. Aprendi que muita coisa pode ser reaproveitada”.

Sobre o Bioparque Pantanal

O Bioparque Pantanal é um empreendimento público estadual, vinculado à Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica (SEGOV), dirigido por uma Diretoria-Geral.

Inaugurado em 28 de março de 2022, o maior aquário de água doce do mundo é um espaço firmado por importantes pilares, são eles, educação ambiental, pesquisa, conservação, inovação, inclusão, lazer e cultura.

Com 21 mil metros quadrados de área construída, o local conta com cinco milhões de litros de água e mais de 350 espécies de animais. O complexo vai além da contemplação e tem como finalidade agregar experiência e conhecimento.

Fonte: Bioparque Pantanal

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Ações integradas do Governo do Estado garantem redução de incêndios no Pantanal

A ação integrada do Governo do Estado para prevenir e controlar os incêndios no Pantanal, e em outros biomas de Mato Grosso do Sul, já surte efeito com a redução significativa de áreas queimadas.

Houve redução de 74,7% nos focos de calor nos três biomas do Estado – Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica -, entre 2021 e 2022, passando de 9.377 para 2.368 ocorrências.

No Pantanal a área queimada e os focos de calor tiveram redução de mais de 80%. No ano de 2021 foram queimados mais de 1,3 milhão de hectares com mais de 5,9 mil focos de calor. Já no ano passado, a área queimada reduziu para 246,9 mil hectares com pouco mais de 1,1 mil focos de calor em seis municípios – Aquidauana, Corumbá, Ladário, Miranda, Porto Murtinho e Rio Verde de Mato Grosso. Os registros de incêndios florestais, atendidos pelo Corpo de Bombeiros, também caíram mais de 40%.

“Com planejamento e integração temos alcançado êxito, a atuação é coordenada e garante a preservação do Pantanal. Este resultado positivo, com significativas quedas de focos de calor, demonstra que estamos no caminho certo, com investimentos em equipamentos, treinamento e tecnologia, além de conscientização ambiental e parcerias com todos os envolvidos”, afirmou o governador Eduardo Riedel.

No Cerrado, os focos de calor também tiveram redução de 67,6%, passando de mais de 3 mil em 2021, para 973 em 2022. E na Mata Atlântica, a redução foi de 53,6%, passando de 474 para 220 focos de calor, respectivamente em 2021 e 2022.

Também ocorreram grandes avanços na preservação de área protegidas. Houve queda significativa de áreas queimadas em unidades de conservação do Pantanal e Cerado (74,3%), Rede Amolar (30%) e terras indígenas (83,8%).

Os dados são referentes a 20 unidades de conservação em dez municípios, incluindo o Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro em Aquidauana e Corumbá e a RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) localizada na Estância Caiman. Também foram monitoradas 19 áreas protegidas em terras indígenas, localizadas em 15 municípios, entre elas a aldeia Limão Verde em Aquidauana e Cachoeirinha em Miranda.

O levantamento foi divulgado pelo Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de MS), com informações do Sistema ALARMES de monitoramento do LASA (Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais) do Departamento de Meteorologia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Desde 2020, após fogo intenso em diferentes regiões do Pantanal, o Governo do Estado iniciou diversas ações de prevenção e controle dos incêndios florestais. Os resultados passaram a ser identificados no ano seguinte, com continuação em 2022.

“O relatório mostra dados de 21 anos de acompanhamento da média história das chuvas anuais no Pantanal e confronta com os focos de calor no Estado. O pico de focos se deu em 2002, 2005, foram anos críticos, e em 2020. Em seguida iniciamos um novo trabalho para redução dos focos de calor e quantidade de focos. O resultado positivo é fruto das operações de manejo integradas, prevenção e operações de combate a incêndio. O Estado interviu e conseguiu inverter a lógica para proteção mais efetiva ao bioma”, afirmou o coronel Leonardo Rodrigues Congro, que é presidente do Comitê do Fogo (Comitê Interinstitucional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais).

Trabalho de prevenção

Para que os focos de calor continuem sob controle, as ações do Governo do Estado são realizadas durante todo o ano. O trabalho é integrado, com foco na sustentabilidade, e ações efetivas para garantir a segurança dos biomas, especialmente na época de estiagem e seca, quando o risco de incêndios aumenta. Um dos reforços atuais é a aeronave Air Tractor, usada nas regiões de difícil acesso. O avião, que tem capacidade para transportar até três mil litros de água, foi entregue no dia 28 de fevereiro deste ano no Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema.

A aeronave incrementa as ações de proteção do meio ambiente na região do Vale do Ivinhema, que também terá a reforma e implantação do aeródromo no Parque Estadual. A pista de pouso no local é estratégica no combate a incêndios na região, que teve grande incidência de ocorrências em anos anteriores, além de ser a primeira base de combate a incêndio florestal do Governo.

Alarme

O Sistema ALARMES é uma plataforma desenvolvida pelo LASA/UFRJ, em parceria com o IDL/ULisboa, para servir de alerta rápido e ágil sobre o avanço da área afetada pelo fogo, de forma a apoiar órgãos ambientais nas ações de combate aos incêndios florestais. O sistema combina imagens de satélite, focos de calor e inteligência artificial para identificar diariamente a localização e extensão das áreas queimadas.

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Audiências sobre queimadas e debates com Marina Silva estão na pauta da CMA

A Comissão de Meio Ambiente (CMA) tem reunião terça-feira (4), com início às 14h, para votar onze requerimentos, entre eles dois que convidam a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, para falar sobre a política ambiental do governo federal e os planos, os projetos e as prioridades do ministério. O REQ 1/2023-CMA é da presidente da Comissão, a senadora Leila Barros (PDT-DF) e o REQ 2/2023-CMA é do senador Márcio Bittar (União-AC).

“Ao iniciarmos a nova legislatura considero fundamental convidar a ministra para comparecer a esta comissão e apresentar seus planos, projetos e prioridades para as questões ambientais e climáticas do país. E ainda, informar-nos como o Senado Federal e esta comissão podem auxiliar nesta importante tarefa”, afirma Leila.

Para Bittar, a ministra precisa explicar à comissão qual é a política ambiental do novo governo federal.  O senador também é autor do REQ 18/2023-CMA, que convoca o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil ), Jorge Viana, para prestar informações sobre suas declarações que levantariam suposta relação entre o agronegócio e o desmatamento na Amazônia.

Queimadas

Também está na pauta de votações da CMA o REQ 15/2023-CMA, da senadora Tereza Cristina Corrêa (PP-MS), que pede audiência pública para instruir o PL 4.996/2019, que aprimora a Política Nacional de Manejo e Controle de Queimadas, Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais, prevista no Código Florestal. A relatora na CMA, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), aguarda essa audiência, quando serão ouvidos representantes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e do Corpo de Bombeiros do Mato Grosso do Sul, como solicita Tereza Cristina, para emitir o seu relatório. São três objetivos centrais. Um deles amplia a participação de todos os setores da sociedade envolvidos com o tema. O outro prevê o estabelecimento de um processo contínuo de avaliação e revisão da política. E o terceiro exige o envio dos resultados dos processos de avaliação ao Congresso Nacional.

A CMA também deve avaliar o REQ 17/2023-CMA, do senador Confúcio Moura (MDB-RO). Ele solicita audiência pública para debater o potencial de uso do hidrogênio sustentável na indústria brasileira. Já o REQ 23/2023-CMA, de autoria da senadora Teresa Leitão (PT-PE), pede audiência pública sobre as riquezas da Caatinga. E o requerimento REQ 10/2023, do senador Fabiano Contarato (PT-ES), quer audiência pública para instruir o PDL 564/2019 , que autoriza a implantação do aproveitamento hidrelétrico de Iraí, no Rio Uruguai, atingindo parte da terra do povo Kaingang, no Rio Grande do Sul.

Saneamento

Na segunda parte da reunião, a CMA deve avaliar e votar o requerimento de Confúcio Moura (REQ 20/2023-CMA), que escolhe a Política Nacional de Saneamento Básico como a política pública que merecerá acompanhamento especial do colegiado durante 2023.

A reunião será a partir das 14h, na sala 15 da Ala Alexandre Costa. 

Fonte: Agência Senado

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5 pontos-chave do novo relatório da ONU sobre o clima

O órgão científico que assessora a Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o aumento das temperaturas divulgou um novo relatório.

Trata-se de um resumo importante a respeito de cinco informações-chave obtidas em pesquisas concluídas nos últimos cinco anos.

A seguir, o correspondente de meio ambiente da BBC, Matt McGrath, aponta as principais mensagens que aparecem no documento.

1 – O limite de temperatura será ultrapassado. Como reduzir depois?

Os tons sóbrios deste estudo do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) deixam claro que há pouquíssima chance de evitar que o mundo aqueça mais de 1,5 °C.

Os governos haviam concordado anteriormente em agir para evitar isso. Porém, o mundo já aqueceu 1,1 °C, e agora os especialistas dizem que é provável que ultrapasse 1,5 °C ainda na década de 2030, apesar de todos os discursos políticos.

“Sempre ficou claro no IPCC e na ciência do clima que não é muito provável que sempre fiquemos abaixo de 1,5 °C [de aumento da temperatura global]”, diz Oliver Geden, do Instituto Alemão de Assuntos Internacionais e de Segurança e membro da equipe de redação do relatório.

Geden e outros especialistas agora argumentam que voltar para um patamar menos de temperatura o mais rápido possível depois de ultrapassar essa marca é onde o foco deve estar.

Ou seja: a temperatura vai subir mais de 1,5 °C, mas o que podemos fazer para que ela diminua depois disso?

Ultrapassar esse limiar é arriscado, como o próprio relatório reconhece, porque isso pode provocar pontos de inflexão que não podem ser desfeitos, como o derretimento de camadas de gelo profundas — que, por sua vez, liberaria grandes quantidades de gases na atmosfera.

O retorno após ultrapassar o limiar também exigirá tecnologias caras e que ainda não estão comprovadas como uma forma de extrair o excesso de gás carbônico (CO2) da atmosfera.

Todo esse cenário também significa que é urgente chegar o mais rápido possível ao zero líquido — onde a quantidade de gases de efeito estufa na atmosfera não aumenta. Cada novo incremento do aquecimento global realmente importa.

2 – Não há futuro para combustíveis fósseis

Embora o relatório não diga isso com todas as letras, há algumas indicações claras de que não há futuro para as energias provenientes de carvão, petróleo e gás em um planeta habitável no futuro.

O texto destaca que as formas renováveis de energia, como a eólica e a solar, são cada vez mais baratas — e manter os combustíveis fósseis pode sair mais caro do que fazer a transição para sistemas de baixo carbono.

“Me parece que a mensagem, em termos de urgência, é parar de queimar combustíveis fósseis o mais rápido possível”, pontua Friederike Otto, um dos autores do relatório, à BBC News.

“Não é porque nos falta alguma peça importante de tecnologia ou algum conhecimento importante. É porque até agora faltou o senso de urgência nos locais onde as decisões importantes são tomadas.”

3 – O poder está em nossas mãos

Embora seja fácil pensar que os relatórios científicos sobre mudanças climáticas são todos sobre governos e políticas de energia, o IPCC tem se esforçado para destacar o fato de que as ações que as pessoas podem tomar fazem uma enorme diferença no quadro geral.

“Poderíamos cortar de 40 a 70% das emissões projetadas para 2050 com medidas feitas no final da linha, pelas pessoas”, calcula Kaisa Kosonen, do Greenpeace, que foi uma das observadoras da sessão de aprovação do mais recente relatório do IPCC.

“Isso inclui mudar para dietas à base de vegetais, evitar viagens de avião, construir cidades mais acessíveis a pé e de bicicleta…”, exemplifica a especialista.

O relatório incentiva que os governos reformem os sistemas de transporte, indústria e energia para que as escolhas de baixo carbono se tornem muito mais fáceis e baratas para os indivíduos.

4 – As ações de agora repercutirão por milhares de anos

É incrível pensar que as decisões que tomarmos nos próximos sete anos ecoarão ao longo dos séculos.

O relatório adverte que, com o aquecimento sustentado entre 2 e 3 °C, as camadas de gelo da Groenlândia e da Antártica Ocidental serão perdidas “quase completa e irreversivelmente” ao longo de vários milênios.

Muitos outros limiares serão ultrapassados mesmo diante de baixos níveis de aquecimento, o que ainda impactaria as geleiras do mundo.

Para interromper esse trem descarrilado do aquecimento, os governos precisam aumentar os compromissos ambientais antes de 2030, para atingir o zero líquido em 2050, a fim de manter o aquecimento em torno de 1,5 °C até o ano 2100.

“Acho que os sistemas climáticos, como também os sistemas sociais e os ecossistemas, nos mostram que medidas são urgentes, para que ainda possamos mudar o mundo para torná-lo um lugar melhor para todos nós”, resume Otto.

5 – Agora é sobre a política

A verdadeira força do IPCC é que seus relatórios são acordados entre os governos — ou seja, os textos são aprovados pelos representantes dos países na presença dos cientistas responsáveis pelo trabalho.

Mas o futuro dos combustíveis fósseis está se tornando cada vez mais uma questão política.

Em novembro passado, durante a COP27 realizada em Sharm el-Sheikh, no Egito, vários países tentaram, mas não conseguiram, que a ONU concordasse em eliminar gradualmente o petróleo e o gás, bem como o carvão.

Este argumento não vai desaparecer — com a União Europeia agora apoiando abertamente esse movimento.

O mais recente relatório do IPCC será fundamental quando os países se reunirem novamente na COP28 em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, no final deste ano.

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Governo de MS vai Pantanal adentro com ações preventivas contra Influenza Aviária

O sol pantaneiro escaldante aliado à poeira típica das estradas que levam as comunidades mais longínquas são barreiras hoje superadas para as equipes do Governo de Mato Grosso do Sul que estão levando Pantanal adentro informações e abrindo um importante diálogo com os moradores desses locais, os fortalecendo como aliados do Estado na manutenção da sanidade dos animais criados em solo sul-mato-grossense, em especial contra a Influenza Aviária.

“Vocês tinham conhecimento disso?”, questionou integrante da comitiva da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) ao abrir conversa com moradores do Assentamento Taquaral, se referindo à ameaça da Influenza Aviária após registro recente de um caso em Cochabamba, na região andina da Bolívia.

O assentamento fica em Corumbá, há poucos quilômetros da faixa de fronteira seca com a Bolívia, sendo visto como estratégico para frear a entrada de doenças que afetam a sanidade animal no Brasil. Assim, foi ali que as ações realizadas na região pantaneira e de fronteira foram iniciadas na semana passada pelos servidores da Iagro.

Durante a conversa, várias dicas foram dadas para identificar casos de Influenza Aviária, foi explicado como proceder caso perceba-se que algum animal está com caso suspeito da doença e todas as implicações que a chegada dessa zoonose pode trazer à saúde e economia.

Outros temas, como a implementação do Selo Arte – destinado aos que produzem produtos de origem animal de forma artesanal sejam atestados com uma certificação de qualidade – e o fim da vacinação contra a aftosa também foram abordados e discutidos com os moradores, que tiveram palavra aberta para fazer sugestões aos técnicos da agência sanitária.

“Ninguém esperava que a Iagro ia vir, pois nunca houve uma palestra assim para o povo daqui. Achei muito interessante. Muitas pessoas achavam que era uma coisa, agora com a Iagro vindo, a gente vê que não é o que a gente pensava. Foi bem esclarecedor e gostamos”, frisa a produtora de queijo Josefa de Fátima Lima.

Morando ali desde os cinco anos, hoje com 31 anos a assentada tem seu próprio lote onde cria gado leiteiro, que oferece a ela em média 40 litros de leite por dia, oriundos de oito cabeças. “Passei minha vida toda aqui e meu lugar é aqui, então tenho que prezar por ele. Todos temos medo que doenças venham para cá, mas acho que podemos evitar fazendo tudo certo”.

Material é didático e de simples entendimento

Nada mais fácil de entender do que um gibi. E justamente é esse um dos formatos usados para cativar o público e sobre a importância de se prevenir quanto a Influenza Aviária.

Os materiais impressos entregues aos assentados e as explicações dos servidores ajudaram a todos na compreensão de que o fluxo migratório das aves dissemina o vírus entre elas, sendo assim importante que aves domésticas não interajam com as silvestres.

“Está na nossa porta e depende desse empenho comunitário”, frisa o agente do Iagro, Cristiano de Oliveira, completando que mesmo sendo raro, é possível que haja contágio de ave para humanos em casos de contatos íntimos entre os dois. O vírus não é transmitido ao se alimentar de aves e também não há transmissão registrada de humano para humano.

As visitas aos assentamentos e a fiscalização no posto de fronteira acontece há praticamente um mês, contudo vem sendo reforçada, ganhando maior destaque agora. “Hoje vou dar parabéns a vocês por virem aqui, estarem explicando as coisas para a gente”, comenta outro assentado da Taquaral, Janilton Saraiva, acrescentando que a partir de agora vai comunicar à Iagro sobre qualquer alteração verificada nos animais.

Assentada lendo gibi da Iagro criado para conscientizar a população sobre a gripe aviária

O grupo que visitou o Assentamento Taquaral nesta quarta e segue para a fazenda Novo Horizonte nesta quinta é formado pelo diretor-adjunto da Iagro, Cristiano Moreira de Oliveira; pelo gerente de Controle e Operações, Marco Aurélio Guimarães; pelo coordenador do Núcleo de Produtos Artesanais de Origem Animal, Wilson de Moraes Rodrigues Junior; pelo fiscal Claudio Di Martino; e pela gestora de comunicação Iza Lima.

Quais as orientações?

Os principais sinais da doença nos animais são dificuldade respiratória, corrimento nasal e ocular, inchaço de cabeça, andar cambaleante, torcicolo e alta mortalidade. A transmissão ocorre por contato direto com aves contaminadas, mais especificamente com secreções. Evitar o contato com as aves, manuseio de animais doentes e a manutenção da limpeza do ambiente de criação são medidas de prevenção.

O Brasil nunca registrou nenhum caso da doença. Para comunicar a Iagro em qualquer suspeita da doença, o contato é o WhatsApp (67) 99961-9205, além da plataforma e-Sisbravet (Sistema Brasileiro de Vigilância e Emergência Veterinária), via internet: https://sistemasweb4.agricultura.gov.br/sisbravet/manterNotificacao!abrirFormInternet.action

Fonte: Comunicação Governo de MS / Fotos: Saul Schramm

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Governo cria Fundo PROCLIMA para viabilizar e garantir meta de tornar MS Estado Carbono Neutro em 2030

O governador Reinaldo Azambuja sancionou a Lei nº 5990, que cria o Fundo PROCLIMA (Fundo Estadual de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas), mecanismo oficial da administração estadual para a captação e destinação de recursos que vão dinamizar e viabilizar a execução dos projetos e ações necessárias para atingir a meta de tornar Mato Grosso do Sul um território Carbono Neutro em 2030. A sanção foi publicada do Diário Oficial do Estado desta sexta-feira (16).

“É de responsabilidade dos governos proporcionar um ambiente mais seguro para as próximas gerações e isso exige do poder público a adaptação aos eventos climáticos, bem como a adoção de um modelo de desenvolvimento de baixo carbono, com a diminuição das emissões de gases de efeito estufa, associada à criação de empregos, conservação dos recursos naturais, redução das desigualdades e ampliação do progresso social, com atenção às populações mais vulneráveis”, afirma o governador Reinaldo Azambuja.

O secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) lembra que a criação do Fundo PROCLIMA decorre dos avanços do Governo de Mato Grosso do Sul após as participações do na COP 26 e na COP 27. “Hoje, temos uma interlocução internacional por meio da coalisão dos Governadores pelo Clima e já estamos com projeto sendo apresentado no mercado internacional para captação de recursos para ações voltadas à mitigação das mudanças climáticas, como é o caso do nosso projeto de recuperação do rio Taquari. Garantir recursos dos fundos climáticos internacionais é fundamental para que a gente possa dar sequência nas ações visando o Carbono Neutro em 2030”, acrescenta.

Composição dos recursos

O Fundo PRÓCLIMA será constituído por recursos orçamentários do próprio Estado, inclusive por transferências dos saldos e aplicações de outros fundos estaduais, além de recursos decorrentes de acordos, ajustes, contratos e convênios celebrados com órgãos e entidades de qualquer esfera da administração pública, além de uma parcela dos pagamentos de multas por infração ambiental e pagamentos decorrentes da exploração mineral, conforme definido em legislação específica.

A lei que cria o Fundo PRÓCLIMA também prevê a possibilidade da captação de recursos em agências de financiamento e de fundos nacionais e internacionais, além de doações, seja de pessoas físicas, pessoas jurídicas de natureza pública ou privada, instituições internacionais ou de pessoas físicas de nacionalidade estrangeira e organizações multilaterais, bilaterais, ou de entidades de governos subnacionais.

Outras possibilidades de incremento do Fundo são: os recursos oriundos de pagamentos por produtos, serviços ambientais e receitas das unidades de conservação e os recursos advindos da comercialização de reduções certificadas de emissões RCEs (títulos de crédito carbono) de titularidade da administração pública estadual; a destinação de 10% dos recursos advindos da comercialização de reduções certificadas de emissões de RCEs de titularidade de terceiros em território sul-mato-grossense.

Estrutura organizacional e destinação

O Fundo PROCLIMA será administrado pelo setor público, com apoio da sociedade civil, tendo como estrutura um Conselho Deliberativo, um Conselho Consultivo (no caso, o CECA – Conselho Estadual de Controle Ambiental) e uma Secretaria Executiva. O Conselho Deliberativo é o responsável por definir normas, procedimentos, encargos financeiros e aprovar programas de financiamentos e demais condições operacionais e será presidido pelo titular da Semagro e terá como membros os titulares da Sefaz, CGE, SAD e Imasul.

Os recursos do Fundo PRÓCLIMA serão aplicados em apoio financeiro, reembolsável ou não, a projetos relativos à mitigação da mudança do clima ou à adaptação à mudança do clima e aos seus efeitos, aprovados pelo Conselho Deliberativo. Também poderá ser destinada a atividades de educação ambiental, sensibilização, mobilização e capacitação técnica na área de mudanças climáticas e em projetos de redução de emissões de gases de efeito estufa e de adaptação da sociedade e dos ecossistemas aos impactos das mudanças climáticas.

Também poderá ser utilizado em projetos e ações de desenvolvimento e difusão de tecnologia para a mitigação de emissões de GEE; em ações e projetos que promovam a redução das emissões de desmatamento e alteração de uso do solo; no desenvolvimento de produtos e serviços que contribuam para a dinâmica de conservação ambiental e estabilização da concentração de GEE; no apoio às cadeias produtivas sustentáveis; dentre outras possiblidades.

Fonte: Semagro / Foto: Chico Ribeiro/Arquivo

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“Os indígenas são 5% da população mundial e protegem 80% do meio ambiente”, ressalta acadêmico da UEMS na Cop27

O acadêmico da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Jânio Avalo, da etnia Kaiowá, participou da COP 27 – Conferência das Partes, dos dias 6 e 18 de novembro de 2022 em Sharm El Sheikh, no Egito. A COP-27 é o evento mais importante e o maior já realizado sobre o tema das mudanças climáticas.

O estudante do 4º do curso de História da UEMS, em Amambai, mora na Aldeia Limão Verde, e participou de várias mesas de discussões durante a conferência do clima das Nações Unidas. Ele relata que tiveram muitas pautas, principalmente a da juventude sobre as relações climáticas, onde se falou que o Brasil também é um dos maiores transportadores de mercadorias para Europa e a maioria dessas mercadorias estão nos territórios indígenas.

“Disse para o mundo que nós indígenas somos 5% a nível global e também protegemos 80% do meio ambiente. Levamos também a questão de que a presença dos povos indígenas é necessária para o equilíbrio do mundo”, ressaltou Jânio Kaiowá, como é conhecido.

Essa não foi a primeira experiência internacional de Jânio Kaiowá, ele já participou duas vezes de conferências na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Genebra, e também em Nova York.  Ele faz parte da liderança indígena de Mato Grosso do Sul, sendo membro da coordenação da Aty Guasu (Grande Assembléia Kaiowá) e da Redde Jóvenes.  “Eu também faço parte da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), onde nós também levamos para o mundo, que nós povos indígenas sempre lutamos para garantir a questão do meio ambiente, porque a gente faz parte do meio ambiente, e dizer para o mundo que para a solução climática sem a presença dos povos indígenas seria nada”, enfatizou o jovem.

Fonte: Comunicação UEMS