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Governo vai pagar benefício extra para Programa Mais Social

Atendendo as necessidades de centenas de famílias em situação de vulnerabilidade social, o governador Reinaldo Azambuja anunciou a liberação da décima terceira parcela do programa Mais Social para a próxima terça-feira (14).

Com isso, os beneficiários que já receberam o cartão do programa terão acréscimo de R$ 200 no orçamento do fim de ano, já na próxima semana. “Após pedidos resolvemos pagar o décimo terceiro aos beneficiários, que vão receber mais uma parcela extra para as compras do Natal. É o Governo do Estado prestando apoio as famílias mais carentes nesse período de fim de ano”, disse o governador.

“Nossa expectativa é que esse pagamento extra traga um fim de ano mais feliz para as famílias, para ajudar na manutenção da compra de alimentos e produtos de higiene para suas casas”.

Ampliação do benefício

O Governo do Estado estuda, ainda, a ampliação em 50% do benefício pago pelo programa. Os beneficiários recebem, hoje, R$ 200 mensais para comprarem alimentos e produtos de higiene pessoal e a intenção é pagar R$ 300, além de permitir a compra de gás de cozinha.

A proposta está sendo analisada pela equipe técnica do Governo do Estado e a nova medida deve valer a partir do ano que vem.

O programa

Criado para atender famílias em situação de vulnerabilidade social, insegurança alimentar e nutricional, o programa paga R$ 200 para quem tem renda mensal inferior a meio salário mínimo e atende aos critérios do programa. Os cartões já começaram a ser entregues e as equipes do programa seguem com as visitas domiciliares, nos 79 municípios de Mato Grosso do Sul, para alcançar 100 mil famílias.

Com o programa, a estimativa é de investir R$ 240 milhões por ano na economia de Mato Grosso do Sul.

Com informações: Subcom/MS

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Governo reestima gastos com Auxílio Brasil para R$ 90,5 bilhões e prevê benefício de R$ 415

O ministro da Economia, Paulo Guedes, apresentou uma reestimativa de despesas para 2022 após a promulgação de Emenda Constitucional que limita o pagamento de precatórios e altera o cálculo do teto de gastos. Em ofício encaminhado ao relator-geral do Orçamento, deputado Hugo Leal (PSD-RJ), Guedes indica que o programa Auxílio Brasil deve consumir R$ 90,55 bilhões. A previsão original era de R$ 35,9 bilhões, uma diferença de R$ 54,6 bilhões.

O cálculo considera o valor do benefício médio de R$ 415. A estimativa leva em conta ainda a inclusão de famílias elegíveis e a mudança nas linhas de pobreza e extrema pobreza, previstas na Medida Provisória (MP) 1.061/2021, aprovada neste mês pelo Congresso Nacional.

O ofício ainda pede a mudança nas despesas obrigatórias e nas programações da saúde e educação. Segundo Paulo Guedes, se a Câmara dos Deputados aprovar as mudanças sugeridas pelo Senado na PEC dos Precatórios, haverá um espaço fiscal aberto de R$ 106 bilhões. Cerca de R$ 62,2 bilhões resultam da correção do teto de gastos, e R$ 43,8 bilhões, do limite ao pagamento de precatórios.

Revisão

Na revisão proposta pelo ministro da Economia, os gastos com a transferência de renda para pagamento de benefícios do Auxílio Brasil correspondem a R$ 89 bilhões. Outros R$ 710,5 milhões vão para remuneração de agentes financeiros e R$ 624,5 milhões para apoio aos entes federados. Há ainda R$ 153 milhões para processamento de dados do programa.

As despesas com o Auxílio Gás, que não constavam no projeto de lei orçamentária anual (PLOA – PLN 19/2021), foram estimadas em R$ 1,9 bilhão. A previsão é manter, no decorrer do exercício de 2022, a concessão a 5,5 milhões de famílias. O benefício em 2022 deve ser de R$ 56, equivalente a 50% do valor do botijão, com valor médio de R$ 112,75. Ainda há R$ 558 mil para o Auxílio-Inclusão às Pessoas com Deficiência.

Com informações: Agência Senado

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Thronicke recorre ao STF por relatoria no Orçamento da União de 2022

Em pronunciamento nesta quinta-feira (9), a senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) anunciou ter ajuizado mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir sua nomeação, na Comissão Mista de Orçamento (CMO), como relatora setorial da área da Educação do Projeto da Lei Orçamentária Anual de 2022 (PLN 19/2021). Segundo a senadora, sem acordo partidário para a indicação da relatoria, caberia à Mesa da CMO obedecer ao Regimento Comum do Congresso, o que não teria ocorrido.

Soraya Thronicke foi indicada para ser a relatora pelo senador Lasier Martins (Podemos-RS), que é líder do bloco partidário Podemos/PSDB/PSL. A relatoria, porém, ficou com o senador Wellington Fagundes (PL-MT), do bloco Vanguarda (DEM/PL/PSC), indicado pelo senador Izalci Lucas (PSDB-DF). Soraya disse que Izalci não tinha a prerrogativa de indicar outro nome para a relatoria, já que o líder do bloco é Lasier. Ela também criticou a presidente da CMO, senadora Rose de Freitas (MDB-ES), por acolher a indicação do nome de Fagundes e reiterar a decisão, apesar de sua contestação.

Soraya afirmou também que sua indicação ocorreu em julho deste ano, enquanto a de Fagundes ocorreu no mês seguinte. A senadora também pediu ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que intervenha para determinar sua nomeação na forma regimental e assim dar fim à judicialização da questão.  Ela pediu para que o presidente do Senado trate do caso, para que o mandado de segurança ajuizado por ela no Supremo Tribunal Federal perca o objeto.

Conhecimento formal

Em resposta, Rodrigo Pacheco afirmou que, ao tomar formalmente conhecimento do fato, vai se pronunciar sobre a questão. Ele observou que a Comissão Mista de Orçamento tem autonomia, mas acrescentou que, se nada limitar a sua competência legal em relação ao caso, tomará as providências cabíveis.

— Ainda verdadeiramente não chegou até a Presidência do Senado qualquer tipo de questão de ordem formal nem requerimento formal nesse sentido. Mas já cuidei junto à Secretaria-Geral da Mesa de ter o conhecimento pleno disso para que possa haver uma decisão do Congresso Nacional, da Presidência do Congresso Nacional. Então, eu peço escusas a V. Exa. se há algum tipo de inércia da nossa parte, mas, de fato, para que haja decisão, é preciso haver a provocação de ordem formal, para que possamos fazer a decisão — afirmou Pacheco.

Com informações: Agência Senado

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Senado aprova mudanças da Câmara e confirma volta da propaganda partidária

O Plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (8) o substitutivo da Câmara ao projeto de lei que restabelece a propaganda gratuita dos partidos políticos no rádio e na televisão.  O texto seguirá agora para sanção presidencial.

A propaganda partidária, que é diferente do horário eleitoral, é uma transmissão anual a que têm direito todos os partidos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele serve para divulgação da plataforma do partido e para atrair novos filiados. A duração do programa depende do desempenho de cada partido nas eleições.

Pelo texto aprovado, a transmissão dos programas renderá compensação fiscal às emissoras de rádio e TV. O valor será calculada pela média do faturamento dos comerciais dos anunciantes no horário das 19h30 às 22h30. Essa compensação será financiada pelo Fundo Partidário, que receberá um acréscimo de recursos anuais para essa finalidade.

Redes sociais

O relator, senador Carlos Portinho (PL-RJ), rejeitou apenas uma das mudanças feitas pela Câmara. Ele recuperou uma permissão criada pelo Senado para que o Fundo Partidário financia o impulsionamento de conteúdos políticos em redes sociais e em plataformas de compartilhamento de vídeo. Ao mesmo tempo, esses serviços — assim como outros impulsionamentos virtuais, como aqueles em mecanismos de busca —não poderão ser contratados em anos eleitorais no período que vai das convenções até o pleito.

Com informações: Agência Senado

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MDB aposta em Simone Tebet para pré-candidata a presidente

Aprendi a arte da política desde muito cedo, quando ouvia, ainda criança, as conversas de portas entreabertas entre meu pai e seus correligionários do MDB daquele tempo. Quis a história que o mesmo MDB do meu pai me convocasse para que, junto aos meus companheiros de agora, eu me predispusesse a cumprir a missão mais importante da vida de um ser político: ser candidata à Presidência da República.

Aceitei, porque o MDB, meu partido desde sempre, teve um papel central na restauração da nossa democracia. Foi um intransigente defensor das liberdades. Lutou pelo fortalecimento das instituições republicanas para que o país encontrasse o seu verdadeiro rumo. O MDB nunca faltou ao chamado da nossa história, principalmente quando atravessamos tempos de maior turbulência política, social e econômica.

Aceitei, porque o Brasil de hoje exige nova arquitetura política que carregue em si o clamor da urgência. Urgência, porque brasileiros estão morrendo de fome — depois de tantas centenas de milhares já terem morrido em consequência de uma política de saúde movida pela insensibilidade, pelo negacionismo e pela ganância.

Urgência, porque os nossos jovens sobrevivem desafortunados em nossas cidades, sem horizonte nem esperança,fruto de um ensino público precário e da ausência de vagas no mercado de trabalho.

Urgência, porque nossos trabalhadores e trabalhadoras também não encontram emprego, em consequência de uma política econômica míope que visa apenas à prosperidade de poucos.

Urgência, porque temos um governo sem planejamento, sem uma política nacional e regional de desenvolvimento e que, sem reformas estruturantes e sem orçamento para ciência e tecnologia, permite o sucateamento do nosso parque industrial, o fechamento do comércio e a destruição das oportunidades de trabalho dos prestadores de serviços.

Urgência, enfim, porque, na destruição do futuro e no abandono do seu povo à própria sorte, o Brasil está abandonando a si mesmo. Urge reconstruir este país com firmeza, coragem e determinação; e fazer a mudança que realmente importa: a do compartilhamento das nossas riquezas, por meio da igualdade de oportunidades.

O que isto significa? Significa que todas as crianças e todos os jovens tenham uma educação pública de qualidade, com valorização dos professores, da ciência e da tecnologia, com currículo condizente com os desafios do mundo moderno.

Significa igualdade de oportunidades para que todos possam ter acesso, por meio de SUS devidamente financiado, à saúde básica gratuita e eficiente.

Significa igualdade de oportunidades, para que todos alcancem a verdadeira cidadania, por meio do emprego, do trabalho e da remuneração digna.

Significa, dada a incapacidade do poder público em investir na infraestrutura, pela exigência de vultosos recursos, a busca por parcerias público-privadas, que só serão viabilizadas após a consolidação de um ambiente adequado de negócios: segurança institucional (pelo amor à democracia) e jurídica (pelo respeito à Constituição).

Sou mulher, mãe, professora, advogada. Além de prefeita, fui vice-governadora do meu estado, Mato Grosso do Sul. Hoje, sou senadora da República. Os valores cristãos, eu os aprendi no seio familiar. Os valores do trabalho, eu aprendi em minha atividade profissional. Os valores do bem público, eu aprendi na política, nos seus embates e confrontos, consciente de que não há valor maior do que o bem coletivo, a liberdade e a igualdade de oportunidades.

São esses os valores que levo comigo nesta nova empreitada política, consciente das pedras no meio do caminho, mas como disse o poeta, “o caminho se faz ao caminhar”. Esta será a minha missão: construir um novo caminho, sem essas pedras que nos levam a uma das maiores desigualdades sociais de todo o planeta, embora tenha1mos a riqueza dos nossos recursos naturais e humanos. O que me move é a convicção de que, na política, missão não se escolhe. Cumpre-se. Quem escolhe missões no caminho da política é porque perdeu-se da política no meio do caminho.

No Uruguai, senadores brasileiros discutem políticas para o Mercosul

Senador Nelsinho Trad – presidente da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul

Os senadores Nelsinho Trad (PSD-MS), Fabiano Contarato (Rede-ES), Eliziane Gama (Cidadania-MA), Soraya Thronicke (PSL-MS) e Humberto Costa (PT-PE) estão em Montevidéu, no Uruguai, onde participam de encontro de parlamentares dos países que compõem o Mercosul, realizado na segunda (6) e terça-feira (7) 

O presidente da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul (Parlasul), Nelsinho Trad, informou que uma das propostas discutidas declara a agricultura familiar, camponesa e indígena de interesse regional. A intenção é implementar políticas públicas de agroecologia, promoção da igualdade de gênero e o desenvolvimento sustentável e integral da mulher rural. 

Também foi debatida uma proposta de declaração para que a Universidade Latino-Americana de Integração (Unila) contrate docentes latino-americanos. Nelsinho aproveitou a viagem para conhecer obras da nova sede da instituição, que deve ser inaugurada em 2022. 

Formado por senadores e deputados do Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia, o Parlasul se reuniu no Uruguai pela última vez em 8 de novembro, quando foram aprovadas a criação de uma escola de governo e de uma comissão temporária para acompanhar o Acordo de Associação Bi-regional Mercosul-União Europeia. 

Fome

Na sessão da segunda-feira (6), Humberto Costa relatou problemas do Brasil como a fome. Segundo afirmou, 20 milhões de pessoas não têm o que comer atualmente no país. Para o senador, o governo federal aplica uma “política econômica equivocada” levando 116 milhões de brasileiros a viverem em situação de insegurança alimentar. 

— Consequências nefastas, especialmente para crianças. Reflexo de um governo canhestro, preocupado com armas, enquanto brasileiros e brasileiras disputam ossos jogados no lixo —ressaltou. 

Posse

Eliziane e Contarato tomaram posse oficialmente como membros do Parlasul na segunda-feira. Nas redes sociais, o senador agradeceu a acolhida do grupo e comentou a importância de discutir temas referentes a educação, direitos humanos, infraestrutura, bem como as pautas econômicas para os países membros. 

“Estamos juntos na construção de uma América Latina mais forte, mais justa, mais desenvolvida e mais inclusiva. A capacidade de indignação também une os povos. É nosso dever garantir o bem-estar de todos e lutar contra todos os tipos de discriminação”, escreveu o senador. 

Outras pautas

Os parlamentares analisaram ainda outros projetos, como o que trata da proteção e restauração de bacias hidrográficas, da reconstrução de ferrovias inundadas e da implantação de ferrovias interoceânicas. Também foi debatida uma proposição na qual o Parlasul pretende promover a unidade dos povos e a nomenclatura “América Latina Unida” em espaços públicos dos países que integram o bloco.

Com informações: Agência Senado

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PT quer novos parâmetros sobre delação premiada e aciona STF

O PT (Partido dos Trabalhadores) pediu que o STF (Supremo Tribunal Federa) determine algumas regras para os acordos de delação premiada. A ideia do partido é que esses parâmetros “sirvam como limites constitucionais” e proporcionem “a segurança jurídica pretendida por todo sistema jurídico democrático”. O pedido enviado à Corte foi distribuído ao ministro Alexandre de Moraes. O partido citou características e exemplos de delações que, na própria avaliação, representam o desrespeito a princípios fundamentais da Constituição.

Segundo o PT, a colaboração não pode violar a segurança jurídica e os direitos do réu, como a ampla defesa e o contraditório. Entre os exemplos citados está a “delação forçada” e a falta de limites para os benefícios a delatores. “As garantias da ampla defesa e do contraditório somente são resguardadas caso aqueles diretamente imputados por delatores possam ter conhecimento do que se trata o ilícito que lhes é atribuído e se puderem impugnar os acordos que — muitas vezes, conforme demonstrado ao longo desta inicial — contêm ilegalidades e inconstitucionalidades”, diz o texto.

Os acordos de delação premiada foram os principais mecanismos utilizados pela Operação Lava Jato, que investigou esquemas de corrupção envolvendo a Petrobras e atingiu principalmente o PT. O mecanismo é usado quando o acusado faz um acordo com o MP (Ministério Público) para colaborar com as investigações de um caso e, em troca, recebe benefícios como diminuição de pena, perdão judicial, entre outros.

O texto, assinado pelos advogados Lenio Luiz Streck, Fabiano Silva dos Santos, André Karam Trindade e Marco Aurélio de Carvalho, esclarece que não há, por parte do PT, desejo de rever acordos anteriores. A ideia seria apenas a “fixação de parâmetros” que valeriam para delações futuras.

O PT também mostrou insatisfação com a chamada “delação cruzada”, que ocorre quando dois delatores fazem a mesma acusação. Para o partido, se não for acompanhada de provas, não deve servir para efeitos de condenação, recebimento de denúncia ou decretar medidas cautelares.

Além disso, o partido argumenta que delatores atuam como “verdadeiros assistentes de acusação”, mesmo quando também são réus. Por isso, a sigla defendeu que os apontados em delações devem ter o direito de se manifestar após os delatores, assim como acontece no processo penal, no qual acusados falam após a acusação.

“Se a colaboração é meio de obtenção de prova, como decidiu categoricamente o Supremo Tribunal Federal […], então não deve haver dúvida que uma delação premiada não pode servir, por si mesma, sem quaisquer outros elementos de corroboração, para fundamentar medidas cautelares, recebimento de denúncia e tampouco sentença condenatória”, argumenta, e completa: “a colaboração premiada não prova, ela apenas viabiliza a produção da prova.”.

Com informações: UOL

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Rose Modesto precisa mostrar que seu projeto é consistente

Mesmo com incentivo e respaldo absoluto de três partidos – Podemos, Republicanos e o União Brasil para candidatar-se à sucessão do governo sulmatogrossense, a deputada federal Rose Modesto (PSDB) estaria repensando a forma de encarar os diferentes cenários ao seu redor para escolher a melhor solução aos próximos desafios de sua agenda política.

Para ser candidata a governadora, ela precisa dar adeus ao PSDB, afastar-se do governador Reinaldo Azambuja e ingressar em outra legenda, provavelmente o União Brasil, já que possui afinidades pessoais com as direções nacional dos outros dois partidos além de ter amigos e parceiros de longa data nas respectivas direções regionais que não a abandonariam.


Contudo, a ideia de deixar Azambuja sem seu precioso apoio à candidatura de Eduardo Riedel não lhe é das mais agradáveis. Trair é um verbo que parece não constar no vocabulário político da deputada federal mais votada de Mato Grosso do Sul em 2018. Este seria um estigma inevitável que carimbaria seu currículo, se depois de toda a trajetória que construiu no PSDB, com apoio total e parceria do governador, procurasse impor um projeto pessoal.


Em função disso, evolui nos seus círculos de apoiadores outra projeção para o futuro, com estágios eleitorais de curto, médio e longo prazos. Para 2022, emprestando seu peso eleitoral à candidatura de Riedel, teria um cenário extraordinariamente favorável para a reeleição, considerada segura até por possíveis concorrentes. De mandato renovado e com maior capilaridade e inserção social, Rose seria a grande aposta dos círculos próximos ao Governador Azambuja, do PSDB e dos partidos sob sua influência, para as eleições municipais de 2024. Se Riedel estiver na chefia do Executivo estadual, eleito com seu apoio, mais fácil ainda seria a empreitada.


O detalhe adicional neste panorama e que além de conservar e refinar os laços afetivos e políticos com o governador, liderança que define o trâmite do maior partido de Mato Grosso do Sul, a permanência no PSDB a livrará em definitivo de pechas nada engrandecedoras para quem tem um projeto político com grandes chances de sucesso, além de otimizar os custos de uma campanha que promete ser das mais acirradas e onerosas.

Perguntado sobre a candidatura de Rose a governadora, um especialista em marketing eleitoral disse que “é preciso ter amadurecimento. Na política tem fila. O Riedel é a peça mais importante do processo desenvolvimentista que o estado vive. A condução da gestão lhe dá a obrigação de concorrer para que a continuidade desse desenvolvimento seja ofertada ao nosso povo. A Rose pode mostrar neste processo o seu tamanho e esclarecer aos seus eleitores que a manutenção do crescimento do MS é uma proposta que tem que ser abraçada por todos que lutaram e lutam por dias melhores e que, neste momento, os que cingiram esse projeto precisam homenagear quem sempre esteve na retaguarda e foi o grande responsável pelo sucesso do governo do PSDB”. Para finalizar, o estrategista eleitoral disse ainda que “se a deputada agir direitinho, ela deverá, ainda em 2021, estar na vanguarda do projeto partidário. Afinal a fidelidade ao governador pode lhe render, meritoriamente, o apoio imprescindível para disputar a prefeitura de Campo Grande em 2024. Nesta eleição de 2022, só tem chance de vitória para governador quem tiver experiência comprovada e exitosa de administração. A Rose ainda tem caminhos a percorrer e vai ser governadora, mas primeiro precisa ser prefeita”.

Jogo Sucessório. Muitas conversas e especulações

Agora, o exercício favorito dos políticos é o desenho de alianças para o pleito de 2022

Com a fusão do DEM e PSL, o surgimento do União Brasil na aquarela partidária brasileira as eleições 2022 vão ganhar um novo cenário, com desenhos interessantes nas realidades locais e nacional que se formarão para as disputas da Presidência da República e governos estaduais.

A pergunta que se faz em cada estado nesta véspera do ano eleitoral: como ficarão as coisas por estas paragens? E as respostas, na maioria das vezes, chegam como especulações, inteligentes ou não, previsíveis ou improváveis. No caso de Mato Grosso do Sul, o horizonte está aberto para praticamente todo e qualquer tipo de projeção.

Por enquanto, a sucessão do governador tucano Reinaldo Azambuja tem de três a quatro nomes competitivos para entrar em cena. Um deles, o único que está em pré-campanha, é o ex-governador André Puccinelli. Outro, que não pode fazer o mesmo, porém vem fazendo dentro de seus limites, é Eduardo Riedel (PSDB), secretário estadual de Infraestrutura.

Também são candidatáveis o prefeito Marcos Trad (PSD); o ex-governador Zeca do PT e a deputada federal tucana Rose Modesto. Não constam hoje neste rol de hipóteses a senadora Simone Tebet (MDB), o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM); e o juiz federal aposentado Odilon de Oliveira (sem partido), que em 2018 foi candidato ao governo e levou a eleição para o segundo turno, quando perdeu para o governador reeleito Reinaldo Azambuja.

Riedel está nesse processo porque foi indicado por Azambuja. Os demais são opções partidárias, ocupam posições estratégicas ou são nomes que se bastam por si. Fora Riedel, nenhuma das outras lideranças citadas tem um apadrinhamento para entrar no páreo sucessório estadual.

Trad é o prefeito da maior, mais populosa cidade e com o maior orçamento do estado. Zeca é ex-governador, traz a mística do PT e a necessidade do partido de lançar candidatura majoritária para se reoxigenar nas urnas.

Resta, então, Rose Modesto, deputada federal mais votada de Mato Grosso do Sul. Ela tem vontade e condição político-eleitoral para ingressar na disputa sucessória. Porém, teria um custo político e estrutural elevado demais.
Em 2016 ela concorreu contra Marcos Trad, sua votação impôs um segundo turno e exigiu desdobramento extraordinário do pessedista. Em 2018, foi a campeã das urnas ganhando sua cadeira na Câmara Federal. Se disputar o governo e não levar, sofrerá um desgaste tão acentuado que poderá desidratar a possibilidade – hoje muito grande – de chegar mais forte ainda em 2024 no território da sucessão campo-grandense.
Independentemente da escolha que fará, caso deixe o ninho tucano, Rose Modesto terá à sua disposição o abrigo partidário e as alianças que quiser – do Podemos ao União Brasil, passando pelo Republicanos ou permanecendo no PSDB – para ser candidata à prefeitura de Campo Grande e dar à população da capital sulmatogrossense uma chance ainda maior de ser a primeira mulher eleita para administrá-la.

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Tucanos também sobem no telhado em Mato Grosso do Sul

Quem vai suceder Reinaldo Azambuja?

Esta é a pergunta que se fazem os tucanos e, por extensão, os principais próceres e estrategistas da política em Mato Grosso do Sul. Há uma tendência de prolongamento das indefinições do tabuleiro em que se alinharão os concorrentes ao poder estadual.

Diante disso, o PSDB – partido que controla o maior número de prefeituras do estado, passa a preocupar-se com a chegada do final de 2021 e do início da temporada eleitoral, sem que saiba quais serão de fato os aliados e adversários de campanha. O ninho, aparentemente pacificado, trabalha a pré-candidatura do secretário de Infraestrutura, Eduardo Riedel. Contudo, não tira a atenção da deputada federal Rose Modesto, do prefeito Marquinhos Trad (PSD) e dos ex-governadores André Puccinelli (MDB) e Zeca do PT.

Seriam estas, em princípio, as peças mais competitivas do tabuleiro sucessório. Todas constituindo barreiras complexas e resistentes que podem dificultar e até mesmo impedir o avanço do bom e palatável Riedel. Para dar passos à frente e sair do rinque de patinação em que colocou seu super-secretário, Reinaldo Azambuja precisa remover os obstáculos internos de seu arco de alianças, ou seja, a deputada e o prefeito, ambos instigados pelo desejo de iniciar o ano novo com a indumentária de candidatos.

É difícil a quem está de fora entender a posição de Azambuja em relação a Rose. Ela não tem nenhum tipo de constrangimento ou hesitação para assumir a intenção de candidatar-se ao governo, mesmo sabendo que hoje é um “Plano B” de luxo nas contas do governador e do PSDB. Se for para levar adiante esta intenção, ela tem, nas suas mãos, sob seu controle total, as rédeas do Podemos em território guaicuru. Legenda não é problema, portanto; contudo, o que pesa nesta balança é a fidelidade a Azambuja e ao partido, decisivos no alavancamento de sua projeção, agora já em âmbito nacional.

No caso de Marquinhos Trad, a resposta para 2022 só depende dele. Mais ninguém. Primeiro, por considerar que não deve a Azambuja uma fidelidade tão absoluta e extrema que o impeça de decidir sobre algo tão pessoal. Pode limitar-se ao reconhecimento e à gratidão ao apoio monumental que o Estado vem dando à sua gestão, desde o primeiro dia, e ainda mais, ao empurrão do governador nas eleições municipais em que o partido nem lançou candidato, mesmo tendo em seus quadros candidatos respeitáveis, entre eles a competitiva Rose Modesto.

Quanto a Puccinelli e Zeca, os tucanos podem, no máximo, torcer para que ambos ou ao menos algum deles não estejam entre os concorrentes na sucessão. Por maiores que tenham sido os desgastes do pós-governo, e mesmo muito machucados e despossuídos da estrutura ideal para embates de envergadura, os dois ex-governadores continuam sendo páreos à altura possuem reservas consistentes de prestígio popular e conhecem os segredos desse tipo de enfrentamento.

Hoje é improvável uma costura que livre Riedel da concorrência de Puccinelli e Zeca, a menos que ambos optem pelo caminho mais prático e até menos oneroso, que seria disputar mandatos proporcionais (Câmara dos Deputados ou Assembleia Legislativa). Entretanto, antes de chegar nesse ponto do tabuleiro, Azambuja e o PSDB precisarão refazer a equação interna e definir o que será da vida com ou sem Rose. A propósito: a atuante parlamentar está na conta das mais frequentes e agradáveis interlocuções do “trator” Puccinelli nos últimos meses.