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Professora da Rede Estadual de Ensino vence prêmio nacional de educação

A professora Daniele Andressa Bassanesi, da Escola Estadual Antônio Fernandes, localizada em Naviraí, foi a vencedora da etapa nacional, da categoria Ensino Médio, do Prêmio Educador Transformador, que ocorreu nesta quarta-feira (24) em São Paulo, com o projeto “Tony Bank – Ferramenta de educação financeira aliada à construção de competências e valores socioemocionais”.

 O prêmio está em sua segunda edição e é uma correalização do Sebrae, Bett Brasil e Instituto Significare, que visa valorizar e divulgar projetos e educadores transformadores de todos os cantos do Brasil.

O secretário estadual de Educação, Hélio Daher, participou da cerimônia de premiação e ressaltou a importância do prêmio e o reconhecimento dos professores, que reflete diretamente no empenho dos alunos.

“O prêmio recebido pela professora Daniele é um reflexo da educação, do trabalho, do empenho dos nossos professores, para que a educação realmente faça a diferença na vida de cada um dos nossos estudantes. Ficamos muito felizes e orgulhosos pelo desempenho, mas não é surpresa que a Daniele tenha recebido o prêmio, uma vez que sabemos da dedicação da professora”, afirma Hélio.

Professora venceu Prêmio Educador Transformador, na categoria Ensino Médio

O secretário também destaca que a SED (Secretaria de Estado de Educação) busca sempre valorizar iniciativas como essa e que esse reconhecimento é uma inspiração para os professores da REE/MS (Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul).

“Esse é um reconhecimento do trabalho e a gente espera que ele sirva de inspiração para que outros professores, outras escolas busquem não só aprimorar, mas como também mostrar para a sociedade o quanto eles produzem e entregam para cada um dos nossos estudantes, visando sempre a melhoria da qualidade do ensino das escolas da REE”, ressalta o secretário.

A professora vencedora da etapa nacional, afirma que a premiação é a coroação de um trabalho de dedicação ao projeto e garante que o prêmio não é apenas dela, mas sim do Mato Grosso do Sul.

“Ganhar este prêmio é muito representativo, é a coroação de um projeto que caminha para seu terceiro ano de dedicação. Educar por projetos, na minha concepção, é a melhor maneira de consolidar uma aprendizagem significativa para os nossos estudantes e prepará-los para o mercado de trabalho. Esse prêmio é meu, é da professora Érica Rodrigues, coautora do projeto, de todos professores que colaboram e acreditam, dos nossos apoiadores, da escola Antônio Fernandes, dos nossos estudantes, do Estado do MS”, finaliza Daniele

Fonte: SED

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Com aval do governo, preço dos medicamentos deve subir, em todo o país, até 4,5% a partir deste domingo

Os preços dos medicamentos em todo o país devem ser reajustados em até 4,5% a partir deste domingo (31).

Esse percentual, que funciona como um teto (valor máximo), foi definido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos e publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (28).

As farmácias podem aplicar esses 4,5% de reajuste de uma vez ou “parcelar” esse aumento ao longo do ano.

Mas, até março do ano que vem (quando a Câmara de Regulação deve soltar nova regra), farmácias e fabricantes não podem aplicar reajustes maiores que esse.

Na resolução sobre o reajuste, o conselho informa que as empresas produtoras deverão dar “ampla publicidade” aos preços de seus medicamentos, não podendo ser superior aos preços publicados pela Câmara de Regulação no portal da Anvisa.

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Uma semana depois, Defesa Civil ainda mantém ‘alerta máximo’ para risco de colapso de mina em Maceió

Nesta segunda-feira (4) completa uma semana desde o alerta de colapso em uma mina que pode abrir uma cratera do tamanho do estádio do Maracanã em Maceió, e a Defesa Civil ainda mantém o estado de “alerta máximo”. Isso porque a velocidade em que a terra cedia na região da mina da Braskem, no bairro do Mutange, era medida em milímetros por ano, mas agora a medida passou a centímetros hora, aumentando significativamente o risco.

“Por mais que a gente, nas últimas horas, não tenha registrado sismos, essa velocidade de 0,3 cm/h ainda é muito elevada. Para ter uma ideia, para que a gente entre em normalidade, é necessário [voltar a] milímetros por ano. Já teve momentos em que registramos 5 cm/h, mas ainda é uma velocidade considerável. Por isso, se justifica ainda ficarmos em alerta máximo. A energia que se concentra ali é incalculável e imprevisível”, disse o coordenador da Defesa Civil de Maceió, Aberlado Nobre.

O solo continua cedendo em ritmo lento e já afundou desde o dia 28 de novembro 1,70 m, segundo Nobre. “Por isso é necessário manter o alerta, deixar a população informada para que aquela região seja evitada. Os pescadores também não devem entrar na área delimitada de segurança. É preciso que a população nos escute e tenha o máximo de atenção”, disse.

Imagens mostram o comparatvo do avanoço da Lagoa Mundaú na região onde há grande risco de colapso em Maceió — Foto: Defesa Civil de Alagoas
Imagens mostram o comparativo do avanoço da Lagoa Mundaú na região onde há grande risco de colapso em Maceió — Foto: Defesa Civil de Alagoas

A instabilidade no solo foi agravada por décadas de mineração feita pela Braskem e provocou a evacuação de mais de 14 mil imóveis em cinco bairros, afetando cerca de 60 mil pessoas. Somente um ano após o primeiro tremor de terra que abriu rachaduras em ruas e imóveis, em 2018, a empresa encerrou a extração de sal-gema, minério utilizado na fabricação de soda cáustica e PVC.

A região tem outras 34 minas de responsabilidade da Braskem. Na área da mina 18, que pode colapsar, o solo cede 0,3 cm/h. Nas últimas 24 horas, desde a tarde de sábado (2) até a tarde deste domingo (3), o deslocamento de terra foi de 7,4 cm.

O Ministério de Minas e Energia afirmou neste domingo (3) que o afundamento do bairro de Mutange em Maceió está estabilizado e que, se houver desabamento, será “localizado”.

A área no entorno do Mutange já foi completamente evacuada, assim como na maior parte dos bairros vizinhos, Bom Parto, Bebedouro e Pinheiro. Segundo a Defesa Civil de Alagoas, o colapso da mina não representa mais risco para a população porque as regiões ocupadas estão a uma distância segura.

De acordo com a Braskem, a acomodação do solo da mina pode ocorrer de forma gradual até a estabilização ou de forma abrupta.

A mineradora afirma que vem adotando as medidas para o fechamento definitivo dos poços de sal, conforme plano apresentado às autoridades e aprovado pela Agência Nacional de Mineração (ANM). Esse plano registra 70% de avanço nas ações, e a conclusão dos trabalhos está prevista para meados de 2025.

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Padre preso em esquema de desvio de verbas gastou R$ 110 mil em vinhos e tinha cães de R$ 15 mil

O padre Egídio de Carvalho Neto, ex-diretor do Hospital Padre Zé, em João Pessoa (PB), foi preso foi preso na última sexta-feira (17). Acusado de comandar um esquema milionário de desvio de verbas públicas, o padre chegou a gastar R$ 110 mil em um ano apenas com vinhos.

Segundo as investigações, a manutenção do custo de vida do padre chegava à casa dos R$ 100 mil mensais.

Ele é ligado a 29 imóveis na Paraíba, em Pernambuco e em São Paulo. Um dos apartamentos, em João Pessoa, está avaliado em R$ 2,4 milhões.

Nos imóveis, os policiais encontraram obras de arte, roupas de grife, perfumes, objetos de design e muitos vinhos. Algumas garrafas, chegam ao valor de R$ 2 mil cada.

Uma chácara, também ligada ao padre, tinha duas piscinas e um canil com nove animais avaliados em R$ 15 mil cada. A polícia ainda não estimou o valor da propriedade.

Egídio é acusado de comandar um esquema de desvio de verbas que pode ter desviado mais de R$ 140 milhões ao longo de dez anos. O padre foi diretor do o Instituto que gere hospital de 2012 até setembro deste ano. Para os investigadores, a partir de 2013 ele liderou o esquema de desvios.

Padre Egídio se manteve em silêncio durante o depoimento. Seu advogado afirma que “ele irá se pronunciar oportunamente e irá explicar e dar a sua versão”.

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Acidente deixa 12 mortos após explosão de avião em Rio Branco

Um avião de pequeno porte explodiu ao cair próximo à pista do Aeroporto Internacional de Rio Branco, na manhã deste domingo (29). Segundo o Governo do Estado do Acre, todas as 12 pessoas a bordo morreram.

Parte dos passageiros estava viajando para receber tratamento médico. O voo decolou de Rio Branco às 7h20 com destino a Envira, no Amazonas. A aeronave modelo Caravan caiu por volta das 7h21 no horário local (9h21 em Brasília), logo após a decolagem, segundo a empresa –informação confirmada pelo aeroporto.

Imagens feitas pelo Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) mostram o incêndio no local. Os bombeiros conseguiram controlar as chamas após cerca de quatro horas e a retirada de corpos e destroços foi iniciada. Todos os corpos foram retirados. Confira abaixo o que já se sabe e o que ainda falta esclarecer sobre a queda da aeronave.

Quem são as vítimas do acidente?

Vítimas de acidente de avião no Acre (8) — Foto: Reprodução/Arte g1
Vítimas de acidente de avião no Acre

Ainda não há informações sobre possíveis causas para a queda do Cessna Caravan Modelo 208B. O Sétimo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa VII), localizado em Manaus, vai apurar as causas do acidente.

De acordo com a Aeronáutica, na investigação “serão utilizadas técnicas específicas, conduzidas por pessoal qualificado e credenciado que realiza a coleta e confirmação de dados, a preservação de indícios, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias ao processo”.

O que diz a empresa?

O voo era particular, da empresa ART Taxi Aéreo, e decolou de Rio Branco com destino a Envira, no Amazonas (confira os detalhes abaixo). A aeronave modelo Caravan tinha capacidade para até 14 pessoas e caiu por volta das 6h30 no horário local (8h30 em Brasília), logo após a decolagem.

O advogado da empresa, Thiago Abreu, informou ao g1 que o piloto e o copiloto tinham experiência e treinamento. Segundo Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), o avião estava em situação regular. Em nota, a empresa afirmou que a aeronave estava com todas as rotinas de manutenção em conformidade com as normas e regulamentos da Anac, e que está disponibilizando transporte de familiares das vítimas para o Acre. (Confira a íntegra da nota após o texto)

Nota da ART Taxi Aéreo

A.R.T. TAXI AEREO LTDA – ME, informa que no dia 29/10/2023, por volta da 07h21min a aeronave de matrícula PT-MEE, infelizmente, sofreu um acidente logo após decolar do Aeroporto Internacional de Rio Branco, no Acre. A ocorrência está sob investigação das autoridades competentes com as quais estamos prestando total e exclusiva colaboração.

Na aeronave estavam 09 passageiros e 02 tripulantes, os quais vieram a óbito no local, conforme lista que será oportunamente disponibilizada.

No que diz respeito à operação:

a) A aeronave envolvida era certificada para o transporte remunerado de passageiros (operações para táxi aéreo) e estava com todas as rotinas de manutenção em conformidade com as normas e regulamentos da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

b) A tripulação engajada na operação era devidamente habilitada pela ANAC, com todos os respectivos treinamentos em dia.

Nossa prioridade é a atenção, amparo e solidariedade aos familiares e amigos das vítimas e com nossos colaboradores, neste momento de profunda tristeza para todos nós. Já foram disponibilizados psicólogos e assistência social para os familiares. Bem como está sendo providenciado o translado dos familiares ao local do acidente.

Com pesar:

A Diretoria

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Casas flutuantes encalham em rio que secou no Amazonas; embarcações levam mais tempo em viagens

A forte estiagem que atinge o Amazonas há semanas está dificultando a vida de praticamente todos os moradores do estado. Com a falta de chuvas, vários rios estão secando. E a dificuldade atingiu até quem sobrevive neles: algumas casas flutuantes estão ficando encalhadas.

Em Careiro da Várzea, as casas se dirigiram para um ponto específico do rio onde ainda conseguem flutuar. Mas muitas delas nem conseguiram chegar e ficaram encalhadas.

A população também tem tido dificuldades com o desabastecimento. O trajeto entre rios secos muitas vezes provoca a mudança de um barco para outro porque o primeiro já não consegue mais prosseguir. Alimentos também estão demorando mais tempo para chegar às regiões mais afastadas e aos comércios flutuantes. E muitos municípios já sentem falta de água potável.

Até a manhã desta sexta-feira (29), 60 dos 62 municípios do Amazonas estão sofrendo com a seca. Destes 18 deles já estão em estado de emergência pela falta de água nos rios, encanamentos, água potável e alimentos.

Equipe da TV Globo andando sobre o rio que secou em Careiro da Várzea (AM)

Fonte: G1

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PF aguarda diligências no exterior para confirmar confissões de Cid

A cooperação dos Estados Unidos na investigação da venda de joias no exterior é considerada por agentes da Polícia Federal como essencial para confirmar as informações prestadas pelo ex-ajudante de ordens Mauro Cid.

O militar da ativa prestou 24h de depoimentos na semana passada. As falas foram gravadas pelas autoridades policiais, que negociam um acordo de cooperação premiada com o ex-braço direito de Jair Bolsonaro.

O compartilhamento de imagens e documentos aguarda autorização dos Estados Unidos. A lista de pedidos já foi concluída pelo governo brasileiro, que, recebeu acréscimos de novos tópicos na semana passada.

As solicitações incluem documentação sobre a compra e a venda de joias, quebra de sigilos bancários e pedidos de filmagem. Após os depoimentos do ex-ajudante de ordens, de acordo com agentes policiais, novas informações foram requeridas.

A expectativa dos investigadores é de que, com o envio das solicitações para a autoridade central norte-americana, as primeiras informações sejam fornecidas ainda na primeira quinzena de setembro.

O pedido é efetuado por meio do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional, do Ministério da Justiça, e inclui o envio de uma equipe da Polícia Federal para efetuar diligências.

A pedido da Polícia Federal, foi autorizada a quebra de sigilo das contas bancárias no exterior de Jair Bolsonaro e do general da reserva Mauro César Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens Mauro Cid.

A suspeita é de que a conta bancária do militar teria sido usada para recebimento de valores relativos a vendas de presentes de alto valor recebidos por agentes públicos brasileiros de autoridades árabes.

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Presidente de CPI pauta quebra de sigilo de Zambelli e diz que comissão não vai investigar joias de Bolsonaro

O presidente da CPI dos Atos Golpistas, deputado Arthur Maia (União-BA), disse nesta quarta-feira (23) que a comissão não deve investigar a suspeita de venda ilegal de joias recebidas como presentes oficiais pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Maia também comentou sobre a polêmica envolvendo quebras de sigilo da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Ele incluiu a votação da medida na pauta da comissão desta quinta-feira (24). Na terça (22), uma discussão entre parlamentares governistas e de oposição sobre o tema levou ao cancelamento de uma sessão do colegiado.

Arthur Maia deu as declarações em entrevista a jornalistas após uma reunião com o comandante do Exército, general Tomás Paiva, em Brasília.

Investigação das joias

Ao rejeitar a inclusão do caso das joias no escopo de investigação da CPI, Arthur Maia disse que o episódio não tem relação com os atos golpistas de 8 de janeiro, foco de apuração da comissão.

“Agora, venda de joias, quebrar o RIF [Relatório de Inteligência Financeira] do presidente Bolsonaro. Será que vocês, alguém aqui, em juízo perfeito, vai imaginar que o presidente Bolsonaro tava lá mandando pix, da conta dele, para patrocinar invasão do Palácio do Planalto ou do Congresso Nacional no dia 8 de janeiro? Obviamente que não”, disse.

“A não ser que chegue na CPI alguma vinculação que possa demonstrar que havia algum tipo de ação nessa natureza, eu não vejo sentido para quebrar o sigilo apenas porque é o ex-presidente da República. Então, se quiserem fazer uma CPI pra discutir presentes de ex-presidentes venda de Rolex, negócio de joias, façam outra CPMI”, continuou.

Arthur Maia também disse ser “importante” que o requerimento sobre quebra de sigilo da deputada Carla Zambelli seja colocado em votação.

A medida foi motivo de bate-boca entre parlamentares da base e da oposição nesta terça-feira (22). A reunião foi fechada à imprensa, mas foi possível ouvir vários gritos dos parlamentares, em diversos momentos. Aliados de Bolsonaro são contra a medida e querem apenas a convocação da deputada.

A quebra dos sigilos de Zambelli passou a ser defendida pela relatora Eliziane Gama após o hacker Walter Delgatti Neto ter dito à CPI que a deputada intermediou um encontro entre ele e o então presidente Jair Bolsonaro, em 2022, para que fosse discutido como seria possível fraudar o código-fonte das urnas.

“Eu penso que, depois daquele depoimento do hacker, é importante que isso seja colocado, né? Haviam vários requerimentos nesta direção [de quebra de sigilo de Zambelli]”, disse o presidente da CPI.

“A relatora reputa importante. Havia a proposta de que a deputada fosse convocada, mas a relatora, com razão a meu ver, reagiu dizendo que não poderia inquirir ninguém sem ter elementos para fazer a arguição. Então, partimos para a decisão de pautar. O plenário vai decidir se aprova ou não o requerimento”, continuou.

Conduta de militares x postura da instituição

Segundo Arthur Maia, o encontro entre ele e o general Tomás Paiva foi pedido pelo deputado, e que a assessoria se enganou ao divulgar, inicialmente, que havia sido a convite do Exército.

Na avaliação do presidente da CPI, é preciso diferenciar o que foi o comportamento de militares relacionado aos atos golpistas de 8 de janeiro do que é efetivamente a posição das Forças Armadas enquanto instituição.

“Estamos caminhando para a reta final da CPI e acho que é muito importante que a gente conclua nossos trabalhos preservando, sobretudo, as instituições brasileiras, mostrando para todo o nosso país que o fato de alguns militares, pessoas físicas, terem eventualmente se envolvido com essas movimentações antidemocráticas que aconteceram e projetaram o 8 de janeiro, isso tem que ser separado totalmente das Forças Armadas”, afirmou.

“O Exército brasileiro é uma instituição gloriosa, que tem significado indispensável não só para o Brasil, mas para qualquer nação. E eu pessoalmente entendo que, pela conduta correta e comprometida com a Constituição e com os valores democráticos, este país, durante a transição e diante de tantos problemas […], o papel das Forças Armadas foi fundamental para preservar a democracia”, completou.

Militares na CPI

O encontro com o comandante do Exército ocorreu em um contexto político em que diversos militares estão na mira da CPI, entre eles:

  • General Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, ex-ministro da Defesa do governo Jair Bolsonaro;
  • General Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional do governo Lula;
  • Tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro;
  • General Mauro Lourena Cid, pai de Mauro Cid.

Segundo Arthur Maia, não houve nenhum pedido por parte do general Tomás Paiva para que a CPI deixe de convocar algum militar ou foque em algum específico.

“Quanto às convocações, isso não muda absolutamente nada. Já ouvimos alguns militares, já está marcada a oitiva do general G. Dias, outros militares serão ouvido. Não houve por parte do comandante do Exército nenhuma sinalização para que convocasse A ou deixasse de convocar B. Muito pelo contrário. Me foi dito que importa ao Exército é que tudo seja esclarecido”, afirmou.

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Desaparecido sobrevive 50 dias se alimentando de maracujá e mel em área de mata no Ceará

Um homem de 39 anos foi encontrado na última segunda-feira (24) na zona rural do município de Independência, a 310 quilômetros de Fortaleza, após passar 50 dias desaparecido. Neste período, o homem, identificado como José Cristóvão Rodrigues da Costa, sobreviveu se alimentando de vegetais e animais encontrados no mato.

José Rodrigues desapareceu na tarde de 5 de junho. Ele viajava de ônibus da cidade de Leme, em São Paulo, para o município cearense de Pedra Branca, onde sua família mora. Segundo familiares, durante o percurso, o agricultor apresentou indicativos de que não estava bem mentalmente.

Quando o ônibus parou na localidade de Cruzeta, em Pedra Branca, José desceu, abandonou a bagagem e desapareceu.

“Os primeiros sinais que ele passou, que a gente viu que ele tava com problema, foi na viagem, na Bahia. Ele começou a apresentar sinais, que tinha um pessoal no ônibus que queria matar ele, mania de perseguição. A todo momento ele falava que o pessoal ia matar ele”, conta a irmã de José, Antoniclé Rodrigues.

A família tentou acalmar José por telefone e chegou a contatar o motorista do ônibus, pedindo que redobrasse o cuidado com o homem. O agricultor continuou a afirmar que estava sendo perseguido, mas seguiu viagem.

O destino dele seria próximo ao centro de Pedra Branca. A família, preocupada, se adiantou e tentou interceptá-lo na localidade de Cruzeta, onde haveria uma parada passageiros descerem. Contudo, quando eles chegaram lá, José já havia sumido.

“A gente ficou desde essa segunda-feira [5 de junho] na Cruzeta procurando, familiares, amigos, a polícia, o Corpo de Bombeiros, os guardas [municipais], o canil, helicópteros, tudo veio, mas infelizmente não tivemos êxito na procura. A gente não conseguiu nem um rastro, nem uma pista de onde ele poderia estar, porque é muito mato”, conta Antoniclé.

Sobrevivência no mato

Ao longo dos 50 dias em que passou sumido, José Rodrigues permaneceu escondido no matagal da região, que possui várias propriedades rurais. Quando foi encontrado, no sítio Jardim, já no município de Independência – vizinho a Pedra Branca -, o homem estava a mais de 30 quilômetros de onde desapareceu.

A família acredita que a sobrevivência de José se deve às suas habilidades com agricultura. Há 15 anos, ele trabalha como cortador de cana em Leme, São Paulo. Ele participava da colheita da safra e, quando não havia colheita, passava um período com a família no Ceará.

“Eu acho que foi isso, o físico dele, ser um trabalhador rural, um cortador de cana, que fez ele aguentar esses 50 dias no mato sem procurar ajuda”, acredita a irmã do agricultor. José relatou à família após ser encontrado que, nesse período, não chegou perto das estradas e não pediu ajuda a ninguém “porque sempre tinha uns caras querendo me matar”.

Nesse tempo, José teria se alimentado apenas de maracujá do mato, jerimum e de enxu de abelha, um tipo de mel encontrado nas colmeias de abelhas selvagens. “Ele chegava a comer com casca [o mel com a casca da colmeia] e tudo. Chegou a encontrar dois peixes e bebia muita água contaminada. Acho que foi isso que fez ele sobreviver até agora”, conta Antoniclé.

No entanto, após semanas de alimentação precária, José resolveu pedir ajuda. Ele passou cerca de uma semana observando um agricultor que trabalhava numa roça da região. Somente após sentir confiança no homem, José o abordou pedindo comida e que ele entrasse em contato com suas irmãs.

O homem entrou em contato com as irmãs de José pelo Facebook. Para atestar a veracidade da informação, enviou uma foto do RG de José, que carregava o documento consigo. No fim da tarde, a família chegou à propriedade rural para reencontrar o irmão. Mesmo assim, o homem permanecia assustado e não quis se aproximar.

“Chegando lá, ele resistiu, não queria vir pra gente, disse que estava muito assustado”, relembra Antoniclé. Após se acalmar, José aceitou ir com as irmãs, que chamaram a polícia e levaram o irmão para o hospital municipal de Pedra Branca, onde José Rodrigues está internado e medicado.

Segundo a família, a ideia é que José fique morando com a mãe deles após passar por atendimento psiquiátrico e receber um diagnóstico preciso da sua situação.

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Grupo xamânico aplica veneno de sapo proibido no Brasil em rituais sem avisar participantes

Crises de pânico e de ansiedade, surtos psicóticos, problemas respiratórios e pensamentos suicidas são alguns dos problemas relatados pela advogada Gabriela Augusta Silva, de Goiás, depois de participar de um ritual realizado por um grupo que se define como xamânico – com uma substância psicodélica proibida no Brasil.

Gabriela foi submetida a uma sessão com o veneno de um sapo conhecido como Bufo alvarius para, segundo ela, aprofundar sua jornada espiritual.

No dia 21 de outubro de 2021, a advogada, que vive em Goiânia, foi até São Paulo para o ritual. Inalada a substância, disse ter perdido a consciência. Quando acordou, cerca de 30 minutos depois, nunca mais foi a mesma, afirmou.

Enfrentando o luto pela perda do irmão – que morreu em 2017, em um acidente de carro –, Gabriela buscava maior conexão com Deus e fora incentivada por um dos integrantes do grupo a experimentar o veneno com propriedades psicodélicas. Ela não foi a única.

Gabriela, que afirma jamais ter tido questões de saúde mental, chegou a ser internada em um hospital neurológico, passou a frequentar o psiquiatra e a tomar remédios controlados. Só quando procurou um médico soube que a substância inalada é proibida no Brasil.

Trata-se da 5-MeO-DMT, um psicodélico que está na lista de substâncias proibidas pela Anvisa e compõe o veneno do sapo Bufo alvarius (renomeado Incilius alvarius), encontrado no México e nos Estados Unidos.

O veneno, conhecido popularmente como “bufo”, seca quando extraído e, depois, é fumado em rituais e cerimônias ditas religiosas e espirituais no exterior e no Brasil, liberando o psicodélico 5-MeO-DMT e outras substâncias.

Substância enterrada em quintal de suposto líder espiritual

Segundo a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos, do Ministério da Justiça, “o uso de substâncias alucinógenas como a 5-MeO-DMT, retirada do sapo Bufo alvarius, é crime, uma vez que tal prática é proibida no país”. A fiscalização é atribuição da polícia, afirma a Senad.

No início de abril, a Polícia Civil de Goiás apreendeu a substância pela primeira vez no país – a perícia confirmou se tratar da 5-MeO-DMT. Ela estava enterrada no quintal da casa de um suposto líder espiritual em Pirenópolis.

Gabriela e outras pessoas relataram terem participado de rituais com o suposto uso do veneno promovidos pelo Instituto de Vivências Xamânicas Xamanismo Sete Raios, que possui mais de 200 mil seguidores nas redes sociais e é baseado em São Paulo.

Em todos os relatos, um padrão se repete:

  • os participantes não foram informados sobre a ilegalidade da substância;
  • não assinaram termos de responsabilidade;
  • não foram acompanhados depois das sessões;
  • quando questionaram os integrantes do Xamanismo Sete Raios a respeito de efeitos adversos posteriores, ouviram se tratar de algo “normal”.

O grupo Xamanismo Sete Raios é alvo de inquérito da Polícia Civil de São Paulo, que apura possível crime de tráfico de drogas. Segundo a polícia, o Departamento de Investigações sobre Narcóticos segue realizando diligências para o esclarecimento dos fatos.

Um outro inquérito chegou a ser aberto para apurar a prática de curandeirismo, mas foi arquivado por falta de provas.

Gabriela entrou com uma ação de reparação de danos material e moral contra o instituto. Segundo o advogado dela, Auro Jayme, entre os crimes que podem ter sido cometidos estão charlatanismo, “pois eles anunciam cura por um meio secreto e infalível”, e curandeirismo, “pois eles prescrevem, ministram ou aplicam, habilmente a substância”.

“Eles manipulam pessoas, dão um tom de religiosidade nesses rituais e anunciam essas curas, inclusive através dessa substância proibida, que é o bufo”, afirma Jayme.

Além disso, ele diz que é preciso apurar o “caminho da droga”.

“Ao que tudo indica, essa substância ilícita vem do México. É preciso saber se ela de fato vem desse país, quem traz essa droga e como traz, porque a partir daí pode estar configurado tráfico internacional de drogas.”

O Instituto Xamanismo Sete Raios afirmou, por meio de suas advogadas, que “jamais teve ou tem como objetivo incentivar ou promover o uso social ou terapêutico de substâncias ou, ainda, a substituição de práticas de saúde, tratando-se exclusividade de abordagem de caráter ritualística e religiosa, com finalidades espirituais”.

O instituto afirma ainda que, no final do ano de 2019, recebeu a visita de um suposto líder espiritual que trouxe do México o 5-MeO-DMT, extraído do sapo Bufo alvarius, e conduziu dois rituais com a substância na presença de integrantes do grupo Xamanismo Sete Raios.

“À época dos eventos, os representantes do Instituto não tinham conhecimento da discussão acerca da legalidade do Bufo alvarius no Brasil”, afirma a nota.

O instituto nega que tenha tido qualquer associação a rituais como esses posteriormente. Os relatos colhidos pela reportagem, no entanto, dão conta de sessões com suposto uso do psicodélico realizadas em 2021.

A nota afirma que “alguns membros do Instituto, de forma independente, deram continuidade aos estudos e rituais individuais com o Bufo alvarius” e que “esses rituais não tinham vinculação com as atividades do Instituto Xamanismo Sete Raios, tampouco com suas práticas religiosas”.

Efeitos da substância

Quando inalada, a 5-MeO-DMT produz intensas experiências psicodélicas, que podem incluir alucinações. Em estudos observacionais, participantes relataram sentimentos de unidade com os outros e com o ambiente, além de sensações de dissolução de limites e do ego.

Em um desses estudos, voluntários saudáveis que usaram a secreção do Bufo alvarius apontaram melhoras em sintomas de depressão, ansiedade e estresse após uma única inalação.

Entre os efeitos adversos observados estão medo, tristeza, ansiedade, paranoia, além de problemas cardiovasculares e respiratórios.

Mas foram os potenciais benefícios que aumentaram a popularidade do “bufo” em retiros no México – onde é legal – e nos Estados Unidos – onde a substância é proibida, assim como no Brasil.

Ainda precisam ser feitos estudos científicos com maior número de voluntários para melhor compreensão dos benefícios e dos riscos.

“O que a gente já sabe sobre os efeitos da 5-MeO-DMT está muito alinhado com o que sabemos sobre os efeitos de outras substâncias psicodélicas”, afirma Dráulio Araújo, professor do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, e pesquisador dos efeitos da ayahuasca há 20 anos.

O instituto, que é referência em pesquisas com psicodélicos, não trabalha com a 5-MeO-DMT, mas com substâncias similares da classe das triptaminas.

“Do ponto de vista físico, está muito claro que essas substâncias não matam, não causam overdose e não causam tolerância [dependência química], mas claro que há grupos de risco”, diz ele.

“Nada é seguro para todo mundo, nada é para todo mundo.”

Já do ponto de vista psicológico, explica o pesquisador, os usuários podem ter diferentes experiências marcantes e significativas, por isso, preparação anterior e acompanhamento posterior são essenciais.

“Particularmente no 5-MeO-DMT, é comum pessoas relatarem que tiveram a sensação de que morreram. Não é trivial”, diz ele.

Segundo Araújo, uma experiência psicodélica segura precisa garantir:

  • a pureza da substância utilizada, seja ela qual for, e a dose adequada;
  • indivíduos aptos para o uso – no laboratório do Instituto do Cérebro, pessoas com doenças cardiovasculares, gravidez, depressão, transtorno bipolar e risco de esquizofrenia não entram nos estudos, por exemplo;
  • condições adequadas para o uso, que incluem ambiente seguro e acompanhamento prévio e posterior – seja em uma pesquisa científica ou no contexto religioso. Araújo dá o exemplo de igrejas que administram ayahuasca – autorizada no Brasil para uso religioso – de forma responsável, com protocolos específicos.

Nos casos ouvidos, essas condições não foram garantidas aos participantes de rituais com o veneno do Bufo alvarius – com o agravante de que, segundo eles, não foram informados sobre a ilicitude da 5-MeO-DMT no Brasil.

Esses participantes relatam que, em retiros, eventos e na comunicação on-line, integrantes do Xamanismo Sete Raios sempre se referiram ao veneno do sapo com naturalidade como uma “medicina”.

A comissária de bordo Franciele Roggia sofria de depressão e ansiedade e fazia uso de remédios controlados quando procurou o grupo.

“Me mandaram um documento explicando o que era o bufo. Nesse documento, chamam a substância de ‘medicamento’ e dizem que ela cura doenças físicas, mentais e emocionais”, conta ela, que pagou R$ 700 para um ritual em que seria administrada a substância, em abril de 2021.

“Eu me deixei levar por aquilo, porque estava nessa busca de melhorar, fui na onda.”

O que dizem os citados

Veja íntegra da nota enviada pelas advogadas do grupo Xamanismo Sete Raios:

“Através de suas advogadas, o Instituto de Vivências Xamânicas Xamanismo Sete Raios, vem esclarecer que:

O Instituto de Vivências Xamânicas Xamanismo Sete Raios, fundado em São Paulo, é uma associação religiosa, legalmente constituída e em respeito a Resolução n.5 de 2004, do Conselho Nacional de Políticas Sobre Drogas. Idealizado e fundado pelo Terapeuta Holístico Felipe Rocha (CRTH4074), o Instituto já realizou dezenas de encontros em contexto religioso e ritualístico, nos quais a cultura dos povos originários e as práticas tradicionais de autoconhecimento são enaltecidas dentro do ambiente urbano. A instituição jamais teve ou tem como objetivo incentivar ou promover o uso social ou terapêutico de substâncias ou, ainda, a substituição de práticas de saúde, tratando-se exclusividade de abordagem de caráter ritualística e religiosa, com finalidades espirituais.

A título de esclarecimento, no final do ano de 2019, o Instituto recebeu a visita de um líder espiritual mexicano que trouxe a substância 5-MeO-DMT, extraída do sapo Bufo Alvarius, utilizada tradicionalmente em rituais religioso naquele país e sendo uma substância também presente na Ayahuasca, cuja prática ritualística e religiosa é devidamente reconhecida pelo Estado brasileiro. O referido líder espiritual conduziu então dois rituais com a substância mencionada com a presença de membros do Instituto, sendo que à época dos eventos, os representantes do Instituto não tinham conhecimento da discussão acerca legalidade do Bufo Alvarius no Brasil. Após esses encontros e o aprofundamento do estudo sobre a substância, o Instituto não teve mais qualquer associação a rituais como esses.

É fundamental esclarecer que alguns membros do Instituto, de forma independente, deram continuidade aos estudos e rituais individuais com o Bufo Alvarius, cujos efeitos terapêuticos vêm sendo amplamente estudados pela comunidade científica, no Brasil e no mundo. Esses rituais não tinham vinculação com as atividades do Instituto Xamanismo Sete Raios, tampouco com suas práticas religiosas.

Na sua posição de estudioso das substâncias psicodélicas e do seu reconhecido potencial terapêutico, o dirigente do Instituto se utiliza do termo “Medicina” para se referir às substâncias naturais utilizadas em contexto ritualístico. Inclusive, o termo “medicinas da floresta” é o termo largamente utilizado pela comunidade indígena e seus estudiosos e por grupos religiosos ligados ao Xamanismo.

O Instituto está ciente das descabidas alegações feitas por um grupo específico de pessoas, que, vale mencionar, possuem todos vínculos amorosos e/ou familiares e que participaram ativamente e voluntariamente não só nos rituais mencionados, como em outros e nas próprias atividades do Instituto. Inclusive, as pessoas citadas já haviam participado de rituais com Ayahuasca anteriormente à relação com o Instituto, sendo descabidas as alegações de desconhecimento.

A pessoa de Gabriela Silva, que agora pretende se apresentar como vítima, era cliente do dirigente do Instituto, na sua condição de terapeuta integrativo devidamente credenciado e habilitado. Por esta razão, após a alegada experiência da denunciante como Bufo Alvarius, Felipe entrou pessoalmente em contato com ela para orientá-la, postura que foi validada e agradecida pela advogada. Vale ressaltar que qualquer argumentação de desconhecimento da Lei por parte dela deve ser rechaçada, uma vez que, como mencionado, é advogada, devidamente habilitada pela OAB/GO, com especialização na renomada Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, e diante de sua profissão e especialização, jamais poderia alegar desconhecimento da Lei. Seu companheiro, Rafael Verçosa, foi membro e facilitador de rituais, inclusive, sendo fato que conheceu Gabriela durante um dos rituais e foi a pessoa que a incentivou a participar da prática religiosa como Bufo Alvarius.

O Instituto afirma que as pessoas mencionadas deram início a uma lamentável perseguição religiosa contra as práticas de fé do Xamanismo Sete Raios, e que essa atitude criminosa será oportunamente denunciada à Justiça. Há provas de que tanto a Gabriela quanto seu companheiro, Rafael Verçosa, aderiram a um conservadorismo religioso feroz, que culminou com uma série de acusações inverídicas contra o Instituto e suas práticas religiosas. Além disso, há indícios também de uma tentativa de concorrência empresarial – que vale dizer, é inexistente, tendo em vista a diferença entre a natureza jurídica das organizações -, uma vez que o casal possui uma empresa – com fins lucrativos – que explora vivências na Amazônia, com povos originários, denominada “Retiros com Propósito”. Nesse sentido, eles também procuraram um dos membros do Instituto para levar o Bufo Alvarius para essas vivências, em Goiás, tudo conforme provas produzidas e que serão oportunamente apresentadas à Justiça.

O Xamanismo Sete Raios é uma fundação religiosa que reverencia e apoia diretamente a cultura originária e os povos da Amazônia, num trabalho de fortalecimento da sabedoria ancestral – há séculos perseguida e vilipendiada pelo conservadorismo religioso. A denunciante claramente está utilizando a estrutura judiciária e os veículos de mídia para empreender uma cruzada pessoal contra uma instituição religiosa, motivada por questões de ordem pessoal e por restrições de crença. No mais, toda e qualquer falsa acusação será tratada devidamente perante à Justiça.”